Parecia ficção...Eu em um ambiente sombrio, onde acabo me encontrando com um céu amargo e congelado diante de meus olhos; mas quente, com espíritos acelerados ao meu redor.Sou mais que uma organista; percebi que posso utilizar minha musicalidade como uma arma, descobrir coisas novas, apurar instintos científicos e definir toda minha independência.

Um lugar totalmente cheio de prédios desconstruídos, um solo arenoso, e seres que eu imaginava sua existência apenas num sonho mais remoto.

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Era momento de batalha.

Seres de asas me dominavam. Estava pronta para atacar. Mas quando iniciei meus golpes de espada a este ser, acabei não prestando atenção a um certo detalhe: Era noite de Lua Cheia, a mais brilhante, mais evidente do que seria vista na Terra. Esquivando dos ataques ácidos, o brilho da Lua evidente ofuscou minha visão como numa hipnose; não enxergava mais nada a não ser o brilho estelar que me fez me tornar alvo das aves inimigas e acabar ainda mais com minha energia. Mas o que me deixava mais vulnerável era ver aquele príncipe encantador também armado e mais disposto. Ele enfrentava e parecia resistir ao cansaço, nem o brilho da Lua o impedia de continuar brilhando, era como se ela o admirasse e vencia com tamanha coragem, mas com uma beleza que só ele tinha. Um último inimigo acabou fugindo de sua mira, e por coincidência veio em minha direção, mas já não tinha mais forças para lutar. Com muito esforço, levantei minha espada e, por incrível que pareça, deu um golpe certeiro e fatal no inimigo.

Enquanto o príncipe desfilava calmo e com sua beleza intacta, eu, o admirava, perguntando por que ele estava neste lugar tão indócil e sombrio, que não condizia em nada com o encanto de sua alegria, de seu sorriso e eu perguntava isto para a Lua de luz forte que cada vez mais deixava aquele príncipe mais brilhante de cores e eu, cada vez mais mais cinza e apagada com cicatrizes pelo meu rosto e braços que desmaiei de frazqueza, como se o dia nunca mais amanhecesse em minha alma.

Diante da Lua, ele parecia cada vez mais angelical e eu, devastada por minhas tentativas de promover paz em uma terra infértil.

Mas ele olhou para minha figura adormecida e se aproximou delicadamente de mim. Ele poderia simplesmente ir embora, mas acabou por me carregar em seus braços e olhando fixamente para meu rosto, deu um beijo em minha testa e me abraçou sem medo, independente de minhas cicatrizes; um abraço onde o infinito não existia.

Quando abri meus olhos, fiquei paralisada. Fiquei assustada sem saber o que dizer; perguntava silenciosamente o porque de estar aqui. Ele acabou me dizendo que agradeceu a minha ajuda para derrotar o último inimigo e eu acabei pedindo desculpas por ter ficado tão fraca e que não queria estar exatamente ali, diante da Lua que acabou tirando minhas forças de lutar. Ele me disse que também não queria estar diante da Lua, mas agora entendeu o porque de estar diante dela: Ele me encontrou.

Queria flutuar nas asas de seu afeto, de uma maneira que não pude expressar com minhas palavras, mas beijei sua mão como uma maneira de demonstrar respeito a sua beleza. Ele colocou sua mão até meu rosto e me disse que não via a hora que eu acordasse para me dizer que eu podia anoitecer ao seu lado nesta noite de luar, para que eu finalmente entregasse todo meu afeto e acabei demonstrando com um leve beijo em seus lábios, que poderia assustá-lo, mas ele acabou se entregando para não se desfazer do meu beijo. E nos nossos olhares, cuidamos um dos outro nos nossos suspiros mais sinceros...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.