Cartas Perdidas

Capitulo 28 - no outro mundo - parte 3


– OK. Eu vou aceitar. Mas só pelo salario.- Luisa saiu pela porta e Brian sorriu.

– Essa garota misteriosa. Por que me sinto assim com ela?- o moreno disse e foi arrumar algumas caixas no fundo da livraria.

Janeiro chegou trazendo a neve e o frio. Luisa estava trabalhando na livraria e achava muita graça das ideias de Brian, de modernizar o lugar. A garota sabia que a magia dela poderia fazer com que muitos eletrônicos não funcionassem e tentava convence-lo a não colocar tantos aparelhos eletrônicos na loja. Eles sempre discutiam por coisas bobas e Luisa não conseguia gostar dele de jeito algum. Mas foi só no final de janeiro que a garota percebeu o quanto sua opinião sobre o garoto estava equivocada.

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– Não acredito! – Exclamou Luisa, quando viu a correspondência.

– O que foi? Brian saiu correndo detrás de uma estante para ver o que estava acontecendo.- Luisa? O que aconteceu?

Lagrimas percorreram os olhos da loira enquanto ela segurava um envelope branco. Brian pegou da mão dela a carta e viu que era um convite de casamento. Depois de ler, ele encontrou um pedaço de pergaminho no envelope.

– “Luisa, gostaria que você fosse madrinha no nosso casamento. Gina ficaria muito feliz e eu me sentiria honrado com isso. Por favor aceite. Seu primo Harry.” Luisa, qu...

– O que? Ele quer que eu seja madrinha? Mas que absurdo. Como pode pensar que eu seria madrinha no casamento dele? Eu não tenho forças nem pra visita-lo em Godric´s Hollow quanto mais ser madrinha do casamento dele com ela?- Brian percebeu a ênfase dada a ultima palavra.

– Luisa, acalme-se. Me conte o que está acontecendo. – Luisa andava de um lado para o outro nervosa e falando coisas sem sentido. Brian não sabia o que fazer. Ela ignorava completamente seus pedidos para se acalmar e a única ideia que o garoto teve foi de puxa-la para si e dar um abraço na loira. A atitude dele fez com que Luisa esquecesse por um momento que o garoto era um bisbilhoteiro e sentiu a dor de ter visto em letras douradas no convite o anuncio do casamento de Harry.

– Eu não acredito que ele ...- Luisa, aos prantos, tentava dizer alguma coisa mas não conseguia. Brian a abraçou mais forte e a garota encostou o rosto mais fundo no peito do moreno. – o sonho... eu devia ter imaginado... Brian, ele...ele vai se casar....

– Tudo bem, shhh. Chore, Luisa, chore.- Brian acariciou os cabelos da garota, que começou a chorar mais ainda. – O que estou fazendo? Parece que quanto mais tento consola-la mais ela chora.- pensou.

Alguns minutos mais tarde, o que pareceram horas, Luisa se acalmou. Brian preparou um chá para ela e eles se sentaram nas poltronas velhas. Curioso, o garoto não parava de observar Luisa.

– Brian, me desculpe. Eu não devia ter me descontrolado, eu...

– Só me conte o que aconteceu.

– Harry é meu primo distante. Nossos pais foram criados juntos e eu era, bem, sou apaixonada por ele a minha vida inteira. Mas só agora nos aproximamos.- Luisa tinha medo de contar ao garoto trouxa sobre ser uma bruxa.

– Entendo... mas você pode começar de novo não? Achar um cara legal e quem sabe se casar também?

– Voce!- Brian se assustou ao ver Luisa encarando-o. - Onde posso achar um cara legal?

– Ah isso... bem...- ele desviou o olhar da garota, que o encarava com aqueles olhos negros e desesperados. Viu o convite do casamento e teve uma ideia.- Por que você não me leva?

– Pra onde?

– Pro casamento, oras. Podemos fingir que somos namorados e mostrar a esse cara que você já o superou.

A garota cruzou os braços pensativa. – ele até que é bonito, mesmo sendo um mala. Posso fazer isso. Mas vai ser difícil não contar a ele que somos bruxos. Principalmente se no casamento tiver muita magia. Talvez de certo- Luisa se levantou e estendeu a mão para Brian.

– Fechado. Mas nada de beijos nem outra coisa. Mãos dadas e só.

– Fechado.- os dois selaram o acordo com um aperto de mão. O toque da pele suave de Brian causou uma pequena aceleração no ritmo do coração de Luisa, que soltou as mãos rapidamente.- Bem, vou terminar de arrumar o caixa e você guarde aquelas caixas no deposito tá? Quando terminar eu te ajudo, já que são muitas.

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– Está bem. – mal sabia Brian que Luisa usava seu feitiço favorito, Wingardiun Leviosa para facilitar o trabalho.

– Luisa, já terminei. Precisa de a...j...u...d...aaaaaaa...- o garoto viu as caixas todas empilhadas no deposito.-Como você fez isso?

– Ah, eu sou rápida.

– Mas as caixas são pesadas.

– Eu posso não parecer, mas sou bem forte.- desconfiado, Brian fingiu acreditar. E assim os dois foram embora. Aquela parceria parecia ter feito Luisa enxergar Brian de outra forma, e assim os dois começaram a se tornar amigos.

O casamento estava marcado para final de março, na primavera. Luisa havia comprado um vestido azul, como o do sonho, para ser madrinha. A garota tentava não parecer frustrada, quando conheceu a Gina de seu mundo. A garota era bem mais ciumenta que a Gina mais velha e Luisa tentava fazer amizade.

– Voce vai fazer as fotos?

– Harry pediu. Disse que, já que estou fazendo um curso, poderia começar fazendo fotos de vocês.

– Parece legal. – Uma garota loira, que Luisa conheceu por Luna, disse, colocando galhos de amora com algumas frutinhas no cabelo.

– Luna, acho que não vai ficar bem. Que tal flores?- Hermione tentava deixar Luna menos “Luna”.

– Está bem. Espero que fiquem boas. – Gina concordou em Luisa fotografar a cerimonia e terminadas as compras, foram embora.

Luisa se arrumou para o casamento rapidamente. E então aparatou próximo a livraria, onde se encontraria com Brian para irem a Ottery St. Catchpole, de trem. A loira não parava de andar de um lugar ao outro, inquieta. Os Sheppard viviam acima da livraria, e Luisa estava na loja esperando o garoto.

– Finalmente. Parece uma mulher se arrumando.- a garota disse ao ouvir passos da escada dos fundos.

– Desculpe, vovô não parava de ajeitar o paletó. Que tal?- Brian se exibia e deu uma volta, sorrindo. Luisa percebeu o quão Brian ficara bonito com um terno cinza escuro, camiseta preta e gravata azul. A loira sentiu um frio na barriga e sentiu o perfume amadeirado do garoto quando ele se aproximou.

– Até que dá pro gasto. Vamos. – Luisa o empurrou pra fora da loja e pegaram o trem. A todo momento, a garota estalava os dedos, ou amassava o vestido, nervosa.

– Por que esta assim?

– Assim como?- Assustada, pela pergunta, Luisa parou de mexer com os dedos.

– Agirada. Fica mexendo com as mãos, o vestido, a bolsa... você está linda e não precisa ficar nervosa.

– O..obrigada.

–Vai demorar muito? Estou ficando com sono.

– Pode tirar um cochilo. Quando chegarmos eu te chamo.

– Tem certeza? Não vai me largar aqui no trem e ir sozinha?

– Vai dormir garoto! – Luisa cruzou os braços e sua atenção foi voltada para a janela. Brian deu de ombros e se encostou na janela, já que estava sentado de frente a garota.

– Ele fica mesmo bonito com esse terno. – disse baixinho Luisa e voltou a olhar a janela. Enquanto o trem balançava indo a vila onde Rony mora, Brian esboçou um sorriso.