Cartas Perdidas

Capítulo 25


Rony e Draco queimavam o corpo de Morpheus sob uma pilha de madeira. Mesmo sabendo que era um bruxo das trevas ele merecia um funeral, ou pelo menos uma despedida. Enquanto o corpo queimava rapidamente, Hermione entregava a varinha de Luisa que fora encontrada em uma gaveta trancada na casa. Gina e Harry andavam de mãos dadas pelo campo, e se sentaram em um tronco.

– Finalmente acabou? Mas Morpheus ainda existe no mundo de Luisa, não?

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– Não sei, talvez sim, talvez não, mas não podemos ir pra lá ajuda-la.

– Sei que é bobagem minha, mas ainda sinto tanto ciúmes dela Harry.- Gina olhou para o chão, baixando a cabeça.

– E eu sei que você não precisa se preocupar com ela. Talvez quem deva se preocupar seja a Gina do mundo dela, por que ela tem concorrência. Ai!- Gina deu um soco no ombro do marido.

– Em qualquer mundo acredito que ficaremos juntos, não importa quantas Cho Changs, Luisas e quem mais aparecer pra tentar te tirar de mim.

– Chang? Você ainda tem ciúmes dela? Eu odiei quando começamos a namorar e ela me arrastava pra madame Puddyfoot. Aquele lugar terrível. Além do ciúme que ela tinha com Mione.

– Eu achava graça disso. Sempre soube que o sentimento que vocês tinham era de amizade. E que a Mi ficaria com o tapado do Rony.

– os pombinhos estão prontos para voltarmos?- Draco interrompeu a conversa, dizendo para irem a Bristol. Em pouco tempo Luisa estava se despedindo novamente de todos.

– Espero que agora não apareça nada para nos atrapalhar.- Rony reclamava quando levou um cascudo de Hermione.

– Bem, não tenho como agradecer a vocês por tudo o que tem feito por mim. Vocês me salvaram não só da Toxic Amet como também do meu pai. Obrigada a todos. Sinto muito que eu acabei tomando o lugar da outra Luisa, mas bem, pelo que eu sei, somos a mesma pessoa, só que de mundos diferentes.

– E tempos diferentes. – Gwen completou, sorrindo.

– Espero que você conheça a nós do seu mundo.- Gina disse, abraçando a loira.

– E se o Morpheus do seu mundo aparecer pode contar com a gente.- Rony completou.

– Obrigada a todos. Bem, preciso ir né? – Luisa olhou demoradamente para Harry, que entendeu o olhar da garota. Ele sabia que a loira tinha um sentimento por ele, mas ele não o correspondia da maneira que ela queria. O moreno se aproximou dela e a abraçou, surpreendendo a garota.

– Eu espero que você encontre um rapaz que te ame de verdade e te proteja. Sinto muito não ser essa pessoa, mas um dia você encontrará alguém que te ame como eu amo a Gina e que ele corresponda e esse amor lindo que voce guardou por mim durante todos esses anos.

– Co... como... voc... ?

– Podem ser de mundos diferentes, mas imagino que você e a Luisa desse mundo sentem o mesmo por mim. Boa sorte! – Harry beijou delicadamente a testa da loira, que continuou em choque por alguns segundos. Ela sorriu de volta e, levantando a sua varinha, citou o encantamento:

Tempus nascendi!

A luz branca que saiu de sua varinha em forma de espiral e a contornou completamente brilhava intensamente e de repente o corpo de Luisa ficava translucido a cada volta que a espiral de luz girava em seu eixo. Todos sorriam e acenavam e Luisa finalmente desapareceu.

– Éh, ela se foi. – Rony comentou, quebrando o silencio.

– Sim. Ela se foi querido. – Hermione disse, concordando. Todos voltavam para o chalé da senhora Gwen.

– Obrigada Harry Potter!- Disse a senhora, quando entraram na varanda.

– Pelo que?

– Por ter, de alguma forma, trazido a minha neta para mim depois de quase 20 anos.

– Mas eu não a trouxe aqui, senhora Gwen.

– Acredite se quiser, mas acho que quando você encontrou aquela caixa com as cartas, você a trouxe para mim novamente. Mesmo que, por poucos dias, me fez feliz ve-la de novo.

– Claro. De nada.- Harry disse, sem graça. A senhora Henrickh entrou em sua casa e todos andavam de volta para o hotel onde estavam.

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– Acho que aquela mulher está caducando. Por que disse que você trouxe a Luisa do outro mundo pra cá? O que você tem a ver com isso Harry?

– Não sei Rony, mas ela acredita que o fato de eu ter encontrado a caixa e ter procurado a Luisa fez com que ela aparecesse aqui, no nosso mundo.

– Acredito que ela estava se referindo a você trazer a tona um assunto que para ela havia morrido há 20 anos atrás. O fato de Luisa ter aparecido no nosso mundo não tem relação com o fato de você ter encontrado as cartas perdidas.- Hermione divagou.

– Bem, vamos para o hotel logo. Estou quebrado. Só quero uma cama. – Draco disse e andou com Astoria na frente. Hermione e Rony foram logo atrás deles mas Harry andava devagar e Gina percebendo que o marido estava pensativo, perguntou:

– O que foi agora Harry?

– Eu axo que vou visitar o tumulo da Luisa desse mundo. Amanha iremos embora cedo e não terei tempo.

– Eu vou com você.

– Não precisa. Sei que está cansada. E eu prefiro ficar sozinho um minuto.

– Tudo bem, se você insiste. – Gina deu um beijo no marido e foi para o hotel. Harry procurou o cemitério da cidade e, depois de andar um pouco encontrou o tumulo de Luisa.

Luisa Henrickh

30/04/1980

28/10/1998

“O tempo não pode separar o amor verdadeiro”

Harry conjurou uma coroa de flores brancas, rosas, e ficou observando o tumulo mais um pouco.

– Queria ter te conhecido em Hogwarts. Aposto que seríamos um quarteto fantástico.*( não me matem, não pensei nesse trocadilho quando escrevi, mas eles seriam um quarteto mesmo)

Harry observou mais um pouco o tumulo e se despediu. Na manha seguinte todos estavam tomando café da manha e se preparando para voltarem a suas rotinas. Draco contava como fora a batalha entre eles e Morpheus para Astoria, que ficava cada vez mais impressionada. Rony tentava ajudar, afinal, ele desarmou o grande bruxo e rolou com ele desferindo socos e pontapés.

Hermione e Gina riam dos exageros dos dois e Harry bebia seu café tranquilo. Assim que terminaram, eles se despediram e cada um aparatou em sua casa. Gina foi guardar as malas e Harry ficou no escritório, onde a caixa de madeira estava aberta, com algumas das cartas de sua prima.

– Queria ter te encontrado antes, caixinha. Uns 20 anos antes.

Harry então guardou as cartas espalhadas dentro da caixinha e fechou a tampa, colocando-a na estante. Ele saberia que ela ficaria para sempre lá, e na memória de todos.