Scorpius & Rose (vol. 1)

Capitulo 34 - O teste


Scorpius & Rose

Capitulo XXXIV - O teste

Rose passou a ficar distante nas semanas seguintes, de tudo e de todas e os motivos poderiam ser diversos.

As meninas e amigas mais próximas julgavam ser que o final do período estava cada vez mais próximos e Rose se encontrava carregada de estudos mais do que o normal, contando com o compromisso de ajudar o restante do time a revisar matérias. James e Louis julgaram ser por causa do fim do campeonato, com os últimos resultados no geral a final seria um clássico: Grifinória versus Sonsernia e isso lançava uma carga particularmente gigante em cima dos envolvidos. Já o melhor amigo supôs que a festa de despedida clandestina para James e Fred estava pilhando todo mundo, especialmente a ruiva, que não gostava muito de quebrar as regras e nem de imperfeições. Lara preferiu ficar calada e na dela. Por fim, Scorpius não tinha certeza de nada. Os dois estavam fortes e juntos outra vez, estudavam juntos, treinavam feitiços juntos e depois de toda ajuda com o Patrono, Rose conseguia produzir tal espectro com destreza. Porém, ainda sim Rose diminuíra os diálogos, parecia sempre preocupada e angustiada com algo e quando Scorpius arranjava um jeito de ficarem a sós por um tempo ela fugia alegando esquecer de fazer alguma coisa. Scorpius, antes certo do pedido que tinha feito a ela antes, agora estava com medo de tê-la assustado.

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O fato era que ninguém estava correto sobre o motivo exato da angustia de Rose, sim, porque era apenas um motivo, bastante assustador ousava dizer.

Revisar as matérias e ajudar o restante do pessoal com suas próprias dúvidas era moleza, fazia isso todo ano com o grupo de estudo da biblioteca. Talvez Scorpius fosse dá um pouco de trabalho na final do campeonato de Quadribol, mas só talvez. Quanto a festa secreta? Ela estava mais do que tranquila, afinal estava tudo em ordem, quitado e equipado, faltava apenas a data e a hora chegar para que Fred e James participassem da comemoração mais louca daquela escola e como era um evento em prol do divertimento familiar, as regras que fosse se danar. E bom, não estava flertando e muito menos levando na brincadeira o pedido especial de Scorpius.

O problema era outro, muito maior e mais incerto. Diferente de tudo que ela já enfrentara.

Ela nunca provou verdadeiramente do sentimento de estar completa e incorrigivelmente perdida, nem do desconhecimento quanto ao o que fazer se suas suspeitas se confirmassem. Era muita coisa em jogo. Era sua vida, a sua carreira e o seu futuro na ponta da varinha. Oh Merlin! Era a vida de Scorpius também! O que ele diria? O que faria? Ah Grande Merlin! E o que os pais dos dois fariam?!

– Você precisa se acalmar, Rose! – Pediu Lara encarando a amiga. Rose mantinha a embalagem fechada nas mãos tremulas, os olhos fixos no nome do produto.

– Onde você conseguiu? – A ruiva perguntou, nervosa, mas sem nenhum interesse profundo. O que importava era que o meio de conseguir a resposta, que ao mesmo tempo queria e não queria, estava em suas mãos.

A verdade é que qualquer pergunta que ela pudesse fazer já era ganho, pois queria adiar o máximo possível o uso daquilo, porque a situação que aquela pequena caixa de papelão representava era assustadora.

– Eu mandei uma coruja para o mais novo dos meus irmãos. Ele é pediatra no mundo trouxa, o único que não trabalha com magia diretamente. Jack também é mais próximo de mim do que todos os outros e ainda mora com os meus pais, prometeu me ajudar e manter segredo. Eu disse que uma amiga estava precisando ter um resultado rápido e ele me enviou isso. Falou para seguir as instruções do rotulo.

– Você disse meu nome?

– Claro que não! Você confiou em mim!

E era verdade. De todos, Lara era sua única saída. Se contasse para Luna, a voz da razão falaria mais alto para a ruivinha e tudo poderia ir por água baixo. Ninguém poderia saber até Rose ter uma resposta concreta das suas dúvidas.

– Desculpe - a ruiva voltou a dizer –, eu estou um pouquinho nervosa.

– Não fique... Seja otimista. Independente do resultado, vamos fazer pra que tudo fique bem, está certo?

– Vamos? Nós? Lara, você não tem nada a ver com isso, não quero encher os outros com os meus problemas.

– Bom... Eu sei que não tenho nada a ver com isso, na verdade, não diretamente – a morena se atreveu a sorrir em tal situação -, mas você é minha amiga e quando eu precisei era você que estava lá, foi você que me levou até Al. É justo e um grande prazer retribuir em qualquer coisa que precisar.

Os olhos de Rose se encheram de lágrimas no estopim do desespero, Lara envolveu a amiga nos braços e a abraçou com força, deixando-a chorar que nem beber. A promessa da morena estava no calor daquele abraço e era tudo que Rose precisava sentir. Estava apavorada, mas a sua determinação e coragem estavam de volta a postos graças aquele contado humano.

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O mundo não ia acabar.

Ia ficar tudo bem.

– Agora entre logo nesse box e resolva logo isso, depois pensaremos no que fazer.

O banheiro feminino da Murta-Que-Geme ainda era evitado em massa. Porém, Lara não tinha medo e nem raiva da Murta, na realidade as duas até que mantinham um papo agradável, devendo-se ao fato de que o fantasma fora o primeiro amigo de Lara em toda Hogwarts.

– E então? Quem é o pai? – Murta perguntou aparecendo ao lado da morena, que olhava com apreensão a cabine em que Rose tinha se trancado.

– Você já fez perguntas demais. – Lara disse com calma. – Me prometa que não contará do que aconteceu aqui a ninguém, Murta.

– Se você souber o número de garotas que já me pediram isso. Tadinhas...

– Murta...

– Tá bem! Tá bem! Fico de boca fechada.

Rose saiu da cabine, a mão segurando o bastão, os olhos fixos no painel, a expressão indecifrável.

– E então? O que diz aí? – A voz de Lara era urgente, porém quase rouca.

– Eu não estou grávida... – disse simplesmente, mais pra si do que pra qualquer outro. Então ergueu o olhar para a amiga e o fantasma e abriu um largo sorriso aliviado. – Lara, eu não estou grávida!

Uma onda de alívio invadiu o corpo das duas, que se abraçaram bem apertado mais uma vez. Rose tornou a chorar de felicidade, mesmo que sentisse algo no fundo do seu coração que poderia ser chamada de decepção. A situação ainda era delicada quanto ao que sentia diante a notícia, porque ela percebeu que teria adorado a ideia. Sim, adoraria construir sua vida e sua carreira, uma base segura para enfim construir uma família e iria ser assim, mas talvez não fosse tão ruim se não acontecesse nessa ordem. Imaginar que poderia e que quase pode gerar um pedaço seu e dele dentro de si era algo um tanto arrebatador, ter chegado tão perto a isso só deixava tudo mais intenso.

– Você está bem? – Lara perguntou quando as duas se soltaram.

– Sim... – Rose abriu um sorriso sincero. – É só que... É uma ideia confusa. É quase um sonho ter um filho de Scorpius. Sonho esse que eu nem sabia que possuía. Poderia até ter sido realizado agora e mesmo que tornasse tudo mais difícil, não seria o fim do mundo.

– Pense nisso como uma revelação. É isso que você quer Rose. Você quer um futuro com o seu namorado, isso agora está ainda mais do que certo. Mas pense que tudo é ao seu tempo, flor. Tudo virá. Vocês se amam e não vivem um sem o outro, mas vocês tem que dar tempo ao tempo, entende?

– Uhum. Sim, agora eu vejo isso... Você sempre a moça dos conselhos.

Lara riu pelo nariz, discordando com a cabeça. Rose a observou e esperou paciente que o riso se fosse.

– Lara?

– Sim?

– Não podemos contar a ninguém o que houve aqui.

– Como assim? Nem pra Scorpius?

– Não! Nem mesmo para ele...

– Você tem certeza?

– Absoluta.

– Se eu não estivesse vendo isso nos seus olhos, lhe questionaria. Se é assim que você deseja, então isso aqui nunca aconteceu.

– Obrigada.