POV Amanda

Em Asgard, poucas pessoas lembravam que um dia eu já havia posto os pés aqui, antes de conhecer Tony e ir morar com ele, ser encontrada pela SHIELD e tal, Odin havia descoberto sobre a existência da filha de Loki, mandou Thor vir me buscar, eles sabiam onde eu estava na época. Depois de um tempo eu sabia que não podia ficar lá, que minha mãe precisava de mim, eu havia passado um ano longe da Terra, apaguei a memória de todos menos Frigga, Odin, Sif e Volstagg, Odin me mandou de volta e tudo ficou bem, foi agora que eu tinha que voltar e deixar eles cientes da minha ilustre presença, devolvi a memória de todos.

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– Avine - Frigga veio me abraçar assim que chegamos na sala do trono, eu a correspondi calorosamente, ela era um segunda mãe pra mim, tecnicamente minha avó, agora que perdi minha mãe, tudo vai mudar.

– Frigga, que saudade de você.

– Está diferente.

– Cresci não é.

– É tão bom te ver de novo.

– Onde está Sif?

– Treinando, como sempre - eu olhei pra ela daquele jeito - você pode ir lá, vai logo - eu sorri e fui correndo, do jeito dos vampiros, acho que eles se assustaram, não estou nem aí, logo cheguei perto da sala de treinamento e desacelerei, quase me desequilibro, me aproximei devagar dela, que estava de costas, ela virou com a espada quase chegando a cortar meu pescoço, se eu não fosse mais rápida com a minha espada.

– Avine?

– Em carne, osso e pura beleza.

– Você não mudou nadinha.

– Cuidado, posso ter um surto e te atacar a qualquer instante, meu autocontrole entrou em choque desde que minha mãe morreu a poucos minutos.

– Ah, meus pêsames.

– Ela é dura na queda, não achei que esse dia chegaria tão cedo, mas chegou, precisei levá-la o mais longe possível, acabei me descontrolando e lancei um feitiço em duas pessoas.

– Nossa.

– Retirando suas humanidades.

– Você fez isso, agora me impressionou de verdade.

– Foram eles que a mataram, eles pagaram o preço, minha humanidade estava ausente nesse meio-tempo.

– Sua Humanidade? Como?

– Vampiros podem desligar sua humanidade, eu sou metade vampira, tenho alguns privilégios.

Ela investiu contra mim enquanto eu estava de costas, embainhando minha espada, eu a tirei rapidamente evitando seu golpe numa rapidez extrema, lutamos durante um tempo, quando eu venci ela.

Voltei até o castelo quando me despedi dela, Frigga me acolheu depois que contei da morte precoce de minha mãe, ela me concedeu um quarto no palácio, eu ainda não tinha ido dormir, fiquei olhando para o teto, com os pensamentos invadindo minha cabeça, até que caí no sono e nem percebi, já era um outro dia e eu, como sempre, acordei cedo demais, fui para sala de jantar, não tinha nem a sombra de ninguém, eu sabia que Loki havia sido preso, mas, pelos atos dele, seria permanente, para sempre, ou até morrer, fiquei olhando de um lugar no palácio com roupas de guerreira, eu sou uma guerreira tá bom, até que alguém chega.

– Tão cedo assim e já acordada.

– Frigga - eu esbocei um sorriso, ela me acompanhou em uma caminhada até a sala de jantar, já que eu estava em um posto bem distante de lá.

– Dormiu bem?

– Muito, só tive sonhos bons, estava com minha mãe e Loki, sorrindo, estávamos felizes - uma coisa que nunca poderá acontecer, já que minha mãe está morta e a sentença de meu pai é eterna.

– Você não o chama de pai não é.

– As vezes, quando a situação está grave, mas não consigo me adaptar a chamar ele assim.

– Com o tempo conseguirá.

– Não sei se isso é possível, eu não tenho razões pra isso, ele não fez nada por mim.

– Ele não se lembrava de você.

– Foi melhor assim, agora não tenho amor e só sinto dor, minha mãe era a luz, agora estou em trevas, a escuridão agora me conduz.

– Lindo poema.

– Veio na cabeça agora - ela sorriu e chegamos até a sala de jantar, depois de tomar café, fui andar por Asgard, olhando suas paisagens, tudo me fazia lembrar da minha mãe. Sif me viu e ficou preocupada, veio até mim e falou:

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– Sente muita falta dela?

– Não foi o seu fim, está longe de ser, mas não posso impedir a sua morte temporária longe da Terra.

– "Morte temporária"?

– Ela ainda não morreu, só pode ser morta com uma estaca feita com a árvore de carvalho branco, ela foi ligada a maldição dos originais por minha causa, já que sou tão especial, sendo metade vampira e metade deusa ou jotun. Já que a situação de meu pai é discutível.

– Difícil entender sua raça.

– Na verdade não, é só difícil entender minha linhagem - ela riu e lutamos, venci dela três vezes, ela não aceitava perder pra mim, principalmente porque eu trapaceava, tá no sangue neguim, foi assim que vivi minha vida inteira, usando trapaças estratégicas que não fossem me incriminar. HAHAHAHA.