A Filha da Magia

Um encontro com Nêmesis


Os amigos caminhavam a passos largos. Indo até mais ao sul. Baltimore ficava à poucos quilômetros de lá. Mas todos já estavam cansados, então pararam numa lanchonete para comer.

– Odeio comer fora do acampamento. Nunca tem o que eu quero... – disse Percy. Nico, Carol e Piper riram.

– Depois que se acostuma com a comida de lá, não dá pra comer em lanchonetes. É horrível. – concordou Piper.

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– Não consigo mais me sentir em casa... – afirmou Percy. – É complicado viu!

Acabaram pedindo sanduiches de cream cheese e Coca-colas. Comeram rapidamente e alugaram quartos para uma noite num hotel ali perto. Como só tinham quartos com camas de casal, foram obrigados a dividi-las. Carol dormiu com Percy, Piper dormiu sozinha e jogou Nico para o sofá. Piper ofereceu o lugar ao seu lado para Carol, mas ela rejeitou, dormindo ao lado de Percy.

Carol acordou no meio da noite, sentando-se na cama rapidamente. Percy se sentou e segurou seu braço, acalmando-a.

– O que foi Carol? Um pesadelo? – perguntou ele. A garota fez que sim com a cabeça. – Calma, venha, vamos voltar a dormir tá bem? Venha. – ela deixou que ele a deitasse lentamente.

– Percy, eu... Foi horrível! – exclamou ela.

– Eu sei. Eu sei que foi. Mas volte a dormir. Amanhã você me conta. Okay? Você precisa descansar.

Ele se deitou virado para ela e acariciou seu braço, para acalma-la. Ela virou o corpo e ficou de frente para ele, encarando-o. Então, ela segurou sua mão e o beijou. Ele se assustou com a atitude da amiga e arregalou os olhos. Ela enrubesceu, virou-se e fingiu dormir. Percy ficou encarando-a por algum tempo antes de voltar a dormir, abraçado a ela.

● ● ●

A caminhada até Baltimore foi longa. Demoraram mais de duas horas para chegarem até lá. Ao chegarem, Percy disse:

– Venham, ela está em algum lugar por aqui. Fiquem de olho em qualquer coisa que não pareça humana.

Os quatro semideuses olhavam para todos os lados enquanto andavam, à procura de qualquer coisa fora do comum. Não demoraram muito para encontrar uma mulher vestida de negro da cabeça aos pés.

– Droga. Nunca é coisa boa quando ela veste preto. – advertiu Nico.

– Juro cara, eu tenho medo dessa mulher às vezes. – admitiu Percy. – Ela é sombria demais. Não demonstra emoções...

– Ela é linda. – Carol observou.

– Linda ela é. Mas as coisas que ela costuma dizer não são tão lindas assim... – rebateu Piper. Carol fez uma cara de preocupada e olhou para Percy. O garoto devolveu o olhar com um sorriso tranquilizador que a fez sorrir também.

– Vamos logo. Não adianta adiar isso. – disse Nico andando em direção à deusa, com os três amigos logo atrás.

– Olá meu jovens. – disse a deusa da vingança. – Posso ajuda-los?

– Pode. –Percy foi direto. – Em meus sonhos, eu a vi nos dando informações. Sei que você pode nos ajudar. Então diga-nos, o que você quer que façamos pela sua ajuda?

– Você é um garoto esperto Percy. Aprendeu bem com os anos. – disse Nêmesis. – Agora, o que quero de vocês é o seguinte: Janos tem me infortunado nos últimos meses. Ele tem me feito fazer escolhas a todo o momento. No começo eu não me importava, mas isso está começando a me irritar. Quero que façam-no parar.

– Ahñ... deusa? Como podemos fazer isso? – perguntou Piper.

– Virando a maldição contra ele. Deem um jeito de fazê-lo escolher. É o único modo de mostrar a ele quão chato isso é. Se conseguirem, venham falar comigo. Boa sorte. – a deusa desapareceu assim que terminou de dizer essas palavras.

– Ótimo. Virar uma maldição é muito simples mesmo. – Percy estava levemente preocupado agora. – É nessas horas que me arrependo de pedir a ajuda de Nêmesis. Ela SEMPRE tem problemas!

– Vamos dar um jeito Percy. Calma. – disse Carol, tentando segurar sua mão. Ele a afastou e lhe lançou um olhar como se dissesse “Agora não.” e concordou com a cabeça.

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– Sim. A gente vai descobrir como inverter essa porcaria. Vou tentar pedir a ajuda do meu pai. Mas vai ser meio difícil convencê-lo de ajudar. Vocês sabe como ele é... – disse Nico. – Fui! – e desapareceu numa sombra ali perto.

– É tão estranho quando ele faz isso. Sempre tenho a impressão de que ele vai se machucar. – admite Piper.

– Já me acostumei. – disse Percy. – Sabem? É bem legal viajar nas sombras.

– Você já fez isso antes? – perguntou Carol.

– Algumas vezes. Querem tentar?

– Com certeza! – disseram as duas.

Percy assoviou e chamou por sua Cadela Infernal: - SENHORA O’LEARY!

Um enorme cão negro se materializou do lado dele. Carol deixou escapar um grito de susto quando viu a cadela pular sobre Percy.

– Calma garota! – dizia ele, abafado pelos pelos da cachorra. – O que é isso? Quem vê pensa que a gente não se vê há anos. – a cadela saiu de cima dele, lambendo seu rosto.

– Subam, vamos encontrar Janos. – disse Percy subindo nas costas da Sra. O’Leary. Ela ajudou Carol e Piper a subirem e disse para a cachorra: - Leve-nos até Hermes garota. Precisamos ter uma conversa com ele.

A cadela latiu e correu em direção à uma árvore, desaparecendo segundos antes de atingir o tronco.