She's Like The Wind

Capítulo 2


“Oliver, Oliver, me escute, acorda, droga fique comigo ok?”

Eu ouvi uma voz longe, e ela sumia a cada palavra que era dita. Então senti água e frio. Senti a chuva e uma voz se impactando com meus ouvidos. Abri os olhos e a vi.

– Oh Oliver, Graças a Deus, você sente algo?

– Não, estou bem. – Tentei ser forte para lhe passar confiança.

– Você está pior que um banheiro de bar no meio da estrada. Vamos, eu te ajudo a levantar. Quem é a mocinha indefesa agora? - Eu a olhei assustado, como ela sabia disso? Ou adivinhou o que eu disse?

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– Engraçadinha. Pra onde eles foram?

– Quando atiraram em você, a polícia apareceu e eles correram para o outro lado.

– Tiro? Que tiro? – Procurei marcas de bala, mas a roupa estava intacta.

– Bom, não deve ter acertado, ele tinha a mira de uma mulherzinha mesmo. Quer dizer, ele não atira pior do que eu, mas se bem que não deve ser tão difícil atirar com um revólver, acho mais fácil errar uma flecha, quer dizer, não que você erre ...

– Felicity?

– Oi?

– Está chovendo e frio, entende?

– Oh, desculpe, você caiu do prédio e deve estar doend...

– Como assim caí de um prédio?

– Eu não sei como está andando tão bem depois de cair de três andares, mas sim, caiu.

– E os outros?

– Estão te procurando, evidente. Mas chuva nunca foi parceira da tecnologia. Ainda bem que eu sabia pelo localizador embaixo do seu colete onde você estava.

“Incrível como sempre.”

– Será que podemos sair daqui? Mesmo porque eu estou molhado demais pra quem caiu de um prédio.

– Não que isso tenha ligação, acertei?

– Acertou, mas algo tem que fazer você me tirar daqui.

– Vou te levar pra minha casa, lá eles não irão te encontrar e é o mais perto que pode ir.

Era um prédio tão pequeno que logo me dei conta de nunca ter estado aqui. Não foi difícil subir a única escada que havia no prédio. O porteiro havia nos olhado com uma cara estranha, e ela como sempre do seu jeito o fez sorrir, assim como me fazia.

– Uma festa a fantasia. Foi péssimo, ele bebeu demais e se pendurava nas coisas gritando: “Você falhou com esta cidade.” – Forçou uma risada que soava puro desespero. – Acredite, o senhor adoraria gravar isso e colocar na internet. Boa noite.

– Foi a pior coisa que você poderia dizer.

– O cérebro dele está boiando em cafeína. Acha que ele reconheceu o próprio herdeiro Queen passeando por este prédio?

– Poderia ter dito algo menos vergonhoso.

– Oliver Queen com vergonha só porque uma menina está tomando uma atitude primeiro?

– Não se gabe tanto, eu caí de um prédio de três andares.

– Não banque o herói.

– Mas não estou.

Entramos em seu apartamento e eu vi como era simples, porém aconchegante. As paredes de cores claras contrastavam com os móveis vermelho e tabaco. Era pequeno, e até pensei se o salário dela era tão pouco assim e se ela vivia bem aqui.

– Você pode ficar a vontade, eu vou até ao apartamento a senhora Thomaz para pegar umas roupas do Joey pra você.

“Joey? Quem era Joey? E porque ela queria as roupas dele?”

– Ali está o banheiro, tome um banho e logo eu volto. Tire essa roupa molhada logo, ok?

– Felicity!

– Sim?

– Obrigada. – Ela sorriu.

– Você vai ficar me devendo uma.

Ela fechou a porta, e eu fiquei ali, olhando ao redor. Estava na área dela. Estava sendo salvo pela mocinha em perigo. Mas quem estava em perigo ali, era eu enquanto olhava sua cama.