Amor é fogo que arde sem se ver

Uma chama de esperança acesa


Já faz algum tempo desde a última vez que Clary ouviu falar de seu irmão. E sinceramente ela não estava muito preocupada com isso agora. Sua maior preocupação no momento era Jace. Por sua culpa e talvez de seu irmão do mal também, seu namorado estava sujeito ao fogo dos céus. As buscam por uma cura ainda continuam, porém é difícil encontrar um método eficiente em meio a confusão que está ocorrendo no mundo dos caçadores das sombras. E Jace não ajuda a Clary se sentir menos culpada, afinal, sempre que ela tenta se aproximar mais, ficar mais tempo com ele; este afirmava que é perigoso e que não desejava machucá-la.

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Ela não poderia negar: que se odiava um pouco por tê-lo atingido com a maldita espada do anjo. Não era como se ver ele de volta à sua própria consciência e longe de Sebastian fosse algo insignificante, ela tinha muito que agradecer. Tinha que temer também, mas no momento ela não tinha espaço dentro de si para medos. Ela queria proteger seu amor e seu amado dos riscos. Ela queria ter mais de Jace só para ela, um pouco de paz para os dois. E então, foi por isso que com a ajuda de Isabelle Lightwood que ela tinha finalmente conseguido um encontro com seu namorado. O lugar: uma cachoeira no Brasil chamado de Ibicoara ou o Buracão. Foi fácil descobrir um local apropriado e também criar um portal seguro que os levasse até lá. Difícil mesmo fora convencer ao garoto louro disso. Izzy que o diga! Mas ele estava aqui, vestido como um lutador!

"Isabelle não disse aonde íamos?" Clary perguntou quando ele se aproximou, ele confirmou "E você acha normal ir à um país tropical vestido todo de preto?" perguntou rindo

"Acho que é melhor do que ir pelado, mas se você qui..."

"Oh, céus Jace. Acho que seria perigoso demais você sair pelado por aí. Então estas roupas terão de servir." ela corou e ele riu

"Vamos?"

Ele perguntou e talvez uma faísca de excitação tenha escapulido dele, talvez até esperança. Segurando em sua mão, Clary fez um portal rumo ao seu destino final. Foi uma questão de segundos até eles pararem na borda de uma cachoeira. A queda ao fim de um buraco devia ter uns 80 metros de altura e ela sentiu a euforia nela mesma e surgindo nele em forma de um sorriso maroto. "Pronto?" ela perguntou e ele acenou que sim então juntos eles pularam.

No ato suas mãos acabaram se soltando uma da outra e Clary agradeceu, pois a calor que emanava dele as vezes era incômodo demais para suportar. Foi por isso que teve a ideia da cachoeira. Um lugar úmido e com água em abundância caso o fogo saísse de controle, o que de uma forma ou outra iria acontecer. O ato de cair trouxe um sentimento de liberdade para ambos que seria impossível descrever. As vezes nos sentimos invencíveis e jovens e cheios de libertinagem. Isso não era uma exceção para os caçadores das sombras, talvez até eles sentissem tudo isso em dobro.

Um mundano não teria suportado o forte impacto da queda provavelmente, mas para os shadowhunters foi uma das coisas mais simples de se fazer. Rindo, ambos molhados se abraçaram e se beijaram. "Vamos explorar" ele disse e ela o seguiu para uma extremidade da grande parede rochosa com uma runa que ela teve uma ideia do que seria. Ele abriu uma passagem pelo meio das pedras para um tipo de ala particular. Seguindo-o mais adentro pôde ver que se tratava de núcleo da cachoeira com uma pequenina entrada de luz e ventilação e a água corria pelas paredes e formavam uma pequena lagoa até a altura do ombro o que, ela percebeu, agradou a Jace.

"Você já conhecia esse lugar!" ela acusou

"Sim" ele riu "Não é como se eu não precisasse saber para onde garotas malucas estão me sequestrando"

"Se-ques-tran-do?" ela repetiu metodicamente "garotaAS malucas, existiram tantas assim?"

Ela tentou evitar mostrar sua irritabilidade só em cogitar a ideia de Jace com outras garotas. E nesse lugar, no lugar que ela... ele a puxou pela mão esquerda com um sorriso torto.

"Não é como se alguma delas tivesse conseguido fazer uma parcela daquilo que você faz comigo. As vezes Clarissa acho que você é uma feiticeira e não uma caçadora."

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Ela o olhou, ele ainda tinha o sorriso debochado e gostava de fazer isso com ela. E não é como se ela fosse esperta o bastante ou forte o bastante para fingir não se importar. Mas bem, pensou ela. Aqui está ele. Todo seu. E é você que ele quer, não qualquer outra garota. E Clary sabia também que esse era um dos poucos momentos de paz, ela deveria extrair o máximo deles e não desperdiçá-los com coisas pequenas. O tempo deles era tão cronometrado! E um luxo não considerável seria perdê-lo dessa maneira. Então com amor ela beijou todos os nos dos dedos dele e sentiu seus dedos de guerreiro calejados em seus lábios. Sentiu o calor emanar dele como uma bomba louca para explodir. Ela o fez arfar com seus singelos beijos castos que percorriam de seu pescoço a sua mandíbula, a boca, as bochechas e os olhos e quando os encarou pôde vê-los em chamas. Os olhos dourados cor de âmbar brilhando com uma luz abrasadora. E o beijo antes casto agora se torna um beijo mais íntimo. Um beijo entre duas pessoas que se amam e que se desejam. Apesar de estar molhada e sentir a água gelada ela percebia o calor e a luz que estava aumentando cada vez mais nele. Não era como se ela quisesse fingir não notar, mas ela simplesmente não se importava. Todavia ele se importava e quando ela tentou tirar a camisa dele ele protestou.

"Clary não dá... Isso, isso... - ele disse gesticulando para a própria pele que parecia estar em chamas - não é normal. Você não precisa disso."

"Jace quantas vezes eu vou ter que te dizer, não me importo. E eu quero você. Quero isso."

"Mas isso não te incomoda?" perguntou ele e ela jurou ver toda uma fragilidade por trás do Jace geralmente armado

"Você continua lindo, acho que mesmo se tentasse não conseguiria ficar feio"

Ele riu timidamente e tirou a própria camisa e ela igualmente e então voltarão a se beijar e ele a segurou mais firme em seus braços sem medo de machucá-la, pois ele não iria. Ele jamais a machucaria. E ela confiava nele o suficiente para tudo. Então gradativamente ela se entregou ao momento e ele também e eles puderam sentir-se tão completos e complementares um do outro tanto quanto fosse possível. E quando seus corpos formaram um só eles já sabiam que não era apenas algo físico, carnal era algo que transcendia. Eles sabiam que era amor. Sabiam também que teriam que enfrentar muitas coisas ainda, porém tinham a certeza de que enquanto existisse esse amor entre eles qualquer problema não seria nada demais. Pois o amor e a lealdade deles os manteria de pé sempre.

"Parece um sonho, sabe." ele disse quando eles estavam deitados na pedra rochosa

"Sim. Mas creio que seja real. Os sonhos não costumam ser tão bons." a ruiva disse tirando a cabeça do peito dele para olhar em seus olhos

"Eu te amo."

"Eu sei e eu te amo Jace-da-Clary"

"Se fosse possível eu escolheria esse momento pra sempre para viver."

"Não é uma despedida. Acho que é apenas o começo sabe. Nós podemos vencer tudo isso. Juntos. Se lembra? Juntos nós poderemos qualquer coisa. Então... você me daria a honra de sua companhia?"

"Sempre e para sempre minha senhora. Juntos."

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.