Light of Dawn
Capítulo 32: O príncipe ganancioso
Finn
E lá estávamos nós. Eu e Absalom frente a frente, em uma área abaixo do castelo doce. O chão era de pedra, e as paredes feitas de tijolos doces que formavam um funil de cima para baixo. Mesmo que tentássemos enxergar o teto, apenas a penumbra podia ser vista, e as luzes eram provenientes de tochas a volta
— Finn, qual a necessidade disso? Ele não vai nos causar mal, nossas negociações até agora foram para formar uma aliança! - Argumentava Jujuba
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Eu sei princesa, só que... - Eu encarava-o. Seus olhos azuis encarando os meus olhos azuis - É algo que eu preciso fazer. Se quiser, pode pensar que é por mim mesmo em vez de ser por todos que estou fazendo isso
— Mesmo assim cara, ele tava de boa, por que quer uma luta? Além de tudo, seus ferimentos ainda não...
Absalom interrompeu, observando a princesa
— Acalme-se princesa, não é como se fossemos nos matar - Seu olhar pairou maliciosamente sobre mim - Não é mesmo Finn?
Assim que cheguei a ele, quando ele se retirava do castelo, não pude pensar em nada. Nenhuma pergunta que eu fizesse poderia me tirar uma resposta satisfatória, eu sabia disso. Tinha certeza. A primeira coisa que pensei, foi o que minha voz transmitiu: eu queria uma luta. Um combate armado, minhas espadas e poderes contra ele. Sua espada e qualquer coisa que ele tivesse, contra mim
Mordomo menta, que estava segurando uma vela ao lado de Jujuba, perguntou
— Tá, mas por que fazer isso no castelo?
— Assim fica mais dramático - Respondeu Absalom
— Concordo - Respondi
Abrindo o casaco, ele o jogou em cima do mordomo, permanecendo com uma camiseta negra. Retirou os sapatos sociais e elevou um pouco a boca da calça
Jake, parado em um canto, fingia comer pipoca com o próprio corpo
Puxei minha espada rubra. Usaria apenas ela por enquanto
O vento soprou naquele longo corredor. Apesar de ser a parte mais estreita do funil, um lado ao outro teria aproximadamente dez metros de largura
Absalom suspirou, e entrou em posição de combate corpo a corpo, mesmo com sua arma ainda embainhada
— Não vai usar sua espada? - Perguntei
Ele sorriu
— Está falando disso?
Ele puxou o cabo de sua espada. Mas nenhuma lâmina nela havia. Era um cabo de couro com guarda-mão, porém sem lâmina
— Se quiser, pode pegar - Ele fez um movimento, arremessando-a para perto de mim
Estiquei meu braço, porém quando peguei, ela se desfez em farelos azuis. Encarei-o. O que era aquilo?
— A lendária espada Masamune... forjada por um ferreiro de mesmo nome, em uma era a muito tempo passada... - Ele encarou-me maliciosamente uma segunda vez - Você deveria enfrentar o inimigo, se aproveitando da situação em que ele está, sabendo que pode ser uma armadilha
Ele avançou velozmente em minha direção. Fiz o mesmo
O que ele pensava. Avançar contra alguém armado? Ele com certeza teria algum truque
O vento soprava mais forte
Um ataque veloz. A espada rubra desceu em diagonal, e sua lâmina escarlate foi defendida pela mão do inimigo
— O que...
Ele girou, jogando a espada para o lado e acertando-me um chute em meu estômago de forma poderosa
Fui arremessado longe, quicando no chão algumas vezes. Levantei-me de supetão, ainda perplexo: ele havia defendido um golpe de espada com a mão. Não segurara com as palmas a face da lâmina. A arma literalmente acertou um corte em seu dedo, que estava colado nos outros
— É assim que ela funciona Finn!
Ele disparou. Seu primeiro passo deixara o chão de pedra em pedaços
Manejei a espada e golpeei a diagonal direita inferior em direção a esquerda superior, apenas para ser defendido por sua mão esquerda
Outro chute, em direção a minha face, que desviei milimetricamente. Segurei sua perna com o braço livre e chutei a perna de apoio
Absalom girou no ar, e eu em terra, preparando um corte em suas costas
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Porém, antes que eu pudesse realiza-lo, ele golpeou-me com as costas de seu punho. Defendi com o meu
Enhanted Aies
Outro giro e outro chute horizontal por parte dele, que desviei apenas por conta da rota de fuga, que apareceu em minha visão graças a Dark Vision
Um murro em direção a seu rosto. Ele segurou meu punho, e com o braço livre, atacou-me com os dedos grudados um ao outro. Elevei meu queixo. O ''corte'' passou rente a meu rosto, conforme eu saltava para trás
Era isso. Com as próprias mãos, ele podia fazer lâminas, de alguma forma
Sorri. Puxei a espada rubra, e evoquei a dourada, desta vez, partindo eu para cima dele
Diversos golpes. Um horizontal, ele abaixou. Um a seus pés , ele saltou. Uma estocada repelida e um giro seguido com um corte diagonal, parado por sua ''mão-lâmina''
— Já percebeu né? Bom, então nem preciso entrar em detalhes - Ele sorriu - Pra uma luta casual, está bem interessante
A marca em minha mão brilhou
Szoom
Apareci a suas costas
— Digo o mesmo!
Golpeei com a espada dourada como distração. Ele defendeu o golpe, porém não percebeu a tempo que eu havia fincado no solo tanto a lâmina rubra, como agora a dourada. Me apoiando em ambos, chutei seu tronco com ambas as solas de meus pés
Ele girou em pleno ar, posicionando-se de volta
— Nada mal - Disse ele - Usar uma transversal não é nada mal
Novamente isso. Novamente outro ser que chama Blink de transversal. Ele e o Marionetista eram os únicos dois
Ambos avançamos, e trocamos golpes. Desvios de ambos os lados. Golpes defendidos, e um ou dois acertados para ambos os lados daquele conflito. Agora não mais adiantava ''Blinkar'' para trás de Absalom, que conseguia contra-atacar até melhor deste jeito
Em um súbito velosíssimo movimento, ele segurou meu pulso direito, girando-o e, saltando, ele acertou-me um chute com seu calcanhar bem na parte esquerda do rosto
Choquei-me com os tijolos doces com tal força, que poeira rosa fora levantada, ocultando-me por um momento
Tomei ar naquela situação. Suas mãos eram suas lâminas. Seus chutes eram devastadores, e para realiza-los ele tinha habilidades que compensavam a falta de socos velozes. Até agora, não vira nenhuma brecha e, nem poderes que ele poderia ter além disso...
Uma lufada veio, refrescando-me e tirando a proteção que eu tinha da poeira
Ele entrara em posição de combate novamente, parado no mesmo lugar
— Sabe Finn, já percebeu como luto. Masamune é uma espada tão poderosa, que se une a quem ela foi dada, permitindo que suas mãos se tornem lâminas - Ele sorriu - Sem adentrar em detalhes, eu dominei-a, pode-se dizer que quase completamente
Os dedos, que antes eram juntos, se separaram e curvaram-se, como se fingissem garras
— Vou te dar o privilégio de saber um pouco de como é ser...
'' DEVORADO VIVO! ''
Ele correu. Em zigue-zague, bem mais veloz do que das outras vezes. Chegando próximo, golpeei bem em meio sua testa
Ele deus um único passo para o lado e golpeou
Retrai dois passos e girei; ambas minhas lâminas passando rentes seus ombros, mais elevados que a cabeça. Mais dois ataques dele com sucesso
Dois chutes meus. Um por cima, desviado, e outro por baixo. O salto restringiu sua movimentação, e foi ali que aproveitei
Um soco, carregado de toda a força que eu pude juntar
Por sua parte, uma palma. Outro corte mirando meu rosto
Porém meu murro foi mais veloz, acertando seu peito antes, enquanto ele arranhara meu braço
Ele foi arremessado, colidindo contra a parede e arrastado
Levantei-me com dificuldade. Os três golpes que ele acertara-me... eram como mordidas. Apesar de nenhum sangue ter sido derramado, eu sentia como se cortes me percorressem. Foram três golpes...? Pois eu sentia mais que isso. Era como se as presas de um animal selvagem houvessem me rasgado. Como se dentes afiadíssimos tivessem tentado me devorar
Encarei-o. Naquele momento, seus olhos azuis brilhavam mais claros que o comum
— Você é forte cara! - Berrei
— Você precisa de mais cem anos de treinamento pra ir contra mim garoto! - Ele respondeu
Foquei toda a energia que eu pudia juntar no momento. Não era um golpe de aura. Não faria um Ace Phoenix contra um inimigo em uma luta casual... mas...
Em minhas costas, asas se formaram. Feitas de aura pura, eram instáveis, porém belas, de cor assim como meus olhos: alaranjada. Eu já não usava Dark Vision. Precisava me concentrar pra aquilo dar certo
— Um golpe final? - Perguntei
Ele deu uma risada
— Pode apostar! - Respondeu
Avancei
Ele avançou
Um único golpe com minha espada rubra era o que eu faria
Ele avançava em zigue-zague novamente, tão veloz quanto eu. Seus dois braços estavam abertos em vertical. Um acima, um abaixo
A barreira do som fora quebrada no primeiro passo
O meu golpe seria em diagonal, superficial, para que o combate acabasse e eu pudesse desviar
Eu o encarava. Ele me encarava. Lá, não queria saber se ele era mau ou bom. Daquela luta, só importava cada movimento. Errado ou certo, cada desvio e cada acerto
Nos chocamos
Cada um agora estava no lado oposto do outro. Eu ofegava. Pude sentir meu golpe acertando. Sabia disso, porém não pude desviar
''Kemono Kōgeki'' Absalom disse
Caí de joelhos. Ele atacara meu ombro direito e o canto esquerdo de meu quadril. Novamente como os outros. Eram como se uma besta houvesse me mordido. Sentia por todo meu tronco como se houvesse sido devorado pela boca de um lobo
Olhei para trás e pude vê-lo de pé. Eu acertara o golpe, porém ele nem sequer recuava ligeiramente de dor. Um corte vertical em sua camisa revelara parte do que algo que parecia uma tatuagem logo abaixo da clavícula
Sorri. Eu não havia dado o máximo de mim naquela luta. A marca na face de minha mão, que havia se estendido para meu pulso na segunda luta contra o marionetista, não tinha sido bem usada. Em realidade, fiz pouco do que poderia ter feito
Mas ele... ele não fizera nada. O mais básico possível, e o máximo mostrado por ele fora esse ataque com as mãos em forma de garra. Ele era forte. Incrivelmente forte
Me levantei, e fui até ele
— Foi uma boa luta - Disse
— Obrigado. Eu digo o mesmo
Certamente, sem dúvida alguma, eu lutaria com ele de novo, e ele também sabia
— Essa tatuagem que você tem aí... me é familiar... mas isso não importa agora - Falei
Ele pareceu surpreso, mas não entrou no assunto
— Eu tenho que te agradecer Finn. Entrou em meu conhecimento que, a pouco tempo, você enfrentara Millia
Quem?
— A irmã de Maja
— Ah, sim, eu derrotei ela
— Então... quando estava naquele lugar escuro, lutando com ela, você enfrentara um lobo bem grande. E por isso, te devo agradecimentos - Ele apertava minha mão, apesar de eu não entender a princípio o que ele queria dizer com aquilo - Aquele animal, era meu ''familiar''
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!O que? Meu olhar denunciava minha pergunta
— Bem, tenho certeza que você não vai entender se eu te explicar agora, e tenho certeza que você tá cansado, então nem vou te contar. Só precisa saber que vou deixar uma recompensa generosa na posse de Princesa Bonnibel Jujuba em breve, como forma de agradecimento
— Ah... tá bom
Mordomo menta, que segurava o casaco de Absalom, entrara na conversa
— Bem, e quem ganhou?
Por mesmo que eu não quisesse admitir, soltei
— Foi ele. Ele me venceu completamente
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