2º Capitulo



DUAS SEMANAS DEPOIS



Eu não conseguia acreditar que tinha finalmente chegado o dia do maldito casamento. Ainda parece que foi ontem que eu estava com a minha melhor amiga Sam na praia a planearmos o regresso ás aulas.



-Amanda a tua mãe disse-me para te avisar para te pores a postos. Estás bem?



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-Estou. Não te preocupes Sam.



-É claro que me preocupo, tu vais-te embora, vais viver com uma pessoa que mal conheces e com uma família que nunca viste e ainda dizes para não me preocupar. Quando vais?



-Hoje.



-Hoje tão depressa?



-Sim. Eu não quero perder o primeiro dia de aulas.



Como se isso fosse verdade eu não queria era ter que me despedir de toda a gente.



-Ficas para a festa?



-Não. Mal acabe a cerimonia o meu motorista vai levar-me.



-Nós nem vamos ter tempo para nos despedirmos. E não te vais despedir do Ryan?



-Primeiro isto não é uma despedida, isto é um até já, e não, não vou despedir-me do Ryan nós discutimos.



-Porquê?



-Porque ele pensava que como eu me ia embora tina que fazer tudo o que ele queria, se é que me estás a entender?



-Que idiota. O teu pai vai-te buscar ao aeroporto?



-Não, como o meu carro vai, quando chegarmos lá o meu motorista leva-me.



-O teu motorista também vai?



-Sim, mas volta ainda hoje.



-Telefonas-me?



-Não. Estava a brincar.


-Parva!



-Se não conseguir telefonar-te mando-te um Mail.



Abraçamo-nos, parecia estar a demorar séculos.



-Toma.



-O que é?



-São uns comprimidos que tirei à minha mãe, toma-os quando fores entrar para o avião, vai-te fazer relaxar, eu sei que tens medo de andar de avião.



-Obrigada és a melhor amiga de sempre.



O casamento parecia nunca mais ter fim, toda a gente a sorrir que até me dava vómitos, que seca nunca mais chega o fim. Mal o padre disse «pode beijar a noiva» e as pessoas começaram a aplaudir eu corri para o carro.



-Amanda! Amanda!



Virei-me era a minha mãe.



-Diz?



-Amanda filha fica pelo menos para a festa.



-Não. Felicidades e boa sorte.



-Telefona-me mal chegares.



Entrei no carro e mandei o motorista arrancar, eu só queria sair o mais depressa dali. Eu ainda não conseguia acreditar que ela me tinha feito aquilo, ele tinha preferido ficar com um idiota que só queria o dinheiro dela do que ficar com a própria filha.



UMAS HORAS DEPOIS



-Menina! Menina!



Eu nem dera por termos chegado. Eu me lembrava de ter saído do avião e entrar no carro, os comprimidos que a Sam me deu são muito bons. Coando sai do carro, ficai a observar aquela casa, era enorme e muito bonita a único defeito era ser no meio da serra.



-Amanda!



Há anos que não ouvia aquela voz tão perto de mim.



-Pai!Ele não mudara nada desde a última vez que o tinha visto, não tinha nem uma única ruga, a minha mãe também não mas ela era das operações plásticas. Corri para abraça-lo, era tão confortável e seguro estar ali com ele, eu não esperava sentir aquilo.



-Olha para ti tão crescida, já és uma mulher como o tempo passa depressa, parece que foi ontem que tu não paravas de me chatear para te levar ao parque. Senti tanto a tua falta.



-Eu também. As tuas mãos estão geladas.



Ele parecia sentir-se incomodado com o meu reparo.



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-Aqui é difícil teres as mãos quentes.



-É eu sei que aqui faz muito frio e também chove muito.



-E isso não te incomoda?



-Não, antes a chuva do que estar na mesma casa que aquele idiota.



-Não gostas mesmo nada dele.



-Se o conhecesses também não ias gostar.



-Bom vamos entrar?



-Vamos.



A casa era enorme cheia de janelas de vidro, nunca tinha visto nada assim. Subimos umas escadas, no segundo andar era a cozinha e a sala, subimos mais escadas no segundo andar eram quartos e um escritório que servia também de biblioteca, no terceiro andar eram mais quartos e um sótão. O meu quarto ficava no terceiro andar. O meu quarto era enorme cheio de flores, uma cama enorme com uma colcha vermelha, uma secretaria com um computador novinho em folha, até tinha uma cama e brinquedos para a Star.



-Foste tu que decoraste?



Ele riu, como se eu tivesse dito o maior disparate do mundo.



-Não, só se quisesses viver numa lixeira. Foi a Esme e a Alice.



-Alice?



-A filha adoptiva de Esme.



-Quantos anos têm?


-18 anos.



-18? Mas a Esme não é muito nova para ter adoptado uma rapariga de dezoito anos.



-A Esme quando os adoptou eles já eram adolescentes. Eles viviam numa instituição.



-E onde eles estão?



-Eles saíram mas devem estar quase a chegar. E se tu fosses tomar um banho e descansavas um pouco enquanto eu preparo o jantar.



-Tu sabes cozinhar?



-É um dos meus segredos.



-E tu tens muitos segredos?



-Tu nem imaginas, mas vais ter tempo para descobri-los todos. Há já me ia esquecendo tens que utilizar a casa-de-banho que fica no fundo do corredor, é que eu ofereci-me para arranjar a tua e tive um acidente.



-Que tipo de acidente?



-A única coisa que precisas saber é que ainda bem que optei pela medicina e não pela canalização. Vá vai lá tomar o teu banho.



Já sozinha peguei nas minhas coisas e fui tomar banho, a água estava a ferver, sabia tão bem tinha sido um dia tão preenchido que só aquela agua me fazia acalmar. Tentei demorar o mais que pude. Tenho que sair se não o meu pai ainda pensa que me afoguei, pus uma toalha em volta do quarto e outra no cabelo, calcei os meus chinelos dos coelhos e sai. Sai tão rápido que fui contra alguém, e cai no meio do chão.



-Desculpa pai.



-Eu não sou o teu pai.



Quando eu olhei para cima, eu não podia acreditar era o rapaz mais bonito que eu já vira na minha vida. Ele esticou a sua mão para me ajudar a levantar, quando eu lhe dei a minha mão parecia que tinha dado choque, ele sorrio e levantou-me.



-Eu sou o Edward, e tu deves ser a Amanda?



-Sim sou.



-Muito prazer.



-Igualmente.