Survivor

Nosso pequeno Segredo.


(Dica de Tracklist: Marilyn Manson: Born Villian)

Isabella jogou a cabeça para trás e gemeu com o prazer que sentia. Damon largou o garoto morto no chão e a observou, atraído. Ela estava completamente suja de sangue, gotas vermelhas escorriam perigosamente entre seu decote e atraia olhar para lugares proibidos. O rosto transformado e o sorriso maldoso apenas deixaram Damon mais excitado.

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– Isso é melhor que comida. – Ela disse enquanto voltava a encarar Damon, sorrindo maliciosa e os olhos brilhando de alegria. Estava tão satisfeita que mal podia se conter, tudo parecia brilhante, leve e prazeroso.

– O sangue quente com o susto torna tudo melhor. -Damon concordou, tentando voltar a realidade e acabar com seu humano, mas ele já estava morto.

Jogou a carcaça pro lado e observou os adolescentes mortos, a casa destruida e tudo manchado de sangue.

– Já acabou? – Bella perguntou risonha enquanto erguia o ex-dono da casa, havia uma fraca pulsação, ele estava morrendo. – Quer dividir o último?

Damon estremeceu e se aproximou. Parecia que tudo indicava que deveria tocá-la, tomar do sangue que escorria pelo corpo dela, aproveitar o resto daquela noite sangrenta e pecaminosa de vez, sem preocupações.

Tentou se conter, mas observá-la drenando o resto do sangue foi o ápice de sua loucura. Ficou parado vendo os dedos finos e esbranquiçados agarrar o ombro do humano com tanta força que esmagou alguns ossos, Isabella parecia delirar o líquido quente que escorria por sua garganta.

Damon não se conteve e beijou a mão dela, por cima de algumas gotas de sangue que havia ali. O gosto da pele dela misturado com o sangue tinha um gosto único, ele queria sentir mais. Estava trêmulo, ansioso, perdeu o raciocínio quando a tocou pela primeira vez, agora sabia que não tinha volta.

Lentamente, afastou o garoto já morto para o chão e encarou Isabella nos olhos; ela sorria perigosamente e lambeu os lábios para limpar o sangue que escorria.

Ainda a observando, ele fez uma trilha de beijos pelo braço esquerdo de Bella, até chegar no pescoço da garota. A acariciou no rosto, retirou um pouco do sangue que ainda escorria com a língua e finalmente a mordeu no pescoço.

Isabella soltou um gemido de prazer e acariciou a nuca de Damon, jogou a cabeça para trás e fechou os olhos. Ele a fez se deitar de mal jeito no sofá rasgado e sugou com mais força, então se afastou.

Não tinha coragem para erguer o rosto, estava entorpecido demais para encarar com problemas de sua vida após essa diversão, consequências e responsabilidades. O prazer corria por dentro dele, nunca havia experimentado sangue tão bom quanto este, prazer tão intenso como sentia agora.

Bella respirou fundo e o puxou pelos cabelos, o encarando séria. Damon soltou um longo suspiro ao encará-la. Sem dizer mais nada e pensando em um Adeus, controle maldito, finalmente a beijou. Sentir o gosto da boca dela, os lábios macios pressionados contra os seus foi a gota d'água para o que sentia, não aguentava a mínima chance de se controlar, então jogou tudo pros ares e terminou de curtir a noite como deveria ser.

Damon ainda respirava com dificuldade, mas tentava se acalmar. Seu batimento cardíaco estava acelerado e ele ainda sentia o corpo tremer, mas o chão frio aos poucos o relaxava.

– Você tem... Alguma técnica especial de sedução? – Perguntou a Isabella que limpava os lábios sujo do sangue dele. Ela se sentou e alongou o pescoço.

– Não, meu controle da mente é muito, muito bom, posso até induzir as pessoas a fazer o que eu quero, mas não exatamente isso. Pode assumir, eu sou incrível.

Isabella se levantou e procurou seu vestido, mas havia se tornado trapos e então pegou a jaqueta de Damon, suja e fedida.

– O que faremos com os corpos? – Damon perguntou tentando fechar a calça, Bella deu de ombros e estalou os dedos, mostrando uma pequena chama azul que surgiu rapidamente em seu dedo.

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– Acho que podemos queimar.

Observando o fogo azul queimar a casa, os dois terminaram de comer o salgadinho encontrado no antigo armário e aproveitaram o cenário. Depois, com Damon apenas de calça e Isabella com a jaqueta fechada dele, caminharam lado a lado para longe dali, se divertindo com os bombeiros desesperados para apagar a destruição deles.

Prometa, Stefan. – Caroline pediu do outro lado da linha. O Salvatore caçula soltou um longo suspiro e massageou a testa. Perguntou-se se vampiros podiam ter dor de cabeça, e apontada em sua mente respondia que sim.

– Caroline...

Você ama Elena, Katherine só está fingindo ser frágil! Stefan, sei que está magoado com Elena, mas agora que Katherine é humana, parece mais a garota que você realmente amou.

– Car, sei que está preocupada, mas não quero pensar nisso.

Querida, deixe Stefan ser feliz, não demonstre estar tão apaixonada assim. – A voz de Enzo soou sarcástica, Caroline o estapeou e se concentrou em Stefan novamente.

Meu voo sairá agora, por favor, até quando eu voltar. Não. Se. Renda.

Desistindo de negar, Stefan prometeu que aceitaria, não cederia a vontade de Katherine até que Caroline voltasse. Era algo sem sentido, mas mesmo assim prometeu.

Alguns minutos após desligar o telefone, Katherine desceu com um vestido curto e um sorriso malicioso no rosto. Ao vê-la ali na escada, Stefan se perguntou se seria fácil cumprir essa promessa.

– Noite dos horrores? – Jacob perguntou ao ver Isabella entrando em casa, então ergueu as sobrancelhas ao ver Damon atrás dela. – Em dupla. Interessante.

Bella revirou os olhos e tentou cumprimentá-lo com um beijo, mas Jacob a afastou.

– Vá se lavar, hoje faremos sessão vídeo-game com os Cullens.

Com um sorriso simples para Damon, Jacob voltou para seu quarto, terminando de ajeitar as coisas para a grande e divertida noite que teriam.

– Parece que tudo na sua vida é festa. – Damon disse, a simples frase fez Isabella ficar irritada.

– Parece, mas não é. Enquanto eu não estou sendo perseguida com uma faca em meu pescoço pelas bruxas, podemos nos libertar. É o mínimo de liberdade que tenho antes de correr para salvar minha vida ou a de quem amo.

– Calma, nervosinha. Só brinquei um pouco. – Damon ergueu as mãos. Isabella o encarou séria, mas logo se acalmou.

– As bruxas estão tramando algo. Eu sinto isso. Sinto que algo terrível acontecerá e eu não posso impedir.

A careta de confusão dele fez Isabella suspirar. Ela balançou a cabeça e balançou uma mão no ar.

– Esquece.

– Não, não quero esquecer.

– Damon... Não é só porque transei com você que vou te contar tudo sobre mim. Fui bondosa no começo, mas não serei usada por você.

Ele soltou um riso e a pegou pela cintura, ficando com o rosto próximo. Baixo, disse com os lábios quase tocando os delas:

– Não estou usando você, mas não quero problemas nessa pacta cidade, então quero saber com quais problemas nós teremos que lidar.

– Nós? – Isabella questionou sorrindo, pensava na ironia do que Damon dizia e achava graça. – Não há nós.

– Katherine se envolverá para salvar a filha, Stefan se envolverá por causa de Katherine, eu me envolverei por causa de Stefan. É como efeito dominó.

– Katherine não se importa comigo, sinto desapontá-lo. – Isabella se afastou e foi até a cozinha pegar água, Damon a seguiu e se encostou no balcão, pegou uma maçã da fruteira e começou a girá-la em seus dedos.

– Bruxas atraem a pequena Bonnie Bennett, Bonnie atrai Elena, que me atrai. E também atrai Caroline, que traz Stefan e que me deixa mais fixo. E Stefan traz Katherine na bagagem. Você está ligando muitas pessoas aqui, Isabella. Sem contar do seu envolvimento com os Originais.

Rindo, Isabella terminou de tomar sua água, então se aproximou de Damon, sorrindo de forma cínica.

–-Você mencionou sua namorada, não sente culpa pelo que fez?

Damon se remexeu, inquieto. Sentia culpa, sim. Algo crescia em seu peito e ficava berrando em sua mente em “Como contar a Elena?”, como assumir que era um monstro e que a traiu com Isabella, uma desconhecida atraente? Como contar que não pretendia ficar de joelhos e se desculpar e que queria continuar o jogo que Isabella fazia?

Estava em dúvida, culpado e não culpado. Se arrependia de ter magoado Elena, mas não de ter dormido com Bella. Uma coisa levava a outra, mas eram diferentes.

– Eu posso lidar com isso, depois.

– Não vai contar a ela. – Isabella adivinhou, soltando um riso sarcástico. – Que coisa feia, a garota sofreu a vida inteira e ainda tem que aturar o peso na cabeça. Você deveria ser mais sentimental.

– Quando quiser caçar ou sair para beber, pode me chamar. –- Damon tentou desconversar, se ajeitou e estendeu a mão, pedindo a jaqueta.

– Não poderei fazer nada disso agora, eu tenho problemas com quais lidar. A vida não é um mar de rosas.

Isabella retirou a jaqueta e entregou. Damon lutou ao máximo para não observá-la nua, mas não resistiu por muito tempo.

– Até breve, Salvatore. Nosso segredo estará seguro.

Piscou uma vez e então subiu as escadas para o quarto. Damon tentou sair do transe e foi caminhar até a sua casa, o sol ficava mais forte a medida que o tempo passava.

Não fazia ideia de como contar a Elena, como reagir sobre isso. Pensando na confusão que seria, Damon decidiu que o melhor era manter a noite deles em segredo.

– Você e o Salvatore fizeram a festa, pelo visto. – Jacob cruzou os braços e se encostou na porta, observando sua amiga terminar de pentear os cabelos. – Vi o noticiário de manhã, incêndio em uma casa de adolescentes que, segundo testemunhas, estavam bebendo.

– Foi divertido. Me relaxou. A dor de cabeça constante está tão fraca que quase não a sinto.

Sorrindo, Jacob se aproximou da irmã e a ajudou com os cabelos molhados.

– Eu acho que tudo isso é estresse. Não é sempre que tem descanso com as bruxas, elas realmente são irritantes.

– Estão inseguras. – Bella respirou fundo e tentou soar calma, ainda odiava esse assunto, mas era necessário falar. – Elas acham que, pelo que fiz para ser quem sou, invadirei o território delas. Mas tudo foi resolvido, elas só não aceitam que perderam.

– Vai dar tudo certo, provavelmente com a volta da Bonnie para as bruxas...

Isabella queria acreditar nisso. Queria acreditar que não precisaria de um exército sempre preparado em Volterra caso as bruxas atacasse, que não tinha que se preocupar se alguém a atacaria por grandes recompensas. Bruxas eram persuasivas e Isabella já havia provado isso, poucas traições dentro de seus queridos amigos, elas enganaram alguns para atingir Isabella, podiam fazer de novo até matá-las.

O ódio era passado de geração por geração, tudo porque Bella era um risco. Uma vampira com dons que se construiu sozinha, com lealdade de uma bruxa fiel. Tudo por causa do que ela poderia, mas não cometeria.

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Tudo porque ela aceitou ser mãe de duas crianças diferentes em lealdade a sua amiga e em troca de sua sobrevivência. A causa de ser caçada para morrer era justamente porque ela tentou se manter viva.