Survivor

O inferno Augustine


Uma garrafa de uísque apareceu na mão de Isabella, Enzo ergueu as sobrancelhas confuso, mas apenas se encostou na parede.

– Você é uma garota bonita e complicada. – Ele disse baixo, Damon suspirou e foi para o outro lado da parede, encarando Isabella.

– Por que quer saber de Augostine? – Damon perguntou enquanto alongava o pescoço.

– Porque eu preciso. Então, falem.

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Após alguns segundos em silêncio, Damon começou a falar;

– Eram uma espécie de grupo medicinal assustador, eles gostavam de brincar de medicina com vampiros indefesos.

– Hum... explique melhor querido. – Bella tomou um longo gole, então estendeu a garrafa para Damon.

– Eles queriam fazer a diferença na medicina, começaram na época de 1945 após a Guerra Mundial. A existência de vampiros já era conhecida, eles apenas decidiram tirar algum proveito. – Enzo disse com o olhar perdido, então pegou a garrafa de Damon e continuou; - Sabiam que vampiros não se machucavam, curavam pessoas, traziam de volta a vida, então eles decidiram sequestrar um vampiro e começaram a usar tudo o que aprenderam na faculdade de medicina e para torturar vampiros.

– Nos abriam vivos. – Damon interrompeu. - Morfina não pegava na gente, então eles rasgavam nossos corpos e mexiam na gente, se achavam Deus. Mexiam em nossos intestinos, coração, veias, tudo que pode imaginar. Nos machucavam gravemente apenas para nos ver curar e anotavam em papéis velhos.

– E serviam de algo? Os experimentos? Valeu a pena? – Isabella perguntou tomando a garrafa de volta.

– Descobriram a cura para o câncer, mas Damon não deixou que eles fossem longe demais e brincou de Stefan; O estripador.

Bella riu com a comparação. Conheceu Stefan há alguns anos e sabia da fama de Estripador que ele tinha, achava graça naquilo tudo. Enzo sorriu ao ver a garota rindo e Damon revirou os olhos.

– Cura do câncer... Tem relatos disso? – Bella se levantou e caminhou pela sala, Damon se levantou mas permaneceu encostado na parede. Ajeitou a jaqueta enquanto respondia;

– Todos os diários foram queimados no incêndio que eu provoquei.

– Mas como Damon me largou e alguns membros foram espertos em me salvar, há relatos novos. Muitos morreram, mas alguns ainda tinham ideia de onde pararam. – Enzo respondeu. Bella se aproximou dele com um sorriso. – Passei mais de meio século preso naquele inferno, talvez possa ajudá-la.

Bella sorriu e ajudou Enzo a se levantar, então encarou Damon com um sorriso.

– Preciso que passem os relatos para meu pai, o máximo que puderem.

– Não sem umas respostas suas antes. - Damon se aproximou confiante, mas antes que tocasse Isabella uma onde de choque percorreu seu corpo o fazendo se afastar.

– Eu não tenho que te responder Salvatore, vocês escolhem; Ou separam tudo, ou morrem.

Bella sorriu para os dois e então correu para longe dali, tão rápido que parecia ter simplesmente sumido.

– Então...-- Enzo se levantou e fez um bico enquanto encarava Damon. – Vamos obedecer como cachorrinhos ou tentar descobrir quem é a vampira gostosa de verdade?

– Eu nunca gostei de ossos, para ser sincero.

Enzo sorriu enquanto os dois se afastavam atrás de mais pista sobre “quem diabos seria Isabella Swan”

– Como ela é? – Stefan perguntou enquanto se encostava no sofá, Katherine se remexeu inquieta enquanto encarava Elena.

– Linda. – Enzo comentou com um sorriso.

– Sem opiniões, apenas fatos. - Caroline disse com um ar irritado, Enzo sorriu para ela.

– Não fique magoada, loura, ainda sou bem interessado em você.

– Alta, tem cabelos castanhos e olhos castanhos, pele clara...

– Seja mais específico, Damon. – Stefan pediu enquanto pegava mais uísque na mesa.

– Tem uma tatuagem na cintura, são... – Enzo tentou se lembrar detalhadamente, mas as imagens não eram tão claras.

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– Pássaros, um dente de leão que se torna pássaros. – Damon disse com o olhar perdido, lembrava da marca preta na pele clara de Isabella, a tatuagem não era tão grande e tinha um toque atraente. – Bem no osso esquerdo da cintura.

– E como você sabe disso? – Elena perguntou enquanto se ajeitava no sofá, seu olhar agora era sério e preocupado.

– Hum...

– Nós fizemos uma pequena festinha em um apartamento velho. Não se preocupe, sweetheart, Isabella não teria arrancado o vestido se Damon não tivesse a intenção de sair, mas infelizmente ele parou minha diversão. – Enzo mandou um olhar debochado para Damon, Elena continuava insegura, mas decidiu que não era momento para isso.

– Eu estava certa. – Ela disse com um tanto de deboche enquanto olhava para Caroline. – São vampiros e possivelmente querem nos matar.

– Ela tem “Freedom” tatuada no antebraço direito, não? – Stefan perguntou enquanto encarava Damon. Lentamente, Damon assentiu.

– E “Fuck It” no dedo do meio da mão esquerda. Percebi na hora de assinar os papéis – Elena disse pensativa.

– EU conheço ela. – Stefan olhou pro teto e engoliu em seco. Havia pedaços soltos de sua memória, uma barreira que ele sabia o que era. – Não consigo me lembrar de tudo, há algo importante que ela me fez esquecer.

– Como conheceu ela? – Katherine perguntou tentando chamar alguma atenção para si, mas apenas sua pergunta recebeu um pingo de atenção.

– Novembro de 1915, eu estava em New York naquela época. – O olhar de Stefan se perdeu em lembranças.

O corpo da mulher tombou em seus pés. Stefan se afastou assustado com o que tinha feito novamente e soltou a cabeça no chão. Agora havia uma enorme poça de sangue sujando seus sapatos e ele sentia seu rosto sujo voltar ao normal.

Droga... – resmungou consigo mesmo ao encarar o rosto assustado da mulher loira, ela havia corrido tanto para fugir dele e agora perdeu a cabeça. – EU sinto muito, mesmo.

Você é bem estranho. – Uma voz feminina soou no beco molhado. Stefan se assustou e observou a dona da voz. = E bem macabro, arrancando a cabeça? Que... Estripador.

A garota usava um enorme casaco vermelho e saltos pretos, o chapéu preto caído de lado lhe dava mais um charme e sua boca era marcada por um batom vermelho.

Quem é você?

Isabella Swan, ou.................. E você é Stefan Salvatore.

Isabella..................? Mas esse é o sobrenome de …...................

Ganhou um prêmio, estripador. – Isabella estalou os dedos e o corpo da mulher entrou em chamas. Alguns segundos depois o fogo foi tingido por uma cor azul.

Como faz isso? – Stefan perguntou assustado.

Treinamento. Achei você interessante e vim conhecê-lo, por que não vamos tomar um drinque, hum?

Isabella sorriu de forma maliciosa e se virou para o centro da cidade. Sem resistir, Stefan a seguiu.

– O sobrenome dela, é algo que não consigo me lembrar. – Stefan passou a mão na testa. Era inútil forçar, mas continuava tentando.

– Você transou com ela. – Caroline exclamou enquanto se endireitava no braço do sofá. Stefan assentiu enquanto lembranças de sua noite com Isabella passavam por sua mente.

– Achei estranho, mas ela disse que significava a liberdade, o mesmo que havia em seu braço. Quando questionei o que era ela apenas me disse que ela era livre e presa ao mesmo tempo. – Stefan pegou mais uísque. – Gostaria de me lembrar o sobrenome, parecia importante...

– Nós podemos descobrir isso, talvez falar amigavelmente com meu professor. – Elena mandou um olhar duro para Damon, que apenas revirou os olhos.

– Não achei que ele fosse responder. – ele deu de ombros e esticou as pernas na mesa de centro. – Temos que pegar papelada para ela, experimentos de Augostine.

– O que ela poderia querer com isso? – Caroline perguntou mais a si mesma, Katherine fez uma careta de confusão e ajeitou a postura no sofá.

– Vocês falaram algo sobre Volturi's, o que ela disse sobre eles? – Perguntou enquanto encarava Damon, mas quem respondeu foi Enzo.

– “Alec Volturi tem um dom interessante de compartilhar” Foi o que ela disse.

– Alec Volturi. Volturi... – Katherine parecia se lembrar de algo, mesmo com sua cabeça doendo, buscou as memórias mais antigas dentro de si. – Eu preciso de um computador, não consigo me lembrar de tudo sozinha.

Stefan fez um pedido silencioso para Caroline. Em questão de segundos, havia um notebook preto no colo de Katherine.

– Eu só consigo me lembrar do castelo. Espanha, não, Itália! Algo do gênero, eles eram reis que adoravam botar terror. Lembro de tentar entrar lá uma vez, mas algo me impediu e é uma barreira que eu nunca entendi o porque não rompi.

Elena suspirou e se aproximou de Katherine, Enzo sorriu irônico.

– E por que não perguntam a quem sabe em vez de usar a tecnologia que pode mentir, doce humana?

– Não me chame assim. – Katherine mandou um olhar duro e irritado, então se endireitou no sofá e entregou o notebook a Elena. – Mas então, Enzo, quem são os Volturi?

– Eu não sei, mas sei a quem perguntar. Damon, o que acha de outra caçada tão excitante como aquela?

Damon encarou seu amigo confuso, pensou seriamente no pedido de Enzo até notar onde chegariam.

– Acha que ela estará lá. – Damon se levantou, ainda pensativo.

– Ela quem? Isabella? – Elena perguntou.

– Sim. – Enzo respondeu por Damon – meus instintos dizem que ela já sabe tudo que falamos aqui e o que pretendemos fazer.

Fizeram uma despedida rápida e sem muita empolgação, Elena apenas mandou um olhar duro para Damon e acenou um breve tchau. Antes que os dois saíssem, a lareira dos Salvatore queimou em chamas azuis e verdes. Enzo soltou um riso irônico.

– Eu disse.

Damon revirou os olhos e bateu a porta atrás de si.