Natal. Finalmente paz!

Uma semana apenas relaxando em casa, tentando esquecer que eu tenho parte de Voldemort em mim, seus poderes. Não que eu conseguisse realmente esquecer, mas só de estar em casa ajudava, ajudava MUITO - música alta, comer besteira, televisão, acordar tarde... Maravilha!

Minhas férias começara, quando Sirius me buscou na estação, eu esperava que ele me levasse direto para casa onde eu poderia comer um belo jantar cheio de comidas deliciosas feitas por meus elfos. Só que ao invés disso ele me levou até um festival de música, onde também tinha muita comida, confesso. Foi bom, me animou.

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Infelizmente, a festa não me impediu de ter pesadelos naquela noite.

Um mesmo pesadelo que eu tivera em outrora. Ele mostrava um homem e um garoto matando um casal, o homem era Voldermort e o garoto era eu, e o casal meus pais.

Eu tive aquele sonho antes ao descobri que tanto eu quanto Voldemort éramos ofidioglotas, lá pelos meus nove anos e comigo com peso na consciência por ter soltado um monte de cobras. No pesadelo que tive quando mais novo Voldemort era um homem normal com duas cobras no lugar de braços - eu realmente não era criativo naquela época - e agora Voldemort era um homem alto, com olhos em fenda e escamas no lugar de cabelo e sobrancelhas - agora sim, criatividade!

Depois de acordar gritando Sirius apareceu e tentou me acalmar, e só muitos minutos depois eu consegui dormir agarrado ao meu padrinho na forma de cachorro, no outro dia eu acordei abraçado á um leão de pelúcia. Quase dei risada ao reconhecer o leão; totalmente vermelho e quase maior que Sirius na forma animaga, o leão tinha sido um presente de aniversario - Sirius e seu fanatismo pela Grifinória.

Agora, sendo véspera de natal, Sirius parecia não querer fazer nada de especial para a noite. O que me parecia meio estranho.

Bocejo de tédio e preguiça e me levanto indo em direção a sacada do meu quarto. Uma das paredes de meu quarto era feita completamente de vidraças trabalhadas que mostravam o lado de fora por meio de magica (já que na verdade, a janela daria para quartos de hóspedes) e também tinha portas duplas que davam para uma sacada com uma visão privilegiada do jardim, que agora escurecia. Com o inverno as flores tinham morrido, mas nem coberta de neve a unica árvore do jardim deixava de ostentar suas folhas vermelhas - Sirius e seu fanatismo por Grifinória II

Enquanto eu via a noite caindo, Sirius bate em minha porta e antes que eu dissesse para entrar, ele entra.

– Se arrume, vamos dar um passeio. - Ele avisa com seu sorriso Maroto e logo sai fechando a porta

Sorriu. Agora sim, achei que ia passar a véspera de Natal no tédio!

Depois de tomar um longo banho quente, e vestir roupas ainda mais quentes desço para onde Sirius me esperava com um capacete.

– A gente vai de moto? - Pergunto.

– Eu não tenho carro, tenho?

– Mas está frio!

– Larga de ser frouxo, moleque. - Sirius implica passando o braço sobre meus ombros.

Dou risada e o sigo até sua Harley.

– Onde vamos? - Pergunto enquanto subo.

– Sei lá. - Ele diz dando partida na moto.

Acaba que a gente dá algumas voltas por pontos turísticos de Londres, parando aqui ou ali para comer ou beber algo quente - ou para Sirius dar encima de alguma mulher, claro.

E quando já era quase meia noite, Sirius estaciona a moto perto do rio Tâmisa, e como tantos outros ali, nos sentamos sobre a mureta de proteção.

– Esta frio! Quero um chocolate quente - Reclamo puxando um pouco da capa dele para me cobrir. Meu padrinho ri e tira um frasco do bolço da calça. - Serio? Você tinha a droga de uma poção de aquecimento a noite inteira?

Pego a poção e viro em minha boca, logo me sinto mais aquecido, mas mesmo assim mantenho a capa dele em minha volta. Sirius ri de mim e eu dou um soco em seu ombro, o que faz com que ele ria ainda mais.

– Que horas são?

– Onze e vinte e seis.

Fico em silêncio. Estava com sono, então tudo o que faço é me encostar nele e relaxar.

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Eu devia estar cochilando quando Sirius balançou meu ombro.

– Como eu vim parar no seu colo? - Pergunto me sentando e esfregando meus olhos - E cadê meus óculos?

– Já vai ser natal, você ia perder os fogos. - Sirius diz apontando para o céu com meus óculos antes de os entregar para mim.

Bocejo e olho em volta. Algumas família se encontravam perto ao longo do rio, alguns riam, gritavam, brincavam. Famílias de mão unidas, amigos com braços sobre os ombros dos outros e casais abraçados, se beijando ou apenas de mãos dadas observando o céu.

Era uma cena bonita.

Me volto ao meu e sorriu para ele, passo meus braços pela sua cintura o abraçando na hora que um coro de "Dez... Nove... Oito..." começa.

– UUUUUM! - Gritam e fogos de artifícios explodem acima de nossas cabeças

Sorrio contra o casaco de meu padrinho.

– Feliz Natal, Harry. - Sirius diz calmamente quando eu ergo a cabeça para ver os fogos.

– ACORDA, CRIANÇA, ACOOOOORDA!

– Ah, qual é? Me deixa dormir.

– NÃO, ACORDA! ABRA ESSES SEUS OLHOS RUINS! - Sirius nega continuando a me balançar.

Ah, eu não podia ter um padrinho pai substituto normal?– penso

Sinto as mãos dele começando a tremer, o que deixava claro que logo ele se tornaria um cachorro.

– TÁ BOM, TÁ BOM! TO ACORDADO, TO ACORDADO! - Garanto me sentando. Serio, eu realmente odeio quando ele me lambe.

– Ótimo! Escove os dentes, lave o rosto, limpe seus óculos e vamos ver nossos presentes!

Sorriu e faço o que ele manda.

E enquanto eu permanecia no banheiro desembaçando as lentes de meus óculos (depois de escovar os dentes, depois de tomar banho) tentava entender o grande enigma da minha infância: Como Sirius podia ser tão infantil e tão maduro e responsável ao mesmo tempo?

– Ok, cadê os presentes? Unh? Enh? - Pergunto ao encontrar meu padrinho na porta na sala.

Ele joga um embrulho de papel pardo.

– Dos Weasley's. - Ele diz e eu me sento no chão.

Sorriu abrindo o pacote.

No ano passado a senhora Weasley tricotou um sueter de lã que ainda é o meu pijama favorito. Esse ano porem me mandaram algo bem diferente: Um gorro vermelho sem estampa.

Aperto ele em minhas mãos, era bem macio.

– É um gorro! - Digo a Sirius.

– Tem um cartão. - Ele avisa enquanto eu ponho o gorro.

Pego o cartão, pela letra garranchada devia ter sido o Rony a escrever.

– "Feliz Natal, Harry! Esperamos que tenha gostado do presente. A ideia do gorro foi da Gina, mas quem tricotou foi minha mãe e que insistiu que você preferiria um gorro sem estampa e vermelho, não precisa me agradece. Até mais! Rony." - Leio em voz alta.

– Rony é uma peça. - Sirius ri e pega outro embrulho de papel pardo - Vamos ver o que os ruivos me deram... Outro sueter! Otimo, eles são bons para dormir.

Aceno concordando e pego outro embrulho, um pequeno embrulho.

– De quem é esse?

– De seus professores para você. - Ele responde.

– Ãh?

– Tonks e John. - Ele explica.

– Ah... - Entendo. Abro rasgo o papel e encontro uma caixinha, dentro um pingente solitario em gorma de filtro de sonho estava guardado. - "Esse pingente é um medalhão que ajuda a impedir sonhos ruins, a ideia foi da Tonks, mas fui eu que paguei. Feliz Natal, John." - Leio.

– Deixa eu ver. - Sirius pede e eu vou de joelho até o sofá onde ele se sentava. - Unh, até que combina com a pulseira que eu te dei no seu aniversario.

– Coloca para mim?

– Ahã.

Sirius abre o elo do medalhão e o prende na minha pulseira.

– Otimo!

– Agora o outro...

Acaba que eu ganho mais um presente do tio Lupin (só eu, Sirius não ganhou nada dele hahaha), um da Hermione e um de Sirius (UHUUUL, UM MP3 NOVO!). E ganhou um perfume da prima (mãe da Tonks) e um lenço caro que ele não quis dizer de quem ganhou, além de, é claro, o meu: Uma caixa de bombons caros que eu paguei para o Fred e Jorge comprarem para mim na ultima viagem para Hogsmeade que eles tiveram.

E um pouco mais tarde Lupin apareceu para almoçar com a gente, foi um bom Natal.