Como Ser Criado Por Um Maroto [SENDO REPOSTADA]

Dobby, o ELfo doMÉÉÉStico!


Ah, minhas férias estão acabando. Vou sentir falta das coisas daqui de casa, das trouxisses, dos meus animais, de meus elfos - menos o Monstro, dele não - e de Sirius e do tio Remus. Sim, tio Remus, por algum motivo eu simplesmente comecei a chama-lo assim e agora não consigo parar.

Meu primeiro ano em Hogwarts foi tão conturbado com meu professor de DCAT tentando roubar a Pedra Filosofal que eu tinha até medo desse. Só podia esperar que esse ano fosse mais calmo. E claro, aproveitar meus últimos dias livres.

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Mas depois de tanto andar de cavalo, fazer trilha e de ser expulso de clube de paraquedismo - longa história - jogar vídeo game na sala de estar, enquanto Sirius e o tio Remus conversavam perto nos sofás já estava ótimo para mim.

– Por favor, Remus, vai ser bom. - Repetia Sirius.

Eu sabia que meu padrinho estava tentando convencer ele a vir morar aqui. Para mim era uma ótima ideia. O lobisomem sempre estava aqui em casa mesmo, ele já até dormiu algumas vezes, e também tinha graves problemas financeiros, Sirius e ele eram amigos a séculos, tinha espaço para duas famílias Weasley nessa mansão e eu ficava a maior parte do tempo na escola. Só uma coisa impedia que ele se mudasse, orgulho.

– Não acho certo, Sirius...

– Deixa de ser orgulhoso, porra! - Sirius se irrita.

Sorrindo de lado e com os olhos na tv eu digo:

– E aqueles discursos sobre não falar palavrões, hein, Sirius?

– Preste atenção em seu jogo, Harry. - Ele retruca.

Sigo o concelho dele, mas logo perco. Não querendo jogar mais e nem ficar ouvindo os Marotos subo para o meu quarto.

Sério, como eu odeio quando elfos domésticos desconhecidos fazem da minha cama um pula pula. Como agora acontecia.

Enquanto Muse e Linkin tentavam o parar e Monstro observava escandalizado um elfo estranho fazendo a festa em meus lençóis vermelhos.

– O que está acontecendo aqui? - Pergunto.

O elfo pára olhando para mim.

– Harry Potter! - Ele exclama saltando para o chão

– O que você esta fazendo aqui? - Pergunto.

– Jovem mestre, nós tentamos para-lo, mas... - Esta tudo bem, Linkin. - Interrompo. - Só quero saber o que fazia em minha cama.

– Sinto muito, senhor Potter, eu não queria ofende-lo, mas Dobby precisava muito falar com o senhor e sua cama é tão macia... - Ele dizia sonhador andando em minha direção - Mas Dobby realmente sente muito!

Fico pouco confuso e olho para os meus elfos.

– Vocês todos podem ir, vou falar com ele - Digo e Muse e Linkin fazem uma pequena reverência antes de desaparatarem. - Eu disse todos, Monstro, vaza. - Digo, mas ele continua lá. - Eu vou te jogar pela janela. - Ameaço e ele infelizmente desaparata, uma pena eu gostaria de joga-lo do terceiro andar. - Desculpe por isso, Monstro realmente me irrita. Tudo bem, ãh, como o senhor disse que se chamava mesmo? - Pergunto.

O elfo me surpreende caindo de joelhos chorando. Eita.

– Ah, desculpa, eu o ofendi? -Pergunto me aproximando dele.

– M-me ofendeu? Não senhor, você não ofendeu Dobby, de jeito nenhum. - Então por que esta chorando? - Harry Potter chamou Dobby de senhor, e eu gosto tanto dessa palavra, SENHOR, Dobby sempre quis ser chamado assim, mas como escravo não pode. Obrigado, senhor Potter, obrigado, obrigado.

Mais confuso ainda - e com cara de idiota, possivelmente - eu peço:

– Me chame de Harry, do jeito que me chama de senhor Potter eu me sinto o meu pai, e meu pai está morto então não é uma coisa boa. - Peço e logo continuo, antes que ele comece a se desculpar - Você disse que veio falar comigo, do que se trata?

O elfo se apruma um pouco, tentando se parecer mais sério. Tentativa falha, ele ainda era engraçado.

– É que o senhor não deve ir, em hipótese nenhuma, para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts este ano.

Ergo uma sobrancelha, quase rindo.

– E por que não? - Pergunto

– Estão tramando contra o senhor.

Minha vontade de rir se esvai. Estreito os olhos.

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– Quem esta tramando contra mim, Dobby? - Pergunto.

– Eu não posso dizer.

– Quem, Dobby? - Insisto.

– Desculpe, senhor, Dobby quer, mas não pode dizer.

Suspiro em desistência.

– Eles são seus donos, não são?

– Sã-são. - Ele diz com dificuldade.

Ah, elfos, sempre tão leais.

Respiro fundo, se o pressionasse e ele dissesse algo ele teria que se punir, se é que já não vai.

– Tudo bem, Dobby, só me diga o que eles vão fazer. - Peço

– Não consigo, Harry Potter, me perdoe, juro que Dobby quer, mas não consegue. - O elfo diz com os olhos enormes se enchendo de lágrimas.

Argh! Por que eu não consigo ver seres fofos e bonzinhos tristes?

– Certo, certo, por favor, senhor Dobby, não chore. Eu prometo que tomarei cuidado...

– Não, tomar cuidado não, o senhor não deve ir para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

– Dobby, por mais que eu odeie ter que acordar cedo, eu gosto da minha escola e mesmo se eu quisesse eu não poderia ficar sem ir.

– Mas, senhor, é perigoso! - O elfo diz

– Eu já disse que vou tomar cuidado. Nada do que ne diga ou faça vai me impedir de ir para a escola. - Digo firmemente.

Se eu estava preocupado?! Dãr, é obvio!Ah, mas de jeito nenhum que eu vou perder meu primeiro ano de curso de auror.

– Mas senhor...

– Sinto muito, Dobby. Agradeço por ter se preocupado, mas não posso perder um ano inteiro.

– Mas se você ir, pode se machucar...

– Então me ajude, eu gosto de bem estar e saúde. Me diga o que eu tenho que fazer para que eu fique a salvo, e eu farei - Peço deixando um pouco do meu medo se misturar às palavras.

– Ãh, mas... Mas... Tudo bem. Sempre que Dobby achar que corre perigo, Dobby aparecerá.

Sorriu, por fora um verdadeiro grifinório, por dentro morrendo de medo. Mas faz parte, sem o medo não saberíamos nossos limites, e nem por quem lutar. O que me fazia corajoso - na minha visão de mim mesmo - era conseguir controlar esse medo e seguir em frente.

Estico a mão e Dobby se encolhe, ergo as sobrancelhas mantendo a mão esticada e então ele aperta, muito rápido, como se tivesse medo de mim.

– Foi um prazer, senhor Dobby. Agradeço muito pelo o que esta fazendo por mim, espero que esteja errado, mas vou sim me manter atento.

O elfo dá um sorrisinho.

– O senhor é um grande bruxo, Harry Potter, nunca trataram Dobby com tanto respeito. Quando adulto será um dos maiores bruxos do mundo. Dobby fará de tudo para que consiga crescer até lá.

– Muito obrigado, Dobby. - Sorriu - Eu não sei qual a sua família, mas eles o tratam mal, eu sei, então assim que eu descobrir como lhe soltarei deles.

O elfo parece fazer força para não chorar e, acenando, desaparata.

Suspiro me sentando na cama olhando sem ver todo o quarto branco, vermelho e preto. Será que eu deveria falar para Sirius... Melhor não.

Conheço o padrinho que tenho. Eu podia jogar quadribol, fazer cursos perigosos, viagens envolvendo muita aventura, mas se tivesse qualquer pessoa atrás de mim ele virava um bicho, e não estou falando da forma animago. Se Sirius soubesse ele me trancaria aqui em casa, colocaria mil e um feitiços de proteção e ainda compraria uns cães de guarda... Ou dragões de guarda.

Mas se ele descobrisse que eu sabia que corria perigo sem contar nada à ele, aí nem Dobby conseguiria me salvar. Porém tinha o curso de auror... Uma oportunidade tão grande para se perder só por uns possíveis seis meses de castigo... Claro, presumindo que eu continue vivo, Dobby não foi específico ao dizer quanto eu poderia me machucar.

Urro em frustração, e em resposta todos os vidros das janelas de meu quarto trincam.

Não, eu não contaria a Sirius. Hermione e Rony estariam comigo, e Dobby. Meu padrinho ficaria muito bravo, talvez decepcionado, mas acabaria por entender. Ou não.