Pov Ayline Parker

Acordei de mal humor, hoje é dia de colheita, o dia pior da vida de todos, menos o meu, isto pode ser estranho mas, quero me candidatar, é pela Scarlet, é simplesmente por ela, vingança de todos, vingança dessa merda de jogos, eu descendência do Distrito 11, isso explica a minha pele escura, me diria uma pessoa bonita, uma pessoa guerreira porque ouço a toda instante, eu tenho um primo no distrito 11, o Spencer, queria poder estar com ele talvez, eu sei lá, levanto e coloco a melhor roupa para treinar, em exagerar e sem parecer que está indo para a guerra, está um dia de sol, o melhor no distrito 7, minhas vestes se cumprem com um short largo e a melhor blusa que tenho, posso observar o vestido branco, ele com certeza se destaca na minha pele, eu não sou das muitas escuras, mas acho que meus olhos também são destacados, desço e vejo minha mãe, Melanie, quer saber porque não vejo meu pai? Porque ele morreu, foi dele que eu tenho esses olhos, eu não sou depressiva por ter duas mortes, a de meu pai Jason e de minha irmã Scarlet, mas eu tenho sentimentos e eu me sinto solitária e triste, o que mais me acalma? Eu... Não sei, encosto a cabeça na parede e escorrego até cair no chão, posso ter deixado escapar duas ou três lágrimas, aquela coisa salgada tem um certo gosto estranho para se provar, elas descem e descem, fazendo descer do meu rosto, limpo deixando a sumir, passo pela cozinha, minha mãe me olha com um sorriso.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Bom dia. - Ela diz sorridente.

– Bom dia. - Digo desanimada.

– Ah, mas o que foi? Alguém magoou minha bonequinha? - Ela pergunta indo até mim e coloca sua mão em meu rosto.

– Não foi nada, mamãe. - Digo voltando a chorar e olhando para fora.

– É por causa da Scarlet, né? - Ela pergunta.

A olho por um instante, só não a prendi sobre a parede e a ameacei com um machado porque ela é minha mãe.

– Eu não aceito falar sobre isso, eu não aceito ouvir isso, sobre a Scarlet, você não vê o quanto eu sofro, não vê o quanto eu gostaria de estar perto dela, você só piora tudo. - Digo sempre a chorar e ás vezes posso gaguejar.

Me ajoelho no chão e cubro o rosto com as mãos, ainda chorando, posso ver que ela coloca a mão em meu cabelo e levanta meu rosto.

– Querida, aceite os fatos, não é minha culpa, não é minha culpa! - Ela diz mais zangada na última frase - Se você sente saudade dela, não é minha culpa, eu também sinto, mas você está toda hora chorando, meu bem, você também me faz me lembrar mais dela e de seu pai. - Ela diz.

Me levanto.

– Não, a culpa é sua! - Eu grito. - Você devia aceitar os fatos de que...

Ela me interrompe.

– Não! Não é minha culpa! Você está proibida de falar comigo nesse tom de voz, proibida, Ayline!

Ela sai da cozinha indo para outro canto. Não penso duas vezes e saio dali, já devia estar na academia e estou discutindo com minha mãe, vou correndo, não é tão longe, quando chego, posso ver algumas pessoas do Distrito, inclusive Scott, ele é um amigo meu, sendo mais claro nas melhores horas, sempre me ajudando, entro na academia e fico em posição, Scott me observa.

– Por que o atraso? - Pergunta me olhando.

– Discussão com a minha mãe, presta atenção na treinadora. - Digo sussurando.

Ele a olha de um jeito...

– Não tanto assim. - Digo rindo.

– Vamos treinar com armas, começando pelas que conseguem melhor e depois pelas piores. - A treinadora diz.

Ela pergunta para todos quais as armas que manuseiam melhor, ela chega em mim.

– Qual? - Ela pergunta.

– Muitas. - Digo a observando.

– Diga alguma. - Ela diz sorrindo com uma prancheta.

– Machados.

Ela aponta para uma mesa após escrever alguma coisa no papel, lá na mesa tem o monte de machados, pego o primeiro machado que avisto, ele é mais parecido com um martelo, mas dá certo, avisto os bonecos.

– Vamos lá, quando eu dizer já, façam de tudo para serem os primeiros a derrotar eles e recuperem a Pedra. - Ela diz sorrindo.

Posso ouvir o " Já " e saio correndo, dou uma cambalhota e me levanto atirando um martelo, acertando o boneco, corro até lá e pego ele de volta, giro e acertando um na cabeça, passo por ali e vejo os bestantes, consigo matar eles rápido e acho a minha pedra, é uma simples pedra mais parecendo pintada de cristal e azul, a minha tem essa cor, corro e escalo a árvore que de repente se planta em minha planta, ela é bem alta, eu não tive muita coragem para pular.

– Acredita, acredita! - Digo para mim mesma - Pela Scarlet, por meu pai.

Eu salto dali e caio com tudo no chão, fico alguns segundos ali, e depois levanto, posso ver que meu joelho estava sangrando, corro mesmo assim, tropeçando ás vezes, entrego a pedra a treinadora e ela apita, todos voltam.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Ela conseguiu gente! - Falou a treinadora. - Parabéns, querida.

Eu sorrio, depois eu treinei a mesma coisa com a arma que pior manuseio, a espada, odeio espadas, desta vez eu perdi, ganhou um menino chamado Gaibriel, é se fala Gaibriel e se escreve Gaibriel, saio da academia e andando um pouco, alguém encosta em meu ombro, viro e vejo Scott.

– Foi boa, hein? Campeã. - Ele diz sorrindo.

Sabe aquele sorriso que você admira tanto e que queria ter? Sabe, aquela lá, encantador? É este o do Scott.

– Você foi ótimo. - Digo.

Eu consegui com a minha pior arma um pouco, mesmo com o joelho deste jeito, a treinadora disse para eu ir lavar, cuidar ou até não treinar mais, eu não desisti.

– Nossa, que que aconteceu no seu joelho? - Ele pergunta apavorado

O olho com a boca aberta e o empurro, ele cai naquela poça de lama ainda ali.

– Ayline! - Ele grita.

– Que acidente chato né? - Pergunto.

– Que droga, Ayline! - Ele diz se levantando - Me ajuda aqui.

Pego sua mão e quando ele está levantando a solto.

– Ops! - Digo rindo.

– Você está me avacalhando. - Ele diz. - E sobre o seu joelho, é por isso que deve usar calça que nem eu, e nem ouse me jogar de volta aqui.

Acontece que ele foi lambuzado para casa, lambuzado mesmo, paramos em um lago, eu limpei meu joelho e ele me ajudou, sempre fofo e " lambuzado " , ele ficou engraçado marrom, ele foi para sua casa, eu cheguei na minha, tomei banho, sequei o cabelo e deixei os soltos, coloquei o vestido e a sapatilha branca e tomei café sozinha, minha mãe se recusou a tomar café comigo, encontrei Lara no caminho para a colheita.

– Oi fofa, hoje é a Colheita né? To ansiosa - Ela diz sorrindo.

Eu não tenho muita sorte

– Ainda quer se candidatar? É pela Scarlet? Não precisa menina, ela já se foi. - Ela diz irritada.

Nessa hora eu a prenso pela parede e pego o machado que esta ali ao lado.

– Não fale dela! - Grito.

Ela me olha com medo, eu largo o machado, , depois fui para a colheita, tive a sorte de não encontrar o Lambuzento Scott, mentira, chego na Praça e eles espetam meu dedo, vou para meu lugar.

Pov Scott Fannel

Eu acordei, era muito, mas muito cedo, odeio acordar assim, o mesmo acordar cedo, tomo um banho e coloco a roupa para treinar, a calça e tudo mais, desço e encontro minha mãe, ela está na cozinha preparando o café.

– Aonde vai, Scott? - Pergunta.

– Treinar. - Respondo rápido.

– Meu filho será o vencedor dos jogos. - Ela sorri - Não volte tão tarde.

Sorrio com o comentário dela, saio de casa e vou para a academia, depois de uns minutos chega Ayline.

– Por que o atraso? - Pergunto a olhando

– Discussão com a minha mãe, presta atenção na treinadora. - Ela sussura

Eu olho para a treinadora como se a estivesse paquerando.

– Não tanto assim. - Ela ri.

– Vamos treinar com armas, começando pelas que conseguem melhor e depois pelas piores. - Atreinadora diz.

Ela pergunta para todos quais as armas que manuseiam melhor, ela chega em mim.

– Lanças. - Digo sorrindo.

Ela aponta para uma mesa após escrever alguma coisa em sua prancheta, pego a lança da mesa e posso ouvir o Já dela após algumas palavras, saio correndo e enfio a lança em alguns bonecos, em outros atiro, nos bestantes foi mais difícil mas consegui, minha pedra era verde, eu a peguei e vi que Ayline já estava indo para a sua, peguei a minha e corri, surgiu uma árvore, escalei e depois desci, a professora apitou, no final, Ayline venceu, depois usamos as piores armas, a minha era espada também mas foi bem difícil, Gaibriel venceu, ele é um amigo meu, ele usou arco e flecha e acertou os bonecos, devo parabéns a ele, todos saíram da academia, inclusive eu, vi Ayline e coloquei a mão em seu ombro, ela me olhou.

– Foi boa, hein? Campeã. - Digo sorrindo

– Você foi ótimo. - Ela diz.

– Nossa, que que aconteceu no seu joelho? - Pergunto com os olhos arregalados

Ela me olha com um daqueles olhares e abre a boca, me empurra em uma poça de lama

– Ayline! - Grito

– Que acidente chato né? - Ela sorri

– Que droga, Ayline! - Digo quase me levantando - Me ajuda aqui.

Ela segura minha mão, quando estou quase levantando ela solta, fazendo eu cair novamente.

– Ops! - Ela diz rindo

– Você está me avacalhando. - Digo. - E sobre o seu joelho, é por isso que deve usar calça que nem eu, e nem ouse me jogar de volta aqui.

Levanto e vou para casa cheio de lama, ela fica rindo de mim no caminho, chego lá e tomo novamente um mísero banho e me arrumo para a colheita, tomo café com meus pais e vou a Praça, espetam meu dedo e vou ao meu lugar, a mulher da Capital logo sobe ao palco, ela estava vestida com um meio que bege perolado, a mesma coisa com os sapatos, a sombra, o chapéu, as luvas e o guarda chuva para se proteger do sol que fazia no Distrito 7, seu batom era apenas bege e ela era bem branca, talvez muito pó de arroz, querida, essa se chama Rosana, ela fez posição de dama e segurou o microfone com uma só mão, atrás dela estavam todos, inclusive o Presidente Snow, o desgraçado de toda essa confusão, da droga desses jogos, estava lá o mentor ou mentora, não via direito.

– Bem Vindos todos. - Ela disse sorrindo.

Ela falou outras coisas e depois mostrou o filme, muitos não prestavam um pingo de atenção, eu era um deles, durou alguns minutos e ela voltou ao microfone.

– Feliz Jogos Vorazes e que a sorte esteja sempre ao seu favor! - Ela sorriu - Algum voluntário?

Eu nem olhei pro lado ou qualquer coisa, mas olhei quando ela falou.

– Quer mesmo se voluntariar? - Ela perguntou.

Olhei para o lado e vi que Ayline levantou a mão.

– Sim! - Ela grita confiante.

Ela vai até o palco quando os pacificadores se aproximam, ela sobe e fica ali, reta, olhando para todos.

– Qual seu nome, querida? - Ela pergunta para ela.

– Ayline Parker! - Ela diz o mais forte que pode.

– Ótimo, agora os garotos que irão representar o nosso distrito esse ano. - Ela diz sorrindo.

Ela se dirige a outra bola e remexe alguns papéis, pega um único e cita o nome baixo, acho que Ayline ouviu, Ayline grita.

– É você Scott Fannel! - Ela grita o mais forte, justamente quando a moça da Capital ia falar.

Eu rio por ela dizer aquilo, a moça da Capital a observa, indignada, passo a mão no rosto, não acredito que ela fez isso, ela quase ri, mas segura, igualmente da mulher da Capital e do presidente, também a mentor ( a ), todos com vontade de rir e sem poder, vou até o palco e fico ali, Rosana ajeita a voz murmurando e se posiciona.

– Esses são os tributos do Distrito 7! - Ela sorri - Podem se cumprimentar.

Eu aperto a mão dela e ela ri, o sorriso mais lindo e bonito da face da Terra.