Existe lógica na amizade? Que fator determina esta poderosa espécie de ligação? Por que algumas pessoas se dão bem ao ponto de se adorarem, enquanto outras simplesmente são incapazes de se tolerarem? Você poderia muito bem dizer: “é tudo uma questão de afinidade, compatibilidade de interesses”, e eu poderia concordar plenamente, não fosse o fato de que alguns sujeitos que mutuamente se denominam amigos sejam absolutamente diferentes, até mesmo perfeitos opostos. Não é curioso? Ah, vamos a um exemplo para entender o que é afinal essa tal de amizade:

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Num lugar que poderia ser tanto o começo quanto o fim do mundo, um misterioso platô perdido nos confins da Terra, duas moças, encantadoras, sim, mas com gênios díspares e prioridades na vida igualmente distintas convivem relativamente bem. Essa aparente paz, contudo, é ocasionalmente perturbada por tempestades assustadoras resultantes do choque entre suas personalidades. Em todo caso, pode-se dizer que convivem bem o suficiente para se considerarem amigas, apesar de ambas constantemente se questionarem quanto à veracidade disto.

Uma é cheia de terríveis segredos, instável e devastadora como uma bomba de hidrogênio, ambiciosa, absurdamente esperta e magneticamente sedutora, há quem entenda a necessidade de ser cauteloso em sua presença, mas há também quem se renda incondicionalmente ao seu fascínio ou que fique preso num torturante ponto de equilíbrio entre estes dois extremos. A outra não, a outra é confiável e transparente, forte e persistente sem deixar de ser ingênua, admiravelmente generosa e dona um imaculado senso de justiça, mas o que mais a caracteriza é sua indestrutível esperança. O que pode ser mais diferente que Marguerite Krux e Verônica Layton?