Shouldn't Come Back

Maldito seja, Apolo!


POV Jason

– Obrigado. – agradeci a garota que dava visto aos passaportes. O dia ainda estava nascendo e eu e Drew estávamos prontos para embarcar. Caminhei até onde Drew estava, ela mexia em seu celular, mas ergueu a cabeça e sorriu ao me ver.

Drew estava linda como sempre, embora eu não houvesse aprovado completamente sua roupa. Ela usava um top preto curto, mostrando um pouco de sua barriga; uma saia jeans e sapatos altos, vermelhos. Os cabelos escuros estavam soltos em longos cachos. O batom era vermelho, combinando com as unhas bem feitas.

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– Tudo certo? – perguntou-me quando sentei ao seu lado. Assenti.

– Nosso voo sai em meia-hora – falei.

– Chegamos cedo – falou enquanto recostava sua cabeça em meu ombro. Quis deitar minha cabeça também, mas ela latejou quando me movimentei. Eu não usava mais uma faixa em minha cabeça, mas o enorme curativo ainda chamava atenção. Eu não deveria estar sem acompanhamento médico, mas insisti para meu pai que não queria chamar mais atenção que o necessário.

Fiquei tão imerso em meus próprios pensamentos que, quando percebi, estavam anunciando nosso voo. Comecei a me levantar e Drew remexeu-se em meu ombro, ela havia cochilado. Sorri para ela, brincalhão e ela me devolveu o sorriso enquanto espreguiçava-se.

– Então vamos! – falei dando um selinho em Drew.

Levantamos-nos e partimos para o que seria o início de uma grande viagem.

POV Ártemis

Desci da esteira e fui tomar água. Desde que eu viera morar com minha irmã, me sentia estranhamente sedentária. Apesar de estar trabalhando com minha irmã em seu escritório, a vida entre quatro paredes não era para mim. Adotei como rotina vir para a academia ou correr pelo parque todas as manhãs antes de trabalhar. (Roupa)

Percebi que faltava meia hora para começar a trabalhar. Decidi que por hoje estava bom. Peguei minha bolsa e pretendia me dirigir aos chuveiros, mas não consegui. Enquanto eu caminhava, alguém puxou meu braço.

Virei irritada, pronta para xingar quem quer que fosse, mas o grito morreu em minha garganta, por que o sentimento que veio foi maior. Um misto de raiva, ódio e desejo.

Os cabelos louros estavam molhados e despenteados, quase cobrindo os olhos dourados. Tentei não olhar, mas foi impossível ignorar o fato de ele estar apenas com calção de banho, recém-saído de uma piscina. Não sabia que ele fazia natação. Obriguei-me a desviar o olhar, torcendo para que ele não tivesse percebido.

– O que quer Grace? – perguntei friamente, olhando diretamente em seus olhos, o que não ajudava muita coisa.

– Calma aí! – falou com um tom inocente, o que me irritou mais ainda. – Só queria ter certeza que era você.

– E por que você queria saber se era eu?

Ele não respondeu, simplesmente virou as costas para mim e foi embora, voltando para a piscina. Corri atrás dele enquanto o xingava mentalmente.

– Você vai me responder ou não? – perguntei irritada enquanto ele se preparava para pular na água.

– O que você vai fazer se eu disser que não? – perguntou com um sorriso irônico.

– Vou obrigar você a me contar – falei com mais certeza do que realmente tinha.

– E como você vai fazer isso? Certamente não vai tentar lutar comigo não é? – não consegui evitar e acabei olhando para seus músculos, que ele exibia tão orgulhosamente.

– Não, não será lutando – respondi com firmeza, desviando o olhar – Mas acharei um jeito.

– Você é muito curiosa, não deveria ser assim, para seu próprio bem. Mas se quer, realmente, saber porque, chegue mais perto, estamos chamando muita atenção.

Olhei ao redor e percebi que ele tinha razão. A piscina podia estar vazia, mas do lado de fora do vidro, percebi que algumas pessoas nos olhavam, umas com curiosidade, outras com ar de reprovação, e outras até, de divertimento.

Caminhei lentamente até ele, ainda desconfiada. Quando cheguei a poucos passos dele, parei.

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– Foi por isso que eu queria saber – ele movimentou-se tão depressa que quando percebi já estava sendo jogada na piscina. O pior é que cai com todas as minhas coisas, minhas toalhas, meu relógio, minhas roupas para ir trabalhar, tudo. A sorte é que havia deixado o celular na minha bolsa de trabalho.

– Maldito seja, Apolo! – gritei quando emergi. Ele se dobrava de rir na beira da piscina. Fui até ele o puxei, estava rindo tanto que não fez oposição ao meu movimento. Apolo afundou como uma pedra.

Quando emergiu, ainda estava rindo e senti vontade de estapeá-lo, mas me contive.

– Quando é o seu problema, Grace? – gritei furiosa, apesar de ele estar ao meu lado.

– Acho que a pergunta é, qual é o seu problema – falou enquanto tentava se recuperar. – Não era meio óbvio o que eu ia fazer?

Senti-me uma idiota. É claro que era óbvio! Só eu não havia percebido sua intenção. Ele sabia que eu iria atrás dele quando não me respondesse. Maldita curiosidade! Maldito Apolo!

– Hey, garota! – alguém gritou. Virei-me e vi um instrutor do outro lado da piscina. Ele falava comigo – Saia da piscina.

– Foi ele quem me empurrou! – gritei apontando para Apolo.

– Não me interessa quem fez o que, mas você não está com roupa de banho, então saia imediatamente – gritou em resposta.

Busquei minha bolsa que afundava lentamente a alguns metros de mim e sai indignada. Quando cheguei ao último degrau da escadinha senti vários pingos de água chicotearem minhas costas.

–Idiota!! – falei enquanto ignorava seus risos e ia embora.

Aquilo não ia ficar assim. Ah, em como não ia!

POV Leo

Estava tomando meu suco favorito, bem gelado e com bastante gelo, pensando em como algumas coisas podiam mudar tão completamente por um pequeno mal-entendido.

Eu havia perdido Thalia por causa de uma coisa que não havia feito. Agora ela iria para o baile com outro. Eu não queria admitir que aquilo me magoava, mas no fundo, doía muito.

Eu estava esperando Calipso, eu ia convidar ela para o baile, depois de muitas discussões internas. Havíamos nos aproximado bastante nos últimos dias, ela era uma boa companhia.

Avistei-a de longe e acompanhei seu caminho até que ela chegasse à mesa onde eu estava. Ela estava linda, mas isso não era novidade para mim. Calipso usava uma blusa branca e uma saia verde, longa. Os cabelos estavam presos em um coque lateral, o qual tinha uma flor branca presa. A maquiagem era suave. Seu perfume de canela me inebriou assim que ela se aproximou.

Ela sentou-se em frente a mim, cumprimentando-me com um “Oi” e um enorme sorriso.

– Oi – cumprimentei. – Pedi um suco para você, espero que não se importe.

– Claro que não. – falou sorrindo. Ela sabia o que eu ia perguntar.

Tomamos nosso suco e conversamos coisas sem importância, meu coração disparava sempre que eu tentava tomar coragem para perguntar o que deveria.

“ Não seja idiota, Leo Valdez” pensei. “É só a Calipso, o máximo que ela vai fazer é dizer que não”. “Cale a boca, ela vai dizer que sim, ela tem que dizer...”

– Você me chamou aqui por algum motivo especial? – perguntou Calipso, interrompendo minha discussão mental.

–Ah... Bem... sim. – gaguejei. Pigarreei. – Eu quero saber se você quer ir ao baile comigo. – falei tão rápido que temi que ela não tivesse entendido, mas ela entendeu, porque sorriu para mim, radiante.

– Ah Leo!! É claro que sim, é o que mais quero. – surpreendi-me com sua reação, mas quando percebi, seus lábios estavam colados aos meus.