A Garota de Cabelos Azuis

"Beijos e Vodca"


Apesar de só ter visto Alice naquela manhã, teve a certeza absoluta de que era a garota mais linda que conheceu na sua vida. Tinha alguma coisa em sua biologia que o fez ficar louco por ela.

Apesar de não demonstrar (não queria causar confusões.), ficou fervendo de ódio quando Isaac abraçou a garota. Era um cara realmente muito espertinho.

Mas, chegando ao bar, Alice ficou ao seu lado na mesinha. Sem permissão, pegou sua mão, e enlaçou seus dedos nos dela, vendo um pequeno sorriso se formar nos lábios pintados de vermelho de Alice. Seu plano era beijá-los naquela noite.

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– O que vai querer? – ele perguntou.

– Não sei. Sou nova nesse ramo.

– Acho melhor Alice beber um pouco de cerveja. – Chapeleiro soltou. – É a primeira vez que ela vai experimentar, e é melhor que pegue leve. Não a quero bêbada na primeira vez que vai a um bar.

– Obrigada, Isaac. – Ela sorriu de soslaio. – É. Acho que vou querer uma cerveja. Pequena.

– Vou pedir uma torre de chope. – Lebre finalmente se manifestou, levantando-se da mesa. – Beba quem quiser.

Com um olhar, chamou a garota para o lado de fora do bar, onde puderam ver alguns casais rindo e se beijando. Guilherme olhou fundo nos olhos negros de Alice e sorriu de um jeito doce, bem diferente de Isaac.

Ficaram ali sem dizer nada, apenas observando os olhos do outro. Ouviram a música da banda que tocava naquela noite, e Cheshire não podia achar melhor momento. Começou a aproximar-se dela, até chegar um momento em que Alice estava prensada entre a parede de tijolos do bar e o corpo dele. Segurou sua cintura e viu os olhos dela brilharem.

– O que está fazendo? – ela murmurou, sorrindo sensualmente.

Antes que ela pudesse mudar de ideia, Gato avançou e a beijou. Começou de um jeito um tanto faminto e selvagem, como se nunca mais fosse vê-la em sua vida, e percebeu que Alice correspondeu com a mesma intensidade. Mas, aos poucos, foi diminuindo a velocidade, deixando um beijo doce nos lábios dela. Quando se separou, pode vê-la sorrir.

– Você é maluco? – Respirou fundo, enquanto Cheshire beijava seu pescoço. – Isso não podia ter acontecido.

– E... Por que... Não? – Sua frase saiu entrecortada enquanto a beijava.

– Porque não! – ela exclamou, empurrando-o para longe. – Isso é loucura, Guilherme. Eu te conheci hoje de manhã!

– E daí? – Sentiu os batimentos cardíacos voltarem ao normal. – Pensei que você não era certinha.

Ele sabia que aquela frase soltaria a “fera interior” de Alice.

– Certinha? – Arqueou as sobrancelhas. – Vou te mostrar quem é “certinha”.

Seguiu a garota enquanto ela entrava no bar. Alice parou no balcão, onde pediu duas doses de Vodca. Quando o garçom trouxe as bebidas, fez um brinde com o Gato de Cheshire e virou tudo de uma vez, puxando-o para a pista de dança, onde a banda tocava um rock barulhento. Pulou com Guilherme como se tudo dependesse daquilo e bebeu muito mais. Beijaram-se mais algumas vezes, sem se preocuparem com mais nada.