Por Você

Me Completo ao Teu Lado


Hermione não conseguia parar de sorrir. Estava como uma boba nas últimas três semanas, e devia tudo a Gina, por sua ousadia e confiança, a Rony, por não desistir nunca de tentar, mesmo que o seu anseio parecesse impossível para quem quer que o conhecesse, e a Harry por confiar no amor dos dois e se arriscar tantas vezes na loucura de trazer o ruivo para se reverem.

Rony havia mantido uma constância de duas visitas por semana à sua casa e fazia com que ela se sentisse a cada novo encontro em uma espécie de céu. Aproveitavam os dias que Gina ficava para dormir com ele e fugiam.

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Estava feliz, mesmo que a situação fosse arriscada, e nivelava esses encontros com os momentos que conseguia burlar a segurança do hospital, e da senhora Weasley, para trocarem ao menos um beijo enquanto estava de plantão.

E agora ela estava ali, na sala do apartamento como uma adolescente apaixonada que espera a visita do namorado. Havia trabalhado até às 18h naquele dia, e a senhora Weasley precisara fazer uma pequena viagem para a sua cidade natal. Só voltaria na tarde do dia seguinte. Rony iria novamente para a casa dela, e no raiar do dia, ela o levaria de volta, na moto. Os passeios de moto eram constantes agora.

E era sempre assim, aproveitavam todos os momentos que tinham para se ver e não costumavam perdê-los, apenas ficavam abraçados o máximo possível num desejo permanente de trocarem suas almas e eternizarem o segundo exato no qual se encontravam.

E ela correu em disparada para a porta assim que ouviu o som da campainha.

– Oi Ron...

O sorriso dos dois estavam estampados em seus rostos. O abraço dos dois reconfortando os três dias que haviam passado sem se ver. A saudade se dissipando no momento em que se encontraram.

– Que saudade de você, meu amor - ele a saudou com um abraço forte.

– Eu também senti - ela respondeu sentindo o aroma de seu perfume.

Hermione não sabia onde ele estava conseguindo roupas para sair, mas estava satisfeita com a beleza que ele exalava. E não só beleza, mas também saúde. Depois que voltarem a se ver, ele aceitou o tratamento de bom grado e o progresso era evidente.

A fase mais complicada dos encontros foi quando a Dra. Fals saía de um plantão e os viu chegar. O sermão foi dolorido e Hermione pensou que nunca mais o veria, mas por mais incrível que pudesse parecer, ela os ajudou e os fez prometer de voltar sempre antes das cinco, quando o movimento começava a aumentar, e depois se retirou dizendo que não sabia de absolutamente nada, mas estava satisfeita com a resposta positiva do paciente ao tratamento.

– Como está? - ela perguntou tão logo se afastaram e o puxou pela mão para entrar e sentar no sofá.

– Não tem como ficar ruim perto de você, Hermione. A verdade é essa. - Ele sempre era assim, um romântico incorrigível.

Rony se aproximou da garota e beijou seus lábios com delicadeza. Se sentia tão feliz ao tocar seus lábios que não conseguia explicar. Até que o mesmo foi interrompido por um pigarrear.

– Oi - a voz engraçada saudou os dois.

– Oi Leonel - Rony cumprimentou.

– Você está a cada dia melhor, hein ruivo? - o moreno comentou animado. Vestia sua roupa branca.

– Vai sair? - Hermione perguntou curiosa.

– Sim. A Luna e eu fomos chamados em cima da hora. Ela já vem.

– Oi - Luna passou amarrando seus longos cabelos loiros e beijou a bochecha de Rony displicentemente. Já estavam acostumados com a presença dele ali - Está bonito com esta roupa, Rony.

– Obrigado, Luna.

– Não agradeça. É a verdade. Agora vamos embora, Leonel. Estamos atrasados.

– Vamos! Tchau para vocês dois. A Van dobrou o plantão, Mione. Até depois Rony.

Todos se despediram e Hermione sorriu envergonhada quando Rony voltou a olhar para ela.

– Desculpe meus queridos colegas de quarto.

– Não se preocupa. Ao menos agora estamos a sós - falou galanteador - Vou poder te beijar até não querer mais.

– É mesmo - ela sorriu de volta e o beijou.

O problema foram os beijos que se intensificaram demais um pouco depois. Rony tinha lábios macios de beijar e ela se sentia envolvida demais por eles. Seu transe só se desfez quando sentiu o toque da mão do ruivo adentrando a sua camiseta.

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– Rony… - a voz de Hermione saiu como um sussurro.

– Desculpa - ele falou sério se sentando ereto sobre o sofá - Eu não sei o que deu em mim.

– Tudo bem - ela sorriu e voltou a beijá-lo, mas não demorou até que os beijos ficassem novamente intensos e as mãos de Rony recomeçassem a procurar por sua pele.

– Beijar você está a cada dia mais difícil – Rony falou afundando as costas no sofá de uma vez.

– Concordo com você – ela sorriu para ele fazendo o mesmo.

– Me desculpa, tá – ele a olhou nos olhos – Vamos dar um tempinho, certo? Preciso respirar.

A verdade é que nenhum deles queria parar o que faziam. Hermione não imaginava o que se passava na cabeça do ruivo, mas sabia o que seu peito sentia, e que a cada dia ficava mais forte e incontrolável.

Por um momento de loucura cogitou fazer algo realmente arriscado. Não sabia como Rony reagiria àquilo, mas ela não conseguia mais dizer não ao que seu coração e seu corpo desejavam. Respirou fundo olhando para ele.

– O que está pensando? - ele perguntou curioso.

– Nada demais – falou com a voz melodiosa, sorrindo em seguida – Apenas me beija, tudo bem?

Rony se surpreendeu por um breve instante enquanto via Hermione novamente se aproximar dele. E ela beijou seus lábios com desejo e emoção, não impedindo que suas mãos se colocassem sobre os ombros dele enquanto ela se acomodava em seu colo.

Seus lábios desceram para o pescoço dele em meio aos beijos e eram adornados por leves sussurros do ruivo, os quais deixavam Hermione ainda mais envolvida naquela situação. E foi quando Rony sentiu que Hermione abria os botões de sua camisa que ele a parou, segurando seus pulsos com delicadeza.

– Mione... - a voz era apenas um sussurro contido.

– O que houve? - ela se alarmou observando o namorado.

– É que... - ele corou.

– Você... não quer? - ela parecia igualmente envergonhada.

– Sim, eu quero, e muito – ele falou intimidado – Mas eu não sei se lembra de que tinha te falado que nunca tive encontros, que nunca saía com garotas porque elas tinham pena de mim e...

– Oh... - Hermione envergonhou-se – Claro. Como pude ser tão insensível?

– Eu... Eu sinto muito, mas é que eu nunca...

– Não precisa sentir, Ron, nem se explicar – ela sorriu acariciando o rosto dele – Eu te desejo, não poderia mentir sobre isso e... - sentiu a face queimar – Se realmente me deseja como diz, eu vou...

– Hermione – ele falou apreensivo interrompendo – Não quero que faça nada por pena e...

– Por favor – ela o interrompeu também, séria, pondo o dedo sobre seus lábios – Nem continue essa frase. Você sabe tão bem quanto eu que seria capaz de qualquer coisa para ter você comigo livremente. Eu te amo, e se estou com você aqui, neste momento, passando por cima de todos os meus valores e leis universitárias, é porque não consigo mais ficar longe de você.

– Me desculpe...

– Não se desculpe e me beija, tudo bem?

Ele sorriu e a beijou. Um beijo calmo e entregue. Tão entregue que eles mal notaram o momento em que suas mãos avançaram para as peças de roupa que usavam. Um envolvimento tão sublime que os dois não perceberam o momento que se levantaram e rumaram para o quarto da garota.

O que sentiram nunca poderia ser explicado. Algo grande e envolvente que ligava seus mundos, seus corpos, e os misturavam ao ar que respiravam com pressa, ao suor que surgia em resposta aos seus esforços, o cuidado e carinho presente em cada novo movimento, até que juntos contemplaram a beleza sublime do prazer que apenas amantes apaixonados são capazes de sentir.

Uma sensação tão verdadeira e pura que fez com que os dois dormissem exaustos depois de se amarem àquela noite, envolvidos de forma tão completa que mal perceberam a luz do sol rompendo o amanhecer.