Depois de tomarmos café (e de eu segurar uma vela básica), Kim e Dylan saíram para fazer coisas de casal e eu fiquei sozinha. Aproveitei o tempo “by my self” para pensar em um presente para minha melhor amiga. Sentei-me debaixo da sombra de uma árvore e fiquei anotando ideias em meu caderno conforme elas apareciam. As árvores estavam me agradecendo, se continuar nesse ritmo minhas folhas vão durar muito tempo (o que é bom. Eu adoro corujas, estou protegendo a casa delas). Lógico que eu planejei tudo antecipadamente, eu pesquisei em muitos livros (filha de Atena, o que esperavam?), mas a questão é que não basta ser um bom presente. Dezesseis anos é uma idade especial, o presente deve ser perfeito. Vejamos... Que tal um pégaso? Não, Kim já tem irmãos demais por aqui. Mas ela gosta tanto de cavalos...

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– Hey, Maxil! – ouvi alguém me chamar. Virei-me, era Carly, a quem carinhosamente chamo de “amiga reserva”. É uma filha de Apolo, meio exibida, o que é normal, mas bem simpática. – Ocupada?

Torci o nariz: - Digamos que mais ou menos. Por quê?

– Estão procurando competidores para a Corrida de Pégasos.

– Corrida de Pégasos?

– É um novo jogo. É facultativo, mas acharam que você fosse querer participar.

– Ok, eu estou dentro.

Segui-a até o local do jogo. Era uma pista repleta de obstáculos, tanto terrestres com aéreos. Vesti a armadura de cobre e peguei a espada e o escudo (não se pode matar o adversário, apenas deixá-lo inconsciente, a regra de sempre). Seria eu contra Hans. Ele é filho de Ares, bruto, grosso, estranho. Tem um ótimo condicionamento físico, eu devo admitir, mas apenas isso. Parece que hoje em dia qualquer um monta num pégaso.

– Hans, você ficou muito másculo em cima desse pônei voador. - comentei

Ele arqueou a sobrancelha, um pouco confuso: - Certeza que é filha de Atena?

Sinceramente, eu não aguento mais. Eu escuto isso quase todos os dias. Meus irmãos são anti-sociais e até um pouco caretas, vamos assim dizer. Já eu não tenho nada contra gente e gosto de fazer piadas, a única coisa que nós temos em comum é a inteligência (e o fato de que eu sempre carrego um livro de bolso). Eu só queria saber desde quando senso de humor é proibido?

– Eu quero revanche! – ele pediu, tinha que ser filho de Ares.

– Hans, a corrida ainda nem começou.

– Mesmo assim eu quero revanche! – Pelos Deuses! O que eu faço para me livrar dele?

– Hans, vai ver se...

Antes que eu pudesse terminar a frase, o alarme soou dando início a corrida. Meu pégaso saiu disparado em relação ao dele. Primeiro obstáculo era terrestre, um simples salto resolveria. O segundo já era mais alto, foi preciso um vôo baixo. A altura dos obstáculos aumentou aos poucos e logo chegamos à parte final, no ar aberto. Hans invadiu minha linha (roubo, eu só gosto de guerras justas) e tentou me golpear com a espada, que eu rapidamente bloqueie com o escudo. A luta continuou. Cortei uma de suas rédeas e ele cortou uma das minhas como vingança. Meu pégaso já estava tornando-se muito agitado, era difícil controlar com apenas uma rédea. Não consegui me segurar, simplesmente caí.

XXXXXXX

Acordei na enfermaria, eu provavelmente desmaiei. Para uma queda de pégaso em vôo eu estava muito bem. Como não havia nenhum problema, me retirei e fui andando em direção a meu chalé, até que (finalmente) encontro Kim e Dylan.

– Má, sabe o que aconteceu? – ela perguntou aparentemente preocupada.

– Eu caí, apenas. Não precisa me dizer, eu tenho uma noção dos fatos. – vejam! Falei como uma boa filha de Atena.

– O que achou da corrida?

– Gostei, só achei um pouco dolorida. – respondi - Eu quase ganhei vocês viram?

– Pois é; quase. “Quase”. – Dylan brincou. Dei um soco de leve em seu braço e deitei a língua para fora.

– Apenas avise ao Hans que ele terá sua revanche. Kim, alguma dica sobre seu irmão?

– Ele adora torrões de açúcar.

– Ajudou muito! – falei irritada, mas rindo da situação.

De repente um caminhão parou em nossa frente, de onde saiu um homem com mais ou menos trinta anos vestindo uma bermuda.

– Maxil e Kimberly...

– Só Kim, por favor. – ela corrigiu

– Maxil e Kim, entrega para vocês. – o homem falou - Feliz aniversário.

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– Obrigada. – eu e Kim dissemos em uníssono, mesmo sem entender direito o que estava acontecendo.

– Desculpem a demora. – ele pediu - Martha e George pararam para lanchar quatro vezes, essas cobras nunca ficam satisfeitas.

Depois dessa frase minha ficha caiu: - Hermes?