Quase lá

Diana passou, analisando atentamente todos os quartos, procurando pelo número certo, como ela conseguia enxergar o número no escuro nem Sara, e nem Zack saberiam dizer. Diana, então, para em frente a uma das portas, olhando para cima ela conseguia distinguir o número 76, ela abre a porta devagar.

Os jovens entram com cuidado no quarto, Diana começa sua procura.

– O que você procura exatamente, Diana? – Zack perguntou.

– Pense Zack – Respondeu Diana sem parar de procurar – se você fosse um jogador de basquete que sempre deve ser melhor do que os outros...

Ela fez uma pausa.

– O que você esconderia?

Zack deu de ombros.

– A C.S.I West School aqui é você, Diana.

Sara começou a bater os pés, impaciente.

– Ache logo o que você quer, se alguém chegar aqui seremos todos suspensos.

Diana continuou sua procura, não achava nada relevante,olhou para um retrato sobre a cômoda, uma foto colada no guarda-roupa, nada de mais, até que abriu a gaveta da cômoda, ali, de baixo de algumas roupa, estava exatamente o que procurava.

– Então... – Disse a garota lentamente, examinando seu achado – Parece que eu estava certa.

– Hein? – Perguntou Sara, que estava distraída – O que você achou?

Diana não respondeu, ela fazia muito isso, colocou o que quer que fosse dentro da gaveta e olhou o relógio.

– Melhor sairmos daqui – Disse – agora!

Os três saíram apressados do quarto, Diana se xingava, perdera a noção do tempo, esperava que ninguém os encontrasse...

– Hum... Vão na frente – ela se dirigiu a Zack e Sara – esqueci uma coisa, voltem para os dormitórios imediatamente, não me esperem.

– Diana... – começou Sara

– Façam o que eu digo – cortou Diana em tom autoritário e voltou de pressa pelo corredor.

Zack e Sara se entreolharam, por fim decidiram fazer como Diana havia pedido – na verdade ela havia mandado neles como se fosse autoridade, mas eles preferiram encarar aquilo como um pedido – e voltaram correndo para os quartos.

Diana não andara muito pelo corredor até que esbarrara em alguém, ela olha para cima e vê uma senhora de cara fechada na sua frente.

– O que você está fazendo aqui, senhorita?

– Tentando impedir que algum pobre coitado morra?

No outro dia Diana foi levada para a sala da diretora.

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Na sala Diana estava mortalmente entediada, mexia nas coisas em cima da mesa, quebrou algumas, esperava a diretora. Ela demorava, ela disse que iria buscar uma pessoa, Diana já imaginava o que isso queria dizer. Não era uma coisa boa.

A diretora voltou depois de um tempo, seguida de uma mulher que usava uma roupa preta profissional de escritório, ela tinha vinte e tantos anos, mas a sua expressão dura a fazia parecer mais velha.

– Olá – Diana cumprimentou a mulher –já fez alguma criancinha chorar hoje?

– Eu te perguntaria a mesma coisa...

A diretora pigarreou e se virou para a mulher.

–Bem... Eu sinto muito por fazer você perder o seu tempo, que eu entendo que é muito importante para você.

Diana riu de deboche, a mulher lançou um olhar duro para ela.

– O meu tempo é muito valioso, e eu estou cansada de ter que perdê-lo com você.

– Eu não faço questão que você cuide de mim.

– Eu faço – a diretora se intrometeu na conversa, voltou-se para a mulher – não se preocupe, as ações da senhorita Carter terão as consequências necessárias.

– Tenho certeza que sim - segurou o braço de Diana - com licença.

As duas saíram da sala da diretora de cara fechada, examinavam uma a outra com o canto de olho. Quando chegaram naquela mesma salinha em que se encontraram na noite anterior Diana viu Sara e Zack esperando por ela.

– Diana! – Sara gritou e foi até ela, quando chegou perto da garota deu um tapa em seu braço.

– Ai! Por que fez isso?

–Você mereceu! Por que levou toda a culpa sozinha? Eu disse que estávamos juntos nessa.

–Nós não podemos ficar todos de detenção... Você está aqui com uma bolsa de estudos, não é Sara? Uma detenção poderia ser bem pior para você. Zack também levou duas detenções esse ano, mais uma e ele vai ser suspenso.

Zack e Sara se olharam, não era exatamente o que eles esperavam vindo de Diana, a mulher também parecia surpresa.

– E também – continuou Diana – Se vocês ficarem de detenção podem atrapalhar-me mais do que já atrapalham.

Bem, estava demorando.

– Ah, claro – disse Zack – Oi Vivian.

Estava falando com a mulher.

– Oi Zack.

– O que? – perguntou Sara – Vocês se conhecem? Quem é você?

– Bom... – disse Diana – Eu ainda acho que é uma agente do MI6 disfarçada, mas preciso de mais provas para ter certeza.

– Poupe-me – interveio a mulher- eu tenho um pequeno cargo no governo britânico. Eu sou irmã dela... Infelizmente.

– Sentimento mútuo – respondeu Diana – Você não estava ocupada Vivian? Pode ir embora agora.

– Eu vou. E espero não ter que voltar mais por sua causa, Diana.

E assim, Vivian se foi. Diana pareceu aliviada.

– Bem, você conseguiu uma detenção para o sábado – disse Zack – o que vai fazer agora?

– Vou finalizar essa investigação de uma vez por todas – Diana respondeu - Vou voltar para aquele quarto hoje.

– O QUE?!? – objetou Sara – De novo?

– Infelizmente – respondeu Diana – mas é a última vez. Agora na verdade, eu queria que todos nós nos reuníssemos no dormitório, vamos conversar sobre algumas coisas. Chame o Lucas, Sara, ele pode querer fazer parte disso.

Sara chamou Lucas, os cinco se reuniram no quarto de Sara e Diana, Diana disse o seguinte:

– Hoje à noite nós vamos acabar com isso de uma vez por todas.

– Quer disser que você acha que poderá disser quem é o ladrão? - Lucas perguntou

–Ah, isso eu já sei a um tempo, no dia daquela aula dos triângulos, na verdade. Não, eu pretendo pegar o tal ladrão hoje mesmo.

– Você sabia esse tempo todo? – Perguntou Zack, não sabendo se ficava impressionado ou frustrado - Como você sabia?

– Bem, eu odeio admitir, mas as aulas de triângulos ajudaram bastante – Diana respondeu – pense, que fatos nós temos?

– Hum... Clara que mentiu sobre voltar ao laboratório, Ezequiel dizendo que não sabe de nenhum motivo de Clara, você me perguntou o que um jogador de basquete esconderia e achou alguma coisa no quarto dele e não quis nos mostrar. Não é muita coisa.

Diana revirou os olhos.

–Vocês não conseguem ver nada, são muito superficiais. Eu sei exatamente quem roubou e os seus motivos, porém precisamos de provas. Eu acredito que posso surpreender essa pessoa no ato hoje.

– Diana... – Começou Sara – Você disse que triângulos a ajudaram a entender tudo. Como isso é possível?

Diana deu um sorriso.

– Não gosto de dizer, fica sem graça.

Ela se aproximou da janela e olhou para baixo, pareceu resentida de repente.

– Sara, Zack... Vocês ainda vão querer me ajudar?

– Nem pergunte – Zack falou e se aproximou da janela – Você diz que nós atrapalhamos e depois pergunta se nós vamos te ajudar? Acha que eu vou deixar você fazer tudo sozinha? E se você cair da janela?

Diana olhou para o outro lado, o chão às suas costas, como se tivesse visto alguma coisa estranha, mas na verdade estava escondendo que havia corado.

– Na mesma hora de antes. Vamos todos voltar para o dormitório.

– Vamos ter que usar roupas ninja de novo? - Sara perguntou incomodada com a possibilidade.

Diana começou a rir, rir muito, Sara ainda não tinha a visto rir, ela cobria a boca com as mãos e ficava vermelha, Sara achou aquilo tão engraçado, não tinha nada a ver com a personalidade de Diana, achou tão engraçado que começou a rir também, o que fez Diana rir mais ainda, pouco depois as duas estavam rindo histericamente. Zack e Lucas se olharam, sem saber que estavam pensando juntos.

“Eu perdi alguma coisa?”