A porta do banheiro se abre e eu subo na patente rapidamente engolindo o choro tremendo. Eu iria morrer, droga eu iria morrer! Eu estava com tanto medo. A porta se fecha e eu tento respirar sem fazer barulho.
–R-achel? - Ouço uma voz familiar falhar e sinto meu coração parar.
Eu suspiro e abro a porta lentamente do banheiro e o vejo. Ele me encarava e selua expressão era de desespero.
–Finn? - Eu pergunto aliviada não acreditando que ele estava ali.
–Você está bem? - Ele pergunta sorrindo, a voz dele era um sussurro e eu começo a chorar e corro até ele o abraçando. Ele recebe o abraço surpreso, mas logo sinto os braços dele em minha volta e eu me sinto segura. Como se nada no mundo pudesse me ferir.
–O que houve? - Eu pergunto.
–Eu não faço a mínima ideia. - Ele fala.
–Então como você veio aqui? - Eu pergunto e ele cora.
–Eu vim atrás de você. - Ele fala e eu o encaro surpreso.
–Você poderia ter levado um tiro Finn. - Eu falo e ele sorri desviando o olhar.
–Eu não me importava... - Ele fala e eu o encaro surpresa. - Só precisava saber se você estava bem.
Eu pisco e observo o rosto dele. Ele havia mudado muito. Haviam olheras debaixo de seus olhos cansados, a barba estava começando a ficar maior. Eu suspiro tocando o rosto dele e então eu entendo o que Santana havia dito.
–Eu entendo Finn... - Eu falo e ele franze a testa. - Eu entendo o porque você me deixou. - E então o rosto dele se suaviza e vejo lagrimas em seus olhos. - Mas mesmo eu entendendo, não tira toda a dor que eu senti.

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–Rachel... - Ele começa a falar e eu o interrompo.
–Eu não quero brigar Finn. - Eu falo. - Não agora. Eu só queria que você soubesse que você não deveria ter feito essa escolha sozinho. Porque foi mais dolorido para nós dois dessa maneira.
Há um segundo tiro e eu dou um pulo com o susto e sinto as lagrimas quererem chegar. Finn me puxa para dentro da cabine aonde entramos juntos e ele me abraça. Eu chorava e ele acariciava meus cabelos.
–Vai ficar tudo bem. - Ele fala.
–Eu estou com medo Finn. - Eu falo me encolhendo para mais perto dele. - Eu não quero morrer Finn.
–Você não vai morrer minha pequena. - Ele fala.
–Mas e se ele entrar aqui? - Eu pergunto com medo.
–Eu nunca deixaria ele fazer nada com você. - Ele fala e eu o encaro. - Eu não me importaria de morrer pra te salvar.
–Finn... - Eu começo a falar.
–Eu amo você. - Ele fala.
E eu queria poder dizer que eu o amava também, por que eu ainda o amava! Muito... Mas eu estou com medo. E se nós morrermos, e eu não conseguir falar que eu o amava? Então a porta se abre com força e eu escuto o choro de Santana.
–Entra ai sua vadia. - Escuto um homem falar e eu encaro Finn assustada e ele coloca o dedo na boca me pedindo pata ficar quieta.
–Não toque em mim! - Santana grita chorando. Finn arregala os olhos ao ouvir a voz de Santana e coloca a mão na minha boca para eu não gritar.
–Você é uma vadia. - O homem fala. - Nem prestes a morrer implora para que eu tenha piedade.
–Não vou dar o que você quer seu desgraçado! - Santana grita entre soluços.

Olho para Finn que ficava vermelho de raiva. Ele tira a mão da minha boca e eu nego com a cabeça sabendo o que ele irá fazer. Ele sussurra "Fique aqui" e eu nego com a cabeça apavorada segurando no braço dele. Ele se aproxima e sinto sua respiração acelerada, os lábios dele tocam nos meus me causando um choque que eu só poderia sentir o beijando. Ele se separa e eu o encaro com medo de o perder e sussurro chorando: "Eu amo você! Não me deixe novamente. Por favor!" Ele sorri e acaricia o meu rosto e sussurra de volta: "Eu morrerei feliz". E então ele abre a porta lentamente e sai. Segundos depois eu ouço gritos.
–Seu desgraçado! - Ouço o homem desconhecido gritar.
–Finn! - Santana grita e eu me seguro para não abrir a porta para ver o que está acontecendo. - Não!
E então eu ouço um tiro e meu coração para.
–Oh meu Deus. - Eu deixo escapar.
–Tem mais alguém ai? - Ouço o homem falar e estremeço. - Espera, eu reconheço essa voz. Pequena Rachel, quanto tempo.
Eu tremo e me lembro de quem essa voz era. Não poderia ser, ele estava morto. Então eu ouço a porta ser aberta e mais dois tiros e tremo. Oh droga.