No pátio do castelo de Marmoreal, Mirana estava arrumando o cavalo em que iria para a batalha, Soluço preparava Banguela, Rapunzel estava com Max e Merida com Angus enquanto os demais preparavam suas vassouras. Os soldados, que pareciam peças de xadrez, já estavam a postos e prontos para avançar para a batalha. Hatter também estava ali, bem como Bayard, Mactwisp, Cheshire, A Lebre de Março, Mally e os Tweedle. A Rainha Branca não olhara uma única vez para as portas do castelo, algo que os outros faziam com frequência. A verdade era que ela não queria que Alice enfrentasse o Jaguadarte.

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Um barulho vindo de dentro do castelo chamou a atenção de todos, que se viraram a tempo de ver os soldados abrirem espaço para Alice, montada no Capturandan, passar. A loira logo se pôs ao lado de Mirana.

– Achou que eu ia deixar você morrer, irmã? – Alice sorriu como Mirana se lembrava e todos souberam que o feitiço estava desfeito.

– É bom ter você de volta. – Mirana sorriu e montou no cavalo.

Logo todos começaram a avançar. Seguiram até o local onde estava a torre em que os caixões dos pais de Mirana foram colocados, porém o lugar estava diferente. A torre estava destruída e tudo estava num estado deplorável. Aquilo era definitivamente um tabuleiro de xadrez gigante e do outro lado, Iracebeth apareceu com suas tropas de soldados-cartas.

Lá, Mirana desceu de seu cavalo e andou até o centro do “tabuleiro”, assim como Iracebeth. Mactwisp ficou entre as duas.

– Olá, Iracebeth. – Mirana cumprimentou com cordialidade.

– Olá... – Iracebeth se recusava a olhar para a irmã. – Mirana.

– Neste Glorian Day, as Rainhas Vermelha e Branca devem mandar seus campeões para competir em seus nomes. – Mactwisp anunciou.

– Irace. – Mirana olhou para os olhos da irmã. – Nós não precisamos brigar. – Repetiu o que uma vez havia dito, piscando os olhos por impulso duas vezes, como havia feito antes. Mesmo com tudo o que Iracebeth havia feito, Mirana ainda queria muito que ela pegasse esta última chance que estava lhe oferecendo.

– Eu sei o que está fazendo. – Iracebeth falou, finalmente olhando para Mirana. – Você acha que pode piscar esses lindos olhinhos, que eu vou me derreter como mamãe e papai faziam.

– Por favor. – Mirana pediu mais uma vez, mesmo já sabendo que tudo iria tomar o mesmo rumo da vez anterior.

– NÃO! – Iracebeth gritou. – ESSA É MINHA COROA! EU SOU A MAIS VELHA! – Virou-se para o exército. – JAGUADARTE!

As duas se olharam uma última vez e se afastaram sem se virar de costas uma para a outra. O exército vermelho abriu espaço e todos ouviram um barulho estrondoso. Jacky apertou sua varinha. Jack pegou a sua e se pôs na frente de Elsa, que fazia alguns raios de gelo na mão. Elena se colocou na frente de Anna e fez uma bola de fogo, a qual ficou segurando. Anna pegou sua varinha com força, mas sua mão tremia. Rapunzel, Soluço e Merida se entreolharam e cada um pegou sua varinha. Alice se manteve quieta ao lado de Hatter, com a Espada Vorpal em mãos. Logo, o enorme Dragão Jaguadarte apareceu.

– Isso é impossível. – Alice murmurou, olhando para aquele monstro.

– Só se você acreditar que é. – Hatter respondeu, também sem tirar os olhos do Jaguadarte.

– Às vezes eu acredito em seis coisas impossíveis antes de tomar café da manhã. – Alice declarou.

– Essa é uma ótima prática. – Hatter falou. – Mas acho que você vai querer se concentrar no Jaguadarte.

O Jaguadarte se posicionou ao lado de Iracebeth, que olhou a irmã com um sorriso vitorioso.

– Onde está seu campeão, irmã? – A ruiva arqueou uma sobrancelha.

– Bem aqui. – Alice respondeu e se colocou ao lado de Mirana.

– Olá, Hum. – Iracebeth falou com desprezo, fazendo Mirana olhar para Alice com confusão.

– Eu explico depois. – A loira deu de ombros e seguiu até o centro do tabuleiro, assim como o Jaguadarte. – Seis coisas impossíveis. Conte-as, Alice. Um: Há uma poção que pode te encolher. Dois: Há um bolo que te faz crescer.

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– Minha velha inimiga. – O Jaguadarte falou quando se aproximou de Alice. – Nos encontramos no campo de batalha outra vez.

– Nunca nos vimos antes. – Alice respondeu.

– Não falo com você, portadora insignificante. – O Jaguadarte retrucou. – Minha velha inimiga, a Espada Vorpal.

– Chega de conversa. – Alice declarou e com um movimento, cortou a língua do Jaguadarte.

– ISSO! – Merida gritou, sorrindo.

– Isso é nojento. – Elsa estremeceu.

– Já vimos coisas piores. – Elena deu de ombros.

– Três: Animais podem falar. – Alice contou ao se levantar, uma vez que havia sido arremessada no chão. – Quatro: Gatos podem desaparecer. – Desviou de um golpe do Jaguadarte e se defendeu com o escudo quando ele lhe atacou com um raio roxo. – Cinco: O País das Maravilhas existe. Seis: Eu posso matar o Jaguadarte.

Assim, a loira começou uma série de ataques, as quais o dragão desviava com um pouco de dificuldade. Com um movimento, o Jaguadarte jogou Alice longe, separando-a também da Espada Vorpal. O monstro estava prestes a dar o golpe final quando Mirana lhe apontou a varinha e gritou:

– Estupefaça! – O Jaguadarte foi lançado para trás, dando tempo para que Alice se levantasse e pegasse a Espada.

– Minha irmã está interferindo! CORTEM A CABEÇA! – Iracebeth gritou e os soldados de ambos os lados começaram a avançar, iniciando o confronto.

– Então precisa de pessoas para fazer isso para você?! – Mirana provocou. Já estava cansada de ser boazinha com a irmã.

– Como é?! – Iracebeth se irritou.

– Você me ouviu! – Mirana sorriu, desafiando.

Logo, as duas também começaram a duelar entre si enquanto Alice subia pelos destroços da torre em que os caixões dos pais de Mirana foram deixados e o Jaguadarte a seguiu. Hatter começou a combater Stayne e cada um dos membros restantes dos Dez iniciou um confronto com pelo menos cinco soldados cada um.

Mirana e Iracebeth haviam se afastado um pouco da batalha, visando não serem interrompidas.

– Acho que você não é tão boazinha quanto finge ser. – Iracebeth provocou, sorrindo desafiadoramente.

– Eu não sei por que você me odeia e, honestamente, eu não me importo. – Mirana retrucou. – Este é o meu Reino e você não irá destruí-lo! – Apontou a varinha. – Estupefaça!

Num dos andares da torre, Alice estava alerta, procurando o Jaguadarte. Mesmo assim, a fera conseguiu surpreendê-la, aparecendo por trás, mas por sorte, Alice desviou de seu golpe e correu dali, subindo as escadas. Conseguiu subir até o último andar, o mais destruído, onde os caixões deveriam estar, porém restava apenas o último degrau da escada que levava àquele lugar.

O Jaguadarte apareceu ali, rugindo alto e levantando as gigantescas asas.

– Protego! – Mirana se defendeu de um Expelliarmus lançado por Iracebeth. A Rainha Branca já estava com alguns cortes e hematomas no rosto e nos restante do corpo. O vestido branco estava rasgado e sujo. – Feitiços simples. – Analisou. – Eu não sabia que você tinha um lado mole.

– Não tenho. – Iracebeth respondeu, estando no mesmo estado da irmã. – Mas se você quer assim... – Sorriu. – Crucio!

– Protego Maxima! – Mirana se protegeu, sentindo apenas uma leve dor no corpo.

– Devo dizer que até que você não é ruim. – Iracebeth elogiou. – Mas eu já estou cansada. Eu não suporto mais olhar para você e essa sua maldita carinha bonita. AVADA KEDAVRA!