Já com as varinhas de dois dos fundadores de Hogwarts em mãos, Elsa e Elena já estavam de frente para a porta que as levaria até a Torre de Astronomia, e, consequentemente, até Pitch.

Andersen, Mirana, Jack, Merida, Rapunzel, Soluço, Jacky, Alice e Anna também estavam lá, cada um olhando-as com um tipo diferente de preocupação, afinal todos sabiam que aquela podia ser a última vez em que veriam as duas. Mas, além deles, também havia mais alguém ali. Era...

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Hansel? – Elena arqueou uma sobrancelha, surpresa demais para qualquer outra reação além daquela.

– Olá. – O rapaz cumprimentou com um sorriso sem graça, segurando sutilmente a mão livre de Mirana.

– Mas você não... – Elsa não terminou. Fez um gesto com a mão como se tivesse sua cabeça cortada e ele riu.

– Vocês têm seus truques e eu tenho os meus. – Hansel respondeu com simplicidade. – Além do que, não sou o único a “voltar dos mortos”. – Fez aspas com a mão livre.

Todos sabiam do que ele falara. Malévola já havia lhes mostrado que os estudantes e professores supostamente mortos por ela em seu terceiro ano em Hogwarts não haviam sido realmente assassinados, e sim transferidos para outros lugares do mundo, onde poderiam ficar seguros de Pitch, mas que acabaram por voltar quando souberam da guerra, a exemplo de Gretel, a irmã de Hansel, Lisa, a irmã de Norman, Antonio e Ronin, o ex-professor de Feitiços de Hogwarts.

Então, como ainda tinham alguns minutos antes da meia noite, Elena se aproximou de Andersen ao mesmo tempo em que Jack foi até Elsa.

– Você é um idiota. – A morena declarou com uma expressão de falsa irritação ao se aproximar do namorado.

– Por quê? – Andersen arqueou uma sobrancelha, confuso.

Elena então ergueu a caixinha de veludo negra que Helena lhe dera quando a encontrou, deixando Andersen completamente trêmulo e nervoso, começando a suar frio ao visualizar o pequeno objeto como se aquilo fosse uma Maldição da Morte dirigida a ele.

– Por que não me contou? – Ela questionou com o cenho franzido, mas com o canto do lábio levemente erguido num sorriso quase imperceptível.

– É que... – Ele se apressou em tentar explicar em meio ao nervosismo e desespero, passando as mãos freneticamente pelos cabelos pretos desorganizados. – Bom, eu não sabia se você ia aceitar, nem ao menos sabia como pedir... – Falava tão rápido que era difícil entender o que dizia. – Então deixei com a Helena, mas eu não sabia que ela mostraria a você, afinal ela tinha me prometido que nunca te diria nada até que eu decidisse, mas eu vejo que ela mudou de ideia. – Disse tudo num fôlego só, logo respirando fundo uma vez antes de prosseguir. – Mas você aceitaria? – Perguntou com uma expressão receosa no rosto machucado.

– Sim. – Elena respondeu com simplicidade e uma expressão cética no rosto.

– Olha, desculpe. Eu sabia que você não ia aceitar. Helena não devia ter te entregado isso e... – Se interrompeu ao finalmente absorver a simples palavrinha dita pela morena à sua frente. – Espere... – Deixou um sorriso brincar no canto de seus lábios e seus olhos brilharam. – O que disse?

– Eu disse “Sim”. – Elena soltou um riso baixo, mas logo foi interrompida quando Andersen a beijou de surpresa.

Merida fez uma espécie de dancinha da vitória ao olhar para o casal, provocando risadas em Anna e Alice, enquanto que Mirana e Jacky apenas se mantiveram quietas, apesar de se mostrarem felizes pela amiga, e Rapunzel e Soluço cochichavam entre si.

Jack e Elsa, que até então haviam permanecido quietos observando a irmã mais velha da loira com seu então noivo, finalmente se viraram um para o outro.

– E então? – Jack perguntou visivelmente nervoso.

– Então? – Elsa repetiu, rindo do estranho e repentino nervosismo dele.

– Sua irmã vai se casar. – O albino passou a mão pelos cabelos que um dia foram brancos, mas que no momento estavam sujos de sangue e terra.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– É. – Elsa concordou com um gesto mínimo da cabeça, olhando Elena e Andersen pelo canto do olho.

– Está feliz? – Ele questionou, aparentando estar sem graça e sorrindo nervosamente.

– É claro que sim. – Elsa sorriu para ele. – Tenho certeza de que a Elena vai ser feliz com o Andersen. Não podia desejar alguém melhor para ela. – Olhou mais uma vez para o casal pelo canto do olho, mais parecendo que evitava olhar para Jack.

– Concordo. – O albino disse no mesmo tom nervoso de antes, remexendo-se em seu lugar. – É só que... – Mexeu no bolso da calça e tirou de lá uma caixinha de veludo branca completamente imaculada, não parecendo ter sido afetada pelos estragos da Guerra. – Eu só queria perguntar se... – Respirou fundo e fechou os olhos com força. – Você quer casar comigo? – Ainda com os olhos cerrados, abriu a caixinha, deixando a mostra o Anel de prata com flocos de neve meticulosamente talhados ao redor do aro.

Elsa ficou sem fala por um momento, fitando o anel, boquiaberta. Jack não percebeu, afinal ainda estava com os olhos cerrados, trazendo também uma expressão temerosa no rosto, como se esperasse por uma rejeição.

Já com lágrimas começando a cair dos belíssimos olhos azul-gelo, Elsa finalmente proferiu a palavra com a voz trêmula.

– Sabe, é um pedido meio fora de hora. – Sorriu.

– Pode ser que nem haja outra hora. – Jack finalmente tomou coragem para abrir os olhos, mas não olhou diretamente para Elsa. Fitou o chão, sem graça. – Eu te amo.

Jack podia não ter notado, mas aquela era a primeira vez em que ele dizia aquilo claramente com todas as letras, e Elsa sem dúvida percebeu.

– Eu também te amo. – A loira respondeu, fazendo com que Jack abrisse um sorriso de orelha a orelha. – E sim, eu aceito casar com você. – Deixou as lágrimas caírem livremente por seu rosto.

Então, assim como Andersen havia feito com Elena apenas minutos atrás, Jack beijou Elsa, abraçando-a e tirando-a do chão.

Quando finalmente se separaram, perceberam que os outros nove os olhavam atentamente e ficaram imediatamente vermelhos.

– Parabéns. – Elena se aproximou da irmã e a abraçou.

– Para você também. – Elsa retribuiu o abraço e parecia sorrir como nunca.

Jack e Andersen trocaram um aperto de mão, ambos visivelmente contentes pelo que havia acabado de lhes acontecer mesmo com o que aguardava as noivas na Torre de Astronomia.

– Fico feliz por você, cara. – Jack sorriu para o rapaz.

– Digo o mesmo. – Andersen retribuiu.

Só foram interrompidos pelas badaladas do relógio.

Era meia noite.

Imediatamente Jack e Andersen se aproximaram de suas respectivas noivas, que já se encontravam de frente para a porta que as levaria às escadarias da Torre de Astronomia.

– Parece que isso é um adeus. – Elsa deixou uma lágrima solitária escorrer por seu rosto, a qual Jack limpou com o dedo polegar.

– Não, não é. – Jack negou com um gesto mínimo da cabeça. – Haja o que houver, eu a verei de novo. – Sorriu. – Senhora Frost. – Brincou, fazendo Elsa abrir um sorriso para ele.

Assim com Jack e Elsa, Elena e Andersen também conversavam entre si.

– Sabe que eu preciso ir. – Elena declarou com um sorriso de canto nos lábios.

– Eu sei. – Andersen assentiu. – Mas nem pense em me abandonar no altar, Senhora Ravenclaw. – Ele sorriu e ela retribuiu o sorriso. – Te amo.

– Eu também. – Ela respondeu.

Logo, as Gêmeas Gryffindor se separaram de seus então noivos e se viraram para as portas da Torre de Astronomia e a abriram, logo entrando e fechando-a atrás de si, seguindo para o que tanto poderia significar suas mortes, quanto poderia significar a vitória para o Mundo Mágico.