Enquanto isso...

Completamente cego pela fúria que se abatera sobre ele ao descobrir a morte do tio, Jack correra de volta para os Campos de Hogwarts na esperança de talvez encontrar Pitch e mata-lo pelo que havia feito a Sandman, mas apenas as réplicas de Areia Negra dos Dez estavam lá.

Estava se aproximando da réplica de Soluço para envolver-se na batalha contra ela, mas foi impedido por quem menos esperava ver ali naquele momento.

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Theodora Wicked.

– Olá, pirralho. – Ela cumprimentou com frieza e um sorriso de canto debochado, apontando a varinha negra como a noite para ele, que também lhe apontou sua varinha.

– Onde está o Black? – Jack questionou em um tom gélido incomum para ele, semicerrando os olhos. Se tinha a chance de se vingar do assassino de seu tio, teria que fazer isso.

– Sua luta é comigo, pivete. – Ela respondeu rudemente. – Avada Kedavra!

– Protego Horribillis! – Ele se defendeu sem realmente aparentar qualquer dificuldade. – Eu vou perguntar apenas mais uma vez: ONDE ESTÁ O BLACK?! – Gritou a plenos pulmões.

Para a completa surpresa dele, ela soltou uma gargalhada ruidosa que ecoou pelos campos sangrentos e destruídos que um dia foram o lugar onde ele mais gostava de ir para passar tempo com os amigos.

– Isso é sobre aquele seu tio? – Ela arqueou uma sobrancelha, sorrindo debochada para ele. – Qual era mesmo o nome dele? Samuel? Sebastian? – Provocou.

– Sandman. – Ele respondeu com uma voz dura, irritando-se com a zombaria dela para com o tio.

– Ah, sim. Claro. – A ex-professora de voo soltou um riso baixo. – O douradinho que eu matei há pouco tempo. – Murmurou, mas o tom foi propositalmente alto para que Jack pudesse ouvir.

Foi como se algo se chocasse contra a mente do albino. Ele estivera procurando pela pessoa que havia lhe tirado o tio e ela estava bem ali na sua frente.

– Desgraçada! – Jack gritou em plena fúria. – Estupefaça! – Começou a desferir feitiços contra ela, que se defendia com Protego’s não verbais. – Expelliarmus! – Tentou mais uma vez, mas não obteve sucesso. – Avada Kedavra!

– Protego Horribillis! – Ela mais uma vez se protegeu sem qualquer dificuldade, mesmo com um feitiço mortal desferido contra ela.

Mais uma gargalhada ruidosa ecoou pelos campos. Theodora parecia divertir-se bastante com as tentativas vãs e cegas de ódio de Jack.

– Está irritadinho, pivete? – Ela provocou, divertindo-se ainda mais quando viu Jack apertar a varinha ainda com mais força. – Só por que eu matei seu tiozinho? – Fez uma expressão de falsa pena que logo se desfez em um sorriso irônico. – Foi tão fácil. Aquele mudinho insignificante praticamente se deixou ser morto. – Riu. – Devia tê-lo visto se contorcendo de dor quando lhe lancei a Maldição Cruciatus ou visto os olhos esbugalhados depois que o acertei com a Maldição da Morte. – Ela bufou. – Que patético.

– Já chega! Expelliarmus! – Jack tentou mais uma vez, agora completamente cego de ódio.

Mais uma vez seu feitiço foi defendido sem qualquer dificuldade, motivo pela qual Theodora apenas ria mais e mais a cada tentativa falha do albino raivoso, o que contribuía apenas para aumentar o ódio que Jack sentia pela ex-professora de voo.

– Então é só isso que tem, pivete? – Ela arqueou uma sobrancelha e sorriu com deboche e ironia para ele. – Seu tio valia apenas isso para você? – Provocou.

– Miserável. – Ele murmurou em um tom baixo o bastante para que ela não ouvisse e então voltou a tentar ataca-la com tudo o que tinha, fazendo de tudo para vingar a morte do tio preferido, aquele que sempre esteve ao seu lado não importando a burrada que ele fizesse e aquele que, estranhamente por ele ser mudo, sempre lhe deu bons conselhos e guiou-o pelo caminho certo. Nunca dissera a ninguém, mas foi Sandman, por meio de gestos e palavras escritas, que o encorajou a pedir Elsa em namoro, ato pela qual ele o agradecia todos os dias desde que a loira aceitou.

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Assim sendo, precisava fazer algo por ele, pelo menos uma vez na vida. Precisava vingar sua morte.

E vingaria.

Jacky, Alice, Cheshire, Tweedledee, Hatter, Bayard e Mactwisp, com dificuldade, conseguiram finalmente deixar a Rainha Branca mais calma, por mais que esta continuasse inconsolável pelas mortes de dois de seus grandes amigos: Mally, a Dormidongo, e Tweedledum, irmão gêmeo de Tweedledee.

Quando menos esperavam, Jennete entrou pelas portas do Grande Salão, seguindo para onde a irmã estava.

– E aí? – A mais nova perguntou, parecendo estranhamente preocupada, por mais que tentasse disfarçar com ironia, o que não estava funcionando tão bem quanto ela esperava.

– As coisas não estão indo muito bem. – Jacky se levantou, afinal estivera de joelhos segurando Mirana, e ficou de frente para a irmã. Suspirou com cansaço, mas não demonstrando mais em suas feições do que o mero desinteresse. – Então, é verdade? – Perguntou, mas ao ver a expressão confusa de Jennete, especificou. – Que o papai morreu? É verdade? – Repetiu a pergunta.

– Sim. – Jennete afirmou com a cabeça, lembrando-se de tê-lo visto caído morto no chão quando encontrou Jacky desacordada nos Campos de Hogwarts com Mirana e Alice.

– E isso me lembra uma coisa. – Alice se meteu na conversa, chamando a atenção das Gêmeas Slytherin.

A loira remexeu em suas roupas, procurando algo. Ao encontrar, mostrou-o as duas. Era um pequeno frasco com um líquido transparente que elas não entenderam de imediato do que se tratava até que a própria Alice especificou:

– O pai de vocês me entregou. – Ela explicou com certo pesar presente no tom de voz. – Disse que eu devia te entregar. – Falou, referindo-se a Jacky. – É uma lágrima. Talvez haja nela uma lembrança que você poderá ver na Penseira da diretoria.

– E você fala como se eu quisesse saber o que aquele desgraçado tem a me mostrar. – Jacky cruzou os braços e franziu o cenho, desviando o olhar para evitar olhar para a loira ou para o frasco que esta segurava.

– Jacky... – Jenn falou em um tom de repreensão, balançando levemente a cabeça em reprovação à atitude da irmã.

– Não me venha com essa cara, Jenn. – Jacky pareceu ficar ainda mais emburrada e todos sabiam que quando ficava daquele jeito, ela podia facilmente se tornar uma assassina pior do que as réplicas de Areia Negra que assolavam Hogwarts. – Não vou olhar isso e fim de história.

– Mas devia. – Alice finalmente se pronunciou mais uma vez, entregando o frasco a Jennete, que estendeu a mão para pegá-lo. – Seu pai está morto e este era o último desejo dele. – Suspirou com cansaço. – Ele pode não ter sido o melhor pai do mundo, mas ainda era seu pai. – Disse isso e voltou para onde Mirana estava.

Jacky cerrou os punhos com ainda mais força e a varinha em sua mão direita rangeu em protesto, assim como os nós dos dedos, que estavam ficando doloridos com a força empregada.

– Droga, Alice. – Jacky reclamou, tirando abruptamente o frasco da mão de Jennete e saindo rapidamente do Grande Salão em direção à Diretoria, mais especificamente à Penseira que havia lá.