A batalha prosseguia violenta nos Campos de Hogwarts, mas parecia que as forças aliadas contra Pitch obteriam a vitória mais cedo do que era possível imaginar. Os bruxos que lutavam a favor da liberdade do mundo bruxo eram determinados e mesmo a vantagem numérica de bruxos das trevas parecia não ser mais tão eficiente quanto quando a batalha começara, algo que já começava a diminuir consideravelmente de modo que não mais houvesse uma maior quantidade de inimigos do que de aliados.

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Assistindo a tudo de um lugar distante e com um ar insatisfeito estava Pitch, em companhia de Theodora, Gothel e Mor’du, que não haviam saído para a batalha, diferentemente de Malévola, Jafar, Jack, Úrsula e Iracebeth.

– Estamos perdendo. – Gothel declarou com um ar de repulsa enquanto olhava para a batalha violenta. – Além dos estudantes, professores e bruxos do Ministério, estamos enfrentando os exércitos de Highland, Arendelle, Corona, Wonderland e Berk. Estamos em desvantagem.

– Eu não diria isso. – O rosto de Pitch pareceu se iluminar e um sorriso maldoso se formou em seus lábios finos e cinzentos. – Mandem que as tropas recuem. É hora de fazer uso da minha arma secreta.

– Arma secreta? – Theodora repetiu sem tirar os olhos da batalha, fitando com uma satisfação doentia a carnificina que se fazia presente nos campos da escola da qual um dia fora professora.

Porém, Pitch nada respondeu. Apenas assentiu minimamente com a cabeça e saiu andando na direção oposta aos campos, sendo seguido pelos olhares dos outros três bruxos, que também não se mexeram para segui-lo.

Jack ainda estava com Elsa, Anna e Elena dentro do castelo de Hogwarts, enquanto que Andersen e Kristoff foram praticamente arrastados por Aladdin e Norman de volta para a batalha, mesmo que o moreno e o loiro tivessem insistido para ficar ao lado das garotas.

Elsa já conseguia se levantar, visto que a enfermeira já havia cuidado de sua perna, e Elena já estava de pé encostada a uma parede, enquanto que Anna ainda não havia acordado, mas fora assegurado que a ruiva ficaria bem se descansasse bastante, o que, mesmo que a enfermeira tenha afirmado com a mais completa certeza, ainda trazia receio às irmãs mais velhas da ruiva.

De repente, Merida, Rapunzel e Soluço entraram correndo na companhia de uma mulher de cabelos castanho-claros e olhos verde-claros, Aurora e Stoico. Os seis pareciam cansados e ofegantes, extremamente machucados e sujos, bem como todos os que haviam se envolvido naquela guerra.

– Quem é essa? – Jack imediatamente perguntou, avaliando a mulher e parecendo reconhecê-la, embora não ligasse o nome à pessoa.

– Essa é minha mãe. – Soluço sorriu alegre. – Vocês a conhecem. É a...

– Malévola. – Elena terminou a frase. Não apresentava qualquer hostilidade para com a professora. Olhava-a como se fossem velhas amigas. – Demorou mais do que eu imaginava, não é? – Arqueou uma sobrancelha.

– Bom te ver também, Elena. – Malévola revirou os olhos e bufou. Sua voz simplesmente pingava sarcasmo embora ela também olhasse para a morena como se fossem velhas amigas.

– Enfim, – Merida as interrompeu. – as tropas do Pitch estão recuando. – A ruiva declarou em um fôlego só.

– O QUE?! – Elena, Elsa e Jack exclamaram, quase gritando, não acreditando no que haviam acabado de ouvir.

– Isso mesmo. – Rapunzel concordou, olhando de um lado para o outro como se esperasse alguma coisa. – Estão indo embora. Mas... – Parou de falar, engolindo em seco como se algo estivesse preso em sua garganta.

– Mas? – Elsa encorajou, olhando com nervosismo e ansiedade para a amiga que apenas permanecera calada.

– Mas lançaram um feitiço em volta da escola. – Foi Aurora quem respondeu sem pestanejar, cruzando os braços e aparentando não se importar com os olhares centrados em si. – Ninguém vai poder sair daqui.

– Então eles vão voltar. – Elena concluiu, andando de um lado para o outro com o cenho franzido. Virou-se para Malévola. – Consegue imaginar o porquê? Se ele tem alguma arma secreta? Algo que possa usar contra nós? – Presumiu em um tom imperceptivelmente nervoso.

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– Não, mas posso descobrir. – Malévola respondeu rapidamente, tirando das vestes um frasquinho de Poção Polissuco. – Ele confia em mim. Posso ir lá e descobrir o que está tramando. – Sugeriu.

– Não! – Soluço, Stoico e Aurora protestaram imediatamente, afinal sabiam que talvez Pitch já tivesse ideia que Malévola os estava ajudando e que ele poderia matá-la.

– Eles têm razão. – Elena concordou, embora não olhasse para ninguém em particular enquanto que todos passaram a olhar para ela. Era incrível como por muitas vezes a morena parecia ter uma mentalidade de alguém mais velho do que ela realmente era. – É perigoso. E mesmo que não fosse, vocês ouviram Aurora. Ninguém sai dos Terrenos de Hogwarts. – Suspirou com cansaço.

– Então o que pretende? – Stoico se pronunciou pela primeira vez desde que chegara ali com Aurora, Soluço e Malévola, aparentando nervosismo enquanto alternava olhares entre a mulher morena, a loira e o castanho.

– Não sei. – Elena passou a mão pelos cabelos castanhos, hábito que ela tinha quando estava nervosa. – Uma pista seria útil, mas não temos nenhuma. – Suspirou e passou o olhar por todos os presentes, franzindo o cenho logo em seguida. – Onde estão Jacky, Mirana e Alice? – Arqueou uma sobrancelha.

Ninguém disse nada e uma voz que não pertencia a nenhum deles respondeu:

– No Grande Salão. – Andersen apareceu ali acompanhando de Kristoff, aparentando tristeza e extremo cansaço. – E acho que vocês também deviam ir. – Olhou para o chão. – Aqui estão os feridos, mas lá estão os... – Não conseguiu terminar, parecendo ter algo preso em sua garganta que o impedia de prosseguir.

– Os mortos. – Kristoff colocou a mão no ombro do amigo, que limpava o rosto com as costas da mão, só então deixando visível que estava chorando. – Elas estão lá, vendo se reconhecem alguém. – Acalmou a todos, que já começava a ficar alarmados com o temor de que as três amigas poderiam ter morrido durante a batalha. – Vocês também deviam ir. – Sugeriu com um olhar de certa pena, centralizado principalmente em Merida e em Jack.

Todos ali se entreolharam e correram para o Grande Salão, abrindo as portas e dando de cara com a pior cena que já haviam, sequer, sonhado.