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O Príncipe Hans Das Ilhas Do Sul


– Puxa, ele estava animado... – disse Elsa, finalmente saindo de seu transe, e rindo do par de dança da irmã.

– Especialmente para um homem usando saltinho. – completou Anna.

– Você está bem? – Elsa perguntou.

– Eu; nunca estive melhor. Isso é tão lega... Eu queria que fosse assim todo o dia. – disse Anna, sonhadora para a irmã.

– Seria bom – falou Elsa com doçura sorrindo.

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Mas como se visse o entusiasmo de Anna, ou como se sentisse seu desejo ardente de serem amigas de novo através da profundidade do olhar, completou, chorosa.

– Mas não dá.

– Ué, por que não? – perguntou Anna agarrando o braço da irmã.

– Eu disse mais não dá. – gritou Elsa, dando as costas.

Ela suspirou infeliz, tentando se acalmar. Não queria ter se exaltado com Anna.

– Com licença um minuto. – disse Anna, e se afastou.

Elsa apenas a viu se afastar muito distraída e tristemente, até que foi empurrada por um cavalheiro que passava. Elsa ficou um bom tempo sem vê-la, mas não se preocupou muito. Contudo, mais um vez se sentia solitária. Sua única chance de se aproximar de sua irmã havia sido desperdiçada e destruída por uma leve irritação. Ficou brava consigo mesma por ter deixado Anna ir.

Quando a viu de novo muito tempo depois, ela estava acompanhada por um rapaz. Parecia radiante e feliz.

– Elsa – chamou ela feliz, mas ao perceber que estava interrompendo sua nobre parente em uma conversa importante, se controlou melhor e com o porte de uma princesa fez uma mesura. – Quer dizer, Rainha. Eu outra vez. Ah, permita. – disse ela puxando a rapaz pela manga.

– Príncipe Hans da Ilhas do Sul.

– Vossa Majestade. – disse ela, curvando a cabeça.

– Gostaríamos da... sua benção... para... o nosso... casamento. – disseram eles pausadamente juntos e se entreolhando.

– Ohh. – suspirou Elsa, assustada com a última palavra, piscando vária e várias vezes, tentando se certificar de que ouvira tudo corretamente. – Casamento?

– Sim. – completou Anna.

– Perdão, eu não entendi. – disse Elsa, a contragosto.

– Bom, ainda não pensamos em dados s detalhes, precisamos de alguns dias para planejar a cerimônia, é claro que teremos sopa, assado e sorvete e... Pera aí, moraremos aqui? – tagarelou Anna.

– Aqui? – repetiu a rainha, assustada.

– Sem sombra de dúvidas, respondeu o “noivo”.

– Oh, podemos convidar seus doze irmãos para morar aqui...

– Doze, aqui, Anna, não não não, Anna, o irmão de ninguém vai morar aqui, ninguém vai se casar.

– O quê?

– Preciso falar com você, mais aqui não.

– Não, tudo o que tem a dizer pode ser dito para nós dois.

– Certo. – Elsa tomou fôlego. – Não pode se casar com alguém que acabou de conhecer.

– Posso sim, se for amor verdadeiro.

– O que você sabe de amor verdadeiro Anna?

– Bem mais do que você. Tudo o que sabe é abandonar as pessoas.

De todas as palavras que poderia ter dito, aquelas foram as que mais machucaram Elsa. Esta sentiu lágrimas se formarem em seus olhos, e quando acho que não poderia agüentar mais, puxou ar com muito cuidado e delicadeza, fazendo o possível para não sair do controle. “Um passo em falso e todos saberão...”.

– Você pediu a minha benção e a resposta é não. Agora, me dêem licença. – disse ela com uma expressão nobre e serena, tentando se acalmar.

– Majestade, se eu puder...– objetou Hans.

– Não, não pode, e acho que você deve ir embora. A festa acabou, fechem os portões. – disse ela, com tristeza interrompendo Hans e dando ordens aos criados.

– Elsa, não... Não, espere. – disse Anna, indo atrás da rainha e pegando sua mão.

Na pressa de fugir daquele lugar cheio de pessoas no momento exato em que a Rainha sentia o gelo se formar em suas mãos, Anna segurou sua mão, e a luva que Elsa usava para protegê-las escorregou.

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– Anna, devolva a minha luva. – gritou Elsa, desesperada se virando de súbito para a irmã.

– Elsa, por favor, por favor, eu não consigo mais viver desse jeito.

– Está livre para ir. – disse ela, num ímpeto de cólera e histeria.

A dor que ambas partilhara neste momento era tamanha, que não consigo descrevê-la.

– O que foi que eu fiz para você. – perguntou a mais nova, aos prantos.

– Já chega Anna. – disse ela, tentado esconder de todos seu nervosismo e poder.

– Por que, por que você me abandonou, por que se isolou do mundo? Do quê você tem tanto medo?