Droga. É meu aniversário. Calma! Não estou brava pelo fato de ser meu aniversário, ou por ficar mais velha, ou qualquer coisa do tipo. É pelo simples fato que Alice é minha tia. E já que hoje faço 6 anos, e aparento ter 18 ( e isso é uma idade importante para humanos), ela vai querer fazer A festa.
Bem, é melhor eu levantar, e esquecer - pelo menos por enquanto - o meu sonho, antes que minnha mãe venha me buscar.
- Feliz Aniversário Renesmee! - disse minha mãe assim que entrei na cozinha do nosso pequeno chalé.
- Obrigado mamãe. - respondi, enquanto lhe dava um beijo no rosto.
- Tome seu café da manhã logo. Antes que esfrie. Fiz bacon com ovos e waffles com geléia de morango!
- Valeu! - ela sabe que é meu café da manhã preferido - Cade meu pai? - perguntei ao me sentar, e perceber que ele ainda não tinha vindo flar comigo.
- Foi tentar frear Alice.
- Ele é corajoso - murmurei, rindo, ao me lembrar da última tentativa dele - ou de qualquer outro - de frea-la numa festa. Foi no meu aniversário de 3 anos. Ela ficou tão brava, e deu piti. Nunca vi ela tão brava - e nem quero ver de novo - e a partir daí, ninguém mais se atreveu a desafia-la.
- Fiz seu bolo favorito.
- Valeu! - respondi, desconfiada. Ela quase nunca fazia bolo pra mim - meu pai sempre fazia, ele não deixava ela fazer, pra falar a verdade - e ela deve estar querendo alguma coisa...
- Nós vamos visitar meu pai hoje. - Eu sabia! Caramba! Nós vamos visitar Charlie, e ela fala como se fossemos na Mansão!
- Sério?
- Se você quiser.
- Claro que quero! Estou morrendo de saudades do vovô! Mas...
- Mas...-ela incitou
- Temos um probleminha...
- Qual?
- Da última vez que vi Charlie, foi no meu aniversário de 5 anos, e eu parecia ter 15. Hoje é meu aniversário de 6, mas pareço ter 18! Como vamos explicar isso pra ele?
- Do mesmo jeito que fazemos todos os anos. Simplesmente dizemos que são coisas da qual ele não precisa saber. Daí ele faz uma careta mas acaba concordando.
- Se ele engolir...-resmunguei engolindo mais um pouco do meu café da manhã.
- E você poderá mostrar seu dom a ele.
- Certeza?
- Claro! - Caramba! Eu sempre fui proibida de mostrar meu poder a Charlie, e uma imagem vale mais que mil palavras, e é chato ter que explicar pra ele, o que pros outros, eu apenas mostrava uma imagem, com um sentimento ou coisa do tipo. E agora meu poder tinha evoluído,e eu podia mandar sons junto com as imagens. E, se estivessemos certos, agora eu tinha uma especie de escudo.

~*~

Fomos no meu carro. Minha mãe dirigiu, já que Charlie teria um infarte se visse sua neta de 6 anos ao volante - mesmo que eu aparente ter 18, e minha mente ser mais desenvolvida que de um adulto.
- Vamos Renesmee? - disse minha mãe ao ver que eu não saí do carro quando estacionamos na porta de Charlie. Estendi a mão pra ela. Não estava em condições de falar.
\"E se ele estranhar e não aceitar a história? E se ele não gostar de mim? E se ele se afastar de nós por causa do meu dom? Mesmo que isso fosse o mais seguro pra ele, não suporto a idéia de perde-lo!\"
As dúvidas e medos que me impediam de sair do carro eram tantos, que não conseguia colocá-las em palavras pra mostrar a minha mãe, que puxei minha mão de volta.
- Ele sempre aceita a história, e ele te ama, assim como todos os que te conhecem. E ele nunca se afastaria de nós por causa de algo que você pode ou não fazer.
- Como você pode ter certeza?
- Ele é meu pai, não é?
- Certo. - disse tentando por um sorriso no rosto - Vamos logo.
Saí do carro, e fui à porta seguindo minha mãe, e nossa, como é chato andar em velocidade humana! Ele bateu na porta, e ouvimos Charlie se levantar.
- Oi Bella! - disse quando escancarou a porta - Ness? - disse ao mesmo tempo contente e admirado - É você mesma querida?
- Oi vô, sou eu mesma. - disse meio sem jeito.
- Vamos, entrem.- disse se afastando da porta - Nessie?
- Sim vô?
- Vem cá pra eu te dar os parabéns! - Sorri e o abracei, tomando cuidado para não encostar minha mão em sua pele.
Nos sentamos, conversamos, e contamos as novidades. Depois de algum tempo, peguei na mão de minha mãe, e lhe mandei a imagem de mim tocando Charlie. Ele me respondeu positivamente, com um aceno de abeça imperceptivel a humanos.
- Hm... Vô?
- Sim querida?
- Eu consigo fazer uma coisa especial, e diferente, e gostaria de te mostrar.
- Mostre então. - respondeu-me com um sorriso.
- Não se assuste, tá legal? - e me aproximei da poltrona que ele ocupava, e me ajoelhei ao seu lado. Coloquei minha mão em seu rosto, e lhe mostrei minha última lembrança da Mansão no Alaska.
Seue olhos se arregalaram, mas voltaram ao normal com a mesma rapidez. Abaixei minha mão, e ele gaguejou:
- O..O que foi isso?- perguntou ao mesmo tempo feliz e temeroso
- Eu te mostrei um pensamento meu. É a minha última lembrança de nossa casa no Alaska. Grande e bela ...
- ...a mansão branca no gelo. - completou ele.
- Sim
Até que passar a manhã com Charlie não foi tão ruim. Ouvi meu celular tocar - ele ainda estava no porta-luvas do carro, e saí pra atender. Reconheci o número e senti a mesma coisa que da última vez, e atendi, tentando não lembrar do sonho.
- Sim Jake?
- Oi Ness.
- O que houve?
- Nada. Aonde você está?
- Na casa de Charlie.
- Ah...Sua mãe está aí?
- Tá, quer falar com ela?
- Não. Eu queria chamar você pra almoçar aqui hoje. Traz o Charlie também. E se sua mãe quiser vir, eu caço com vocês depois, e...
- Valeu Jacob. Vou perguntar pra ela. - o interrompi, entrando na casa.- Hm... Mãe?
- Sim Renesmee?
- Jacob tá chamando a gente pra almoçar lá.
- Vamos sim. Certo pai?
- Acho queo convite não se estende a mim, Bella.
- Claro que sim pai. E eu não vou deixar você fazer sua própria comida enquanto estiver por perto.
- Humpf!- bufou ele.
- Avisa pra ele que vamos.
- Certo mãe! - Saí da casa e disse:
- Acho que você ouviu, né?
- Sim. Mas quero que você confirme.- me respondeu Jacob rindo.
- Já que insiste. Nós vamos sim. E não precisa ir caçar com a gente. Nós caçamos anteontem.
- Charlie vem?
- Sim. Minha mãe não vai deixar ele se alimentar sozinho.
- Que bom pra ele. Vou chamar a Sue, e o Seth e Leah também.
- É melhor você chamar a matilha inteira duma vez. Eles podem ficar com ciumes.
- Nem vem! Nem cabe 16 lobos nessa casa!
- É... você tá certo.
- Pra variar...
- Quieto garoto! - nisso ouvi um uivado de lobo no fundo.
- Droga!
- O que foi?
- Parece que toda vez que estou falando com você, o Sam chama uma reunião.
- Vai logo. Depois nós conversamos.
- Volto logo.
- É bom mesmo! - disse brincando.
- Até mais Nessie.
- Até Jake.
- Te amo. - e desligou.
- Também te amo Jake, mais do que você pode imaginar. - sussurrei pro telefone mudo. O guardei, e minha mãe e Charlie estavam saíndo da casa.
- Jake provavelmente não vai estar lá quando chegarmos.-informei
- Porque? peguntou Charlie.
- Reunião da ma...
- Coisas que não são necessarias saber. - cortou-me minha mãe
- Certo. - murmurou Charlie, contrariado.

~*~

A mais ou menos 2 anos, os Cullen receberam a permissão de entrar livremente na reserva. Tio Billy disse que era por causa do meu Impriting com Jake. Impriting. Nunca soube seu significado. Tenho que me lembrar de perguntar a Jacob mais tarde.
Quando chegamos na casa dos Black, Billy estava na porta nos esperando.
- Ei Ness, feliz aniversário, querida! - me disse quando nos aproximamos.
- Muito obrigada, tio Billy! Como vão as coisas?
- Bem. E vocês?
- Muito bem.
- Oi Billy! - disse minha mãe.
- Oi Bella! Ei Chefe? Me ajude aqui e vamos entrar. - meu avo obedeceu e o ajudou a colocar a cadeira pra dentro.
- Oi! - Sue nos disse quando entramos - Feliz Aniversário Renesmee!
- Brigado Sue!
- Viu, filha, pelo menos ela te chama pelo seu nome.
- Mãe, não é só porque voce não gosta de Nessie, que todo mundo tem que me chamar de Renesmee! Caso não tenha percebido, meu nome é muito grande.
- Humpf. Tudo bem Sue?
- Tudo. E voce Bella?
- Bem.
- Oi Charlie. O que houve, que faz semanas que voce não aparece?
- Trabalho, Sue. Como vão as coisas com os meninos?
- To levando...- Charlie sabia sobre os lobos, mas não sabia que Seth e Leah faziam parte do bando. E Sue estava muito preocupada com filhos por isso.
Nos sentamos, e depois de uns 15 minutos conversando, ouvi o impacto de 12 patas no chão, e 3 grandes e fortes corações batendo. Dois segundos depois, ouvi 3 pares de passos se aproximando da casa. A porta se abriu, me trazendo uma brisa fresca com o melhor cheiro do mundo. Nem precisava de ouvir sua voz pra saber quem era.
- Nessie! - disse Jacob, entrando na casa. Me lavantei e corri para abraça-lo
- Jacob! - a apertei meu abraço
- Feliz aniversário querida. - e me deu um beijo na bochecha. Corei. Mas que droga. Eu tinha que puxar justo isso da minha mãe?
\"Obrigada\" pensei pegando sua mão.
- Tudo bem, Nessie? - perguntou uma voz masculina, um pouco menos rouca que a de Jake.
- Tudo Seth. E voce?
- Também. Feliz aniversário.
- Obrigada.
- Feliz aniversario, Nessie.
- Valeu Leah. Tudo bem com voce?
- Sim.
- Adiou a faculdade?
- O moleque aqui -apontou pra Seth - não consegue ficar sozinho por meia hora sem fazer merda. Acha que eu ia deixar ele aqui e ir pro outro lado do país?
- Ei! Eu sei me virar sozinho, sim! Voce não foi porque ia sentir falta de tudo.
- Besta...- respondeu Leah. Rimos e fomos nos sentar.
- Tá pronto! -disse tio Billy
Fomos almoçar lá fora, já que não ia caber todo mundo na cozinha de Billy. Minha mãe só observou e conversou pouco. Charlie nem perguntou nada, afinal, ele já tinha acostumado com a falta de apetite dos Cullen. Ate eu as vezes não comia.
- Gostou da macarronada, Nessie? - perguntou Billy, depois que não tinha mais nada na panela (eu como mais que um humano, e os lobos, bem... vamos dizer que 3 deles comem MUITO) - É receita de familia. É passada de gerações ha seculos!
- Duvido que molho pronto exista a tanto tempo - me disse Jake, baixo o suficiente pra que seu pai não ouvisse.
- Gostei muito, tio. Estava deliciosa.
Conversamos, e rimos muito, ate que meu celular tocou - me lembrei de colocar ele no bolso.
- Alo?
- Nessie?
- Sou eu pai.
- Se quiser voltar, pode. Alice já terminou por aqui.
- Bom - olhei o ceu - Ja ta escurecendo. Daqui a pouco a gente volta.
- Certo.
- Como ficou?
- Voce tem que ver.
- Ela exagerou muito?
- Voce conhece sua tia. Mas ela não reclamou muito quando tentei frear um pouco.
- Que bom.
- Ate mais, filha.
- Tchau pai. - disse desligando.
Jake me olhava, e nem precisou dizer nada pra saber o que ele queria.
- Alice terminou.
- Quer voltar agora, filha?
- Acho bom. Quanto mais rapido começar, mais rapido termina.
- A baixinha sempre exagera nas festas. - disse Jake.
- Com certeza - concordei rindo.
Nos despedimos, brevemente, afinal,logo estaríamos todos \"comemorando\" meu aniversário e o da minha mãe nos jardins da mansão dos Cullen.
Eu e minha mãe deixamos Charlie na casa dele. Ele disse que preferia ir com o seu carro. Depois de que deixamos meu avo na casa dele, minha mãe deixou que eu levasse MEU carro pra casa. O crepusculo já havia terminado, levando com ele a ultima luz do sol. Não foi dificil - pra mim pelo menos - encontrar a entrada pra clareira da mansão, mesmo com o céu escuro. O céu mesmo com poucas nuvens, estava muito escuro. Não havia luar. Deve ser uma Lua Nova.

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