Greycity- Elementis Magi

Novos encontros


Os olhos azuis celestiais ameaçavam lagrimejar quando ouvira a multidão gritar seu nome, sem saber o que fazer. Todos estavam aparentemente super animados para a matança. Mas ela não. Tudo o que menos queria era se tornar um monstro. E então ele entrou.

Seu rosto era contorcido em fúria. Sua pele era escura e brilhava com sua transpiração. Suas órbitas eram negras e vazias e demostravam o que ele queria: mortes. Junto das sobrancelhas arqueadas, desafiando a própria. Ele era alto e tinha um porte forte, jamais diria que ele teria dezesseis anos. Seu nariz era negróide, grande e soltava bufos de ansiedade. Então ele gritou e partiu para o ataque.

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Uma grande rajada de vento fez com que Thalia perdesse o equilíbrio. Ela estava no chão, com desvantagem e tinha de se defender, pois ele chegava cada vez mais perto. Thalia se imaginou em uma tourada. Fechou os olhos e fez com que fogo surgisse em volta de si, como uma barreira. O outro parou confuso e lançou outra rajada de vento, talvez pensando que isto seria capaz de apagá-lo, mas tudo que fez foi atiçar. Ele bufou e esfregou um dos pés no chão, assim como um touro. Preparou-se para pular em cima de Thalia. Mas ao concluir a ação, queimou-se e caiu ao chão. E a morena soube que esta era a hora. Ateou p fogo no outro que soltou um grosso e prolongado grito. A multidão gritou, brindavam cervejas e pagavam ou recebiam a moeda kunys de aposta.

Então ela acordou, transpirando e com a respiração descompassada. Era janeiro, o céu estava nublado e era o primeiro dia de aula na nova escola. Arrumou-se, destacando seus olhos azuis com delineador, mantendo o cabelo negro solto e colocara uma meia-calça negra com cortes, um shorts, uma regata negra e jaqueta jeans. Era uma escola pública, nada de uniformes legais pra quem não tinha um grupo tais como: jogadores, líderes de torcida ou até mesmo matletas.

— Pai, estou indo para a escola!- dissera a morena estralando os dedos fazendo com que surgisse fogo no prato. — Wow, bananas flambadas! – mordiscou o alimento, deixando-o de lado logo em seguida.

— Sua mãe se orgulharia de ti, primeiro ano! Ei, não brinque com fogo e cuidado, ninguém pode saber o que somos. – A esta altura Edmund temia a todos, mas não podia protegê-la para sempre, embora quisesse.

A outra só olhou o pai e bufou, adentrando o ônibus escolar. Sentou-se ao lado de Lizabel, também chamada de Liz, bel ou anjo; este último devido ao fato de ela ser alva, loira, alta de lábios carnudos e olhos expressivos de tom esverdiado. Mas hoje sua face estava contraída em dor.

— Liz, seu olho... Isso é um corte! Foi ela, não foi? Diga, foi a Elizabeth, aquela mulherzinha não deveria ser sua mãe! – ela quase gritava, suas sobrancelhas formavam um arco e sua boca estava contraída em negativismo.

— N-n-não é isso. Thalia não se meta. – tapou o rosto com as mãos, como se arrependesse do que havia dito.

— Para com isso morena, eu dei um socão nela, não está vendo? – pulou o rapaz loiro e forte do banco da frente, brincalhão, mas também querendo quebrar o gelo.

— Chris... Você é tão violento. Você até já matou! Foram duas ou três formigas? – respondeu a outra, dando um sorriso de canto, mas ainda incomodada. Liz e Chris eram seus amigos de vizinhança há tempos e mesmo assim Liz mantinha-se distante.

Depois de vinte minutos, toda a auto-confiança de Thalia sumiu. As líderes de torcida eram loiras com semblantes perfeitos, como Lizabel, e ela teve uma súbita vontade de atear fogo no perfeito cabelo nada oleoso delas. Suspirou e desceu, percebendo alguns olhares, o que embrulhou seu estômago até perceber que olhavam Liz. É óbvio, não iriam olhar para uma magricela e isso fez com que surgisse um rubor em suas bochechas de ira, mas acalmou-se jurando não pegar fogo ali mesmo. Suas pernas cambalearam ao passar pelos jogadores de futebol, pois percebera um único olhar em si: cabelos castanhos, olhos penetrantes em tom azulado, consideravelmente forte e um sorriso fascinante. Não que se importasse. Garotos não estavam na sua lista de prioridades.

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— Chris, quem é ele? – perguntou-lhe, apenas por querer saber quem era aquele cara e por quê diabos seu olhar se centrava em si.

— Isaac, novato, veio na reunião, sua turma. Ele tem um jeito duvidoso.

Thalia não entendeu nada após “Isaac”, porque “Isaac” mordera o lábio inferior e “Isaac” olhava fixamente para ela e por fim “Isaac” estava vindo em sua direção.

— Hey morena! Bem-vinda a College Hills. – dera um sorriso de canto, brilhante e alinhado. Dera de ombros, não deixaria se fascinar por tão pouco. Pelas suas vestes, provavelmente era um dos babacas riquinhos que sempre conhecera.

— Hey Isaac, bem-vindo também, afinal não sou a única carne nova por aqui. – murmurou, com os braços cruzados e o semblante vazio.

— Wow, já conseguiu saber um pouco da minha vida, sabe meu telefone também? – o loiro riu para o desespero de Thalia. “Não, mas você poderia passar. Não, resista a tentação, tu tá encalhada mas não é pra tanto” – pensou mordendo o lábio.

Andou até o banheiro um pouco corada, lavou o rosto tentando fazer com que o rubor sumisse. Uma faísca saiu do indicador da morena. Ela lavava e a chama apagava e reacendia repetidas vezes. Diferente de outras vezes, esta lhe causava dor, quase como se não fosse criada por si, mas sim como ateassem. E então ela gritou e tudo parou. Ótimo, uma bolha. Bufou, saindo do banheiro e encontrando o acastanhado na porta sussurrando algo. Um stalker? Interrompendo seus pensamentos, Lizabel trombou com si.

— Thalia, tem um cara me olhando de modo estranho, eu não o conheço! – disse a loira sem erguer os olhos apontando para a outra direção.

Lia seguiu o olhar para o outro lado e viu um sujeito forte de olhos azuis e topete castanho. Suspirou, pois Liz já devia estar acostumada a receber olhares de rapazes, mas este logo beijou uma morena alta de nariz em pé.

— Bel, ele não está te olhando... Aliás, está bem ocupado pegando no bumbum da morena de nariz empinado... – neste momento esta virou e começou a andar na direção das duas amigas.

— Poderiam nos informar onde fica a sala de treinos? Não estudamos aqui, só treinamos pois somos da faculdade. Sou Miriã e este é Tyler, mas chamem-no de Toby. – disse a outra com sua voz nasalada.

A loira fez uma careta porque achou que Toby é nome de cachorro. Mas encarregou-se de dar as instruções, afinal Thalia não sabia nem onde era sua sala. Mas algo chamou a atenção da morena: bolhas surgiam dos indicadores de Tyler e ninguém parecia perceber.

Ok, existiam magos naquela escola. E sim, eles queriam ser percebidos. E a maior certeza era que eles procuravam confusão.