Greycity- Elementis Magi

Hope and fight...


POV’S THALIA.

Muitas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo. A sobrecarga é muita para uma garota de 16 anos que até umas semanas atrás ainda assistia Barney; ultimamente estou perdendo todos os episódios por causa dos treinos e isso está me deixando muito nervosa. O meu primeiro treino? Maravilhoso, nossa, eles me trataram extremamente bem sabe? Me socando!

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No começo do dia, eu ainda estava deitada quando eles pularam minha janela. Me jogaram água para acordar, e infelizmente acordei, tendo de me trocar em um minuto e descer até o porão para treinarmos. Eu estava pronta para tirar os bonecos de papelão que usei outro dia para treinar, até Toby aparecer de surpresa carregando uma espada nas mãos.

— Se preocupe com poderes depois, primeiramente aprenda a usar uma dessas. Lembra-se da batalha na qual você morrerá? Pois então... – murmurou puxando minha mão e depositando o material afiado em minha palma, a espada emergia num dourado reluzente e em seu cabo, pequenos detalhes formavam um dragão com pequenas pedrinhas coloridas em um azul celestial que demonstravam que ali, continha magia.

— Não se pode usar magia... Seria jogo sujo! Quero vencê-lo, mas honestamente. – murmurei aflita, logo gritando um “ai” com um tapa que levei na cabeça.

— Você fala tantas besteiras que resolvi te estapear cada vez que falar uma besteira... Isso teve sentido? – murmurou Miriã fazendo uma carranca, mas logo continuou. — De qualquer forma, ninguém proibiu de usar magia, que eu saiba o trato diz que não pode usar seus poderes... E isto não são seus poderes!

Olhei para Elizabeth que chegara a pouco tempo, sussurrei para ela algo como “faça eles pararem” mas ela balançou a cabeça negativamente e riu. Segurei a espada com força, e rodopiei tentando me acostumar com seu peso, o que infelizmente não foi possível, deixei-a cair. O casal deu uma gargalhada extravagante e alta, e até mesmo Beth deu uma risada discreta, mas quando olhei-a, ela simplesmente parou.

Miriã e Toby pegaram duas espadas de comprimento muito mais longo que a minha, ambas eram de prata e vossos cabos eram muito mais decorados. Como se fosse super normal atacar seu namorado, Miriã tentou acertá-lo, mas o rapaz desviou rapidamente com sua espada. Em poucos minutos o silêncio fora cortado por uma série de sons ecoando como tinidos que se tornou uma nota de metal raspando, o choque da lâmina de prata grossa, sem nenhum momento parar, aquilo era como uma música. Era envolvente a onde de golpes e defesas na luta habilidosa que eles faziam, aparentemente sem medo nenhum mesmo estando sem roupas adequadas para isto. Ele apontou sua lâmina para a esquerda e ela lançou-se para sua cintura, temendo acertá-lo, mas tudo que ele fez foi recuar e dobrar sua perna esquerda para varre-la bem no peito, gritando “touché” ao atingi-la.

— Isso é inválido! Seu...seu... Me dê logo essa espada, eu vou ensinar logo essa maldita! – rosnou a outra.

— É inválido uma perdedora ensinar outra perdedora... Deixe comigo, docinho. Ela tem que aprender com o campeão. – murmurou Tyler com um sorriso malicioso no rosto.

Ele pegou a espada rapidamente como uma folha de luz e posicionou-se atrás de mim. Sussurrou em meu ouvido para que eu mantivesse meu peso sobre o pé direito, abraçou meus braços segurando a espada junto de mim perto de meus pés e balançou-a para frente e para trás. Num momento muito breve, fez com que a espada se levantasse e soltou meus braços. Fiz movimentos de zigue-zague para tentar estabilizar o peso. Sussurrou outra vez, para que eu elevasse meu pé direito para trás seguido do outro, assim recuando. A luz do sol brilhando em sua espada mostrava-me que já era dia e isso se confirmou quando uma buzina ecoou no local. Olhei para ambos e entreguei a espada a Tyler, subindo as escadas acima até parar na sala principal onde abri a porta e deparei-me com Isaac.

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— Oie... Vim ver se não quer uma carona pra escola, acho que sua suspensão acabou não é? – murmurou dando um sorriso torto.

— Infelizmente não irei a escola hoje, Isaac. Mas amanhã, se você puder, venha me buscar... Eu prefiro motos do que ônibus lotados sabia? – disse fazendo bico por não poder passar mais um tempo com o acastanhado, mas ainda tinha trabalho a fazer.

— Bom, hoje vai ter uma revisão para a prova de amanhã... Se quiser depois da aula posso lhe trazer.

Assenti com a cabeça e dei um aceno enquanto ele voltava a sua motocicleta. Desci as escadas correndo e já com a respiração descompassada pelo esforço, peguei a espada. Observei meu cabelo negro em cascata bagunçado pela euforia e prendi-o com um elástico, num rabo de cavalo bem firme, nada deveria me atrapalhar. Tentei não demonstrar medo e afrouxei o modo como segurava a espada, trazendo-a levemente para perto do corpo para que o sentido da lâmina não fosse desviado. Avancei para o outro, mas ao ver o objeto pairar no ar, recuando o mais rápido possível.

— Wow, eu acho que tenho um talento natural para isto. Deixe-me acertá-lo, Toby. – provoquei-o, mas para minha surpresa lá estava Toby com uma perna quase tocando o chão e apontando a espada para mim.

En garde! – gritou o rapaz de modo bem assustador.

Voltei a posição normal e lancei a espada a frente, com os braços totalmente estendidos e as lâminas agora dançavam. Toby não recuou, saltou para frente e empurrou a espada rente á lateral da costela. Senti um choque e percebi que a magia que continha na espada era eletricidade. Elevei minha espada mais uma vez, se chocando com a de Toby e fazendo uma cruz acima de nossas cabeças. Tentei novamente atacá-lo, mas ele era muito bom e em uma distração minha, mergulhou sua espada que chocou-se contra a minha, segurei-a de modo frouxo e ele acabou derrubando-a e a ponta da sua espada tocou-me no tronco. Ele gritou "touché" e tracejou sua espada para o convés, sorrindo branco. Novamente senti o choque que me fez chiar.

— Você é boa nisto... Na primeira aula de Miriã, ela não conseguiu segurar a espada e quando conseguiu quase me cortou o pescoço! Mais algumas aulas e já podemos partir para o próximo assunto, seus poderes. Ah, a magia na espada, bem a potência da descarga foi mínima, mas com Thomas, iremos colocar o máximo de eletricidade possível. Aliás, se por acaso você perder a espada como hoje... Use os poderes. Esqueça todo o trato apenas coloque fogo nele. E depois recupere sua espada e execute-o. Sabe como é, ele é um mago manipulador, com apenas uma palavra pode fazer o fogo sumir... Mas ainda sim, será difícil matá-lo. Ainda acho melhor juntar-se a ele... e eu também me juntarei. E bem, você tem cheiro de hidratante de rosas, é muito bom. Até as próximas aulas, Thalia... – disse murmurando a última parte em voz baixa e rouca. Ele piscou e saiu pela porta, junto de Beth que balançava a cabeça negativamente e exclamava “finalmente, minhas bebidas”.

Segurei minha espada com firmeza e toquei-lhe a ponta. Talvez eu precisasse de uma maior... Estava decidido, eu derrotaria Thomas, a seita e quem mais viesse. Sentia-me forte, decidida e esperançosa, pois eu não iria morrer assim, eu iria vingar minha mãe. Tal pensamento, fez me sorrir, ao subir as escadas. Novamente a campainha ecoou e atendi, encontrando Isaac. Passei a tarde inteira treinando? Tudo passou tão rápido...

— Céus, ela passou uma revisão muito grande! A aula de biologia foi um tédio porque você não estava lá para me tocar... Brincadeirinha! Você não vai entender nada do que a velha de matemática passou, é melhor eu entrar e te ajudar. –disse sorrindo brincalhão.

Abri espaço para que o acastanhado entrasse. Ele sentou-se no sofá e retirou a jaqueta negra de couro, a qual pendurei no cabideiro. Peguei seu caderno e observei a capa avermelhada com seu nome escrito em letras de grafite, logo abaixo se encontrava “Lilian, Marcos, Thalia” em letras menores e de tinta dourada. Tentei conter minha curiosidade, o que foi em vão.

— Quem são Lilian e Marcos? E hum, essa Thalia sou eu mesmo não é? Você o customizou! Que legal...

— São as três pessoas mais importantes para mim. Lilian e Marcos são meus pais... E sim é você. – disse se espreguiçando calmamente. — Eu não quero me meter mais... Eu vi o carro do casal problema quando vim lhe buscar. Você não deveria andar com eles...

— Que eu saiba você não conhece-os... Eles podem ser gentis, sabia? – menti, menti pra valer, eles não eram nada legais.

— Ele eu não conheço... Mas ela, muito bem. De tempos passados... Como foi seu dia? – ele fingiu uma tosse para disfarçar o assunto.

— Conhece, senhor Isaac? Bom saber disso... O que foi, namorou ela? Provavelmente né, ela é muito bonita mesmo... Não mude de assunto! - murmurei sem sabe o que dizia, eu não tinha nada a ver se Isaac pegou Miriã ou não! Era óbvio que ele pegou várias garotas, ele era bonito, gentil, rico e tinha um sorriso de perder o fôlego. Mas sentia-me nervosa, com vontade de socar ambos. Não era um momento de sensatez, sentia uma raiva profunda, e mesmo sentindo raiva de uma coisa que aconteceu quando mal sabia que os dois existiam! Bom, poderia ser qualquer uma, mas logo Miriã? A garota que daria tudo para matá-la?

— Não namorei... Ela não é garota para isso. Foi só... curtição, eu tinha 15 anos e ela era uma colegial, só isso. – disse arqueando uma sobrancelha, mas logo deu uma gargalhada alta. — Meu Deus, dona Thalia, a garota mais difícil, rabugenta e linda que existe com ciúmes de uma vadia como Miriã? Estou me sentindo importante, sabe a pessoa só sente ciúme da outra quando esta é importante. Estou sentindo alguém me amando?

— De modo nenhum! Te amando, tremenda ilusão... Só me incomodei pelo fato de ela ser uma filha da mãe e mesmo assim você ficar com ela só porque ela é “gostosa”. Além disso, não importa, fique com quem quiser, não é como se estivéssemos namorando mesmo... – rosnei, sem saber o que fazia ou o por quê de tanta raiva que sentia.

— Como assim? É óbvio que estamos namorando. Ou precisa de um pedido oficial? Hum... dona Thalia quer um pedido com anel e tudo, ela é moça direita... Em breve eu trago um anel bem lindo, ok? Aguarde.

— NÃO É ISSO! PARA ISAAC AGORA! Não quero pedido oficial ne... – não terminei de falar pois meu pai interrompeu entrando na sala, e eu me tornei mais vermelha do que já estava, se é que fosse possível.

— Estou interrompendo alguma coisa? – Edmund disse fazendo uma careta, ele não tirava os olhos do acastanhado, como se fizesse um raio-x... ou mutilasse ele pelos olhos. Ele tinha uma face contraída, fazendo com que as rugas aumentassem tornando-o um homem velho e bravo...

Isaac sussurrou em meu ouvido: “acho que essa não é a hora de pedir a permissão não é?” e eu balancei a cabeça negativamente.

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— Isaac veio trazer uma revisão para a prova de amanhã... Eu tive de faltar hoje, você sabe a razão. – murmurei aflita, mostrando o caderno e tendo certeza de que tampei meu nome com o indicador.

— Ah sim, jovem Isaac, pode ir, eu ajudarei ela no que for necessário... Sou muito inteligente e entrei pro exército, ainda guardo algumas relíquias como uma metralhadora dos anos 80. Também me formei em advocacia... – murmurou ele.

— É brincadeira dele, vou te levar até a porta. Muito obrigada viu? Te vejo amanhã! – disse levantando-me, mas papai me impediu e conduziu o acastanhado até a porta. Bufei e peguei o caderno para começar a estudar.

FIM POV’S THALIA

Enquanto Thalia levava um sermão e tinha uma conversa constrangedora com seu pai, longe dali, mais precisamente em Londres, ocorria uma agitação no palácio principal que era medonho e elegante ao mesmo tempo, num estilo gótico. A gritaria na sala de estar era muita e Joseph era o culpado por isso. Seus olhos revelavam fúria, e o seu visual de “papai noel” foi abaixo com a carranca que ele fez. Então um moreno de aproximados 18 anos, 1,82 de altura, chegou movendo-se lentamente mas com um sorriso no rosto, tornando-o meio sinistro com as olheiras que ele tinha e seu cabelo em pé.

— Joseph, descobriram a data da convenção... De acordo com nossos rastreadores já foram três jovens que deixaram Greycity e olhando os dados do aeroporto, não marcaram prazo de volta. Ainda segundo os dados, um deles é aquela coisa... você sabe, um luminoso. Senhor, o nosso sistema não mente! Não é apenas um dos nossos mexendo nos sistemas, somos vários e todos indicam a mesma coisa. Graças a mim, conseguimos pegá-los antes do voo, eles estão trancados, Alicie está vigiando-os.

— Avise os dois normais e solte-os em Greycity, mas coloque uma pulseira rastreadora em ambos... E quanto ao luminoso, faça o que quiser com ele, Logan. Só não deixe-o vivo.

— Papai, posso colocá-los naquela máquina de dar choque? Ou naquela que puxa os braços e mãos até rasgarem? – implorou o garoto que tinha apenas 15 anos, mesmo que aparentasse 18 ou mais.

— Não me chame de pai! E não, não vai usá-las para algo tão comum... Elas devem ser usadas em ocasiões especiais não com lixo... Arranque a cabeça e ateie fogo. Simples, rápido e barato. Não se esqueça de cortar na diagonal. Suma daqui! Tenho mais com que me preocupar. Vou dar kunys a algum empregado para que ele arranje um voo para antes da data. Assim, pegaremos eles de surpresa. Ligarei para Edmund para que ele se apresse, ou se não, matarei-o. – disse o velho alisando sua barba grisalha.

A seita iria chegar antes do previsto. Estariam os jovens magos prontos para a convenção? Ninguém poderia impedi-los... Logan teria uma diversão a mais. Joseph acabaria com tudo rapidamente. E então, com centenas de mortes... Tudo estaria ok? Para Edmund não.