Intrínseco

M’nhalma


M’nhalma



Arde o corpo.

Arde a alma.

Queima fundo.

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O mundo gira.

A rua grita. Mudo.

Então o monte.

Só se esconde na m’nhalma

Toda queimada.

Chamuscada.

Pela dor.

Houve um dia.

Em que blindei meus sentimentos.

Não tinha dor.

Não tinha choro.

Nem lamento.

E você veio para atormentar m’nhalma.

Amargurada.

Chamuscada.

Pela dor.

Minhas lembranças tem o dom de queimar fundo.

Doer o mundo.

Machucar.

Ir mais além.

E todo tempo eu me lembro,

Que ‘cê’ vinha.

–Minha neguinha eu não sou de mais ninguém!

Agora a dor.

Viva escorre de meus olhos.

E ela diz o que nem mesmo, eu sei dizer.

Ela lava com paciência a minha alma.

E com doçura diz:

Não amo mais ‘ocê’.



Faz um silêncio.

De doer nos meus ‘zovidos’

E eu descubro a verdadeira razão.

Por tanto tempo eu chamei de sentimento

O que descubro hoje ser, só ilusão.