Segredos de sangue

Apenas mais um pesadelo


Ada e Leon caminham cautelosamente pelo corredor atentos pra qualquer surpresa desagradável. Leon não para de pensar em Angie, pois ele sabe que quando a notícia vazar ela vai entrar em pânico.

"Você está bem?" Ada pergunta com uma preocupação genuína.

"Isso importa pra você?" Era estranho para Ada ver Leon agir tão rude e quase indiferente. Ele sempre foi tão altruísta e gentil.

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Os dois chegam a recepção que estava uma verdadeira bagunça e também um deserto.

"Uau, olha só pra essa bagunça. Quando tomadas pelo desespero as pessoas tendem a ficar loucas." Ada disse avaliando o lugar. Por dentro seus instintos estavam gritando, seus olhos nunca estiveram tão em alerta.

Ela sabe que o perigo é real, que os inimigos estão nas sombras esperando o momento certo pra atacar. O lugar estava num silêncio mórbido.

"Isso tudo parece tão surreal. Eu não acredito que Adam está morto. É como se eu estivesse vivendo o mesmo pesadelo de Raccoon." Leon se lamenta. Seus olhos se voltam para Ada. "Se você tiver alguma coisa a ver com isso. Você pode dar adeus a sua liberdade."

"Porque tanta hostilidade. Você realmente acredita que eu fiz isto?"

"Porque não? Quantos já foram mortos pelas mãos de Ada Wong. Com certeza não fará diferença pra sua consciência." Leon diz sombrio. "Talvez, eu seja o próximo." Gritos os interrompem.

"Não. Fiquem longe dela!" Os dois se entreolham e seguem as vozes. Os sons vem do final de um corredor mal iluminado.

Um homem e uma jovem mulher estavam sendo atacados por três zumbis. Do outro lado da sala estava um corpo todo mutilado.

A porta da sala se abre com um forte estrondo, Leon atira bem na cabeça de cada um dos zumbis.

"A meu Deus! Obrigado." Diz o homem mais velho se aproximando da jovem.

"Ai, tá queimando!" A jovem grita desesperada. A pele da mão esquerda está toda em carne viva, como se fosse derramado ácido ali.

"O que aconteceu?" Leon se aproxima aflito.

"Uma daquelas coisas cuspiu em mim. Ele era Jimmy, meu amigo e agora..." A jovem disse trêmula. "Ah!"

"Deixe-me ver, Liz. Está muito machucado. Vamos pra enfermaria." Disse o homem. "Por favor nos ajude. Vocês são da segurança, certo?" Leon e Ada se entreolham.

"Sim e nós vamos lhe ajudar." Leon diz firme. Se houver mais sobreviventes ele irá ajudar.

"Parece que ao menos isso não mudou." Ada diz seguindo-os. "Você ainda gosta de bancar o herói." Leon a ignora.

Eles chegaram a enfermaria mas não toparam com mais sobreviventes ou zumbis, apenas com o caos deixado por eles, como corpos encontrados no chão todos mutilados e um rastro de sangue.

Tom conseguiu dar um remédio pra acalmar sua filha e aliviar a dor, enquanto limpava a ferida. Todos estavam apreensivos. Se a infecção está se espalhando tão rápido pelo local, eles teriam que sair logo dali.

"Pai, você viu os olhos dela. Porque ela não para de olhar pra mim?" Liz sussurra nervosa. Tom no desespero não quis questionar nada sobre o casal, mas ele estava desconfiado e temeroso com a mulher asiática.

"Tom, você sabe o que aconteceu aqui?" Leon diz olhando pela janela. Lá fora as ruas parecem silenciosas demais.

"Bom, eu estava com os outros professores quando tudo aconteceu. Foi como uma névoa... ela veio do nada e nos engoliu. Depois houve muito pânico, tudo se tornou um pesadelo. As pessoas que conheci e até desconhecidos se transformaram em selvagens." Ele disse com um olhar aterrorizado. Sua filha começou a passar mal e vomitar. "Ei querida vai ficar tudo bem. Então, tem algum resgate vindo nos buscar?"

"Não. E quanto mais ficarmos presos aqui, mais nossas chances irão diminuir e nós vamos morrer." Ada vai direto ao ponto, trocando um olhar desafiador com Leon.

Não havia mais tempo a perder. Eles precisavam de um plano, sua melhor opção é os elevadores, não havia mais porque esperar. Provavelmente todos que estavam no local já estavam mortos.

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Ada estava constantemente em alerta. Ela sabia por puro instinto, que ambos pai e filha estavam infectados, sem chance de serem salvos. Mas, ela deixou que Leon seguisse com seu plano.

"Esperem!" Os olhos de Ada ficam mais intensos. "Eles estão vindo." Ela diz com sua balestra recarregada.

De repente, alguns grunhidos horripilantes são ouvidos. Um grupo pequeno de zumbis está tampando o caminho. Ada e Leon começam a atirar, ambos tem miras certeiras e rápidas.

Os tiros despertam mais criaturas das sombras. Eles vem muito mais vorazes e letais. Agora vários grunhidos horripilantes dominam o lugar vindo de todos os cantos.

"Droga! Vão para os elevadores." Ada grita com a arma em punho. Suas flechas não são suficientes para conter os zumbis. Eles tinham que sair sem olhar para trás e serem rápidos. O elevador já estava perto.

Os quatro conseguem entrar no elevador. Um dos zumbis saltam em direção a eles, mas é parado pelos tiros da pistola de Leon, segundos antes da porta se fechar. O elevador desce, todos estão ofegantes. Tom está assustado e desesperado para tirar sua filha dali.

"Como isso é possível. Eles são muito mais velozes e violentos." Leon diz tentando recuperar o fôlego. "Esse novo vírus é diferente. Muito mais letal que o T-vírus." Seus olhos encontram o olhar atento de Ada.

Abruptamente o elevador sofre uma queda de luz, que logo vem seguido por ranger de dentes e um grito agoniado. No escuro do elevador Ada vislumbra seu inimigo atacar ao mesmo tempo a luz pisca de volta.

Liz conseguiu derrubar Leon no chão, ela é extremamente agressiva e forte. Sem pensar duas vezes, Ada explode a cabeça de Liz com sua arma. Tudo havia ocorrido numa sequência muito rápida, sem chance de um ataque imediato. Leon se sentia chocado e enojado, sua jaqueta ficou toda suja de sangue e de pedaços de carne humana.

"Que merda!" Leon diz irritado se livrando da sua jaqueta. Seus olhos se voltam para o homem morto no chão.

Tom infelizmente foi devorado vivo pela própria filha. Os dois sobreviventes trocam olhares horrorizados. No entanto, não houve tempo para recuperar o fôlego. O elevador para e do outro lado pode se ouvir muitos grunhidos.

Quando a porta se abre não há tempo de nada, os zumbis já estavam ali, prontas para caçar as suas presas. Leon e Ada usam golpes físicos para tentar passar pela barreira de mortos vivos, então, vários disparos explodem pelo estacionamento abrindo caminho.

Cada corpo vai caindo diante deles. Do outro lado estava um grupo de 10 agentes da DSO enviados pelo governo bem equipados e usando máscaras de gás.

"Encontramos dois agentes. Um deles é o agente Kennedy e o outro..." Diz o líder hesitante, seus olhos se focam em Ada.

"Mas, o que aconteceu com ela?" Outro agente se manifesta com um olhar perplexo.

"Ela deve estar infectada." Diz uma mulher, a única sem a máscara de gás. Esta é Helena Harper com um ar prepotente. "As ordens são muito claras: os infectados devem ser eliminados. Além do mais, o agente Kennedy é um suspeito." A mulher parecia ansiosa demais.

Ada já estava pronta pra contra-atacá-los. Ela sabia que podia passar por eles num piscar de olhos. O problema era Leon e sua ética.

"Thompson, nós não somos uma ameaça. Estamos tão confusos e assustados com tudo isso." Leon decidiu agir pacificamente e se dirigir direto ao líder, seu velho amigo Ark Thompson. Ele sabia que Thompson era alguém confiável e justo.

"Abaixem as armas. Este é o nosso chefe e devemos respeito a ele." Os agentes obedeceram sem questionar, pois todos conheciam bem Leon e sua postura correta. Muitas desses agentes foram recrutados pessoalmente por Leon, porém ainda havia o protocolo a ser seguido.

"Obrigado!" Leon diz com um alívio, mas isso só dura um minuto.

"Sinto muito Leon, mas você é o principal suspeito do atentado ao presidente. Entregue suas armas!" Leon trocou um olhar tenso com Ada.

"Thompson, você sabe que eu não tenho nada ver com isso. Eu luto há anos contra o bio-terrorismo e acima de tudo Adam era alguém que eu respeitava muito e um grande amigo." Leon solta um suspiro cansado antes de continuar. "Ainda tem a Angie, eu nunca faria nada sem pensar primeiro nela e... Eles precisam de mim." Leon diz pensando em seu filho.

Ada ignorou o incomodo que sentiu sobre as palavras dele. Agora era hora de se concentrar em seu objetivo.

"Leon, eu sei. Então, vamos fazer isso civilizadamente, sem confronto. Quanto mais rápido terminarmos aqui, mas rápido você volta para sua família."

Ambos sabiam que as coisas não eram simples. Que o governo americano seria implacável, principalmente se tratando do assassinato do presidente e o atentado a cidade de Tall Oaks.

Aliás, os Estados Unidos agora está em foco e exposto pra todos e, como consequência, haverá uma pressão enorme para encontrar o responsável ou responsáveis. A segurança nacional tem que mostrar agilidade e competência; a imprensa quer uma notícia concreta e objetiva; os outros países querem um nome para O culpado e saber o quanto isso irá afetar seus interesses políticos e diplomáticos.

**** ****

O atentado a Tall Oaks, repercutiu o mundo de forma rápida e descontrolável, tudo em menos de uma hora do tal acontecido.

Washington estava um verdadeiro caos. O Conselheiro de Segurança Nacional, Derek C. Simmons está pronto para dar uma declaração oficial a toda a imprensa, tendo o consentimento do próprio vice-presidente, Brandon Cameron.

As portas da Casa Branca se abrem para dar meias verdades.

"Senhor Conselheiro, queremos repostas. Tall Oaks foi vítima de um atenta bio-terrorista?"

"O presidente está morto?"

"Quem está por trás disso? Pode ser uma nova organização?"

Os jornalistas pressionam, questionam, agem como corvos atrás de uma notícia extraoficial. Simmons agem com uma total calma, firmeza e segurança em suas palavras.

"Bem, posso lhes dizer que estamos tão surpresos e ansiosos por respostas tanto ou quanto vocês. A notícia sobre a morte do presidente nos pegou desprevenidos. Mas, nossa equipe da DSO já estão cuidando de tudo. Os responsáveis serão punidos."

"Quem são eles? Já há nomes?" Diz um dos jornalistas.

"Temos dois suspeitos. Mas, seus nomes estão em sigilo. Precisamos interrogá-los. Quando tivermos informações concretas, vocês serão os primeiros a saber."

"Conselheiro, como os Estados Unidos vai lidar com isso. Se vocês que possuem uma equipe tática especializada em assuntos como o bio-terrorismo, não conseguiram prever e, sobretudo, proteger o presidente Adam Benford. Será que conseguirão impedir um novo ataque? Nós estamos realmente seguros?"

"Eu reafirmo que os culpados serão punidos. Nós seremos implacáveis com o bio-terrorismo. Não haverá mais falhas. Enquanto aos cidadãos americanos... Não há nada a temer." Derek diz com autoridade.

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Angie assiste ao noticiário da TV bastante aflita e ansiosa, esperando ao menos uma ligação de Leon. De repente o telefone toca.

"Alô, Leon!" Mas, infelizmente não era Leon. Do outro lado da linha era Sarah tão nervosa quanto Angie, a procura de alguma notícia do filho. "Vai ficar tudo bem, Sarah. Eu sei que Leon é experiente. Ele sabe o que fazer."

Agora Angie teria que ser forte por ela e a família Kennedy e torcer pra que seu noivo esteja bem e seguro.


Universidade Ivy
Tall Oaks - 20:30.

"Tenho que dizer que estou muito surpresa com a competência do governo americano. Vocês são tão rápidos." Ada disse destilando veneno. Ela só precisava de uma pequena distração.

Leon já estava pronto para se desfazer de sua arma como um soldado obediente, porém Ada não iria facilitar a vida dos agentes.

"Ei, eu disse pra você largar a arma. Agora!" Disse Ark.

"Sinto muito, mas não tenho tempo a perder. Corre!" Ada disse a um Leon confuso.

"Cuidado!" Grita um dos agentes, mas era tarde demais. Numa ação rápida e inesperada, Ada deixa cair um dispositivo, causando uma pequena explosão suficiente para deixá-los livres de uma perseguição imediata, enquanto os dois fogem para a porta de saída do estacionamento sem olhar pra trás.

Por agora, Ada e Leon poderia seguir em frente sem mais interrupções.


***** *****

"Você é maluca! Agora você complicou mais a nossa situação." Eles estavam andando nos corredores que dão acesso a saída dos fundos do local.

"Ah, por favor. Eu sei exatamente o que estou fazendo. Eu nunca falho em meus planos." Leon furioso a puxa bruscamente pelo braço.

"E quais são realmente seus planos?" Ele diz severamente. "Chega de joguinhos, você não vai me manipular dessa vez."

"E o que você vai fazer? Vai me entregar pra eles? Faça isso, assim você poderá voltar pra sua 'família'. Pra sua namoradinha e continuar vivendo a sua vida perfeita." Ela disse dando ênfase. Seus olhares eram como punhais.

Como se retomasse sua consciência, Leon se afastou com uma expressão cautelosa e com certo temor. Temor por tê-la a tocado.

Ada percebeu a mudança abrupta dele. Sabia que agora havia raiva e a indignação dele, tanto quanto ele também a temia.

"Uh, você está com medo de mim. Engraçado que antes suas mãos ansiavam por tocar cada pedaço da minha pele. Cada parte do meu corpo..." Ela disse se aproximando perigosamente de seus lábios. "Que você gostava e me desejava insanamente." Ela disse sedutora.

"Já disse pra você parar com os jogos. Eu sempre odiei eles." Leon disse se esquivando friamente dela. "Eu não sei o que você é ou o que você quer de verdade. Mas eu sei que nunca mais você vai me manipular." Não era apenas o sentimento de rejeição que ela sentiu, era algo muito mais profundo.

Leon temia que ao simples toque ela pudesse machucá-lo, entretanto, era ele que inconscientemente estava a ferindo com suas palavras e atitudes.

Ainda assim Ada iria permanecer com sua máscara fria e indiferente, sendo racional. Mesmo que por dentro houvesse uma dor queimando.

"Não se preocupe. Eu não vou tocar em nenhum fio de seu cabelo. Eu só ataco aquilo que é uma ameaça pra mim e você é inofensivo." O resto do caminho fizeram em silêncio. Leon, no fundo se sentiu mal com suas próprias palavras, porém não iria voltar atrás.

Ada e Leon conseguiram chegar aos fundos da Universidade. O problema é que o lugar estava com alguns zumbis espalhados atrapalhando um tanto o caminho. Ambos sabiam que poderiam passar sem chamar atenção.

Apenas aqueles que ousavam entrar na frente deles eram mortos. Leon cortou a garganta de um dos mortos vivos e deu um chuto forte no próximo que se aproximava, a criatura era uma mulher usando roupa social, provavelmente uma jornalista ou professora. Ela cai no chão e continua se rastejando em direção a sua presa, Leon lhe dá um último golpe explodindo seu crânio.

Ada aproveita pra descontar sua energia nas criaturas, ela usa sua balestra, ora atirando flechas certeiras ou usando nos golpes físicos. Mais a frente eles ouvem os sons de um alarme irritante, soando sem parar. O barulho vinha do portão da frente que possuía um sistema de segurança. O alarme foi acionado por algum dos zumbis vagando por ali e agora o mesmo som estava atraindo mais e mais zumbis do lado de fora do local, formando uma barreira de mortos-vivos. Logo, logo nem os portões de aço e todo seu sistema de segurança seria suficientes para conter o alvoroço das criaturas.

"Droga! Isso vai nos atrasar." Leon estava mais frustrado.

"Então, vamos improvisar." Ada diz avaliando todo o lugar. "Use isso para explodir o muro." Ada lhe entrega um mini detonador. "Eu vou te dar um sinal e você ativa. Seja rápido e não precisa me esperar."

"Espera, o que você vai..." Não houve tempo de perguntar. Ada correu na direção dos portões e usando sua grapple gun ela saltou pousando perfeitamente do outro lado.

Do lado de fora da universidade havia mais destruição e um rastro de pânico e caos causados pelo atentado.

Era exatamente, como em Raccoon City. Mais um novo pesadelo ou um déjà vu.

Ada olhava para cada lado procurando uma nova rota de fuga. As ruas foram dominadas por mortos-vivos muito mais assustadores e mortais. Alguns vagam sem rumo outros estão devorando suas vítimas no chão. Eles eram sem dúvida nenhuma, mais selvagens.

Ada passava entre os zumbis, sem ser percebida. Era como se ela fosse invisível para eles. Certamente, isso era resultado do T-Veronica correndo em suas veias. Como um borrão foi derrubando alguns deles com muita precisão em seus movimentos. Seus reflexos são rápidos e mortais, com um chute é capaz de explodir os miolos das criaturas, mas elas são muitas e uma verdadeira perda de tempo. Afinal, as criaturas não era uma ameaça para ela.

Ada precisa de um plano de escape para ajudar Leon. Foi então, que uma ideia lhe vem a cabeça. A rua a sua frente está bloqueada por carros e um caminhão. Ela precisava chamar a atenção daqueles zumbis que estão bloqueando o portão pra que Leon consiga ativar o detonador e fugir pelas laterais.

"Isso pode não ser o bastante, mas vai nos dar tempo e alguma vantagem." Ada corre na direção do amontoado de carros.

Usando como impulso um dos carros ela salto, dá uma grande pirueta e já com sua balestra em punho ela atira duas flechas explosivas que atravessam o ar e atinge o caminhão causando uma grande explosão enquanto ela pousa do outro lado sentindo o calor das chamas em suas costas.

Leon ouviu o estrondo forte e depois um grande incêndio, as criaturas foram atraídas pela explosão. Ada havia cumprido com o plano, era hora dele entrar em ação. Seguindo o plano ele detona o muro.

Nas ruas o caos era geral, Leon agora se encontrava sozinho, tendo que encontrar uma rota segura, sobreviver e fugir desse inferno. Mas, havia uma nova preocupação lhe perturbando.

Pra onde ela foi?!

Seu PDA toca. Era ELA lhe deixando uma mensagem: "Leon, agora você está por conta própria. Sugiro que fuja daqui. Você é um sobrevivente, vai saber o que fazer. Esqueça as respostas. BOA SORTE!"

Mas uma vez, ela fugiu. Sem lhe dar respostas. Ada continuava sendo Ada, ainda sendo capaz de manipular e sair ilesa. Ela pode ter o ajudado de novo, mas Leon não se sentia grato.

"Hunnigan, eu preciso de sua ajuda." O rosto de Hunnigan aparece na tela de seu PDA.

"Tudo bem, Leon?!" Hunnigan estava apreensiva.

"Como sempre estou sobrevivendo. Como estão as coisas aí?"

"Não estão nada boas, Derek deu uma nova ordem. Você é o suspeito número 1 da lista. A DSO foi enviado para o capturar. E caso seja necessário eles foram ordenados a atirar... pra matar."

"Isso é um verdadeiro pesadelo. Eu não sou um assassino."

"Leon, eu acredito em você. Eu vou te ajudar até onde puder, mas a FOS está sendo muito pressionada aqui. Eu estou usando uma linha segura. Nossos superiores estão de olho em tudo, nos monitorando o tempo todo. Mas, não se preocupe eu não vou te deixar na mão."

"Isso é muito bom. Eu tenho um pedido a lhe fazer. Diga a Angie que eu estou bem. Que logo estarei em casa de novo."

"Pode deixar, darei o meu jeito. Eu lhe passarei a mensagem."

"Ótimo. Tenho mais um pedido. Preciso que rastreie alguém pra mim. Recebi uma mensagem a alguns minutos. Você consegue fazer isso?"

"Sim. Isso não vai ser problema. Espera! A onde está a agente Watson?"

"Vamos dizer que eu estou atrás dela agora."

"O quê? Foi a agente Watson?"

"Eu ainda não sei. Vamos descobrir isso."

"Leon, eu tenho que voltar antes que nos descubram. Eu entro em contato. Só me dê um tempo. Se cuida!"

Leon tomou uma nova decisão e, dessa vez, ele iria até o fim do mundo pra encontrá-la. Nem que isso lhe custasse sua vida.

"Vou contar tudo para eles. Tudo o que sabemos do incidente em Raccoon City. Muitos duvidam da minha intenção em revelar a verdade, mas é necessário. As armas biológicas são uma grande ameaça e nós somos parcialmente culpados. Temos que contar ao resto do mundo e trabalhar em conjunto para conseguir lutar contra este mal. Está na hora de assumir nossa responsabilidade e acabar com isto."

Desta vez, ele estava decidido a realizar o último desejo de Adam Benford. Leon iria trazer a verdade à tona e nada iria pará-lo.