Bots Mystery

Capítulo 17


Limonada rosa. Nunca vi coisa mais estranha em toda a minha vida – reclama Jerismar, ao olhar o líquido rosa no seu copo.

– O gosto é bom. Talvez essa seja a melhor limonada que já provei. – diz André, que estava bebendo o suco.

– Se você diz... – Ele ainda estava incrédulo. Passasse alguns segundos, até que ele decide tomar a limonada.

Os dois estavam na residência dos Vega, sentados em uma mesa, onde não havia apenas a limonada, mas também uma tigela com biscoitos caseiros.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Uma garota desce na escada, trata-se de ninguém menos que Tori Vega, grande amiga de André, e também uma das pessoas mais populares da Hollywood Arts.

Tori: André, os outros ainda não chegaram?

André: Não, mas se demorarem mais um pouco, não vai mais sobrar biscoitos pra eles.

A campainha toca.

Devem ser eles – Ela diz e abre a porta. Ela se depara com o casal Beck e Jade.

Beck: Tori...

Jade: ... Vega.

Tori: Beck e Jade. Bom dia pra vocês também.

Beck: Desculpe por demorarmos, é que Jade e eu ainda estávamos no trailer...

Jade olha para Beck e faz um sinal para ele calar a boca, já que iria falar muito mais que o necessário.

Beck: Deixa pra lá.

Jade: Só queria saber o motivo disso tudo. É muito estranho a Vega estar envolvida nisso.

Jerismar: Eu também estou curioso. Parece que a pessoa que o Sr. Lester visitou foi você, não foi?

Tori: Sim. Ele queria saber daquele lance com a Ponnie. Eu contei toda a história pra ele, isso até ele começar a falar sobre incidentes semelhantes.

André: Tipo, os sujeitos estranhos que aparecem para uma pessoa, e quando os outros estão por perto, eles desaparecem.

Jerismar: A intenção é deixá-los louco.

Tori: Sim. Mas não sei onde isso liga com a Ponnie.

Beck: Pense bem. Lembra que ela desaparecia, quando você tentava nos apresentar a ela?

Tori: É verdade. Acho que estou começando a compreender.

Jerismar: Com aquele garoto, Nick, aconteceu a mesma coisa. Eu estava no parque e o encontrei chorando. Ele disse que havia se perdido dos pais dele.

Tori: E aí?

Jerismar: Daí, enquanto estávamos procurando, encontrei o Benny. Não diria que foi por acaso, afinal, era horário do trabalho dele. Quando fui ver, ele sumiu, sem deixar um rastro sequer.

Jade: Hum... Isso é coincidência demais pro meu gosto.

André: A história está se repetindo... Espero que ninguém aqui faça uma depilação desnecessária de novo.

– Mas o quê! – diz Jade, olhando brava para André.

Jade: Não tem chance disso acontecer novamente. Aquilo foi um acidente, e estou totalmente precavida em relação a isso.

Jerismar: Mas parecia que você estava na TPM.

Jade: Eu estava sim, e daí?!

Jerismar: Glup!

Tori: Bom, eu lembro que a Jade nem sequer ligava com o assunto da Ponnie.

Jade: Na hora, eu só quis saber de vingança pelo que havia acontecido comigo. Mas também, nunca me importei com os seus problemas, Vega.

Jerismar: Uma coisa que não entendo até hoje, passados um ano e meio do ocorrido...

André: O quê, Jerismar?

Jerismar: Como o cabelo da Cat cresceu tão rápido?

André: Meu amigo, isso é aquele tipo de absurdo que ninguém vai conseguir te responder. Nem mesmo o criador desse seriado se deu ao trabalho de fazer isso.

Jerismar: Mas para colocar um super-herói ridículo para tentar resolver nossos problemas, ele pode, né? Grunf! Prefiro mil vezes o Chapolim Colorado.

Beck: É... Tá certo, cara. Até que sinto saudades dos velhos tempos.

André: Sim, apesar dos problemas, tivemos muitos momentos marcantes. Pena não podermos vivenciar tudo isso novamente.

Tori: Verdade. Já estamos no último ano. Temos que fazer o possível para ele ser inesquecível.

André: Só mais uma coisa que queria dizer...

Beck: Pode falar.

André: Caso consigamos nos consolidar na carreira... Todos nós, ou alguns, não sei, a gente nunca sabe o que pode acontecer... Espero que possamos manter a humildade. Tipo assim, não podemos esnobar certas coisas do passado, pois com certeza foi um dos passos para o sucesso.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Jade: Ou seja, não é pra cuspir no prato em que se come.

André: Isso. Foi isso mesmo o que eu disse.

Jerismar: Puxa, Man. Falou pouco mais falou bonito.

Tori: Também gostei. Foi tão profundo.

Eles continuam conversando, enquanto esperam o resto da turma. Enquanto isso, na casa do Sikowitz, o mesmo havia escutado um barulho vindo do quarto. Ao entrar lá, viu que alguns objetos estavam espalhados no chão.

– Mas que diabos aconteceu aqui?! – Ele diz, até escutar um ruído debaixo da cama. Em seguida se abaixa até o local e é inesperadamente atacado.

No Bots, Tandy e Bungle estavam conversando.

Bungle: As pessoas estão chegando. Temos que começar a trabalhar.

Tandy: Eu sei, mas ainda estou atordoado. É estranho sentir isso, pois sou apenas uma máquina.

Bungle: Não fique assim, sei que se sente culpado pelo que aconteceu. Embora tenha muita coisa que ainda não consigo entender.

Tandy: Se é assim, então vou lhe contar toda a história, pelo menos o que sei dela.

Bungle: Vá em frente.

Tandy: Tudo começou quando o restaurante foi inaugurado...

Flashback on:

Alguns meses atrás, o proprietário Martin Finnegan finalmente abre o restaurante Fast-Food Bots, que já estava sendo construído há um tempo.

Finnegan: É hoje. Chegou o dia para abrir as portas para o futuro, onde os robôs serão os funcionários no lugar dos humanos.

O robô Tandy vai até ele.

Tandy: Já estou preparado para o trabalho, Sr. Finnegan.

Finnegan: Bom saber disso, Tandy. Eu ouvi dizer que você é diferente dos outros robôs.

Tandy: Realmente tenho umas características a mais que eles. Sou muito mais inteligente e tenho habilidades mais ágeis, tudo isso graças ao meu criador, seja lá quem ele for.

Finnegan: Sinto muito se você não tem essa informação. O motivo de você ser diferente dos seus irmãos faz com que você seja bem mais confiável. Venha cá, quero te mostrar uma coisa.

Tandy: O quê, Senhor?

Finnegan: Siga-me.

Finnegan e Tandy vão até a sala secreta do Bots, que fica no subterrâneo. Lá havia vários experimentos científicos, inclusive protótipos para novos robôs.

Tandy: Um laboratório secreto. Impressionante.

Finnegan: Sim. Há vários equipamentos que podem consertar vocês, caso tenham algum problema.

Tandy se depara com um robô enorme, que devia ter uns 4 metros de altura, que estava adormecido na cápsula. Mas esse robô é diferente dos outros, pois tinha orelhas enormes e um rosto parecido com um duende.

Tandy: Quem é o grandalhão?

Finnegan: Esse é o RG5000. Pode não acreditar, mas ele era pra ser um funcionário, igualzinho a você.

Tandy: Com essa cara, ele iria espantar a freguesia, isso sim.

Finnegan: Sim, mas esse não é o único motivo dele estar aí inconsciente. Na verdade, ele não foi bem nos testes e comprovamos que seria uma ameaça.

Tandy: Puxa...

Finnegan: Agora eu vou lhe mostrar o porquê de eu trazer você aqui.

Finnegan pega uma gaiola, onde dentro havia um animalzinho.

Tandy: Nossa! Essa uma das coisas mais fofas que já vi.

Finnegan: Isso é um Mogwai, animal de origem chinesa. Preciso que você cuide dele para mim.

Tandy: Pode deixar, Senhor.

Finnegan: Com algumas restrições. Primeiro, evite que a luz esteja diretamente contra ele, pois ele a odeia. Segundo, ele não deve ser molhado nunca, jamais. E terceiro nunca o alimente após a Meia-Noite.

Tandy: ...

Finnegan: Ele está seguro aqui, já que não pode sair durante o dia, pois o Sol pode matá-lo.

Tandy: Nossa... Essa criaturinha deve ser bem frágil, pra estar restrita a essas coisas... Mas pode deixar, vou cuidar bem dele.

Flashback of:

Bungle: Hum, realmente o assunto deve ser sério, a ponto de me deixarem de fora.

Tandy: Mas não para por aí. Ainda tem mais.

Bungle: Continue então.

Tandy: Aconteceu no último Halloween...

Flashback on:

No restaurante, haviam várias pessoas fantasiadas para o Dia das Bruxas, feriado bastante celebrado no país. Finnegan entra no local e vai até Tandy.

Finnegan: Olá, Tandy. Feliz Halloween.

Tandy: Feliz Halloween pra você também, Senhor. Ai, ai!

Finnegan: O que houve?

Tandy: Acho que agora sei o significado da palavra dor. Foi aquela garota que provocou isso, entortando minhas mãos.

Ele aponta para a mesa onde estão duas garotas, que são Sam e Cat.

Finnegan: Quem, a garota fantasiada de gênio?

Tandy: Não, a loira.

Finnegan: Bom, agora sobre o assunto sigiloso. Como ele está?

Tandy: Ele está bem. Não o vejo deste ontem à tarde, devido aos preparativos do evento que vamos organizar hoje.

Finnegan: Poderíamos aproveitar para vê-lo agora.

Tandy: Certo, espero que ele não se assuste com a minha fantasia de caubói.

Ao chegarem na sala secreta, eles não esperavam encontrar parte do laboratório destruído.

Finnegan: Meu Deus! O que houve aqui?

Tandy: Olhe...

Eles se deparam com sete criaturinhas, todas endiabradas e destruindo alguns protótipos.

Tandy: Oh Não!

Finnegan: Minha Nossa! São sete Mogwais, e nenhum deles é o que a gente procura.

Tandy: A gaiola dele está destruída... Espere.

Tandy encontra o Mogwai original embaixo da mesa, amarrado com cordas.

– Fique calmo, amiguinho. Vou usar meu laser pra te tirar dessa – Ele diz, usando o laser, e consegue soltar o bicho. Em seguida, vai até Finnegan.

Tandy: Me desculpe, Senhor. Falhei na minha missão.

Finnegan: A culpa não foi sua. Eu já devia saber que algo assim iria acontecer um dia.

Tandy: Mas aconteceu bem debaixo do meu nariz. Ops... Eu não tenho nariz.

Finnegan: Fique calmo, eu vou dar um jeito nisso. Primeiro, comprando uma gaiola nova pra ele. Volte ao trabalho, os fregueses estão esperando.

Tandy: Sim.

Finnegan olha que dentre as coisas espalhadas no chão, eram de guloseimas, provavelmente consumidas pelas criaturas.

Finnegan: Espero que não tenha acontecido depois da Meia-Noite.

Tandy: Oh Céus!

No dia seguinte, os bichos haviam desaparecido, deixando apenas o Mogwai original, que estava com uma gaiola nova.

Finnegan: Sumiram sem deixar rastros. As coisas ficaram fora de controle, como eu temia.

Tandy: O grandalhão orelhudo, com a cara do Mestre dos Desejos, também desapareceu.

Finnegan: O quê?! Droga, RG5000 é muito perigoso! Se ele estiver acordado, estamos todos perdidos!

Tandy: Mas quem é o responsável por isso, Senhor?

Finnegan: Infelizmente, Tandy, não posso te responder. Continue cuidando do nosso amigo.

Flashback off:

Tandy: Isso é tudo o que sei. Finnegan disse para não falar do Mogwai para ninguém, mas quando aquelas coisas estranhas passaram a acontecer, vi que não iria conseguir resolver tudo sozinho. Por isso passei a compartilhar isso com você.

Bungle: Mas a Cat também sabe, não é?

Tandy: Sim, e pelo visto, ela não abriu a matraca.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Mudando de cena, Sam e Cat chegam à casa de Tori, que as recebe.

Tori: Olá, Sam e Cat. Podem entrar.

Cat: Oi, Tori.

Sam: Oi, sósia da Shelby Marx.

Tori: Você continua com isso.

Sam e Cat cumprimentam os outros, assim como Freddie, Spencer, Gibby, Tommy e Lester que já estavam lá. Cat e Tommy olhavam um para o outro, mas estavam meio constrangidos, por isso evitaram contatos.

André: Agora só falta o Sikowitz chegar.

Eles ouvem batidas na porta e Tori se levanta mais uma vez para atender. Ao abrir, ela se depara com Sikowitz, que estava ferido, com parte das roupas rasgadas e completamente ofegante.

Tori: Meu Deus, Sikowitz! O que aconteceu?

Sikowitz: Eu estava em casa quando... Quando...

Ele cai no chão inconsciente.