The Reason is You
Capítulo 22
A manhã seguinte foi tumultuada. Davi foi acordado pela mãe e Herval, os dois querendo saber o que ele havia aprontado para roubar o carro do mentor. Davi explicou bem por cima, ouviu um grande sermão, mas também foi parabenizado.
_ Foi muito corajoso de sua parte enfrentar o rapaz para proteger a moça, ainda mais depois do que ela fez. – suspirou Rita, beijando o rosto do filho – Mas ainda acho que tem outros interesses nisso.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!_ Mãe... – ele resmungou – Eu vou ligar para o Marra vir buscar a filha.
_ Você não quer conversar com ela antes? – perguntou Herval, e o rapaz suspirou.
_ Acho que não tem o que conversar.
Ele caminhou pela pequena casa, entrando em seu quarto. Megan havia dormido em sua cama, enrolada em seu edredom. A menina havia vomitado umas duas vezes e sujado sua roupa.
_ Que droga de feitiço você jogou em mim, hein loirinha? – suspirou o rapaz, acariciando o cabelo dela – Porque você não sai da minha cabeça e me deixa em paz?
Ele apanhou o telefone, discando o número de Jonas. Ele atendeu no terceiro toque, parecendo surpreso.
_ Algo errado Reis?
_ A Megan está em casa. – avisou o rapaz, narrando o ocorrido logo depois – Ela ainda não acordou, e pelo tanto que vomitou durante a noite, acho que vai precisar de um médico.
_ O fígado dela está entrando em colapso de novo. – suspirou o Marra, fazendo Davi estremecer – Logo eu e a Pamela estamos aí.
Davi desligou, encarando a loirinha ao seu lado com mais preocupação. Sabia que quando se bebia muito, o fígado podia ser atingido. E do jeito que estava vendo a garota beber nos últimos dias...
_ Não ouse ficar doente. – sussurrou, preocupado – Você não pode fazer isso comigo...
E porque ela não podia fazer aquilo com ele? Ele mal a conhecia, haviam trocado farpas e ofensas na maior parte do tempo que passaram juntos. Será que era possível?
_ Será que eu to me apaixonando por você Megan Lily Parker? – perguntou o rapaz, com um suspiro.
~*~
Quando Megan acordou, estava em um quarto inteiro branco e com cheiro de álcool. Fez careta, ouvindo um suspiro. Suspirou também.
_ Hey mom.
_ Ah Megan, o que faremos com você. – Pamela falava em inglês, talvez não querendo que alguma enfermeira xereta entendesse a conversa.
_ Nem eu sei o que fazer comigo.
_ Megan, você sabe que não pode abusar tanto do álcool. Seu fígado já é comprometido, você pode conseguir uma cirrose. – a garota baixou os olhos – Acho que eu e Jonas precisávamos ter te colocado mais limites.
_ Acho que sim... – ela estava meio zonza – O que aconteceu? Como eu vim para aqui?
_ Você lembra do que?
_ Eu paguei a minha conta na festa e saí por um canto escuro, para escapar dos jornalistas. Eu sabia que estava abusando, estava passando mal... – Pamela assentiu – E então... O Alex apareceu e me puxou para um beco. E depois é tudo confuso.
_ Você não lembra do Davi chegando? – Megan arregalou os olhos.
_ Ele estava lá? – Pamela assentiu.
_ Ele viu a sua foto na festa, e viu o Alex no canto. Ele olhou mais algumas, e viu que era realmente ele. – contou sua mãe – Quando ele chegou, o Alex estava tentando te agarrar a força. Eles dois brigaram, e parece que você entrou na bagunça, por isso que tá com o rosto machucado.
_ Machucado? – questionou a mais nova, enquanto Pamela tirava um espelho da bolsa e passava para a filha. Havia um roxo embaixo de seu olho e um corte na boca – Que droga.
_ Poderia ser pior, se o Davi não tivesse chego a tempo. – repreendeu Pamela – Você estava passando muito mal, e passou a mal noite inteira.
_ E ele cuidou de mim de novo. – suspirou a loirinha.
_ Acho que você deve desculpas a esse rapaz. – garantiu a mãe, acariciando seu rosto – Por tudo que você disse a ele àquele dia.
_ Mas e se eu estiver certa mãe? E se ele só estiver fazendo tudo isso para tirar vantagem de mim? – Megan segurou as mãos da mãe, trêmula. Pamela acariciou o rosto da filha.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!_ Querida, nem todos usarão você como Alex e Danilo. – garantiu Pamela – E o Davi é um bom garoto, bem diferente dos dois que te feriram. Ele não vai te usar ou te ferir. Ele te protegeu tantas vezes já, minha filha...
Megan nada disse, apenas abraçou a mãe o mais apertado que conseguiu. Pamela beijou seus cabelos, acariciando os fios com carinho, afagando como um cafuné. O momento só foi quebrado por uma batida sútil na porta.
_ Com licença... – o médico encontrou no quarto, falando português – Srta. Parker, está liberada para ir para casa. Mas recomendo que não beba pelos próximos meses e procure um especialista para tratar o problema em seu fígado. Pela sua ficha posso ver que ele já quase entrou em colapso alguns anos atrás, e posso dizer que teve sorte desta vez. Mas uma próxima, pode ser ainda pior.
_ Pode deixar doctor, ficarei de olhos in my baby girl. – prometeu Pamela, e Megan sorriu com o carinho da mãe – Ela ficará um bom tempo longe das partys.
_ Não é problema ir às festas. Mas é bom evitar o álcool, mesmo que em pequenas quantidades. – as duas assentiram – Pode se trocar... Já trago sua alta assinada.
_ Thanks doc. – o homem saiu aos risos, enquanto Pamela entregava uma roupa a Megan, que seguiu para o banheiro – Mom, você pode pedir para alguém bring me my car?
_ Megan Lily, você não vai para nenhuma festa. – repreendeu a Parker mais velha.
_ Eu não quero ir a nenhuma festa. – garantiu Megan – Eu preciso ir resolver outra coisa.
~*~
_ Filho, tem certeza que não quer ir? – questionou Rita, vendo o filho deitado no sofá.
_ Ah mãe, eu to morto, sério mesmo.
_ Mas é o show de estreia do pai. – lembrou Matias.
_ Peça desculpas a ele, mas eu não to parando de olho aberto. – suspirou Davi, coçando os olhos – A noite foi bem longa e eu preciso dormir. Passei o dia correndo atrás da prova do reality também...
_ Tudo bem filho, a gente entende. – garantiu Rita, beijando a testa do filho – Descanse, seu pai vai entender.
_ Obrigado mãe. – o rapaz virou no sofá, fechando os olhos enquanto ouvia a porta da frente batendo.
Acordou assustado, com o barulho da campainha ecoando pela casa e a chuva castigando as janelas. Levantou depressa, correndo até a porta. Estava trancada e ele começou a caçar as chaves.
_ Já vai. – avisou, ouvindo a campainha.
Começou a correr pela sala, procurando onde estaria a chave. Ouvia a campainha retumbando, e sua cabeça retumbava junto.
_ Já vai. – gritou, achando a chave, enquanto a campainha tocava sem parar – Eu falei que já vai droga.
Colocou a chave na porta, virando-a depressa e batendo na maçaneta. Abriu a porta irritado, querendo saber quem estaria com tanta pressa, mesmo com a chuva.
E qual não foi a sua surpresa ao ver a moça encharcada.
_ Hey stupid boy... Posso entrar? – Megan pediu.
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