– Incrível como esse ano passou voando, não acha, Harry?

– É verdade, Gina. Parece que foi ontem que o James nasceu.

– É! E já está um rapazinho, esse lindo... Quase dois anos. Lindo!

– É mesmo, mas vamos logo ou iremos nos atrasar.

– Certo, já estou pronta. Me deixa só pegar a minha varinha.

– Estou te esperando lá embaixo.

– Certo Harry, eu já vou descer. Não perco esse Natal e o Rony por nada...

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–-

– Rony, se apressa meu amor. Já estamos atrasados.

– Calma Mione. Não será o primeiro nem o último jantar de Natal que participamos.

– É, e nem será o primeiro nem o último jantar de Natal que chegamos atrasados.

– Mione, não pedi que vocês decidissem que eu iria me vestir de bom velhinho. - ralhou.

– Ah, Ron. Ano passado foi o Jorge, e no anterior o Harry. Temos que revezar.

– Certo! Vocês podiam se vestir assim também.

– Mas não teria graça. E é só um pouquinho.

– Tá. Vamos. Já peguei a roupa.

– Você vai ser o papai Noel mais lindo de todos os tempos...

– Tá bem. Vamos buscar seus pais.

–-

– Tô doido pra ver o Rony vestido de papai Noel.

– Ai, Jorge, deixe de ser tão ruim.

– Não sou ruim Angelina, apenas gosto de me diverti.

– Sim, eu sei. Não esqueça que você já passou por isso.

– Ah... Mas eu fui o papai Noel mais bonito de todo clã Weasley.

– Disso, realmente, eu não tenho dúvidas.

– Angelina, você não conta. E pare de me olhar assim ou vamos nos atrasar ainda mais pra esse jantar.

– Acho que não teria muito problema em sermos os últimos a chegar, meu amor...

– Angelina...

– Mãe, pai! Vamos logo. - Fred bateu na porta aos gritos. Agora com quatro anos estava ainda mais parecido com o pai. Uma versão amendoada de Fred e Jorge Weasley.

– Certo, Fred. - Angelina sorriu revirando os olhos e abriu a porta - Fique com seu pai que vou buscar Roxanne.

– Quando voltarmos continuamos, certo Angelina?

– Como quiser...

–-

– Victorie, minhe filhe, aprece-se.

– Calma mamãe. Preciso escovar bem meus cabelos. - a menina era uma cópia da mãe. Com quase seis anos, era uma princesa, e se portava como tal até se encontrar com Teddy, que dizia ser seu namoradinho, e colocar todas as unhas de fora aprontando as piores peraltices que a mãe poderia imaginar.

– Tenho certeza que Victorie herdou seu lado veela, Fleur. - Gui falou aparecendo no quarto.

– Eu tambam esto certa Gui. Mas quando estams atrasados, não é muito conveniente...

– Deixa ela Fleur, afinal, todos os meus irmãos sempre se atrasam... Isso é inevitável.

– Mas nam gosto de me atrasar. Você sabe. - ela falava um pouco manhosa e o esposo a beijou de leve.

– Pronto mamãe. Terminei. Estou linda?

– Linda como a mamãe, meu amor. - Gui falou certo.

– Obrigada papai. Onde estão meus irmãos?

– Dominique já desceu. - Fleur respondeu.

– Vou buscar Louis - Gui adiantou-se indo para o quarto do caçula.

–-

– Audrey, está pronta? - Percy gritou de algum cômodo da casa.

– Sim, Percy, estou terminando o cabelo da Lucy.

– Mamãe... - Molly sentou sobre a cama balançando as pernas.

– Oi Molly. O que houve?

– Esse ano vai ter papai Noel?

– Claro que sim, meu amor. Papai Noel sempre vem nos visitar.

– Que bom... Será que ele vai trazer o que eu pedi?

– E o que você pediu, meu amor? - Percy apareceu na porta.

– Ah, papai. Pedi aquela vassoura que vimos no Beco Diagonal.

– Se tiver sido uma boa menina, provavelmente ganhará. - Percy a pegou nos braços enquanto respondia e lhe dava um beijo na bochecha.

– Fui uma boa menina, mamãe? - olhou preocupada para a mulher.

– Foi sim, meu amor. - a mãe levantou depois de fazer duas chiquinhas na filha mais nova, a pegando nos braços.

– E para o senhor, papai? - Molly continuou.

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– Hum... Não sei. Teve aquela vez que você quase incendiou o vaso da sua mãe com a minha varinha...

– Ah papai. Me desculpe. Prometo que não uso mais a varinha sem vocês por perto. - tinha quatro anos, mas como todos os Weasley, era imensamente esperta.

– Tudo bem. Acho que papai Noel sabe que não foi por mal.

– Ebaaaaaaaaaaaa!!!

––-

– Carlinhos, meu filho, me ajude aqui por favor.

– A senhora acha que ainda vão demorar muito?

– Meu filho. Você conhece seus irmãos tão bem quanto eu, mas acredito que não demoram muito.

– Assim espero. Estou faminto.

– Olá, meu amor.

– Oi Arthur.

– Está tudo pronto lá fora, Molly.

– Certo, então vamos me ajudar a preparar tudo.

– Acho que chegou alguém...

– É! Também ouvi alguém aparatar.

– Ótimo. Estou faminto... - Carlinhos ponderou.

–-

Fazia seis anos que a grande batalha havia acabado e que Voldemort tinha sido destruído definitivamente, e embora ainda doesse a grande quantidade de perdas ocorridas, todos tinham muito o que comemorar.

Era noite de Natal e a Família Weasley estava reunida, como de costume, na Toca para celebrar. A casa parecia cada vez menor para caber tantos filhos, noras e netos e a senhora Weasley adorava essa sensação de muita gente reunida.

A mesa, como sempre, foi montada no jardim e magicamente aumentada para caber toda a família e os convidados Hagrid, Maxime e o pequeno grande Dumb.

– Olá mamãe!

– Olá, Gui meu filho. Fleur, como está linda.

– Obrigada Molly. Você está encantadorra tambam... - a meio veela tinha um sorriso sincero no rosto ao cumprimentar a nora.

– E você Louis, quando vai aprender a andar?

– Vovó.

– Oi minha querida. Como está linda Vick.

– Obrigada vovó. E fui eu mesma quem me penteei.

– Não estou bonita também, vovó? - Dominique ralhou e a senhora lhe sorriu feliz.

– Linda como só uma Weasley é capas de ser. - recebeu um abraço das duas.

– Mas estou vendo duas bonequinhas aqui?

– Tio Carlinhos - as meninas gritavam enquanto corriam com os braços levantados em direção ao tio.

– Mamãe, papai - Rony apareceu na lareira limpando a roupa chegamos.

– Olá Rony. - Molly beijou o alto da cabeça do filho depois que ele se abaixou.

– Oi papai.

– Sr Granger. Sra Granger. Que prazer tê-los aqui conosco.

Hermione foi à última a passar pela lareira.

– Onde está a comida? Temos um pequeno Fred faminto aqui.

– Oi Jorge. Oi Fred.

– Vovó, estou com fome mesmo.

– Vamos jantar daqui a pouco meu amor.

– Como está, Molly?

– Muito bem, Angelina. E você?

– Tudo maravilhoso. Ela respondeu enquanto colocava a pequena Roxanne no chão.

– Oi todo mundo!

– Oi Gina. Olá Harry. Mas esse é o pequeno James? Como cresceu nesses dias.

– Eu que o diga mamãe. Está a cada dia mais esperto esse menino.

– Vovó - gritou o pequeno correndo desajeitado em direção a avó.

– E sem contar à fome que tem Harry completou.

– É. Acho que ele puxou ao lado do Rony da família. - Gina alfinetou e todos riram.

– Que bom Rony meteu-se pegando o menino no braço Só assim sei que meu afilhado tem bom gosto para as maravilhas da vida.

– Olá vovô. Vovó. O abraço foi apertado.

– É a minha pequena Molly?

– Sim vovó. Sou eu. E o papai e a mamãe também. E a Lucy está nos braços do papai.

– Olá Percy, meu filho.

– Olá pai. Mãe.

– Audrey. Está belíssima.

– Obrigada Fleur, mas não tanto quanto você.

– Hermione!!!

– Gina!!! Quanta saudade!

– É mesmo amiga. Nem parece que nos vimos antes de ontem.

As gargalhadas foram altas e gostosas. A alegria da família era contagiante.

– Chegou alguém - O senhor Weasley falou sorrindo.

– Sim - Harry olhou pela janela - É o Hagrid.

– Harry!

– Olá Hagrid. Que bom que vieram. - O abraço foi como o da época de Hogwarts.

– Rony, Mione - Mais um abraço.

– Mas quanto tempo, eim Hagrid?

– É mesmo Rony. E você, eim... Está quase do meu tamanho.

– Ah... Também não exagera, né.

– Mione, linda como sempre.

– Obrigada, Hagrid.

– Vamos entrando, entrem - a senhora Weasley adiantou-se.

– Maxime, como está?

– Muito bem Molly...

– Professora Maxime!

– Olá Fleur. Como tem passado?

– Muito bem.

– Esse é o Dumbledore. Nosso filho - Maxime tinha um menino nos braços. Pelo tamanho parecia que já tinha uns 9 anos, mas ainda era bebê para os dois.

– Colocamos o nome em homenagem ao professor Dumbledore Hagrid disse choroso.

– Linda homenagem Hagrid. - Adiantou-se o senhor Weasley - Aposto que Dumbledore gostou muito dessa homenagem.

– Sim. - Hagrid continuou - Falei com ele em um quadro na sala da diretora Minerva. Ele se emocionou muito.

– Que bom Hagrid.

– Teddy... - Victorie gritou e correu até abraçar o menino um pouco mais alto que ela. Tinha cabelos verdes flamejantes e estava vestido com uma calça jeans e uma camiseta que dizia "Sou Lupino, e da?"

– Que camisa é essa, Andrômeda? - Gina perguntou enquanto Harry se aproximava do afilhado.

– Ele que escolheu. Disse que era para homenagear o pai.

– Hum... Que bom - Gina sorriu indo abraçá-lo também.

***

– Mamãe - Rony tinha a boca estufada com comida - A senhora caprichou na ceia.

– Verdade, mamãe Jorge continuou - Sei que o Rony como qualquer coisa que lhe colocarem na frente, mas realmente está maravilhoso.

– Sim, Molly - a sra Granger falou - Está maravilhoso.

– Que bom que estão gostando. E ainda falta trazer o peru.

– Pode deixar Molly - o sr Weasley adiantou-se - Eu vou buscar.

Quando o sr Weasley colocou o peru na mesa, todos foram surpreendidos pois o mesmo começou a dançar algo que parecia ser uma espécie de can-can. Todos caíram na gargalhada e tentaram descobrir qual das crianças havia aprontado essa.

A cara de sou inocente que o pequeno Fred e a linda Victorie fizeram foi o suficiente para todos entenderem quem era responsável por aquele magnífico peru dançante.

– Meu filho - Jorge falou Você realmente herdou o bom senso de humor do seu tio...

– Victorie - Fleur não estava tão animada - Onde conseguirram a varrinha?

– Era a varinha do tio Rony.

Rony assustou-se colocando as mãos nos bolsos, sentindo falta da varinha.

– Encontramos perto de uma bolsa que ele trouxe. - Fred concluiu. Todos olharam para Rony. Sabiam como era arriscado deixar uma varinha a vista das crianças.

– Ah! Eu nem reparei. - Rony defendeu-se - Além do mais, a dança do peru foi bem legal.

Terminaram o jantar com muita alegria. A maioria das crianças brigava com o sono para esperar a chegada do tão esperado papai Noel. Rony, por sua vez, estava com uma grande vontade de lançar um feitiço nas crianças para que dormissem logo e se livrar desse mico que teria que pagar. Foi acordado de seus pensamentos pela esposa.

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– Ron, acho que está na hora do papai Noel chegar.

– Mas Mione, nem é meia noite ainda.

– Mas as crianças estão quase dormindo, Rony. Vamos logo para que eles possa deitar tranquilos.

– Preferia que eles estivessem dormindo mesmo, assim me livrava dessa palhaçada.

– Ron, por favor. Não seja tão chato.

– Tá Mione, vou me trocar.

***

– Ho! Ho! Ho!

As gargalhadas de Jorge não conseguiram ser contidas. A cara que Rony tinha vestido no traje vermelho com a grande barriga de espuma e a barba branca que lembrava o prof. Dumbledore realmente estava hilária.

– Papai Noel - as crianças gritavam alegres e corriam em sua direção aparentemente despertas agora.

Ele soltou o corpo no sofá ao ter as pernas abraçadas pelas crianças.

– Então, vamos ver o que o papai Noel tem para cada um de vocês.

– Papai Noel - Molly adiantou-se explicativa - Eu coloquei fogo na roseira da minha mãe com a varinha do meu pai, mas não foi por mal.

– E eu - Fred continuou peguei a varinha do tio Rony e fiz o peru dançar.

– E eu ajudei, papai Noel - Victorie dizia envergonhada.

– Eu também soltei bombas de bosta na creche - Fred continuou e Angelina arregalou os olhos enquanto Jorge sorria feliz.

– E eu ajudei - Teddy continuou.

– Tudo bem Rony - disse com a voz alterada magicamente - Não vamos mais falar de travessuras, mas vocês devem se comportar melhor no próximo ano, ou não passarei aqui na Toca.

– E eu vou ganhar a vassoura que pedi? - Molly estava desesperada de aflição.

– Hum... Vamos ver mocinha, mas preciso visitar outras crianças. E lembrem-se que cada boa ação será computada, da mesma forma que as travessuras serão muito bem lembradas.

– Certo, papai Noel. Vou tentar me comportar. - Teddy falou tristonho.

– Eu também... - Freddy, Victorie, Dominique e Molly continuaram.

– Eu também... - o pequeno James falou e todos riram.

– E que tal Rony continuou me darem um abraço para que eu possa ir entregar os presentes das outras crianças que foram boazinhas?

– Sim...

Muitos abraços e beijos depois, Rony levantou-se cambaleante devido ao peso da roupa e pegou o seu saco vermelho repleto de presentes. Fez um floreio com a varinha e dezenas de embrulhos apareceram embaixo da grande árvore armada ao lado da lareira.

– Vão pegar seus presentes. Agora... Ho! Ho! Eu já vou.

– Tchau, papai Noel.

– Ho! Ho! Ho! Feliz Natal para todos. E com um estalido aparatou. Logo em seguida apareceu descendo das escadas da sala como se nada houvesse acontecido. As crianças estavam, como sempre, tão desesperadas em encontrar, usar e quebrar seus presentes que mal perceberam a falta ou a chegada de Rony na sala.

Continuaram todos conversando muito. As crianças, mais acordadas que nunca, brincavam alegres com os presentes que ganharam.Os rapazes conversavam na sala sobre Quadribol, observando a partida de xadrez bruxo que Rony muito sorridente disputava com um Carlinhos bem nervoso.

As mulheres estavam na varanda e falavam das mais variadas coisas. Roupas, joias, novelas trouxas, crianças, escola e demais assuntos femininos. Os senhores Weasley e Granger conversavam animadamente sobre campainhas, liquidificadores e fornos de micro-ondas... As senhoras Weasley e Granger conversavam sobre como estavam felizes em comemorar mais um Natal sem maiores problemas ou dificuldades enquanto arrumavam a cozinha .

Hagrid e Maxime tiveram que ir logo após a ceia. O pequeno Dumb estava muito cansado e sonolento, e ainda iriam visitar parentes da mulher. Quando ninguém mais aguentava, o sono chegou para todos e eles rumaram com cada família para seus antigos quartos, magicamente estendidos pelo senhor Weasley para caber a todos.

No outro dia, receberam novamente a visita de Andrômeda que havia voltado para buscar o pequeno Teddy Lupin e participar do almoço de Natal, já que havia sido convidada pela irmã, Narcisa, para ceiar com eles.. Brincaram, se divertiram e ainda arriscaram um amigo da onça sugerido por Hermione e sua mãe que foi devidamente patrocinado pelas Gemialidades Weasley, rendendo boas doses de gargalhadas e alegria.

No fim da tarde, cada um rumou para seu lar e Molly e Artur se viram em seu quintal, sentados e abraçados como um casal de namorados que eram sob uma amoreira coberta de neve enquanto conversavam.

– Como é difícil não ter todos que amamos conosco nesse dia, não é Artur?

– É verdade Molly, mas sabemos que os que amamos permanecem em nossos corações e não nos abandonam, por mais que estejam longe de nós.

– E como nossos filhos estão crescidos...

– Sim, meu amor. Era tão fácil quando eram crianças, quando podíamos guiá-los a fazer o certo, ou o que achávamos que era certo.

– Agora, estão crescidos. Cada um deles tem sua própria família, suas próprias histórias...

– É. Mas sempre será igual. Sempre iremos expandir a mesa, aumentar a quantidade de cadeiras de acordo com cada pessoa que chegue e faça parte da nossa família.

– E conforme a mesa aumenta, nossos sentimentos aumentam junto e se estendem sempre com os sentimentos de cada um deles e crescem com as suas experiências.

– Talvez um dia a noite de Natal não seja tão feliz. Teremos sempre que lidar com a falta de pessoas, queridas...

– Mas isso é o importante. Renascer, reviver e restaurar. Daqui a 20 anos tudo será diferente. Talvez nem estejamos mais aqui, mas o espírito de natal, a união da família, a confraternização, essa nunca poderá deixar de existir.

– É verdade...

– E você, lembra-se se em algum momento fomos tão felizes?

Sorriram um para o outro e beijaram-se. Eram, de verdade, uma família feliz. Por mais que a dor e dificuldade os acompanhassem, a alegria e certeza de estarem juntos lhes garantiam a força para continuar a cada dia com a esperança sempre renovada.