Olhos Azuis

Ciúmes & Desconfiança.


Logo que botamos nossos pés em Hogwarts, senti um alívio tremendo. Eu vinha abraçada com Harry na frente, já Hermione e Ronald vinham um pouco mais atrás. Percebi que Draco me olhava feio, como se fosse explodir a qualquer momento. Não liguei, ele devia estar um pouco bravo por não termos nos falado depois de tudo. Jantamos como sempre, só que agora, o assunto era como Harry Potter derrotou Lord Voldemort. Logo Minerva fez um discurso para agradecer a todos pela boa vontade na guerra, e homenageou os mortos. Mais uma vez chorei quando ela falou de Fred, e percebi que Ronald também abaixou a cabeça.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Vamos, eu estou com sono. – falei, pela décima vez, puxando Hermione e Harry pela camisa. – Vamos, caramba.

– Espera, Clarie. – disse Hermione. Ela se levantou depois de pegar um potinho de Pudim, confesso que lembrei de Luna.

Fomos todos andando para o Salão Comunal, eu e Harry andávamos mais afastados, conversando sobre tudo. Foi quando senti Harry ser arrancado de meus braços, e dei um grito ao ver Malfoy em cima dele.

– Oque está fazendo? Ficou louco? – gritei.

– Era para ela ser minha! Minha! – Draco berrou.

– Oque? – Harry disse, após se levantar e partir para cima de Draco.

– Oque nós tivemos! Não significou nada pra você? – ele gritou.

– Como é? Do que ele está falando, Clarie?

– Aquele beijo não significou nada pra mim! Nada! Eu o amo, Draco! Eu amo Harry! – gritei. Tinha medo que Harry ficasse bravo. Malfoy me encarou com ódio.

– Anote minhas palavras, Potter! Clarisse será minha! – Malfoy berrou, antes de sair andando em direção à algum lugar. Harry parecia querer acabar com tudo.

– VOCÊS SE BEIJARAM? – Harry gritou.

– M-Me desculpe. Foi no quinto ano. – falei, baixo.

– Eu não acredito nisso. – ele respondeu, abaixando a cabeça.

– Por que está tão bravo?

– Por que acabei de descobrir que a menina que eu gosto, beijou o meu segundo pior inimigo! – berrou.

– Harry! Eu amo você, caramba! – gritei. Percebi que ele começava a se afastar, então corri atrás dele. Ele estava andando para fora do castelo.

– Eu já não sei se isso é de verdade. – gritou.

– Como? C-Como pode dizer isso?

– Sempre me pergunto: Como Dolores nos achou na Sala Precisa? – gritou.

– Você não pode estar desconfiando de mim.

– Pois estou. – ele riu, ironicamente. – FOI SUA CULPA!

– NÃO FOI MINHA CULPA! EU DEIXEI QUE ME LEVASSEM NO LUGAR DE UMA TROUXA! – gritei. Eu estava brava. Como ele podia desconfiar de mim?

– FOI O SEU "AMIGUINHO", O MALFOY! – gritou.

– COMO PODE DIZER ISSO? POR ACASO, VOCÊ É PERFEITO? – gritei.

– EU DERROTEI VOLDEMORT, EU TROUXE A PAZ! VOCÊ CAUSA CONFUSÃO, CLARISSE! – gritou, ainda mais alto.

– A PAZ? POR SUA CAUSA, CEDRICO MORREU! – chorei, muito. – POR SUA CAUSA, SIRIUS MORREU! FOI SUA CULPA, SEU IDIOTA! – gritei.

– MINHA CULPA? FICO FELIZ QUE O DIGGORY NÃO ESTEJA VIVO PRA VER ISSO! – berrou, e eu o encarei chocada.

– Como pode dizer isso? Você é um monstro. É pior do que Malfoy.

– Não, eu sou realista. – disse, baixo.

– Tudo isso por causa de um beijo que aconteceu há 3 anos. – murmurei.

– Um beijo que você escondeu de mim. – rebateu.

– VOCÊ NÃO ERA NADA MEU, CARAMBA! NEM HERMIONE SABIA! – berrei.

– SUA MELHOR AMIGA VAI FICAR MUITO FELIZ, TENHO CERTEZA! – gritou.

– Quer saber, Harry? Me esquece. Se você não tem confiança suficiente em mim, acho que isso – apontei para nós dois. – não vai dar certo.

Me virei, indo para a Torre Comunal da Grifinória. Meus olhos já não suportavam a pressão e comecei a chorar ali mesmo. Fui correndo para qualquer lugar, desisti de ir para meu dormitório. Ao certo, alguém estava acordado e veria o meu estado. A Sala Precisa. Era isso oque eu precisava agora.