Games Of Love

Regresso


Sakura voltou mais cedo para casa naquele dia. Algo se remexia dentro dela, lhe deixando ansiosa. Por muito tempo imaginara como seria a volta de Sasuke, mas agora era diferente. Quanto tempo fora poderia ter mudado seu marido?

Ela queria revê-lo. Queria brigar com ele. Sentia-se carente e sorria ao lembrar dos beijos que ele costumava roubar.

Tomou um banho quente e se agasalhou. Puxou uma coberta do guarda-roupas e um livro na estante. Não ficaria lá embaixo à espera dele. Não daria motivos para que ele se achasse.

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As horas passavam e Sakura ia se distraindo. Num dado momento, quando estava bastante envolvida no livro ouviu a porta bater com força e Sasuke gritar “Cheguei!”.

Então Sakura jogou a coberta, o livro e o orgulho para o alto. Saiu correndo pelo corredor, mas quando chegou na escada, parou abruptamente e desceu devagar.

Sasuke abraçou Fugaku e Mikoto. Suas malas estavam jogadas de qualquer jeito perto da porta. Sakura notou que ele estava muito mais bonito que antes se possível.

Hesitou quando chegou sua vez de cumprimentá-lo. Não sabia o que falar. Não queria demonstrar sua saudade, mas também não queria fingir que não se importava.

Sasuke acabou com seu dilema ao abraçá-la e levantá-la em seu colo. Lhe apertou tanto que quase quebrara seus ossos. Sakura sorriu, sabendo que Sasuke não veria e depois gritou:

— Me põe no chão!

O Uchiha lhe obedeceu, mas depois puxou seu queixo firmemente e lhe roubou um beijo.

— Já não era sem tempo, filho — Mikoto falou num tom brincalhão. — Sakura estava sozinha demais sem você. Vivia jogada para lá e pra cá.

Sasuke arqueou uma sobrancelha, rindo sugestivamente.

— É sério, querida?

Sakura negou com a cabeça, sentindo as bochechas corarem, e Sasuke riu.

— Eu estava morto de saudades de casa. Agora sei a barra que meu pai passa nessas viagens.

Depois disso foram para a mesa jantar. Mikoto provavelmente pediria à empregada que fizesse os pratos preferidos de Sasuke e isso lhe deixou mais feliz e convencido ainda.

— Eu sabia que estavam mortos de saudade. Se for pra chegar em casa e ter estrogonofe de frango para comer, vou viajar mais vezes...

— Nem pensar, Sasuke. — Fugaku lhe repreendeu com o olhar, e logo todos estavam comendo e conversando.

Sasuke falava sobre algumas coisas da empresa e umas fugidas que dera quando pode. Isso deixou Sakura insegura e um tanto enciumada. O quanto Sasuke se divertira com outras nas horas vagas?

Com um aceno de cabeça discreto, procurou afastar os pensamentos. Não podia se deixar levar por Sasuke.

A comida estava realmente boa, e a mesa agora muito mais animada com Sasuke, mas não completamente. Sem dúvidas, Itachi fazia muita falta. Era sempre quem descontraia o ambiente. Sakura mais uma vez se perguntou como Mikoto aguentava ficar sem seus dois filhos.

Depois de comer muito Sasuke suspirou e empurrou o prato, pondo a mão em sua barriga. Aquela visão fez Sakura sorrir inconscientemente. Mikoto ria tão abertamente que era impossível esconder sua satisfação.

— Acho que vou me deitar — Sasuke murmurou, bocejando. — Vamos, Sakura?

Sakura assentiu lentamente, se levantando enquanto murmurava um “boa noite” aos sogros, que sorriam tanto que ela desconfiou que estavam com dor nas bochechas. Seguiu Sasuke pelo corredor e o viu entrar no banheiro com sua toalha.

Suspirou e arrancou travesseiros e edredons do maleiro, preparando a casa para que eles dormissem.

Sasuke riu ao desligar o chuveiro. Finalmente estava em casa. Não havia um minuto sequer, desde que viajara, que não sentira falta de Sakura. De um modo ou de outro, acreditava que um tempo distantes seria bom para ambos. Só depois de se distanciar soubera o quanto a Haruno vazia falta em sua vida.

Deitou-se, puxando o cobertor até o peito. No escuro, não sabia se Sakura estava dormindo ou não, mas não fazia diferença. Puxou-lhe para cima, acomodando-lhe em seu peito, e riu quando ela resmungou um pouco.

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— Não seja chata — murmurou, sentindo o cheiro de seus cabelos. — Sei que sentiu minha falta.

Ela remexeu-se acomodando-se melhor sobre ele e riu levemente.

— Talvez — Sasuke acariciou suas costas, lhe sentindo amolecer e respirar pesadamente cada vez mais.

— Boa noite, minha chatinha — Ele murmurou antes de fechar os olhos e mergulhar num sono pesado.