No final existe sempre uma saída
Capítulo 9
Acordei hoje mais cedo que o normal. Fui tomar café. Apenas Sandman dormia tranquilamente na mesa da cozinha. Havia sobre sua cabeça alguns “Z’s” flutuando. Os pequenos elfos tentavam acordá-lo para que pudessem por a mesa.
Ri com a cena.
– Deixem comigo. – falei – Ele deve estar cansado demais.
Eles me olharam como se dissessem um ‘Sério?’ irônico, bufaram e foram buscar as comidas.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Sandy! Sandman, acorde! Vá dormir no sofá! Sandyyyy! – o chacoalhei − SANDMAN! – ele pulou e caiu no chão.
Quase cai também de tanto rir de sua cara.
Um sinal de exclamação apareceu sobre sua cabeça.
– Tudo bem, tudo bem. – ergui as mãos em sinal de rendição – Vai comer?
Ele assentiu e se sentou. Fiz o mesmo.
Os elfos colocaram a mesa, o que foi muito engraçado, pois eles eram menores que a mesa e ficavam pulando para alcançar.
Comemos em silêncio.
– Sandman, aconteceu alguma coisa ontem? Sabe, você dormiu a tarde inteira e dormiu quando voltou ontem à noite.
Ele balançou a cabeça negando.
– Tem certeza? – perguntei. Estava começando a ficar desconfiado quanto a isso.
– E... você sabe se está acontecendo alguma coisa com a Fada? – ele deu de ombros e mostrou um ponto de interrogação sobre a cabeça – É que ela anda me preocupando.
Ele deu de ombros novamente e assentiu.
Tinha uma pergunta que eu queria fazer para ele, para todos eles, mas não tinha motivos para fazê-la. Quer dizer, motivos eu tinha. Eu apenas não sabia como.
– Ahn, Sandy? – ele me olhou – Você, er, está gostando da Elsa? Como amiga?
Ele assentiu e “perguntou” por que.
– Ah, sei lá, eu não sei se ela está gostando tanto de ficar aqui. Acho que ela prefere o castelo, sua irmã e seu reino. Não creio que ela esteja gostando daqui. – olhei pra baixo e sorri.
Ele tentou falar alguma coisa.
– O que?! – perguntei sem entender – Fale mais devagar, Sandman! Já é difícil entender você, quanto mais quando você fala rápido!
Ele parou, me encarou e bufou.
– Pode falar.
Ele começou de novo. Consegui entender algumas coisas. Ele falou para que eu e Elsa construíssemos um castelo (de gelo espero eu) e fossemos morar lá.
– Sabe, Sandy, você pode não falar, mais é o mais brilhante de todos nesse lugar. – ele sorriu.
Alguém pigarreou atrás de mim. Era Coelhão.
– O que quer bola de pelo? – perguntei – Já vi que acordou de mau humor hoje.
– Aproveite Frost, hoje eu estou de bom humor.
Virei para Sandman e sussurrei em seu ouvido: “Vish, tá de TPM!”.
E nós dois rimos feito idiotas até eu levar uma patada na cabeça. Era pra ser um chute, mas como ele é um coelho...
– Vá à merda! – eu ri e me despedi.
***
– Elsa, Elsaa! – sentei na beirada de sua cama – Querida, está dormindo? – não, não idiota. Ela tá acordada não tá vendo não? Cutuquei-a – Acorda pequena. Já está quase na hora do almoço.
Deve estar cansada. Ontem o dia foi... levemente cansativo. Pegaram a ironia, certo? Ok.
– Você precisa comer alguma coisa. Precisamos treinar hoje. De novo. – encarei-a dormir. Como alguém pode ser perfeita até dormindo? Ela era. Aproximei-me de seus ouvidos e falei delicadamente – Tenho uma surpresa!
Ela se mexeu sem abrir os olhos. Eu ri.
– Vamos preguiçosa. Te espero na sala.
Levantei e saí. Sentei no sofá e pensei em absolutamente nada. Pelo menos até eu começar a pensar em algo. Dã! Pensei no Jamie, e se eu iria mesmo jantar em sua casa. Pensei no castelo que faria para mim e para Elsa. Pensei na Fada, no Sandman e no Coelhão. Por que eles estavam tão estranhos ultimamente?
A Fada não parava quieta. Sempre preocupada com suas fadas. O Coelhão andava acordando de “bom-humor” e Sandman dormia o dia inteiro. Norte ainda não mostrou nada fora do normal. E eu, bem, eu só sirvo para me divertir com neve. E para espalhar essa diversão e essa neve pelo mundo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Fada entrou voando feito um beija-flor olhando em tudo quanto é canto da sala.
– O que quer? – perguntei.
– Nada. Tchau, Jack! – voei até ela e a impedi de sair.
– O que está acontecendo? Você tá escondendo alguma coisa de mim e eu sei disso. – ela desviou o olhar – Vamos, o que está acontecendo?
– Não é nada! Eu apenas perdi um ... um ... um dente!
– E você finge que eu sou idiota. O que está acontecendo?! - perguntei com a voz um pouco mais alta.
Ela hesitou e então abriu a boca pra falar. Porém não completou a ação.
– Jack? – Elsa. Fada aproveitou a deixa e foi embora.
– Oi pequena. Vamos almoçar?
– Sim, claro. O que estava acontecendo aqui?
– Te conto mais tarde. – ela assentiu e fomos almoçar.
***
Apenas Norte apareceu para almoçar, e ele estava quieto demais no almoço de hoje. Sorria de vez em quando, mas falava pouco. Só faltava isso. Agora eu e Elsa erámos os únicos que não tinham um problema.
– Me deem licença, tenho que pegar uma coisa no meu quarto. Elsa depois nós vamos pode ser? – ela assentiu.
Quando voltei ouvi os dois conversarem. Sentei no chão do corredor perto da porta da cozinha e fiquei ouvindo a conversa.
– Norte, está tudo bem? Digo, você não costuma ser assim. – Elsa perguntou.
– Está sim, não precisa se preocupar. – ele respondeu.
– Eu já estou preocupada.
– Não, tudo bem eu não quero preocupar você, nem o Jack.
– O Jack não está aqui, aproveite a chance.
– Mas e você?
– Não se preocupe comigo. – ela deve ter sorrido e ele também.
– Eu recebi uma carta, alguns dias atrás, e terminei de decifrá-la ontem a noite.
– E o que dizia?
– Era um aviso. De um antigo inimigo dos Guardiões.
– Breu?
– Como sabe de Breu?
– Jack me disse. Mas é ele?
– É alguém pior. É alguém que originou ele.
Levantei e interrompi a conversa. Ela não estava pronta para ouvir o resto, que nem mesmo eu sabia.
– Bem, vamos? – eles assustaram – O que foi?
– N-Nada, vamos. – Elsa levantou e acenou para Norte que fez o mesmo.
– Certo, nós vamos treinar em um lugar diferente hoje, pode ser?
– Mas, onde? – ela perguntou curiosa.
Não respondi, apenas continuei andando até o lugar em que treinamos ontem.
– Jack, aqui é o mesmo lugar em que treinamos ontem. – ela disse divertida.
– É eu sei, mas não é aqui que nós vamos treinar.
– Não?
– Nope. Olha ao seu redor. – ela olhou.
– Tô olhando. E agora?
– Escolhe o lugar mais bonito ao redor da oficina.
Ela analisou todos os lugares e mostrou um lugar na base da montanha, onde havia uma pequena floresta.
– Ali? Tem certeza? – perguntei.
– Absoluta. – sorri e a abracei pela cintura, pulando pela abertura no chão e indo para a porta da oficina.
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