– Com amor! – arregalei os olhos e tampei minha boca com as mãos. Essa não era minha voz.

Percebi que estavam todos rindo e alternando o olhar de mim para a porta. Olhei para a mesma e vi Elsa rindo alegremente.

– Fui eu que disse isso, Jack.

– Percebi. – e comecei a rir junto com eles.

– Amor você disse? – perguntou Norte.

– Sim!

– Certo, deixe-me pensar em uma coisa... – voltou a andar pela sala.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Elsa veio e se sentou no sofá onde eu estava. E quando eu digo onde eu estava, eu quero dizer onde eu estava. Ela sentou bem perto de mim, e passei um braço por seus ombros.

– HÁ, já sei! Elsa querida, venha comigo, sim?

– Ahn, claro! – ela levantou e seguiu o velho.

– Ai, ai. Jack você devia ter visto a sua cara quando ela sentou ao seu lado. – então Fada e Coelhão continuaram rindo da minha cara.

– Dá pra vocês pararem? Poxa, eu não tenho culpa! Sabem há quantos anos eu conversei desse jeito com uma garota da minha idade pela última vez?

– Ahn... dois anos?

– Não, canguru! Muito mais tempo! – ele me fuzilou com os olhos.

– Então há quantos anos, Jack?

– 300!

Quando eu disse isso eles me olharam com um ‘O’ em suas bocas, o que me fez rir. Rir não, gargalhar.

– Isso é sério?

– Porque não seria, Fada?

– Não sei, é você né! Pensei que fosse um... galã!

Eu parei de rir, apenas para olhar para a cara dela e começar a rir de novo.

– Pare. De. Rir. De. Mim! – a cada palavra um tapa.

– Ok, ok! Pare de me bater! – ela me deu um tapa mais forte no ombro – AI!

– Alguém aí viu o Sandy? – perguntou Coelhão.

– Não! – respondemos juntos.

– Onde ele está? – perguntei me tocando que ele não se encontrava em lugar nenhum da sala em que estávamos.

– Não sei! Não o vi depois da festa!

– Nem eu! – disse preocupado.

Levantei num pulo e saí procurando Sandman pela sala junto com Coelhão.

– Meninos. Meninos se acalmem! Hey! GAROTOS! – nós dois paramos no lugar e olhamos para ela – Vocês estão me ouvindo?

– Sim! – disse isso e voltei a procurar.

– Ahan... – Coelhão colocou a cabeça para fora da sala e olhou para os dois lados logo voltando para dentro.

– É claro que estão! Estão fazendo tudo menos isso! HEEEEY! – desta vez nós paramos e a olhamos. Ela estava parada em cima da mesinha de centro batendo um pé no chão e com as mãos na cintura – Jack, que horas são?

– Sei lá, já deve estar de noi-aaaah! – exclamei olhando para ela.

– Está de noite é? – ela disse debochada.

– Está sim! – falou Coelhão.

– Ele está trabalhando, gênio! – disse pra ele.

– Gênio o caramba! Você também não tinha percebido!

– Mesmo assim.

– Meninos! Parem de brigar por um minuto! Se me permitem eu vou para o meu quarto! Tenho que ver como minhas fadinhas estão lá em casa!

– Ok, ok. Boa noite! – falou o coelho se sentando no sofá.

– Boa noite! Jack?

– Noite! – disse e me sentei em uma poltrona.

Ela saiu e nós dois nos encaramos.

– Não pense que te dei uma trégua! – ele me olhou confuso.

– Eu nunca te dei uma trégua garoto. – eu sorri.

– Idiota! – falei.

– Imbecil! – ele retrucou.

– Canguru!

– Pivete!

– Dentuço!

– Não pega ninguém!

– Felpud... EPA! Qual é! – o fuzilei furioso.

– HÁ! Ganhei! – ele sorriu vitorioso.

TOC TOC TOC

– Phil! Você por aqui! – levantei e fui até ele.

O ieti me olhou bravo e me deu um tabefe fraco, o que para um bicho daquele tamanho me fez cair no chão. E com minha queda maravilhosa o canguru começou a rir de mim, sendo acompanhado pelo ieti.

– O que faz aqui? – perguntei para ele.

Ele entregou um bilhete para o Coelhão.

– O que diz aí canguru? – levantei e recebi um insulto.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Norte disse para irmos dormir. Segundo ele a garota precisa descansar.

– Elsa tá!

– Tá, tá, tanto faz!

– Ela tem nome, portanto a chame por esse!

– Ela é uma garota ou não? – confirmei – Então tanto faz! – bufei – Realmente, depois que você apareceu aqui com ela eu consegui por na minha cabeça que você é homem!

– EI!

Ele começou a rir e foi para o quarto, eu fiz o mesmo. Tomei um bom banho, gelado é claro, e me preparei para dormir. Deitei na minha cama e deixei o sono chegar. O que, devido às circunstâncias não demorou a acontecer.

***

Acordei no outro dia com a doce voz de Elsa. Ela estava sentada na cama, passava as mãos em meus cabelos e sorria.

– Bom – bocejei me sentado na cama – dia!

– Bom dia, Jack! Dormiu bem? – ela sorriu e levantou.

– Dormi! Teria dormido melhor se você tivesse me dado um ‘boa noite’ ontem.

Ela riu e depois olhou pra minha barriga. Eu estava sem camisa. Isso explica duas coisas. A primeira era o olhar. Seus olhos eram indecifráveis. A segunda era o pulo que ela deu para se levantar na hora que eu sentei. Ah, e eu tenho tanquinho para deixar claro.

– Elsa? – ela me olhou – Cansou de olhar não?

Ela arregalou os olhos e corou.

– D-Desculpe! – ela olhou pro chão.

– Tudo bem, eu estava só brincando! – levantei dela e me aproximei.

Ela me encarou. Eu a abracei.

– Jack? – chamou.

– Sim? – perguntei.

– O que você está fazendo?! – eu sorri entre seus cabelos.

– Te abraçando?

– Eu sei! Mas por quê?

– Não quer que eu te abrace? – me soltei dela.

– Não é isso! – eu levantei uma sobrancelha – É que você é... ahn, forte...

Ela corou violentamente ao final da frase.

– Certo, então eu vou me trocar. – ela assentiu – E obrigado!

Ela sorriu e disse que me esperava na cozinha. Peguei uma camiseta preta e coloquei a mesma. Sai do quarto do jeito que estava. Encontrei Elsa andando no corredor indo para a cozinha e a abracei. Ela pulou no lugar e se virou pra mim.

– Com se trocar você quer dizer colocar uma camiseta?

– Sim. Algum problema com ela?

– Não, nenhum.

– Ok então. Vem, vamos comer. Estou morrendo de fome! – ela riu.

– Óbvio, senão não seria o Jack que eu conheço.

– Ei, eu não sou tão guloso assim!

Ela riu e pegou na minha mão, e fomos tomar café.

***

– Bom dia meninos! Bom dia Elsa! – Fada surgiu da porta da sala.

– Bom dia! – exclamei.

– Bom dia, Fada! – Elsa falou.

– Dia! – Norte que estava analisando a lista dos mal criados respondeu.

– Coelhão? – ela perguntou esperando a resposta.

– Bom dia!

Sandman apareceu pela porta e sentou na poltrona ao lado de Norte.

– Sandman, por que você saiu ontem sem avisar ninguém? – Fada perguntou.

Ele deu de ombros e sobre sua cabeça apareceu um ponto de interrogação.

– O que vão fazer hoje, pessoas?

– Eu tenho que terminar de escolher as crianças que não deviam estar na lista dos mal criados e depois tenho que analisar os presentes que elas querem de natal.

– Ah, Norte, me tire dessa lista então! – ele me olhou como se dissesse: “Não acho que o mal criado recordista deva sair do seu lugar.” - Ok, não precisa se não quiser!

– Então tá. Coelhão, Jack e Elsa, o que vocês vão fazer?

– Não tenho planos para hoje. Na verdade eu não tenho planos para nenhum dia. Não sei exatamente qual a minha função aqui. – Elsa disse.

– Bom, eu vou ajudar ela a treinar. – com o que eu disse Norte tirou os olhos da lista e entregou para Elsa um pacote.

– Isso é uma e-espada?! – ela disse ao abrir o presente.

– Sim, é. Na verdade não. É quase que uma adaga, só que maior. – expliquei.

– Ah, certo. Obrigada! – ela sorriu.

– Jack pega leve no treino viu. – Fada me alertou.

– Sim, mamãe! – todos riram.

– Eu vou dormir o dia inteiro. E pela cara de Sandman vou ter companhia. – Coelhão falou e se retirou, sendo seguido por Sandman.

– Norte, vou para minha casa, tenho que checar tudo por lá. – o velho assentiu.

– Vou pro meu escritório. Até mais.

– Até. – Elsa se despediu.

– Então, vamos?