Nós dois estávamos tão entretidos nessa conversa que nem percebemos que as paredes do quarto estavam congeladas, assim como as correntes que a prendiam. Ela puxou as mãos e as correntes quebraram, guardas apareceram, mas o teto desabou, e nós dois fugimos pela janela que eu havia quebrado.

Ela saiu correndo pelo mar congelado, mas, com a nevasca muito forte nós nos separamos. Quando finalmente a encontrei, ela estava caída no chão, Hans se aproximando dela pelas costas com a espada em mãos, e, antes que eu piscasse, ele a ergueu, mas Anna entrou na frente dele, ficando entre Hans e Elsa. Eu congelei a lâmina de sua espada, e Anna virou gelo. Quando a espada bateu em Anna, ela quebrou, lançando Hans longe.

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Elsa percebera a irmã congelada e então a abraça e chora. Mas Anna descongela, e abraça Elsa. Finalmente elas se entenderam.

– Um ato de amor verdadeiro pode aquecer um coração congelado! – murmura Olaf.

– Amor! – então Elsa olha pra mim – É isso, o amor pode descongelar o inverno!

Eu sorrio, e ela então descongela tudo, traz o verão de volta.

Eu digo a ela que viesse falar comigo depois que resolvesse tudo com sua irmã. Então ela se aproxima e nós vamos para um lugar onde não possam nos ver.

– Elsa, eu vou ter que voltar agora. Minha missão está cumprida. O inverno eterno chegou ao fim.

Ela olha pro chão, mas eu a faço olhar pra mim.

– Se você quiser ir junto comigo, acho que meus amigos a receberiam bem.

– Isso é sério Jack?

– Sim.

– Eu não sei...

–Vamos, diga que você vai fazer uma viagem. Eu trago você depois.

– Certo. Vou avisar os outros. Espere aqui.

Ela saiu, mas voltou uns quinze minutos depois.

– Vamos, Jack?

Eu mexi a cabeça concordando e a segurei pela cintura, puxando-a para perto de mim.

– Vento! Me leve para a oficina do Norte! – chamei.

Então nós voamos, e pousamos na entrada da oficina. Eu passei pelos meus amigos ietis e entrei.

– Hey, Phill! – acenei para um dos ietis que me barraram uma vez.

– Uau... – era Elsa. Ela olhava maravilhada para todos os lados.

– Legal né?

Ela concordou.

– Todos eles existem mesmo? Sabe a Fada do dente, o Coelho da Páscoa e o Papai Noel?

– Sim, até mesmo o Sandman.

– Legal!

Chegamos à sala do globo, os quatro olharam para mim e sorriram, menos o Coelhão, que apenas resmungou uns insultos. Depois todos notaram Elsa, que se escondia atrás de mim.

– Bem vindo de volta, Frost! Quem é ela? - perguntou Norte.

– A rainha Elsa, de Arendelle.

– Certo. Olá, er Elsa, meus elfos levarão você para um quarto. Seja bem vinda.

Elsa seguiu os pequenos elfos e desapareceu de vista. Eu entrei na sala e todos me encheram de perguntas.

– O que ela está fazendo aqui?

– Como foi a sua missão?

– Descongelou Arendelle?

– Primeiro quem causou o inverno foi ela, mas no final ela o desfez também. E bem, ela veio comigo porque eu pedi que viesse. Norte, eu acho que ela daria uma ótima...

Fui interrompido pelo Homem na Lua, que iluminou a sala e “disse” que mais alguém seria reclamado como Guardião. E esse alguém teria poder do inverno.

– Jack, você sabia disso? - perguntou Norte.

– Não. - respondi

– Chame ela lá no quarto. Vamos conversar com ela sobre isso.

Fui até o quarto e a chamei. Ela estava brincando com as Fadinhas e com os pequenos elfos, mas veio comigo. Quando nós voltamos para junto dos outros pediram para que ela sentasse no sofá, e uns elfos trouxeram um copo d’agua para ela. A Fada sentou ao seu lado e ela se encolheu um pouco, mas logo relaxou. Norte pigarreou.

– Elsa, né? - ela concordou – Você já ouviu falar no Homem na Lua?

– Não...

– Bom, ele nos escolheu como Guardiões, e agora, ele escolheu você, aceitaria ser uma Guardiã?

– E-eu... uma Guardiã?

– Sim, sim! – disse animada Fada.

– Mas eu tenho Arendelle, e minha irmã...

– Elsa, passe o trono para sua irmã, ela e o tal de Kristoff. E tem ainda o Olaf. Não se preocupe quanto a isso. E você vai poder visitar eles do mesmo jeito... – eu disse tentando parecer calmo, mas por dentro eu estava bem ansioso para saber se ela aceitaria.

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– Eu acho que... acho que... não teria problema nenhum, não é mesmo? - ela sorriu, não tanto quanto eu, mas sorriu.

Eu comemorei internamente, e então o brilho da Lua dominou a sala. No chão, o nome Elsa aparece escrito. Ela foi até seu nome e pisou nele. O Homem na Lua entrou em ação, e Elsa começou a, flutuar. Uma luz a envolve, e quando ela se apaga Elsa está no chão novamente, com a mesma aparência.

– Elsa, está tudo bem? - pergunto preocupado.

– Está tudo ótimo! – ela diz e sorri para todos.

– Que bom!

– Certo, que tal você ir falar com a sua irmã, e quando você voltar nós deixamos tudo oficial? Certo, Norte? - pergunta o Coelhão.

– Sim! Jack, leve ela até Arendelle, resolvam tudo por lá, e depois vocês dois voltam, ok?

– Certo, vamos Elsa?

– Vamos! – ela segurou na minha mão, uma coisa que me surpreendeu, e seguimos para a porta da oficina.

– E então, como se sente agora que é imortal?

– Maravilhosamente bem!

– Que bom.

Chegando à porta, chamei o vento e fomos para Arendelle.