Narração por Katherine Mackenzie

Eu estava dançando tranquilamente com meu amor, quando ouvimos um grito:

– QUEM VOCÊ ACHA QUE É PRA BEIJAR A MINHA GAROTA? - tudo bem que o Sirius quando bebe fala coisas sem sentido. Mas quem seria a garota dele? Pelo que eu sei, ele quer morrer sem nunca ter namorado sério..

– O que? Eu estou ficando com a Marlene. Ela só é a sua garota nos seus sonhos. O que você quer, seu bêbado? Já não cansou de causar confusão por hoje não? Já ficou até com garota comprometida! – pro espanto de todos, e pro queixo de Marlene cair, a garota dele era Marlene McKinnon, só que ela não havia sido informada disso.

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E Sirius tava caindo de bêbado. Pro espanto maior de todos, Bryan estava calmo, evitando brigas. É isso que mais admiro nos Corvinais. Primeiro pensam, pra depois agir.

Nessa hora, Sirius avançou sobre o tal do Bryan, mas James o segurou bem a tempo.

– Bryan, desculpe. Ele está bêbado, não sei do que está falando. Sirius, você esqueceu de me comunicar que eu era a sua garota. – houve risos – Agora James e Remus, será que vocês podiam levar o nosso amigo Black pro dormitório? Ele já se divertiu bastante por hoje.

– Me espere aqui, vou ajudar o James a levar o Sirius lá pra cima.

– Ah, tudo bem, amor.

– Vamos, Sirius. Já foi o suficiente por hoje.

– VOCÊ ME PAGA, SEU SAFADO NOJENTO!

– Alguém poderia me explicar o que está acontecendo aqui? – lascou. A tia Minnie, ou melhor, a professora McGonagall chegou. E como ninguém respondeu...

– Katherine, pode me explicar porque ninguém da Grifinória está no jantar nesse momento? O professor Dumbledore me pediu pra saber o que está acontecendo, já que uma mesa inteira está vazia e todos estão curiosos pra saber o motivo.

– Professora, sinto muito. Todos ainda estão comemorando a vitória da Grifinória hoje pela manhã, e o Sirius aqui, ele exagerou...

– Vocês têm consciência que o acesso às cozinhas de Hogwarts é proibido pra estudantes?

– Sim, senhora.

– Muito bem, então. Não vou retirar pontos de vocês, a vitória foi brilhante hoje. – todo mundo riu aliviado – Mas não me aprontem outra dessas. Se alguém quiser ir jantar..

– Não, obrigado.

– Ah, tudo bem. Então acabem com essa festa agora, pro bem de vocês. Alunos de outras casas, seria melhor se vocês voltassem pros seus salões comunais. – ela disse, já que tinha umas cinco meninas da Corvinal, uns 8 meninos da Lufa-Lufa, e o namoradinho da Marlene na nossa festinha – Tenham uma boa noite.

– Ah, desculpa mais uma vez, Bryan.

– Tudo bem, você não teve culpa. – Marlene riu.

– Boa noite, então. E até amanhã.

– Boa noite, linda! – daí eles estão se despedindo de uma forma não-verbal. Acho melhor não atrapalhar.

Deixe-me ver o que a Lily está fazendo.. Ah, muito bem. Garota comportada. Tirou um menino bonitinho do quarto ano pra dançar. E quando a música parou ela simplesmente disse tchau e ah...

– Hey, Katie. Que tal a festa?

– Ótima, e a sua, Lils?

– Perdi muito tempo sentada. Podia ter aproveitado mais. Mais umas três músicas e eu ficava com esse menino, ele é bonitinho..

– Ele faz quarto ano.

– Ele é mais novo?

– Aham..

– Merlin, tia Minnie chegou na hora certa. Eu sou tudo, menos pedófila.

– HAHAHAHAHAHA! – começamos a rir.

– Oi meninas, estão rindo de que?

– Hey, Marlene. Eu não sabia que você era a garota do Sirius.. – disse Lily.

– Nem eu. – eu completei.

– Sabe que nem eu? – ela disse, mas exibia um sorriso bobo no rosto, o mesmo de todas as vezes em que alguma coisa muito boa acontece. Rimos mais ainda.

– Esses garotos quando bebem...

– Esses garotos, é Lily? Então foi isso que deu no James.. Bebida! Fazia tipo, uns sete meses que ele não ficava com qualquer menina nessas festas de comemoração da vitória de Quadribol...

– E ele nem chamou você pra dançar!

– Ah, é. Acho que tenho outra história pra contar pra vocês...

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Narração por Sirius Black

Tudo está rodando. Minha cabeça está girando. Quero abrir os olhos, mas isso também dói bastante.

– Gente, o Sirius tá acordando.

– Hey, seu cachorro pulguento, idiota e bêbado.

– O que aconteceu? – foi tudo o que eu consegui perguntar.

– Quer dizer que a moça não se lembra de nada? – eu balancei a cabeça negativamente.

– Começa você, Pontas.

– Eu não tenho nada a dizer.

– Deixa que eu falo! – disse Aluado – Você está dizendo que não lembra que beijou cinco garotas diferentes e a quinta tinha namorado? – eu balancei a cabeça negativamente outra vez. Mas isso doeu. Bastante.

– Pois é. Foi isso aí. Daí ele veio brigar com você, porque você meio que pegou a menina enquanto ela estava distraída, e ela correspondeu seu beijo pensando que você era o namorado dela. - E cadê ele?

– Na Ala Hospitalar. Foi uma briga feia, e você mesmo bêbado o prejudicou...

– Quem é ele, afinal?

– Karl Gibson, do sétimo ano.

– Caralho, ele é legal.

– Agora ele quer vingança, toma cuidado.

– Eu só faço merda quando bebo..

– E quando está sóbrio também.

– Muito engraçado, Rabicho. E o que mais?

– Essa parte agora nós queremos a sua explicação. Bem, você viu a Marlene se agarrando com o tal do Bryan não sei das quantas, e começou a gritar. Algo como “QUEM VOCÊ ACHA QUE É PRA BEIJAR A MINHA GAROTA?” Daí todo mundo se calou pensando que fosse mais uma de suas loucuras de bêbado, e que ia haver outra briga...

– Mas o cara respondeu calmo pra você, acho que é o fato dele ser um Corvinal. E daí a Lene pediu pra que nós trouxéssemos você pra cá. E ah, ela também disse que você esqueceu de avisar a ela que ela era a sua garota...

– Eu fiz tudo isso mesmo? – não tinha como fugir. À medida que Remus falava, eu ia lembrando tudo. E a Lene provavelmente está me odiando agora. Que droga!

– Tudo isso. Daí a tia Minnie chegou e acabou a festa. Quase você leva outra detenção. Se ela descobrir o que você fez com o Karl, considere-se expulso!

– Merlin! O que eu vou dizer pra Lene?

– Que você é um bêbado inútil, e que você promete que não vai mais beber nessas festinhas e fazer seus amigos de babá de bêbado!

– Foi mal, gente. Agora me deixa dormir mais, que minha cabeça tá estourando!

– Sabe, a tia Minnie chegou na hora certa. Acho que mais umas duas músicas e a Lily ficava com aquele trombadinha...

– E se tivesse ficado? Você não ficou com uma Grifinória e uma Corvinal na frente dela só hoje?

– Foi, mas...

– Eu tenho os amigos mais idiotas de todo o mundo...

– Afinal, de que lado você está, Aluado? – perguntou James zangado.

– Do lado da razão, meu caro Pontas. – acho que o James respondeu alguma coisa, mas se ele respondeu, eu não cheguei a saber, porque dormi no momento seguinte.

Narração por Marlene McKinnon

Domingos são sempre legais aqui em Hogwarts. E isso é um programa de TV. Só que esse domingo, particularmente, não será.

Pra começar, acordei às oito da manhã, em um domingo! Katie, Lily, Lucy e Alice ainda dormem. Vou banhar e tomar café, então.

Merlin, o que vai acontecer hoje? Será que o Sirius vem falar comigo? Essa vai ser realmente engraçada..

Bom, ainda não tem quase ninguém tomando café, e já estou aqui há meia hora. Olha só quem chegou, é o Bryan!

– Bom dia, Lene.

– Bom dia, Bryan!

– Vamos passar o dia juntos, hoje?

– Eu não sei.. Tenho deveres acumulados, acho que vou à biblioteca com as meninas. De qualquer forma, eu procuro você quando acabar. Isso deve acontecer ao fim da tarde, não suma!

– Pode deixar, senhorita McKinnon. Estarei à beira do lago quando a tarde estiver acabando, esperando por você! – ele é tão fofo! – Me diga mais uma coisa. O Black falou com você?

– Não, não falou.

– Acho melhor você evitá-lo. Ele é destruidor de casais, você viu o que aconteceu com o pobre Karl e a Jessy. Eles estão namorando há dois anos. Espero que o namoro não acabe por causa das loucuras do Black.

– É, também espero. De qualquer forma, não sei se será fácil evitá-lo. Temos amigos em comum.

– Você é quem sabe. Só estou avisando, se ele vier com gracinhas pra cima de você, eu juro que..

– Calma, Bryan! Eu sei me cuidar.. – rimos.

– É só que.. Eu gosto muito de você e..

– Eu também gosto de você. Vem cá, seu bobão. – falando isso, eu o beijei. Foi mais ou menos nessa hora que chegaram Lily, que parecia irritada. Deu pra entender.

O Remus estava com a Katie, o Peter com a Lucy, o Sirius não estava e sobrou o James pra ela que falava sem parar enquanto ela revirava os olhos.

Ele fica tão idiota perto dela. :~

– Bom dia, Lene! – todos eles falaram em coro.

– Nossa, que coral. Bom dia, pessoas. Cadê o Sirius?

– Ainda não levantou. Vai acordar com tanta dor de cabeça..

– Bem feito pra ele.

– Ah, bom dia Bryan! – Lily cumprimentou animada – Você sabe onde está o Jack? – James fechou a cara.

– Ele ainda não desceu..

– Ah... – ela pareceu triste.

– O que você quer com esse Jack? – ele perguntou.

– Ele é meu amigo e nós... horas, eu não devo explicações a você.

– Já que seus amigos chegaram, Lene, vou sentar ali...

– Não seja tolo. Eles são três casais, não quero ficar de vela. Sente-se comigo.

– Correção: eles são dois casais. Eu e o James não somos um – Lily parou a discussão com o James pra dizer isso.

– Correção: é só um casal. Eu e Lucy também não somos um casal. – disse Peter.

– Ah, desculpe Lily. Desculpe, Peter. Por um momento esqueci completamente! – eu disse, rindo.

– Eu e você só não somos um casal porque você não quer! Aliás, Ruivinha. Você quer sair comigo? Que tal uma volta por Hogsmead sábado?

– Obrigada, Potter. Mas eu já tenho par.

– Horas, desmarque! Você não vai mesmo me deixar ir sozinho, vai? – ele perguntou fazendo aquela cara de cervo abandonado.

– Você não ficará sozinho. Pode ir com qualquer garota.

– É, mas infelizmente a única que eu quero insiste em me rejeitar.

– Não seja ridículo, James! – Lily completou – Bryan, é sério. Sente aqui conosco!

– Ah, tudo bem, Lily.

– Lily! – ela se virou rapidamente, ao perceber que era o Jack, sorriu.

– Bom dia, Jack!

Eu juro que ainda quebro esse cara – James disse pro Remus, mas eu ouvi.

– Calma. Respira!

– Esse Potter não vai causar problemas pro meu amigo, não?

– Quê? Ah, Bryan. Relaxa. A Lily sabe o que tá fazendo.

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– Hum... Mas ele e o amigo Black dele são desequilibrados, você sabe. Tem gente que diz que pra chegar na Lily agora tem que ser muito corajoso. Você viu o que aconteceu com o Anthony Bones da Lufa-Lufa.

– É, acho que o problema dele é ser apaixonado, mesmo. – Lily e Jack conversavam animadamente, agora.

– Senta aqui comigo, Jack!

– Ah, obrigado, Lils – ele olhou de forma assassina pro James, que retribuiu esse olhar.

– Katie, Lily. Vamos estudar hoje, não vamos? Temos umas tarefas acumuladas..

– Ah, claro que vamos, não é Lily?

– É... Que eu tinha marcado de passar o dia com o Jack e..

– Não deixe de estudar por minha causa! Eu e o Bryan esperamos vocês duas terminarem. Aliás, faríamos qualquer coisa por qualquer uma de vocês.

Lily e eu rimos. Katie ficou vermelha. James deu um soco na mesa, e Remus parecia zangado.

– Você está namorando, Katherine? Tenho um amigo que ficaria encantado em te conhecer e..

– Sim, ela está namorando! E o namorado dela é ciumento, não me meteria com ela se fosse você! – disse Remus.

– Estamos namorando?

– Já que você tocou no assunto, eu estava tentando reunir coragem pra perguntar. Como sempre dizem, a melhor hora é agora. Eu sei que não é exatamente romântico, mas você me entende. Enfim. Katie, você quer ser minha namorada? – ela abriu um sorrisão.

Claro que eu quero! – daí eles se beijaram.

– Agora vamos, garotas. Temos muito que fazer hoje na biblioteca. – ela disse.

– Tchau, garotos!

– Tchau! – eles responderam. Rapidamente, Jack e Bryan levantaram ao perceber que eram dois Corvinais à mesa da Grifinória

Narração por Remus Lupin

O dia passou agitado. Com Lily, Marlene e Katie na biblioteca aproveitamos pra passar o dia ‘à La Marotos’, como não fazíamos há algum tempo. Sirius acordou com dor de cabeça, e com vontade de se divertir.

Então fomos atrás de azarar o Ranhoso, digo, o Snape. Depois que ele saiu com os cabelos cor-de-rosa, com as cuecas encardidas por cima de todas as roupas, jurando vingança e o irmão do Sirius saiu com os cabelos verdes, ameaçando contar tudo pra tia Mãe-Do-Sirius, fomos almoçar.

Assim que chegamos, encontramos as meninas de cabeça baixa, falando baixinho e rápido. - Vocês querem ouvir?

– Seria ótimo.

– Rabicho, você vai no meu bolso como rato. Assim todo mundo cabe embaixo da capa. – no momento seguinte estávamos ouvindo uma conversa bastante interessante.

Então você acha que o Sirius virá falar com você?

– Se bem o conheço, ele vai tentar se desculpar. Sinceramente, não faz diferença pra mim. Ele bêbado é mais inútil que o Ranhoso. – elas riram.

– Falar em Ranhoso, Lily. Vocês não voltaram à velha amizade? Ele não era seu melhor amigo? – olhamos pro James, que estava com a boca aberta, de choque.

– Éramos, mas não voltamos a ser amigos. Não depois que ele me chamou de sangue-ruim, vocês sabem. Ele veio pedir desculpas, ameaçou dormir no chão, à porta do Salão Comunal. Então fui falar com ele, e bem, não adianta mais disfarçar. Ele escolheu o caminho dele e eu o meu. Ele pretende ser um Comensal da Morte e nem nega! – agora todos nós tínhamos expressões de choque no rosto.

Sempre achamos que o Ranhoso fosse inútil e covarde demais pra qualquer coisa, quanto mais Comensal da Morte de Voldemort!

– E eu, serei Auror. Quero ver quando eu estiver numa luta, o que ele fará...

– Defender a sua amada e correr o risco de morrer nas mãos de Voldemort ou atacar você. Que decisão difícil – Katie disse.

– Eu não sou a amada dele!

– Pelo amor de Merlin, Lily! O jeito que ele olha pra você, o ódio dele pelo Potter. O Snape ama você, há séculos. – James agora tinha os olhos arregalados e a boca aberta.

– Problema dele. Eu, sinceramente, não sei o que fiz pra merecer! Primeiro o James, agora ele..

– Nem vem! O James é muito melhor que ele – disse Lene.

– Prefiro o Jack! – o sorriso que James havia dado quando o nome dele foi citado, agora sumiu.

– O Jack é fofo e tal. Mas você e o James são muito mais!

– Não vamos falar sobre isso, ok? Não quero brigar outra vez. Aliás, que tal terminar logo essas tarefas? Tenho um encontro hoje com o Jack!

– E eu com o Bryan! – James e Sirius fecharam a cara.

– E eu com o Remus! – já eu, ri abertamente.

– Katie, você e o Remus são absolutamente perfeitos! Finalmente vocês estão namorando! – ah, eu sei, eu sei!

– Eu sei. Eu o amo tanto, vocês nem conseguem imaginar..

– Claro que conseguimos. Você quase nunca se apaixona, é óbvio que nós percebemos.

– Gente, uma dúvida..

– Diga, Lily.

– Sendo meu primeiro encontro com o Jack hoje, será que eu devo deixá-lo me beijar? – James fechou os punhos. Eu não imaginava que elas falavam até sobre coisas como essa!

– NÃO! – as duas responderam rapidamente.

– Não?

– Não! Ele vai pensar que você é muito fácil. Veja com o Anthony e com o Fábio, que você beijou no primeiro encontro. Veja o resultado..

– hahahahahahahaha! – elas começaram a rir, e nós não entendemos o motivo.

– Não é difícil de lembrar, o Anthony pediu pra namorar comigo e acabou indo pro fight com o James, e o Fábio me traiu com aquela garota depois de dois meses juntos!

– Você chorou por uma semana! – disse Lene.

– Claro! Se o Remus me traísse, eu também choraria por uma semana.

– O Remus nunca faria isso..

– Eu sei que não. Mas eu também nunca imaginei isso do Fábio. Quer dizer, ele dizia que te amava!

– E eu também o amei. Amei muito. E acho que essa foi a minha maior decepção. Mas veja bem, já haviam me alertado que ele fazia isso com todas as namoradas, por que comigo seria diferente? Mas eu era boba, muito boba. Pensei que podia mudá-lo. Haha! Deu nisso. Agora eu tenho problemasenormes pra confiar nas pessoas.

– No James, por exemplo.

– Ah, nem começa, Katie. O James é gostoso, - ele abriu a boca espantado, mas começou a rir em seguida. Sirius deu um tapa nele pra ele se calar – mas eu não cometeria o mesmo erro duas vezes. Ter levado chifre uma vez já foi suficiente, não preciso passar pela mesma situação duas vezes pra aprender.

– Mas quem te garante que ele vai te trair?

– Marlene, estamos falando de James Potter! Mesmo com esse discurso maravilhosamente ensaiado de ‘eu te amo e estou apaixonado’ ficou com Samantha Watson, Mandy Adams e aquelas duas pobres vítimas ontem que eu não sei o nome. Tudo isso em menos de dois meses. Cada uma delas na minha frente. E é assim que ele espera que eu acredite no discurso dele. – todos olhamos pra James, ele abaixou a cabeça e passou a encarar os próprios pés.

– Mas ele teve o que mereceu.. “JAAAAAAAAY!” – Marlene imitou a voz de Mandy

– HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! – elas começaram a rir.

– Vocês já mandaram corujas informando que não vão pra casa no Natal?

– Não. Eu deveria?

– Deveria, Lily. Vamos pra casa do James!

– O que? Merlin! Eu tinha me esquecido.

– Acho bom que você não esqueça. Não vai querer fazer essa desfeita com seus sogros.. – James riu igual criança, Lily fechou a cara.

– Merlin me livre... Merlin me livre!

– HAHAHAHAHAHAH – elas recomeçaram a rir.

– CDR! – disse Lily

– CDR?

– Crise de Riso. – ela disse, meio envergonhada.

– Ah, entendo. Gostei! HAHAHAHAH... CDR!

– Agora, vamos estudar, finalmente?

– Sempre você pra estragar os bons momentos, Katie – elas falaram em tom divertido – Vamos logo, antes que a Monitora nos dê uma detenção!

(N/A: saca só o CDR no meio do capítulo. MAUAHAHAHAH. Quem já falou comigo no MSN sabe do que tô falando. CDR domina, falou? E nasceu aqui em SLZ e vai espalhar pelo Brasil e depois dominar o mundo, ‘cause I’ve got the power! Hahahaha. Haha. Ha. Não foi engraçado. Sem CDR. Whatever.)

Narração por James Potter

Então era isso. Lily ia sair hoje com o tal do Jack, mas não ia beijá-lo. Pelo menos isso.

– James, você está pronto?

– Só mais um minuto. – estamos indo treinar quadribol. O próximo jogo é Grifinória X Corvinal, e será um pouco antes do Natal.

– Remus, você não vem conosco?

– Ah, tudo bem. Estarei à beira do lago esperando Katie. Você vem, Rabicho?

– Sim, vou sim. Estou esperando a Lucy, depois nós descemos.

– Hey, Peter. Você e a Lucy vão continuar só na conversa? – perguntou Sirius.

– Não sei, ainda...

– Estou pronto, podemos ir? – assim descemos eu e Sirius em direção ao campo de quadribol, Remus e seu livro em direção a beira do lago e Rabicho e Lucy em direção às arquibancadas. Estávamos treinando várias formas de ataque e bloqueio, mesmo com o tempo fechando, estava sendo um ótimo treino.

Eram umas quatro e meia da tarde quando vi aquele Jack e aquele Bryan descendo em direção à beira do lago. Eles cumprimentaram Remus, e depois ficaram em silêncio.

Continuei treinando, dando o melhor de mim, pra eles verem que é que manda nisso aqui! Esse Jack vai jogar contra mim no mês que vem e vai se arrepender de ter mexido com a minha Lily!

Quando o sol já estava se pondo, e já devia ser um pouco mais que cinco da tarde, aparecem Lily, Katie e Marlene. Rindo de alguma coisa, felizes. Parei no ar uns instantes pra observar. Katie beijou Remus. Marlene beijou Bryan. Lily beijou Jack, no rosto.

Fiquei tão feliz, que quase levei um balaço.

Acorda, Pontas. O jogo é aqui em cima, não lá em baixo!

– Foi mal, Almofadinhas. – então recomecei a voar, e voltei a dar o melhor de mim.

Cinco minutos depois, meu fã clube chegou pra fazer companhia ao fã clube do Sirius que já estava ali há dez minutos.

LIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIINDO!

EU TE AMO, JAMES!

CASA COMIGO, SIRIUS! – não pude deixar de sorrir pro fã clube. Elas são tão dedicadas! Quando eu sorri e acenei, elas recomeçaram a gritar.

AAAAAAAAAH! ELE SORRIU PRA MIM!

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ELE ACENOU PRA MIM!

CLARO QUE NÃO, FOI PRA MIM! – parei uns minutos pra ouvir a discussão.

– JAMES! Dá pra prestar atenção no jogo?

– Foi mal... Foi mal! – voltamos a treinar. Quinze minutos depois apitei.

– VENHAM AQUI! – o time voou ao meu encontro – Vocês voaram muito bem, hoje! Se continuarmos assim, vamos massacrar a Corvinal, e a taça é nossa!

– UHUO! – meu time é o mais barulhento possível e começou a gritar. A plateia aproveitou disso pra recomeçar as manifestações.

LINDO! – olhei pra baixo, e vi que Remus e Katie namoravam embaixo de uma árvore, Peter e Lucy conversavam à beira do lago, Marlene e Bryan estavam se agarrando em baixo de outra árvore, e Lily e Jack conversavam animadamente, deitados na grama, observando o céu que estava escurecendo.

Por alguns instantes, me imaginei no lugar dele, deitado com a Lily, observando o céu.

– Paciência, cara. Sua hora ainda vai chegar – disse Sirius, como se tivesse lido meus pensamentos. Porém pude perceber que ele não desviava os olhos de Marlene e mantinha uma expressão mal-humorada.

– Paciência é o que tenho, não é? Já faz um ano.

– Assim vai ter mais graça. – ele disse e riu. Eu suspirei.

– Vamos pro vestiário. – sinceramente, tudo aquilo já estava me desgastando há um ponto que tinha vontade de gritar.

Gritar pro mundo, pra ver se desse jeito aquela Ruivinha me entende de uma vez e para de me torturar. Mas ao invés disso, tomei um banho frio e troquei de roupa.

Em vinte minutos, estávamos nos juntando aos nossos amigos, que continuavam fazendo as mesmas coisas, embora já estivesse escuro.

– Boa noite! – eu e Sirius cumprimentamos.

– Boa noite, capitão. Boa noite, batedor. – elas responderam. Esse Jack voltou a me encarar. O que ele quer? Tá me achando bonito, é?

– Vamos jantar? – perguntou Lucy - É uma boa ideia. – disse Peter.

– Foi um bom treino! Vamos massacrar a Corvinal! – Lily disse rindo.

– Até parece! – respondeu Jack.

– Então você tem esperanças de ganhar de nós, Jack?

– Eu acho que você está muito mal comportada, Ruivinha!

– Ah é? – ela continuava rindo. Nem se importou que ele a chamou de ruivinha!

– É. E sabe o que garotas mal comportadas merecem?

– Não!

– Cócegas! – ele começou a fazer cócegas nela, que se dobrava de tanto rir.

– Para, Jack! Para! – todo mundo olhava com cara de ‘que cena linda’. Eu olhava com nojo. Depois não olhava mais nada. Senti vontade de quebrar esse merdinha inteiro, mas ao invés disso continuei observando a cena.

– JACK! EU NÃO CONSIGO RESPIRAR! HAHAHAHAHA!

– Só se você disser que eu sou o cara mais lindo do mundo! – depois dessa, decididamente eu não aguentei mais.

Sai correndo de lá, sem saber aonde ir, deixei que meus pés me guiassem. Acho que já estava no quinto andar quando ouvi vozes conhecidas e resolvi investigar. Me escondi em um armário de vassouras próximo.

– Você tem que decidir a quem será fiel, Snape. O Lord das Trevas não perdoa traidores.

– Não sou traidor. Eu apenas... apenas...

– Ama a nojentinha de sangue sujo?

– Não! Claro que não! Jamais tocaria naquela... sangue-ruim. – eu ouvi um diálogo interessante entre Ranhoso e Avery.

Quem seria a sangue-ruim? Seja ela quem for, ele não tem muita certeza sobre o que está falando... Suspeito. Bem suspeito.

– Então prove, Snape.

– Como?

– Prove. Mate Lily Evans. – QUÊ? Como assim: MATE LILY EVANS? Esse filho de uma puta quer morrer bem aqui e agora.

– Não... não é seguro. Não em baixo do nariz de Dumbledore. – ele disse, com uma calma e uma frieza incomum diante da situação.

– Você tem razão... Então espere a próxima visita a Hogsmead.

– Eu não acho que deva sujar minhas mãos encostando uma varinha naquela sangue-ruim. Agora, se você quiser que eu mate o Potter, farei com o maior prazer.

– Pois me mate agora, então. Se você for homem, o que eu duvido muito. – eu disse.

– Ouvindo a conversa dos outros, Potter? Sua mãe não lhe ensinou a ter modos? – ele desdenhou.

– Ao menos ela me ensinou a lavar os cabelos, diferente de você.

– Oras, seu... SECTUMSEMPRA! – ele gritou.

PROTEGO! – eu gritei ao mesmo tempo, no que consegui me desviar do feitiço dele. Seja lá que feitiço é esse.

O único problema é que eles eram dois contra mim. Vi quando Avery sacudiu a varinha, sem produzir som, mas não pude me defender, porque tentava estuporar Snape. Depois disso fui lançado contra a parede e bati a cabeça. Doeu. Eu não consigo abrir os olhos, tá doendo de verdade.

– Olha só, Potter. Parece que é o fim. – ouvi uma voz, bem distante, embora soubesse que ele está na minha frente.

Parece que é o fim... Parece que é... É o fim. As palavras dele ecoavam na minha cabeça, mas eu não conseguia assimilar exatamente.

Wait! Eles são dois sonserinos FDP’s armados e eu quase inconsciente no chão? Isso vai dá merda. Sem falar que ele quer matar a Lily, eu não posso desmaiar agora!

De repente me senti forte outra vez, apesar da dor-de-cabeça. Em um gesto quase imperceptível, movimentei minha varinha e Avery se postou à minha frente, ao mesmo tempo em que Snape gritou “Sectumsempra” outra vez.

No momento seguinte, Avery estava no chão, coberto por sangue, Snape estava parado com uma cara de pânico e eu me levantei. Será que eu devo ajudá-lo? Ele vai acabar morrendo, está perdendo muito sangue!

– E agora?

– O feitiço é seu, Ranhoso. Concerte! – Snape se ajoelhou ao lado do corpo inerte de Avery e murmurou algumas palavras, enquanto o fluxo de sangue diminuía lentamente.

– CRIME! CRIME NO ARMÁRIO DE VASSOURAS! CRIME! – do nada apareceu Pirraça, gritando. Atrás dele vi as imagens perturbadas de Dumbledore, Minerva, Sirius, Lily, Marlene, Remus, Peter e Katie.

Narração por Lily Evans

Estranhamos o fato de James sair correndo sem dizer nada, mas achamos que ele estivesse com fome. Porém ele não estava no Salão Principal. Sirius declarou que ninguém jantaria enquanto não o achássemos, enquanto Peter me lançava olhares furiosos, como se a culpa fosse minha.

Bem, talvez até seja... O fato é que passamos vinte minutos andando de um lado pro outro, andar por andar, e nada. Eu já estava ficando com fome!

– Eu quero comer! – repetia Peter pela sétima vez no mesmo minuto.

– Se você falar isso mais uma vez, juro que te quebro todo. – ameaçou uma Katie já nervosa.

– Shiii! Calem a boca. Estou ouvindo alguma coisa.

CRIME! CRIME NO ARMÁRIO DE VASSOURAS! CRIME! – ouvimos a voz de Pirraça.

– CORRAM! – foi tudo que eu disse, antes de começarmos a correr pro andar à cima, de onde vinha a voz. Quando chegamos, vi a cena mais bizarra da minha vida. E olha que quando você mora com Petúnia Evans, vê várias cenas bizarras todos os dias.

James em pé com certa dificuldade, encostado na parede, as mãos na cabeça, coberto de sangue. Um sangue que não era dele e sim de Avery, que estava deitado no chão, com o peito aberto, sangrando como se tivesse uma torneira saindo do corpo.

Sobre ele estava Snape, as mãos já sujas de sangue, a varinha sobre o peito dele, murmurando um contra feitiço.

– Se afastem. – sujou. Tia Minnie chegou. Fudeu. Tio Dumby apareceu. Juro que se o momento não fosse tão grave faria o Rap da Lily. Vocês querem ouvir? Não, eu sei que não.

– O que está acontecendo aqui? – Dumbledore perguntou. Snape o ignorou e continuou murmurando coisas que não consigo entender. Mas James se recusava a dizer qualquer coisa.

– Não na frente dela. – ele apontava pra mim. Eu fiz alguma coisa?

– Pettigrew, vá até a Ala Hospitalar e chame Madame Ponfrey. Senhorita Mackenzie, chame o diretor da Sonserina. Potter, Snape, vocês me acompanham. Vamos até a minha sala.