Surtos

Juntos


Patrick fechou a porta atrás de si e começou a caminhar pelo labirinto, procurando pela presença de Pike, ou até mesmo de Haibach ali.

– Isso foi um atitude muito ousada – uma voz masculina preencheu o silêncio que se fazia

– É mesmo? – desafiou-o Patrick

– Confiar a vida de sua namorada à uma porta com tranca? Sim, uma atitude muito ousada – de repente a imagem de Pike apareceu refletida em alguns espelhos – o que te faz pensar que alguém não possa destravar aquela porta e capturar sua namoradinha?

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– Porque está sozinho – afirmou Patrick e Pike riu

– Mesmo? Quer apostar?

– Não obrigado. Eu ganharia de qualquer forma.

– Ha... Até parece – Patrick prosseguia andando cautelosamente pelo labirinto, tentando descobrir onde Pike estava – Você sabe que tem apenas mais dez minutos?

– Jura? Porque, segundo as minhas contas, eu ainda tenho vinte minutos

– EU mando aqui – enfureceu-se Pike com a calma de Jane – Se eu quiser, posso te matar agora.

Foi aí que Jane entendeu tudo o que se passava ali.

“Não olhe para o lado”, ele lembrou.

– Sabe, eu esperava mais de você... – disse Patrick

– Como é?

– Não é muito inteligente você deixar um mestre em manipulação de mente e comportamento trancado dentro de um labirinto de espelhos, com o qual, eu tenho que dizer, estou bem familiarizado, já que cresci no circo.

– Você não sabe nem um terço do que eu planejei – ameaçou Pike. Ele estava nervoso e, óbvio, Patrick percebeu, e riu para aumentar o nervosismo de Pike

– Errado. Eu sei de todo o seu plano. Ou você acha que atacar um paninho molhado de sonífero ia me fazer desmaiar? – Patrick virou mais um corredor dentro do labirinto, e podia sentir que estava próximo.

O Agente nada respondeu.

– Vamos lá, admita, Pike. Eu te surpreendi dessa vez...

“Não olhe para o lado”, as palavras ecoavam na mente de Patrick.

– Aha... Está com medo, Patrick – perguntou Pike, vendo aonde seu prisioneiro estava.

– Medo? Não...

– Então porque não olha para o lado? – desafiou-o.

– Essa é uma boa pergunta – respondeu Patrick antes de se abaixar, e ter o espelho atrás de si despedaçado com o impacto do tiro que fora disparado de uma arma.

Respirando aliviado por alguns segundos, Patrick olhou através do espelho quebrado e pôde ver Haibach, Pike e... Teresa, com a boca tapada pela mão de Haibach e com os olhos molhados de lágrimas.

– Teresa! – ele gritou, mas antes que pudesse reagir, Pike apontava uma arma para a cabeça de Teresa.

– Não contava com isso, não é Patrick?

– Solta ela agora! – ele exigiu

– Não, não soltaremos – replicou Haibach

– Eu disse Patrick. Era melhor não ter olhado para o lado. Nenhum dos dois lados – disse Pike sorrindo.

– Não! Por favor, não machuquem ela. É a mim que vocês querem. Deixem ela ir... – os dois riram do desespero de Patrick

Sem saída, Teresa começou a chorar, implorando por sua vida em murmúrios.

– Agora, querida Teresa – começou Pike – observe em seus últimos instantes de vida, o medo nos olhos do seu namoradinho...

Teresa começou a se debater, na tentativa de se livrar de Haibach, porém isso fez com que ele a segurasse mais forte, machucando-a um pouco mais.

Click... A trava de segurança já havia sido tirada.

O dedo de Pike se aproximava lentamente do gatilho, afim de ver Patrick sofrer cada vez mais... Até que: Paft.

...

– FBI, LARGUE A ARMA! – gritou Fischer entrando de supetão no labirinto, e encontrando-os facilmente pois eles estavam próximos do final do labirinto – FAÇA ISSO AGORA! – ordenou, e Pike largou a arma e logo foi algemado, junto a Haibach, que soltara Teresa.

– Teresa! – exclamou Patrick, e então correu para ampará-la – Teresa, você está bem?

– Sim – ela sussurrou apoiando-se ao abraço de Jane.

– Oh, eu tive tanto medo de te perder! – confessou Patrick

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– Você me hipnotizou

– Me desculpe, eu achei que... A-Achei que se eu te deixasse longe de mim, eu te protegeria – com isso, Teresa reuniu forças e, enxugando os olhos uma vez mais, levantou seu torço e segurou o rosto de Patrick entre suas duas mãos.

– Quando é que você vai aprender que você só pode me proteger estando perto de mim? Hein? – Patrick permaneceu em silêncio – Patrick, somos parceiros. Temos que ficar juntos... Sempre!

Patrick abaixou o olhar, tentando impedir que as lágrimas que se formavam em seus olhos caíssem. Teresa, porém, levantou o rosto dele, tocando em seu queixo levemente.

– Promete para mim que você nunca mais vai me deixar para trás? – Jane desviou o olhar de novo, mas Lisbon o fez olhar para ela novamente – Promete?

– E-Eu... Está bem, eu prometo. Prometo nunca mais te deixar para trás.

Teresa o abraçou, consolando-o pelas lágrimas que ele, agora, inevitavelmente derramava sobre seu rosto.

– Eu te amo. Eu te amo, me ouviu? – perguntou Teresa

– Eu também te amo – ele sussurrou em seu ouvido.

...........

8 meses depois

– Todos prontos? – sussurrou Cho e todos assentiram com a cabeça – Um, dois, três... – sussurrou – FBI, PONHA AS MÃOS ONDE EU POSSA V... Jane? Lisbon? Mas o que você está fazendo aqui? – Cho abaixou a arma, quando encontrou o casal sentado no sofá, de mãos ao alto agora.

– Como assim o que estamos fazendo aqui? – respondeu Jane indignado – Moramos aqui!

– Ok, pessoal, o que está havendo aqui? – Cho virou-se para o seu time do FBI, e piscou um olho

– SURPRESA! – gritaram de repente todos, inclusive Abbot e Fischer que entravam pela porta.

– Hoje – começou Cho – viemos aqui parabenizar os dois agentes que mais fecham casos, com mais confusões dentro do FBI. Agentes que, sem dúvida, significaram e significam muito na formação profissional de muitos outros agentes, e principalmente para mim. Parabéns aos Agentes especiais Patrick e Teresa Jane, que hoje também completam uma semana de casados.

E – juntos – a vida dos dois nunca foi mais bela.

Sem surtos, porque, agora, Patrick permitira-se ficar – junto – com sua parceira, amiga, namorada, e agora, esposa.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.