Dias Difíceis
Passar, Não Falar, Não Olhar
A sexta feira se foi, Janine chateando a Molly e ela se controlando, finalmente o fim se semana chegou e ela pode se ver livre por dois dias desse inferno, nada de Sherlock durante sexta, sábado ou se quer domingo, Molly queria apenas pensar e ficar em casa, nem mesmo visitas ela recebeu, ficou apenas em casa, ela e ela mesma, a segunda chegou, e veio o trabalho, a Janine, o plantão. Enfim...
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!TERÇA-FEIRA 09:17AM
–Arh! – Molly se espreguiça sobre a cama, com os lenções bagunçados, travesseiro para um lado e o outro em algum lugar no chão – Ah como é bom uma manha na semana livre daquela víbora no meu pé direto – ela se refere a Janine – melhor eu ir tomar um banho, é tarde e quero aproveitar minha manha livre.
O banho terminou, ela tomou café, ajeitou algumas coisas, fez algumas tarefas de casa e foi almoçar fora.
–Hoje – ela fala para si mesma enquanto desce o elevador – hoje sim começa a minha semana, na terça feira, como sempre, e quero começar bem e em um ótimo restaurante, e depois, só depois, ligar para ele.
12:58PM
–Jesus dê-me muita paciência, por que se me der força eu jogo ela pela janela, juro que faço isso. – Molly sussurra para si mesma enquanto sobe no elevador do hospital para ir para sua ala – passar, não falar, não olhar. Passar, não falar, não olhar... – ela repete no pensamento como um mantra pra não dar bola a Janine – passar, não falar, não olhar – o elevador para, ela desce, e caminha em direção à sala.
–Nossa – Janine começa.
–Passar, não falar, não olhar. Passar... – Molly continua pensando e repetindo baixinho.
–Se você tivesse chegado cinco minutos atrás – Janine continua – teria me visto quase roubar um beijo do seu tão amado Sherlock.
O sangue de Molly ferve de tanta raiva, mas tenta se controlar e jogar no estilo da outra.
–Antes ou depois de ter levado o fora? – Molly pergunta aparentando a maior calma e segurança possível.
–Depois de ele ter dito que estava morrendo de saudades. – Janine provoca mais ainda a raiva de Molly.
–Saudades?! – Molly faz tom e cara de deboche – Phurf! Essa foi boa – ela caminha em direção ao corredor, mas para por um instante e se vira – não, essa foi ótima. Saudades – Molly ri – até parece! – ela segue de volta pelo corredor enquanto Janine fica furiosa.
Quando ela se vê quase no fim do corredor ela desabafa.
–Ah! – ela solta um gritinho abafado - Idiota, idiota, idiota, arg eu te odeio.
Ela abre a porta ainda se lamentando e insultando a outra.
–Que vontade de te encher de tapas garota idiota, arg... – ela fala em alto e bom som sem se dar conta de que não é a única na sala.
–Olá!
–Arg! – ela se assusta – Ah não, não, de novo não...
–Molly... – Lestrade tenta falar
–Não, por favor, olha... – ela continua
–Moolly... – ele tenta de novo.
–Por que você não me deixa em paz e... – ela é interrompida por Lestrade.
–Molly! – ele fala apontando para o lado, onde Sherlock está observando a situação.
–Sh... – ela tenta falar – Oi – ela está com tanta raiva de Janine que esqueceu que ela havia mencionado Sherlock e que provavelmente ele ainda estaria no hospital.
–O que faz aqui? – ela pergunta com um tom calmo – eu disse que...
–Eu o chamei – Lestrade – é um novo caso e preciso dele.
–Ah! – Molly fala revezando o olhar entre um e outro.
–Preciso que me ajude em algumas coisas Molly – Sherlock a trata como sempre em um caso normal, afinal estavam trabalhando e Lestrade não sai da sala por nada.
–Claro!
–Preciso que misture aqueles líquidos sobre a bancada como está explicado nesse papel – ele mostra um papel ao lado dele, oposto ao lado em que Lestrade está a um metro de distancia.
–Tudo bem. – Molly vai pegar o papel e escuta Sherlock falar baixinho.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!–É mentira.
–Que? – ela pergunta sem entender.
–Janine - ele se levanta e vai a outra mesa, mas logo volta ao microscópio, onde Molly ainda está folheando as folhas para ganhar tempo e Lestrade apenas observa tudo calado.
–Falou com ela? – ela pergunta baixinho sem olha-lo e ele responde também sem olha-la.
–Sim. – ele responde naturalmente.
Molly fica surpresa.
–Idiota! – ela fala baixinho e sai para a bancada.
Ele para e a olha se afastar por um momento sem entender o porque dela ter se chateado. Lestrade percebe e pergunta. -Terminou? – Sherlock volta a si.
–Não! – ele responde.
Alguns minutos depois...
–Pronto! – Molly fala quebrando o silencio e levando as soluções para Sherlock – Com licença.
–Aonde vai? – Lestrade pergunta de repente, o que Sherlock estranha.
–A.. – Molly é interrompida.
–Por que quer saber? – Sherlock pergunta.
Lestrade não se deu conta do efeito que teria a pergunta e tenta disfarçar.
–Bom, não sei, talvez você ainda precise dela, temos que nos apressar nesse caso Sherlock e você sabe disso.
Molly olha para Lestrade se perguntando como alguém consegue ser tão cara de pau e fingido ao mesmo tempo.
–Não, não vou precisar, não agora.
–Como eu ia dizer, eu preciso dar uma saída rápida, com licença – Molly vai ao banheiro e volta cinco minutos depois, precisa por a raiva pra fora, tem que falar com Sherlock o mais rápido possível – Ainda aqui? – ela pergunta já com um tom de voz diferente, é possível notar um incomodo.
–Algum problema? – Sherlock pergunta tentando receber uma resposta que tire as suas duvidas, mesmo que disfarçada.
–Quer que eu liste? – Molly pergunta ironicamente.
–Vocês estão mesmo tendo uma DR na minha frente? – Lestrade pergunta quase que inocentemente, se não fosse fingimento.
Sherlock lança um olhar desafiador á Lestrade o deixando nervoso com a situação.
–Digo – ele tenta reparar o comentário anterior – no trabalho?! – o celular dele toca – Ah! – ele reclama
–Problemas? – Molly pergunta, mas com notável desinteresse.
–É o meu chefe me acabando a paciência com esse caso, com licença.
–O que houve? – Sherlock pergunta assim que ouvi a porta bater se fechando totalmente – Porque me chamou de idiota?
–Pedi para que ficasse longe dela não foi? – ele faz cara de “Não ligue para ela” e já cansado de brigar pelo mesmo motivo, mas Molly continua – E quando chego aqui você me diz com a maior naturalidade que falou com ela.
–Eu sabia, sabia que ela ia te enfiar bobagens na cabeça, o que ela disse?
–O suficiente pra querer mata-la – Molly fala irritada – E quer saber, não vou falar com você, não aqui e não agora – ele fecha os olhos e suspira enquanto ela se vira e começa a trabalhar sem falar uma única palavra novamente, vendo que nada a faria voltar atrás na quanto à greve de silencio ele voltou a examinar suas substancias no microscópio e foi quando Lestrade voltou.
–Arg – ele range batendo a porta com força – Gordo idiota – Lestrade desabafa.
–Brilhante dedução – Sherlock provoca e Lestrade se volta pra ele incomodado com o comentário “não sou o Anderson” ele pensa em falar.
–Levei menos tempo que você pra tirar essa conclusão – Molly fala cutucando também Lestrade com suas palavras.
–E olha que ela nem conhece o gordo idiota, digo, seu chefe – Sherlock o olha rápido e igualmente rápido sorri o que irrita Lestrade.
–Que? Isso é um complô contra mim, é melhor eu ir tomar um chá. Um bom chá. – Lestrade sai e Sherlock e Molly dão uma risadinha tímida olhando um pro outro como cumplices, “pelo menos a fiz sorrir” ele pensa e volta ao trabalho.
Em menos de um minuto depois...
–Tchau – Sherlock fala se levantando e já na porta Molly o chama a atenção.
–Que? E toda essa bagunça? A bancada não ficar limpa sozinha. – ela fala num tom de mãe mandona.
–Eu sei! Por isso você está aqui. – ela não consegue acreditar na naturalidade e na cara de pau dele, pior, ele está falando sério, ele pisca já ao lado da porta e sai.
–Sher... – ela fica com a boca entreaberta sem acreditar – Ah! –ela da um gritinho abafado – Você me paga – e ela vai derrota e morrendo de preguiça ajeitar tudo.
Fale com o autor