Harry olhava Molly Weasley duvidoso. Talvez aquele pergunta trouxesse a matriarca lembranças dolorosas, e a última coisa que Harry queria era trazer dor a mulher que ele considera como uma mãe desde os 12 anos.

Mas ele não poderia entrar na Câmara Secreta sem saber o que tinha acontecido com Gina. Era para ela estar no sétimo ano em Hogwarts, porém Harry ainda não tinha a visto.

– Com licença, Sra. Weasley. - Harry chegou perto da poltrona onde ela tricotava um de seus famosos Suéteres Weasley.

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A Ordem estava em uma sala no sétimo andar. Nenhum professor dava aula naquele lugar, e poucos alunos passavam por ali. Então, eles se encontravam lá uma vez por semana.

– Harry, querido, sente-se! - Molly exclamou tirando algumas lãs do banco ao lado da poltrona. - No que posso ajudar?

– Eu queria fazer uma pergunta. - Harry começou a dizer mordendo o lábio inferior. - Mas se não quiser responder, não precisa

– Tudo bem, pode perguntar. - ela respondeu abrindo um sorriso maior ainda.

– É Harry, pode perguntar. - Harry se virou e se deparou com Lily, James e Sirius. - Para qualquer um de nós. Ninguém vai se incomodar em lhe ajudar.

Lily percebeu os olhares de Harry para Molly. Viu quando ele se levantou e ela sorriu maternalmente para ele. Aquilo a incomodava. Seu próprio filho preferia uma mulher que não tinha nenhum tipo de parentesco com ele. Por isso puxou James e Sirius para perto dos dois.

– Sra. Potter, Sr. Potter, Sr. Black. - Harry os cumprimentou. - Acho que qualquer um de vocês pode me responder.

Os outros adultos puxaram cadeiras para perto e se sentaram. Harry olhou cada um com o coração transbordando de felicidade. Ali estavam seus pais verdadeiros e seus pais de consideração.

– Bem, eu estou sentindo falta de uma pessoa. Ela é muito importante para mim no universo onde vivo, gostaria de saber o que aconteceu com ela aqui. - Harry começou a falar, olhando para as mãos. - O nome dela é Gina Weasley.

Lily, James e Sirius olharam para Molly. A mesma fitava o nada com uma dor visível nos olhos. Harry levantou a cabeça e viu a reação dos quatro, e no mesmo instante se arrependeu de ter feito a pergunta.

– Minha menininha... - Molly murmurou com os olhos já marejados. Harry começou a sentir uma ponta de pânico.

– Harry, a Gina foi sequestrada por Comensais já faz um ano. - Lily disse suavemente.

– O que? - Harry gritou, e todos os presentes na sala olharam para eles.

Rony, que estava conversando com Hermione, ouviu o grito e olhou para o tal herói. Mas seus olhos se focaram na sua mãe, que olhava para o horizonte com olhos chorosos. Sentiu o rosto ficar vermelho, e antes que Hermione pudesse o impedir, se aproximou a passos rápidos.

– O que você fez com minha mãe seu idiota? - gritou empurrando Harry, que olhou para trás assustado.

– Eu... - Harry começou a falar, mas foi interrompido por Molly.

– Ronald, não foi essa educação que eu te dei! - a matriarca disse apontando o dedo severamente para o filho, ao mesmo tempo que Hermione se aproximou e segurou o braço de Rony.

– Eu só quero saber o que aconteceu com a Gina! - Harry gritou, sem se importar que estava em outro universo e que lá ninguém sabia de seu relacionamento com a ruiva. - Ela está bem? Ela ainda está viva? Se os Comensais ainda estiverem com ela, podemos fazer um plano e resgata-lá, hoje mesmo se necessário.

– Fred e George a acharam um mês depois. - James disse, espantado com a reação do filho. - Mas infelizmente estava fora de si. Ao que parece, foi torturada até a loucura.

Harry, que estava andando de um lado pro outro, estacou e sentiu o ar deixarem os pulmões. Gina foi torturada. Até a loucura. Uma raiva que nunca havia sentido antes o invadiu.

– E quem fez isso com ela? - Harry rosnou, uma voz tão ameaçadora que nem parecia a dele.

– Não sabemos, Gina não tem condições de falar. - Rony disse normalmente. Era a primeira vez que não usava um tom irritado com o moreno.

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– Mas porque tanta preocupação com ela? - Molly perguntou, enxugando algumas lágrimas que insistiram em cair.

Harry olhou para Dumbledore, que observava tudo distante. O velho diretor acenou com a cabeça, um gesto claro para O Eleito.

– Bem, eu e Gina... - Harry teve que parar e respirar fundo. - Eu e Gina, namoramos no meu universo.

Molly ficou chocada alguns segundos, mas logo sorriu. Se lembrava como a filha era antes de ser sequestrada. Forte, destemida, raramente chorava e sempre procurava o garoto ideal. Aparentemente, em uma outra dimensão, ela havia conseguido.

Rony teve a mesma reação. Mas ao invés de felicidade, foi invadido por raiva.
– Atualmente estamos noivos. - Harry completou e congratulações foram ouvidas por todo o lugar. - Espero conseguir completar a missão em quatro meses. Se não voltar a tempo do casamento, a Gina me mata.

Lily riu emocionada. Harry, seu filho (por mais que Dumbledore negasse), estava noivo. Era um homem feito, e em breve casaria.

James sorriu, feliz por Harry. Quantas vezes não passara noites acordados pensando como seria se seu filho tivesse sobrevivido. Seria namoradeiro? Ou acharia o amor de seu vida rapidamente? Agora sua pergunta estava respondida.

Sirius gargalhou. Não só por causa da piada, mas por causa do destino. Harry era um Potter, inegável. E como um Potter, arranjara uma ruiva para amar, exatamente como o pai.

Molly recomeçou a chorar, mas por causa de felicidade. Não sabia se Harry existia naquele mundo, mas era seu genro, o homem que sua filha escolhera amar e respeitar até o fim de sua vida. Se levantou e abraçou Harry emocionada. O garoto retribuiu o abraço alegremente.

– Então quer dizer que o heróizinho resolveu fazer minha irmã de palhaça? - Rony perguntou com a voz dura, e todos se calaram. Molly se separou de Harry chocada.

– Rony, para! - Hermione gritou tentando o puxar.

– Como assim a fazer de palhaça? - Harry perguntou se aproximando do ruivo com os punhos cerrados. Suportara a inimizade dele, mas duvidar de seu sentimento por Gina já era passar dos limites.

– É óbvio que você é um cachorro. - Rony gritou. - Anda como se fosse o dono do mundo, é arrogante, acha que sabe de tudo...

– Estamos falando de mim ou de você? - Harry o interrompeu.

– Por favor, acho melhor pararem. - Dumbledore finalmente se pronunciou.

– Com certeza vai abandonar Gina no altar, e espero que meu eu de outro universo quebre a sua cara! - Rony gritou. - Não sei porque ele ainda não te matou!

– O Rony do meu universo não me matou porque estava muito ocupado me ajudando, enfrentando todos os obstáculos comigo. - Harry gritou vermelho. Sentia vontade de chorar, mas não faria aquilo na frente de tanta gente. - Ele estava muito ocupado me apoiando, fazendo piadas, me dando e pedindo conselhos!

Quando terminou o discurso. Todos estavam em completo silêncio. Rony e Hermione o encaravam assustados.

– Ele estava muito ocupado sendo meu melhor amigo. - Harry disse se sentindo cansado. - Assim como a Hermione.

Harry virou as costas se dirigindo a porta. Se amaldiçoou quando sua voz saiu embargada:

– Até hoje a noite na Câmara Secreta.