Um universo diferente

Comensais da Morte


Lily estava nervosa. Em alguns minutos eles iriam interromper um ataque de Comensais da Morte. Não estava nervosa pelo fato de ter que lutar, já havia feito isso várias vezes. Mas aquela seria a primeira luta de Harry.

Já se fazia uma semana de que o garoto havia chegado. Embora Dumbledore lhe dissesse com frequência de que Lily não poderia ter certeza de que Harry era seu filho, ela tinha certeza. James e Sirius também achavam que ele era o filho morto dos Potter.

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Com um último suspiro, aparatou dentro da sua antiga casa em Godric Hollow's, a vila seria a vítima do ataque. Sentiu a visão embaçada por lágrimas quando se encontrou dentro do quarto de seu filho. Apenas a janela estava quebrada, fora por lá que Voldemort entrara na casa.

Lily engoliu o bolo que havia se formado em sua garganta e desceu as escadas da casa, indo em direção ao quintal dos fundos. O quintal dava vista para um bosque. Dois Comensais estavam de guarda ali, como o esperado.

– Incarcerous. - Lily sussurrou. Duas cortas pretas saíram de sua varinha e prenderam os dois Comensais. Quanto mais eles tentavam se soltar, mais apertadas as cordas ficavam.

– Nós solte, sua sangue-ruim! - Augusto Rookwood gritou assim que Lily entrou em visão. A ruiva deu um sorriso debochado, mostrando claramente que aquela ofensa não a atingia.

– O Lord das Trevas vai acabar com sua raça! - Walden Mcnair, o segundo Comensal, rosnou.

– Calem a boca. - Lily falou revirando os olhos. Voldemort e seus amiguinhos deveriam encontrar ameaças novas, aquelas já estavam ficando velhas. - Mandem lembranças ao Milord.

Lily lançou um Estupefaça nos dois e pegou a varinha de ambos. Após quebra-las no meio, apontou a sua própria varinha para o céu.

Phoenix Proelium.

***

Voldemort deixou que um sorriso maldoso dominasse seu rosto. Várias casas do vilarejo de Godric Hollow's já pegavam fogo, e os bruxos que ousaram lutar contra seus Comensais jaziam mortos no chão.

Ele tinha um carinho especial por aquele lugar. Fora lá que conquistara sua vitória definitiva, matando O Eleito e garantido o seu poder. Mas Voldemort ouvira boatos de que Dumbledore estava conseguindo convencer as pessoas que moravam lá a ir pro lado da luz. Havia muitos moradores, e juntos poderiam aumentar mais o exército do velho.

Voldemort não podia correr esse risco. Por isso organizara um ataque. Mais ninguém se juntaria ao lado da luz.

– Milord! - Bellatrix Lestrange gritou apotando para o céu. Uma fênix prateada estava voando em direção a Marca Negra. A luz que emitia espantou a caveira. A fênix então abriu as asas e começou a cantar uma bela canção. Foram poucas notas, mas o suficiente para todos saberem o que estava prestes a acontecer.
A Ordem da Fênix acaba de chegar.

De repente viu feitiços das mais diversas cores voando e Comensais caindo. Voldemort fechou os olhos e respirou fundo. Não podia perder o controle da situação. Albus Dumbledore era sempre calmo, e aquilo fazia com que mais da metade de seus seguidores sobrevivessem e todas as batalhas.

Abriu os olhos novamente e deu uma olhada rápida no lugar. A Armada de Dumbledore usavam o uniforme branco e preto. A Ordem da Fênix azul escuro. Os aurores vermelho. Quem era de ambos os grupos, vestes totalmente pretas com uma fênix prateada bordada nas costas.

Então Voldemort começou a lançar Maldições da Morte para todas as pessoas que usavam algum uniforme de algum dos grupos de Dumbledore. Infelizmente estavam ficando bons, já que o Lord das Trevas conseguira atingir somente dois.

Alguns minutos haviam se passado e os Comensais estavam em desvantagem, o que era raro de se acontecer. Eles pareciam ter encontrado algo pelo o que lutar, e lutavam com todas as forças. A esperança havia renascido.

Voldemort queria saber o porque.

– Tom Marvolo Riddle. - uma voz masculina chegou aos ouvidos de Voldemort. Todos pararam de lutar e olharam para o céu com a testa franzida. Os Comensais que sabiam de seu segredo, o fitaram desesperados. - É bom ver você novamente.

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Voldemort se virou e encontrou o dono da voz. Cabelos negros e bagunçados, porte atletíco. Um uniforme diferente de todos os outros. Era um macacão preto, com um raio vermelho no peito. Botas e luvas pretas de couro de dragão. Uma capa também preta.

Seu primeiro palpite era James Potter. Mas não era ele. Aquele garoto era mais novo, tinha os olhos verdes e uma cicatriz estranha na testa. Um raio do mesmo formato do uniforme. Dumbledore estava atrás do garoto, com um olhar vitorioso.

"Eles vão trazer um herói de outro universo, Milord. É a única coisa que me contaram sobre o plano" Aquelas foram as palavras de seu espião fiel.

Voldemort arregalou os olhos. Achava que o livro com o feitiço de transportação entre universos havia sido queimado com Fogomaldito.

– Você é... - Voldemort começou a falar, mas foi interrompido pelo garoto. E ele sabia quem era aquele garoto...

– Achou que mesmo conseguir se livrar de mim? - o garoto disse empunhando a varinha e dando um sorrisinho de volta.

"Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima..." Voldemort imediatamente se lembrou do primeiro verso da Profecia.

– Impossível. - ele disse ainda com os olhos arregalados, enquanto o herói de outro universo se aproximava com passos lentos.

"Nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês..."

– Sabe por que eu vim? Para te destruir. - o garoto falou coma voz fria. - Não acha que já ficou no poder por tempo demais?

– Isso é uma brincadeira, Dumbledore? - Voldemort gritou olhando desesperado para o velho, que mantinha um sorriso tranquilo.

– Não. É exatamente o que está pensando, Tom. - Dumbledore falou.

"E o Lorde das Trevas o marcará como seu igual, mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece..."

– Eu irei te matar primeiro. - Voldemort sibilou, levantando sua varinha.

– É o que vamos ver, cara de cobra. - o garoto disse, e risos por parte do lado da luz foram ouvidos.

Não, ninguém humilhava Lord Voldemort. Aquele moleque iria pagar, assim como as crianças do orfanato pagaram. Voldemort tirou delas o que mais gostavam, fizeram elas implorar por misericórdia.

E Voldemort não se arrependia nem um pouco.

"E um dos dois deverá morrer na mão do outro pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver..."

– AVADA KEDAVRA! - Voldemort gritou, o jato verde saindo de sua varinha.

– EXPELLIARMUS! - O garoto gritou.

Voldemort teve vontade de rir. Ele parecia tão cheio de si, e mataria o maior bruxo das trevas do mundo com um feitiço de desarmar?

Mas conforme o duelo se desenvolvia, Voldemort percebeu que deveria tomar cuidado com o garoto. Ele era forte, sabia exatamente o que fazer, enquanto Voldemort, pela primeira vez, estava perdido.

E o que era julgado impossível aconteceu: Alguém venceu Lord Voldemort em um duelo.

Mas aquela era apenas uma batalha perdida. A guerra ainda poderia ser salva.
E as Trevas ganhariam aquela guerra. Voldemort jurou aquilo quando levantou voô, enquanto dava a ordem de recuar.