Capítulo 15

Ah, por Zeus, eu não aguentei!

Octavian se demitindo? POR FAVOR!

– Por que a graecus está rindo? – perguntou Reyna, totalmente séria. Eu me apoiei nos joelhos e continuei rindo.

– É Rachel – rosnou Octavian. – E eu também gostaria de saber. Rach?

– Des... – rindo. – Cul... – Ainda rindo. – PA! – Me apoiei no Octavian e fui parando de rir aos poucos. – Sempre me disseram que os romanos não tinham bom humor, mas depois de hoje...

– Qual o seu problema? – perguntou Frank. – Alguma doença mental?

– Pelo menos até eu que sou mortal tenho TDAH e você que é semideus tem só intolerância à lactose – retruquei eu, calando a boca de Frank. Octavian olhou pra mim como se eu tivesse acabado de ter dito uma pérola e deu um sorrisinho, prestes a rir também.

– Acredito que isso não tenha sido engraçado – repreendeu Reyna, mas mesmo ela tinha um brilho debochado no olhar. – E também não é um comportamento adequado para uma oráculo...

– Ex–oráculo – corrigi. – Estou aqui pra ficar com meu loiro aguado e nada mais.

– Loiro aguado? – perguntou Frank. – Isso é uma espécie de gozação?

– E seu loiro aguado? – acrescentou Reyna. – Certo, vocês estão exagerando, porque ninguém aqui vai ficar junto de ninguém. Estamos aqui para decidir o destino do ex–áugure.

– Minha sugestão é pena de morte – sugeriu Frank.

– Apoiado – apoiou Reyna. – Faremos uma votação aqui no acampamento, e até que se decida o Octavian fica na prisão.

– Oi? Ah, mas nem por cima e nem por baixo do meu cadáver – disse eu. – Octavian fica comigo.

– Aurum – chamou Reyna, chamando a atenção do seu cachorrão cor de ouro. – Leve os dois para a prisão do acampamento. Argentum, você também.

Imediatamente eu e Octavian nos vimos sendo carregados pelos cachorros gigantes.

– Pensei que fossem meus amigos! – resmungou Octavian. Eles nos levaram até um buraco e nos jogaram ali dentro, sem nada para nos divertir. Eu e Octavian nos encaramos por um tempo, sem saber o que fazer ou falar. – E aí?

– Oras, a casa é sua, você que nos tira daqui.

– O problema, ruivinha, é que ninguém sai daqui. Só sai no momento final.