S.H.I.E.L.D. - O Futuro: Jovens Vingadores

Conto 1 — Hazel & Scarlett


CONTO1 — HAZEL FITZ-SIMMONS X SCARLETT ROMANOFF

Base da SHIELED em Nova York | 11 anos atrás

Era o começo da tarde quando chegaram até a sede da SHIELD. Seus pais foram convocados para uma assessoria e como haviam se mudado para os Estados Unidos a menos de uma semana, Hazel — agora com nove anos de idade — não tinha com quem ficar. Seus padrinhos não estavam mais por perto, e suas aulas não haviam começado ainda.

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Para não deixá-la sozinha, acabaram levando-a consigo para a base. Não seria uma coisa ruim, afinal, não enfrentariam grandes problemas por lá. Era apenas uma assessoria e ficariam nos laboratórios, ambiente já muito conhecido pela mais nova.

Como era a primeira vez que ia até aqueles laboratórios, a garota ficou fascinada na hora por tudo, e isso fez seus pais abrirem sorrisos orgulhosos. A jovem Fitz-Simmons nunca foi de dar trabalho, por isso, ela se comportou muito bem no tempo em que estiveram lá, à espera de quem iria se encontrar com seus pais. Até aquele momento, Hazel não sabia quem era, e tomou um susto ao ver a Viúva Negra em pessoa vir andando até seus pais em um dado momento.

A garota nunca foi acostumada ao lado de outros heróis. Ela os conhecia e admirava, claro, mas a grande maioria deles morava em Nova York, ou na Califórnia. De onde ela veio, conhecia apenas, sua madrinha, a Harpia e o Capitão Britânia. Ela chegou a vê-lo uma vez no centro de Londres, e foi uma das coisas mais legais que já lhe aconteceram, até aquele momento.

Ver a famosa Viúva Negra ao vivo pela primeira vez, fez Hazel ficar congelada em seu lugar por alguns momentos, antes de se esconder atrás de sua mãe. Sempre admirou a heroína, e tinha até mesmo um pouco de medo dela devido às histórias que ouvia, ou pelo que via de vez em quando nos jornais.

Sentiu um pouco tímida quando seus pais lhe apresentaram, mas imediatamente viu que a mulher a sua frente. na verdade era muito mais simpática do que ela imaginava. Natasha Romanoff lhe ofereceu um sorriso e perguntou o que Hazel estava achando de Nova York. Hazel respondeu a tudo bem timidamente, e então a ruiva se virou para seus pais e mostrou a arma que gostaria de identificar.

Apesar de descobrir que ela parecia ser tão agradável quanto seu tio Grant, Hazel ainda se sentia um pouco desconfortável por estar na mesma sala que a Vingadora. Ela ainda achava sua postura um pouco fria e distante. Porém, tudo isso mudou minutos depois, quando uma outra garota, de cabelos ruivo e que parecia uma cópia mais nova e mais baixa da Viúva, entrou correndo na sala que eles estavam, chamando a atenção de Natasha.

— Já disse pra não ficar correndo por aqui, filha. — Hazel se espantou ao ouvir isso. Ela sabia que a viúva negra tinha uma filha de sua idade, porque sua tia Bobbi lhe disse, mas por algum motivo, ela não esperava que a garota fosse assim.

— Desculpa, mãe. — Ela pediu, olhando para os pais de Hazel, depois para a arma que sua mãe havia trazido para o laboratório. — É essa a arma que vocês pegaram da HIDRA? Posso ver mais de perto? O que ela faz? Se alguém precisar testar, pode ser eu?

Enquanto natasha apresentava a mais nova aos pais de Hazel, ela percebeu que ao contrário de si própria, a ruiva era muito mais articulada, e bem mais extrovertida, sem sem importar em fazer tantas perguntas de uma vez. Hiperativa, parecia que já conhecia a todos na sala.

Isso fez com que Hazel se encolhesse em seu lugar. Nunca foi boa em fazer amizades, sempre acabava ficando para trás, por ser muito tímida e pessoas com a personalidade semelhante às da ruiva mais nova sempre a afastavam. Isso acontecia direto em sua escola antiga, e por isso não tinha muitos amigos. Quando percebeu a outra garota lhe olhando, Hazel ficou mais acanhada do que antes, sem saber muito o que fazer no momento. Mesmo depois de Hazel ter desviado o olhar por uns 10 segundos, a filha da Viúva continuava olhando para ela com os olhos tão vidrados como os de um gavião.

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Devia começar uma conversa? Devia perguntar o nome dela, a idade talvez? Provavelmente, mas ela não estava encontrando as palavras certas. Hazel ficou um pouco mais aliviada quando Jemma percebeu seu desconforto, então resolveu apresentar as duas.

— Hazel, essa é a Scarlett, filha da Natasha — Ao ouvir seu nome ser mencionado, Scarlett deu um grande sorriso e mexeu as mãos, como se estivesse dando um tipo de oi para Hazel, que também acabou fazendo o mesmo gesto, bem mais contido, após um pequeno intervalo de tempo.

— Scarlly — Foi a vez de Natasha falar. — Cadê suas coisas?

— Hã, eu acho que na sala do Coulson. — Scarlett respondeu depois de pensar um pouco.

— Vá buscar, depois que eu terminar aqui, vamos pra casa.

Hazel percebeu que Natasha estava apenas tentando distrair Scarlett, para que ela não ficasse fazendo tantas perguntas sobre a arma em cima da mesa. Ela também percebeu que a garota sabia disso, mas decidiu obedecer.

— Quer ir comigo, Hazel? — Hazel se assustou ao perceber que a pergunta fora direcionada a si. Ela não respondeu de imediato, e estava prestes a recusar, quando sua mãe a incentivou.

— Vai lá, Hazie, aí você já aproveita e vê o Coulson, caso ele esteja lá.

Hazel sabia que a mãe queria que ela fosse junto não para ver Coulson, que poderia nem estar em sua sala, mas que ela ficasse com alguém de sua idade.

Sem ter como reclamar, Hazel se levanta e vai para perto da ruiva, que a puxa para fora da laboratório. Hazel nunca foi boa em começar amizades e também não era a melhor pessoa do mundo para começar uma conversa, por isso ficou grata a Scarlett por cuidar dessa parte.

— Você é a amiga do Gary, não é? — Hazel afirmou com a cabeça. — Ele me falou de você. Morava em Londres né?

— Sim, nós mudamos no começo da semana.

— Seu sotaque te entrega. — A ruiva riu, se sentindo confiante por ter feito tal descoberta — É legal lá? Nunca fui, mas queria, por causa do Harry Potter.

— É maravilhoso. — Aos poucos, Hazel estava começando a se sentir mais à vontade. — Meu lugar favorito no mundo. — Ela fez uma pausa. — E eu também gosto do Harry Potter.

Scarlett parece ficar mais animada com isso.

— Sério? Qual seu personagem favorito? A Minha é a Hermione. Gosto muito dela.

— Ela também é minha personagem favorita.

Isso foi o suficiente para que Scarlett começasse uma conversa que aos poucos foi se tornando cada vez mais longa entre as duas. Sem nem perceber, Hazel começou a se soltar, falando mais do que geralmente faria com pessoas que acabara de conhecer. Tudo isso porque Scarlett parecia ser bem mais simpática do que ela havia julgado anteriormente, e porque ambas pareciam gostar das mesma coisas.

A conversa começa a fluir bem melhor do que Hazel imaginava que seria, e isso a deixava feliz.

— Lá no laboratório, você parecia com um pouco intimidada perto da minha mãe. — Scarlett disse como se não fosse nada, mas Hazel percebeu que ela era uma boa observadora. — Você estava com medo dela, ou nunca tinha visto uma Vingadora tão de perto antes?

Hazel pensa um pouco antes de dizer qualquer coisa, já que preferia não usar as palavras erradas e fazer com que Scarlett pensasse outra coisa diferente.

— Eu conheço a Harpia, então posso até dizer que já vi uma de perto. — Hazel comentou. — Mas sua mãe é bem famosa, por isso fiquei meio nervosa quando a vi.

Scarlett começou a rir ao ouvir a resposta.

— Todo mundo fica nervoso perto dela. É engraçado quando isso acontece. Mas se quer sabe, até eu tenho medo dela às vezes, quando ela resolve me dar alguma bronca, o que é mais frequente do que eu gostaria.

— E você? Conhece outros vingadores ou heróis ?

— Conheço sim — Scarlett não demorou para falar — O Homem de Ferro, por exemplo, é meu padrinho. Também conheço alguns outros heróis, como os vingadores originais, a Capitã Marvel, a Jean Grey, o Homem Aranha… — Então a jovem Romanoff parou e olhou para ela rapidamente. — Não é que eu queira me gabar e nem contar vantagem, mas é que eles são muito próximos dos meus pais, e acabam sendo como meus tios, sabe?

— Não se preocupe, nem passou pela minha cabeça achar isso — Hazel a tranquiliza, vendo-a sorrir em seguida

— Mas ei, você vai poder conhecer eles também! — Scarlett garantiu. — Eu eu posso te apresentar pros meus amigos, acho que você e o Logan vão se dar muito bem! Ele se parece muito com você!

— Logan?

— Ele é meu melhor amigo! Ele é filho do Tony Stark. — Scarlett se divertiu ao responder — Mas ele não é muito parecido com o pai dele. Como eu disse, você me lembra ele.

— Acho que ia ser legal conhecer ele então. — Esperava que a ruiva estivesse certa sobre o assunto.

— Então tá decidido. Eu vou te apresentar pros meus amigos. — Scarlly abriu um sorriso assim que chegam a sala de Coulson.

O agente estava terminando uma ligação no telefone quando se deu conta da aproximação das duas. Colocou o aparelho de volta no gancho, e sorriu ao vê-las juntas.

— Vejo que arrumou companhia, Scarlly — Coulson falou, dando um abraço nela. Depois ele faz o mesmo com Hazel, que ficou bem feliz com isso. — Não pensei que fosse te ver aqui hoje, Hazel. Onde estão seus pais?

— No laboratório, com a mãe dela. — A garota explicou, apontando para a nova amiga, que arrumava sua mochila. — Estou fazendo alguma coisa para ajudar a Natasha em uma missão, se não me engano.

— A mamãe fez a gente cair fora antes que pudéssemos descobrir mais. — Scarlett disse jogando a mochila nos ombros.

Coulson deu risada, provavelmente já sabendo como a mãe de Scarlett agia.

— Sua mãe nunca deixa você ficar bisbilhotando pelo laboratório.

— Ela acha que eu posso explodir alguma coisa lá. — Scarlett deu de ombros.

Hazel consegue rir da espontaneidade da ruiva. Se ela fosse filha da viúva negra, provavelmente não faria absolutamente nada para desobedecê-la ou irrita-la de algum modo. Scarlett, porém, parece não ligar para isso. Foi aí que ela percebeu que, por mais que tivessem algo em comum, as duas ainda eram muito diferentes. Mesmo assim, Hazel esperava que isso não impedisse que as duas pudessem ser amigas de verdade.

Os três passaram algum tempo conversando juntos até que Natasha aparecesse na porta da sala.

— Filha, já estamos indo. — Ela avisou Scarlett após falar rapidamente com Coulson. — Seu pai já deve ter chegado em casa.

— Ah, mãe, eu queria ficar mais um pouco — A garotinha ruiva pareceu ficar meio desapontada com a notícia, mas aparentemente, isso não fez com que Natasha mudasse de opinião.

— Scarlett, você sabe que precisamos ir. Eu falei pra você que não demoraríamos muito por aqui.

Apesar de Hazel perceber que Scarlett queria protestar, a ruiva apenas concordou com a cabeça, virando-se para ela.

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— Espero que a gente se encontre mais vezes. — Ela disse, já se aproximando mais da mãe. — Você é legal, Hazel. Vai ser legal quando você conhecer o resto do pessoal. Até mais!

Apesar de ter se divertido, Hazel não esperava que as duas realmente fossem se encontrar mais vezes. E com certeza não esperava que fossem virar amigas, pelos anos que se seguiriam.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.