Love Amid The Chaos
I don't know
Os pensamentos de Maggie vagavam entre lembranças de um passado que ela agora considerava mais do que feliz.
Imagens de Hershel e Beth dançavam em sua mente, cegando-a para o que acontecia á sua volta.
Os pés da jovem Greene moviam-se rapidamente para longe de todos.
Ela não tinha a mínima consciência do quanto estava se afastando. Mas se tivesse, ela com certeza não pararia.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!And all the harm that e'er I've done
Alas, it was to none but me
A voz de Beth servia como música no fundo de sua mente, deixando tudo mais sombrio e triste. Deixando Maggie em pedaços.
A garota mantinha as mãos comprimidas contra o peito, em cima do coração; como se quisesse impedir que ele se despedaçasse.
Mas era impossível. Ela já estava completamente quebrada.
Perder Hershel já havia sido mais do que difícil. E agora, perder Beth era impossível suportar.
Mesmo tendo o apoio da sua nova família, não era mesma coisa.
Maggie só queria ficar sozinha.
Longe de tudo.
Longe de todos.
– Ela vai voltar logo, Glenn! – Daryl falou para o amigo, não parecendo tão convincente repetindo-a pela vigésima vez.
Glenn andava de um lado para o outro, a preocupação estampada em seu rosto.
– Mas ela está demorando muito. – Glenn tentou mais uma vez, sua voz demonstrava que ele queria ir atrás de Maggie, mesmo sabendo que a mesma queria ficar sozinha.
– Ela só precisa de um tempo. – Mas Daryl sabia que um tempo não adiantaria muita coisa. Ele ainda podia sentir a dor de perder Merle deixando-o sem chão ás vezes.
O caipira lançou um olhar para Carol, que segurava Judith em seu colo. Ela mantinha o olhar baixo, sem encontrar os olhos dele.
Ela também queria um tempo.
Carl e Tara estavam sentados com Rosita e Eugene, mas eles mantinham-se em silêncio.
Os únicos a realmente falarem alguma coisa eram Abraham e Joe, os outros dois, Dan e Tony, apenas observavam o local á procura de algum zumbi.
Daryl caminhou sem muita vontade até onde os dois homens riam de alguma coisa.
As risadas eram tão erradas para o momento que Daryl irritou-se por um instante.
– Não vão procurar um carro para continuar o caminho de vocês? – O tom de Daryl era hostil e fez com que os dois homens se entreolhassem confusos.
– Bem, nós já estávamos indo conversar com você sobre isso. – Joe foi quem respondeu. Ele olhou para Abraham rapidamente antes de continuar. – O seu grupo parece ser forte e nós achamos que seria uma boa ideia nos juntarmos a vocês.
– A única coisa que não somos nesse momento é fortes. – Daryl sussurrou, praticamente só para si. – Não temos interesse em nos juntarmos ao seu grupo. Nós temos uma missão e precisamos concluí-la.
– Missão? – Abraham desdenhou. – Vocês tem uma missão no fim do mundo? Desculpe, apenas não é muito comum hoje em dia – Ele desculpou-se após receber um olhar mais do que frio de Daryl.
– Nós temos mais pessoas por aí. – O caipira olhou para Glenn, que ainda não havia se acalmado. – Tínhamos um grupo maior, mas fomos separados.
– Foram os bichos que separaram vocês? – Joe indagou.
– Pessoas. – Daryl não havia percebido que Carl se aproximava. – Os vivos nos separaram.
O caipira suspirou enquanto passava a mão pelos cabelos do garoto, bagunçando-os.
– Não se pode confiar em qualquer um hoje em dia. – Abraham disse convicto.
– Nunca se pode fazer isso. – Daryl olhou-o firmemente.
O homem sorriu para ele e assentiu.
– Mas então, voltando ao assunto, nós temos mais chances de sobreviver se ficarmos juntos. – Joe voltou a insistir. – Teremos mais pessoas, mais armas e munições.
– Ele tem razão. – Carl deu de ombros quando Daryl encarou-o com as sobrancelhas erguidas.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Vamos lá, cara. Até o pirralho sabe que estamos certos. – Abraham lançou mais uma risada de trovão ao receber um olhar irritado de Carl. – Desculpe, deixe-me reformular a frase. Até o seu filho sabe que estamos certos.
Por um segundo Daryl pensou em desmentir o que disse, contar que Carl não era seu filho, mas por algum motivo, ele não sentia vontade alguma de fazer aquilo.
– Eu não sei, não posso decidir sozinho. – Daryl gesticulou por cima do ombro, para onde os outros estavam. – Preciso saber o que eles pensam a respeito disso.
Abraham assentiu, o semblante pensativo.
– Tudo bem, você pode conversar com o seu grupo e depois decidimos isso. – O homem observou o céu. – Ainda temos um bom tempo antes de anoitecer. Por hora, vamos ficar aqui.
– Vocês estão juntos á muito tempo? – A voz de Rosita faz Tara voltar de seus devaneios. Ela parece não entender a pergunta e a mulher a refaz. – O grupo, vocês estão a muito tempo juntos?
– Ah, bem, não. Quero dizer, eles eu acho que sim. Mas eu só os encontrei, na verdade eles me encontraram, há alguns dias.
Rosita assentiu.
– E vocês, estão á muito tempo juntos? – Tara deu continuidade ao assunto.
– Desde que tudo começou. Ou terminou. Depende do seu ponto de vista. – Ela sorriu.
Tara voltou sua atenção a Glenn, o rapaz parecia atordoado. E com total razão.
Maggie havia deixado-o ali e partido para dentro da floresta sem ouvir a suplica dele para que ela ficasse.
Mas Tara sabia que Maggie tinha motivos para ter aquela atitude.
Os olhos da mulher procuraram insistentemente até encontrarem Carol. A mulher estava quieta desde que soubera da morte de Beth e ela estava preocupada.
Pensou em ir falar com ela, mas não sabia realmente o que falar. As palavras pareciam não fazer sentido em momentos como aquele.
Ela limitou-se a continuar com seus olhos grudados na mulher do caipira que estava a poucos metros dela.
Todos voltaram seus olhares para a floresta quando Maggie saiu de lá, sendo recebida por um Glenn completamente aliviado.
Ela tinha os olhos vermelhos e inchados. O olhar vazio e distante.
A roupa coberta com sangue negro denunciava que ela havia lutado contra zumbis.
No rosto havia também algumas gotas de sangue, deixando-a mais sombria.
Ela não respondeu as perguntas que Glenn insistia em fazer enquanto ela caminhava a passos largos até onde Carl e Daryl conversavam segundos atrás.
A voz de Maggie era rouca e baixa, mas havia seriedade nela, mostrando que aquelas palavras eram de extrema importância.
– Nós precisamos seguir os trilhos. – Todos a observavam de seus lugares, mas ela continuou a falar apenas com o caipira a sua frente. – Temos que ir para o Terminus.
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