Sequer sei meu universo

Devo acreditar em você?


–Cas... – Murmurei franzindo o cenho. – Diz que é brincadeira... isso não é possível! Não dá para ele ser seu pai, a idade, tudo!

Cas havia fechado a expressão “A menção do caminho torto e doloroso” e por algum motivo eu havia escutado a voz e realmente achei que ela tinha razão. Ele cruzou os braços e respondeu:

–Apenas segundo alguns papéis, mas apenas isso!

–Vocês nem se parecem! – Falei tentando achar algum sentido naquilo.

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–Adoção! – Respondeu simplesmente, Cas ficou tão estranho de repente, como se arrependesse do que disse.

–Cas? Não faz sentido nenhum!

Ele caminhou até ficar frente a mim “Como o sangue e a dor, sangue impregna, dor impregna” olhou para mim e respondeu sem desviar os olhos:

–A loucura não faz sentido, o mundo não TEM sentido!

–Porque está agindo tão sério? – Perguntei.

Ele mordeu o lábio pensativo e depois me lançou um meio sorriso, caminhou até a porta da enfermaria, olhou para mim com o cabelo preto caindo sobre os olhos e respondeu:

–Tudo é possível, Rosa, tudo, mas nem todos são reais!

–O que você quer dizer? – Perguntei ainda mais confusa.

Ele me lançou um sorriso estranho:

–Nada, isso não é nada, mas não se esqueça! – E saiu

O que foi isso? Por que ele falou isso? Ele enlouqueceu, eu sei que se ele fosse filho do Nicolas, o que não é possível, o Nicolas teria me contado!

“A morte enlouquece”

Os amigos também!

Suspirei e olhei para a pequena bolsa que eu estava arrumando e suspirei me sentando na maca.

O Cas agiu tão estranho depois de dizer aquilo!

Por que ele falou aquilo?

Ele mentiu?

Para que ele contou se era verdade?

“Vista-me com as roupas da morte”

Fechei meus olhos e os esfreguei. Ok! Vou perguntar para Nicolas, só para ter certeza, mas o Cas disse para não dizer para ninguém...
Mas provavelmente ele mentiu, porque né...

“Como a cachoeira de corpos”

Ou eu apenas estou defendendo minha opinião sobre o Nicolas?

Ele não era o tipo que teria filho, nem adotaria...

Bufei com meus pensamentos dessa vez, pela primeira vez com meus próprios pensamentos, eles estavam tão idiotas!

Peguei a bolsa e fui em direção ao escritório do Nicolas.

Ele estava atendendo alguém, então me sentei no corredor e esperei uns vinte minutos até a porta se abrir e a Senhora Acaiah sair.

Ela saiu tranquilamente “E cair no meio do val...” me olhou e sua expressão ficou brava, enquanto eu me levantava:

–Porque não esta em seu quarto? Vá para lá agora, ta achando que só por que...

– Eu a chamei! – Interrompeu Nicolas me lançando um meio sorriso e se virou para a Dona Acaiah que agora estava corada de vergonha, mas ainda com a mesma expressão.

–Então assim que acabar a mande para o quarto, eu ficar de olho em você Rosangela!

Fiquei observando ela se afastar e Nicolas me puxou para dentro do seu escritório gentilmente e me guiou até um sofá preto que ficava ao lado de uma estante de livros, onde nos aconchegamos e ele perguntou:

–O que estava fazendo aqui, hein?

Eu corei e me escondi atrás dos cabelos e respondi:

–Eu queria te perguntar algo!

–Então pergunte!

“Me jogue aos lobos famintos e me veja virar a felicidade deles”

Olhei para a parede e vi o relógio enquanto ganhava coragem de perguntar se era verdade:

–Você consertou! – Exclamei

–O que? – Ele perguntou seguindo meu olhar. – Ah, sim! Ele me lembra você!

Eu ri e revirei os olhos:

–Obrigada, um relógio é mesmo a minha cara!

Ele me virou para poder olhar para meu rosto e comentou:

–Na verdade, foi porque foi a primeira vez que te salvei! – Ele me deu um selinho longo. – A primeira de muitas, e também porque toda vez que eu sinto a sua falta, eu olho para ele e me lembro da cena e acabo rindo.

Bati no ombro dele e falei:

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–Idiota... Hm... Ainda tenho que te perguntar algo!

–Estou esperando! – Sorriu ele.

Suspirei e arrumei o cabelo despenteado dele e comecei:

–Castiel me contou algo, e eu queria saber se era verdade... E ainda mais porque confio em você que vou me confirmar com você! Você o adotou?

“Com os corpos queimando”

Ele me analisou antes de falar:

–O que você acha?

“Vivemos uma mentira suja”

–Eu não sei! – Respondi escondendo meu rosto em seu peito.

–Talvez! – Foi a resposta dele.

–Talvez? – Murmurei.

–Depende do ponto de vista! – Ele respondeu seco.

Eu devia ter acreditado no Cas.

–Então é verdade! – Falei, e Nicolas nada respondeu.