Frozen - White Love

Capítulo 13 - A Lágrima de Gelo


Depois de um par de semanas, Elsa decidiu aceitar a “proposta “ que Sirius lhe tinha feito. Já o teria feito antes, mas tinha pensar no seu reino e não só nela própria.

Claro, que o assunto de “A Rainha vai casar” tornou-se o principal, não são em Arandelle, mas um pouco por todo o lado. Uma vez que metade das coisas já estavam preparadas, o casamento iria-se realizar no castelo de gelo dentro de poucos dias.

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No entanto, uma notícia percorreu os Reinos de que a Rainha Branca de Neve estava grávida e, então Elsa adiou o casamento para que Arandelle pudesse festejar essa notícia, em vez do casamento.

Houve até uma pequena festa, à qual Elsa foi, não só para lhe dar os parabéns, mas também para representar Arandelle. Claro que ela não sabia nada sobre o seu casamento, por isso Elsa decidiu não lhe contar sobre isso.

Depois de aceitar o convite para ficar lá durante um par de dias, Elsa voltou a Arandelle, onde teve de tratar de alguns assuntos que tinham ocorrido enquanto ela estava fora. E dessa maneira, o casamento foi adiado e adiado até já ninguém falar nele....a não ser Anna, que também estava a adiar o seu próprio casamento para que a irmã se casasse primeiro.

Na altura, quando a Rainha Branca de Neve descobriu que a sua madrasta estava a planear lançar uma maldição sob todos os reinos, manteve em segredo dos outros reinos, fazendo com que Elsa pensasse que tinha todo o tempo do mundo.

– Tens de te casar! – disse Anna, durante o jantar. Já se tinha passado uns quantos meses desde que tinham adiado o casamento pela primeira vez.

Elsa olhou para Anna e inclinou a cabeça.

– Porquê tanta pressa? – perguntou Elsa – O Sirius está menos preocupado do que tu. É porque te queres casar? Se o teu noivo te estiver a pressionar, eu posso falar com ele.

– Não é nada disso. – disse Anna, pousando os talheres para apontar para a mão dela – Tens o anel de noivado, mas está coberto pela luva. Metade do reino já se esqueceu que planeavas casar e a outra metade pensa que cancelaste e rejeitaste o Sirius.

– O reino de Fraziel não parece preocupado. – disse Elsa, encolhendo os ombros – E, se eu tivesse rejeitado o Sirius, ele já não estaria em Arandelle.

Anna suspirou.

– Ele disse que não se ia mudar para o castelo até o casamento. – lembrou Anna – Quanto tempo é que ele vai continuar a viver com o casal de aldeões?

Elsa fechou os olhos e parou de comer.

– Está bem. – disse Elsa, finalmente – Amanhã voltamos ao planeamento. Pelos meus calculos, daqui a uma semana podemos ser capazes de fazer a cerimónia. Quando é que a Rainha Branca de Neve vai ter o bebé?

– Como é que queres que saiba isso? – disse Anna, cruzando os braços – Casa-te sem te preocupares com isso.

– Mas já se passaram alguns meses...

Anna levantou-se, interrompendo a irmã.

– Já te disse para não te preocupares e ires falar com o Sirius. – disse Anna, saindo da sala-de-jantar.

A verdade é que sabia que não faltava muito para que a Rainha desse à luz. No entanto, se a irmã soubesse disso, iria adiar o seu casamento outra vez até o herdeiro da Branca de Neve nascer e fazer uma celebração.

Não ia deixar que isso acontecesse.

...

Finalmente, o dia tinha chegado.

Arandelle estava completamente enfeitada e os entes mais chegados de Sirius já tinham chegado de Fraziel e estavam agora instalados no castelo. No entanto, o principe recusava-se a fazer o mesmo, e continua a viver na aldeia.

A ideia era irem em dois grupos separados até o castelo de gelo. Um grupo que ia a escoltar Elsa e um grupo que ia escoltar Sirius. O segundo grupo sairia primeiro para Sirius já estar na sua posição quando Elsa chegasse. Encontrariam-se na varanda do quarto de Elsa, onde um padre e Sirius estariam à espera de Elsa.

Casariam-se perante toda a gente que estivesse disposta a subir a montanha até ao castelo que a irmã tinha criado. Não estava frio, por isso Anna tinha esperanças que a maior parte de Arandelle fosse assistir ao casamento. Não havia uma regra mas, afinal, era o casamento da rainha e do futuro rei de Arandelle.

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As irmãs encontravam-se agora com a costureira a fazerem os últimos arranjos no vestido que Sirius mandara fazer para o casamento mesmo antes de saber que ele seria o noivo. Elsa tinha emagrecido um pouco durante o planeamento do casamento, por isso estavam a apertar o vestido.

Faltava cerca de trinta minutos até o grupo de Sirius sair do castelo. O que significava que faltava cerca de quarenta e cinco minutos até o que ia escoltar a rainha sair. Isso podia ser muito tempo mas a custureira estava a ter extremo cuidado. A razão era a ausência de luvas no vestido. Anna sabia disso. Elsa sabia disso. E era por isso que nenhuma delas pedia à custureira para se despachar...mas Anna estava a ficar impaciente, a olhar constantemente para o relógio de parede.

– A minha irmã vai-se casar para o mês que vem. – começou Elsa, para tentar pôr a custureira mais descontraida – Até eu acho que dois casamentos dentro de um mês é um bocadinho demais.

– De todo, rainha. – disse a custureira, sorrindo finalmente – Estamos mais do que contentes em fazer um vestido para a princesa Anna.

Elsa ficou um bocado magoada por isso, mas não deixou transparecer, continuou a sorrir de volta para a custureira.

– Espero que não estejam a esforçar-se muito, já que o meu casamento foi um bocado inesperado. – continuou Elsa.

– O seu casamento também é muito bem vindo. – continuou a custureira, trabalhando um bocado mais rápido, o que significava que estava mais descontraida – A ausência de um rei em Arandelle era uma coisa que nos preocupava a todos depois daquele incidente há um ano atrás.

Mais uma vez, Elsa ficou um bocado magoada, mas continuou a sorrir.

– Tens razão. – disse Elsa – Um reino tem de ter rei....

– O que é que estás a dizer!? – exclamou Anna, fazendo a mão da custureira tremer – Estavas a fazer um ótimo trabalho a cuidar Arandelle mesmo sem rei!

– Peço imensas desculpas. – disse a custureira, levantando-se para fazer uma vénia – Não queria dizer que a rainha Elsa era de alguma maneira incompetente.

– O vestido está pronto? – perguntou Anna, ainda um bocado chateada.

– Sim, está pronto. – respondeu a custureira.

– Então podes sair? – pediu Anna, vendo a custureira sair rapidamente, mesmo sem responder.

– Tu és a boazinha. – disse Elsa, depois de estarem sozinhas – Não devias falar assim com os empregados.

– Se não te defendes sozinha, tenho de ser eu a fazê-lo. – justificou-se Anna, pegando no véu, enquanto Elsa calçava os sapatos.

– É natural que eles se sintam assim, não é? – perguntou Elsa, arranjando o cabelo, para que Elsa pudesse colocar-lhe o véu.

Mas, antes que Anna pudesse fazê-lo, ouviram vários gritos vindos da aldeia. Elsa afastou-se do espelho e dirigiu-se à janela, onde viu uma enorme nuvem negra a espalhar-se pelo céu, no horizonte. E estava a aproximar-se rápidamente.

Os aldeões estavam em frenezim, a correr de um lado para o outro. Quando Kristoff entrou na sala de rompante, Elsa virou-se.

– Está-se a passar alguma coisa...

– Eu já vi. – disse Elsa, calmamente.

Passou por Kristoff, parou à porta do palácio e olhou para o céu. Os aldeões pararam de correr e olharam para a rainha, parada, com o vestido de noiva, como uma bela estátua, esculpida ao detalhe.

– Elsa. - ela olhou para trás e viu Sirius, completamente preparado para o casamento – Porque é que estás a chorar?

Elsa levou com calma a mão à cara para limpar as lágrimas a não ser uma, que congelou. Arrancou o colar que tinha ao pescoço e fundiu a lágrima que tinha congelado ao fio. Dirigiu-se a Anna e deu-lhe o colar, em silêncio. Depois virou-se e dirigiu-se a Sirius.

Para surpresa de todos, ela colocou as mãos nos ombros dele e beijou-o gentilmente.

– E assim, declaro-te rei de Arandelle. – disse Elsa, antes de alguém ter tempo de dizer alguma coisa – Mas tens de pedir ao padre para oficializar isto.

Ao ver a irmã a sorrir, Anna teve um mau pressentimento.

Mais uma vez, ela dirigiu-se à porta do castelo e olhou para a nuvem que se dirigia rapidamente para ali.

Suspirou, levantou um pouco o vestido e começou a correr em direcção aos limites de Arandelle. Anna seguiu-a dois segundos depois, com um aperto no coração.

Os aldeões tentavam chamá-la ou pará-la, mas ela continuava a correr. Só parou nos limites do seu reino, já sem fôlego.

– Elsa! – exclamou Anna, também sem fôlego, quando viu a irmã a ajoelhar-se na terra – O que é que estás a fazer?

– Eu sabia que me ias seguir. Preciso de dar-te algumas instruções. – disse Elsa, sem olhar para trás. Levou uma mão ao peito e a outra ao chão – Eu acho que aquela nuvem é algum tipo de maldição. Para proteger Arandelle, eu vou criar uma cupúla de gelo endurecido. O tempo vai arrefecer, mas a nuvem não deve demorar muito tempo a passar. Quando já não precisarem mais da protecção da cupúla, parte a lágrima de gelo que te dei e a cupúla partear-se-á ao mesmo tempo.

– Porque é que me estás a dizer isso. Tu própria podes fazê-lo, certo? – Anna não obteu resposta – Não podes, pois não?

– Vou criar uma cupúla em volta de Arandelle. – Elsa olhou para trás, ainda ajoelhada, e mostrou a mão que tinha colocado no peito à irmã – Para fazer tal coisa, vou ter de usar todo o amor que tenho por Arandelle.

– E o que é que acontece se eu partir a lágrima? – perguntou Anna.

– Não é mais divertido se descobrires quando a partires. – Elsa voltou a pôr a mão no peito, virou-se e fechou os olhos – Ajuda o Sirius a governar Arandelle.

– Elsa...

Anna ia a aproximar-se, mas caiu quando sentiu o chão a tremer violentamente. Quando viu uma parede espeça de gelo enorme, a erguer-se do chão e a cobrir o reino, Anna abriu a boca.

Quando já estava terminado, Anna levantou-se e foi até à irmã, que continuava de joelhos. No entanto, quando lhe tocou, ela caiu, inconsciente.

– Elsa! – Anna ajoelhou-se para pôr a cabeça da irmã no seu colo e olhou horrorizada para a mão que ela tinha no peito, completamente congelada.

...

Passados alguns minutos, Kristoff e Sirius apareceram e ajudaram-na a levar Elsa de volta ao castelo, onde a deitaram gentilmente na sua cama.

Enquanto Sirius explicava a situação à população de Arandelle, Kristoff e Anna estavam ao lado de Elsa.

– O que é que achas que ela fez? – perguntou Kristoff a Anna, que analisava a mão da irmã.

Com os dedos a tremer, passou os dedos pelo peito dela, que também estava congelado.

– O coração dela está coberto de gelo. – disse Anna, fechando os olhos.

– Então como é que ela ainda está viva? – perguntou Kristoff.

– Porque, debaixo do gelo, o coração ainda bate. – disse Anna – Quando eu partir esta lágrima, a cupúla não vai ser a única coisa que se vai partir.

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– Ela está conectada com a cupúla? – perguntou Sirius, que tinha acabado de entrar no quarto. Quando viu Anna anuir com a cabeça, ele aproximou-se da cama onde Elsa parecia estar a dormir – Então basta não quebrar a cupúla.

– Ela não vai acordar por si só. – disse Anna, pousando uma mão na lágrima de gelo que tinha ao pescoço quando a nuvem negra passou por Arandelle – E nós não podemos ficar assim para sempre.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.